Miguel Pais do Amaral: "Comigo, o Jornal de Sexta nunca teria existido"

Miguel Pais do Amaral: "Comigo, o Jornal de Sexta nunca teria existido"
04.09.2009 - 15h26 Lusa
O antigo presidente da Media Capital, Miguel Pais do Amaral, disse hoje que caso tivesse continuado na empresa o Jornal de Sexta "nunca teria existido".

"Este jornal nunca teria existido", respondeu o dono do grupo editorial Leya, interrogado se teria tomado uma posição idêntica à do grupo Prisa, actual proprietário da TVI, que ontem cancelou o jornal de sexta apresentado por Manuela Moura Guedes.

Para Pais do Amaral, a suspensão do telejornal deve ser analisada de duas formas: quanto à forma e quanto ao conteúdo. "Quanto à forma - 'timing' e forma como a decisão foi tomada e comunicada - não foi boa. O 'timing', obviamente, é muito mau. E a forma como foi comunicado também não foi boa. Quem deveria ter comunicado a decisão deveria ter sido o director de informação, e se ele não o quisesse comunicar devia ter sido previamente substituído", afirmou.

Enquanto considera que "há claramente um problema de forma", Pais do Amaral diz que o quanto ao conteúdo, o procedimento "está perfeito". "Não entendo como é que só agora é que esta decisão foi tomada. Penso que aquele jornal excedia tudo o que era possível em termos de limites do aceitável e que muita gente estava à espera que isto acontecesse mais cedo do que mais tarde", disse.

Miguel Pais do Amaral considera que "aquele jornal não se enquadra naquilo que a Prisa faz, do ponto de vista de informação, séria e credível, e também não se enquadra sequer naquilo que já era hoje em dia o perfil de informação da TVI". "Claramente aquilo era uma situação anómala e inconcebível", acrescentou.

A administração da Media Capital anunciou ontem a suspensão do jornal apresentado por Manuela Moura Guedes, o que levou à demissão da direcção de informação e chefia de redacção do canal de Queluz.

comentários
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Comentário 04.09.2009 - 16h26 - Manuel Martins, Luanda, Angola
O comentário de Luís Martins de Coimbra (15H15) é brilhante e recomenda-se a sua leitura. Alinho completamente no seu raciocínio e já não acredito em coincidências. Não é necessário ser muito inteligente para se concluir qual o partido mais prejudicado à luz da opinião pública. Que ninguém gramava o Jornal de Sexta e a sua apresentadora toda a gente o sabe... Agora como foi premeditado extinguí-lo em plena campanha eleitoral isso é obra... Tirem as suas conclusões e pensem a quem interessou o encerramento da "telenovela da treta". O maior cego não é o que não vê, mas o que não quer ver! Vejam as cotações da Bolsa e as suas influências e culpem os espanhóis!
Comentário 04.09.2009 - 16h25 - juao, tomar
se a informação não era séria e credível, em que tribunal estão os processos?Que não se goste da forma ou estilo(o meu caso)é uma coisa.Outra, foi este jornal que trouxe à ribalta muitos casos importantes e sempre ao que de diz devidamente documentados
Comentário 04.09.2009 - 16h25 - LS, Lisboa
tenho que admitir que é uma excelente jogada de MMG, excelente!desaparece por uns tempos, deixa coisas no ar que vão modificar completamente as eleições, sai como santa,lixa o PS que é acusado de censura...Mas a melhor jogada foi dizer no dia anterior tinha uma peça sobre o freeport com dados muito importantes. No dia seguinte o jornal nacional é suspendido, para dar a mostrar que Socrates com medo do que lá vinha, tinha utilizado o lapis azul. Mas que bem engendrado, Manuela, digno de génio. Como a politica de verdade se transforma em politica reles e de muito baixo nivel...
Comentário 04.09.2009 - 16h23 - António da Costa, Barreiro
Jornalismo é uma coisa, aquilo que MMG faz no "Jornal de Sexta" é peixeirada é conversa de tasca, eu quando vou aqui à taberna da minha rua beber uns copos tenho lá uma MMG a falar de politica naciona, chama-se Ti João é reformado da CP.
Comentário 04.09.2009 - 16h19 - YM, Almada
Resposta ao Zé Paulo: podemos interpretar ao contrário. Ele pode achar que a existência deste jornal é que é um atentado à liberdade e isenção na informação. Por isso, para haver essa isenção, o jornal naqueles moldes não podia existir. Portanto a questão não é ser privado ou público.

O antigo presidente da Media Capital, Miguel Pais do Amaral, disse hoje que caso tivesse continuado na empresa o Jornal de Sexta "nunca teria existido".

"Este jornal nunca teria existido", respondeu o dono do grupo editorial Leya, interrogado se teria tomado uma posição idêntica à do grupo Prisa, actual proprietário da TVI, que ontem cancelou o jornal de sexta apresentado por Manuela Moura Guedes.

Exactamente o que eu disse, noutro tópico, sobre o mesmo assunto:

De há muito que se percebia, que o casal Moniz não "jogava" com a Adm. da PRISA e se sabia que, mais tarde ou mais cedo, o divórcio aconteceria.

E que o Jornal Nacional e seu pivot eram um nojo, que devem ter levado muitas queixas à Admin., e portanto condenados a curto prazo, está agora confirmado.

A altura em que ocorrem estes factos é que permite levantar dúvidas sérias, sobre a sua oportunidade ou oportunismo. Mas isso saber-se-á à la longue e não já.

E as presumíveis ligações perigosas não aproveitam ao Governo, nem ao partido que o suporta. Logo, se quisermos ir pela teoria da conspiração...

DESCULPAS,DESCULPAS, PASSAR LEXIVIA nos FACTOS. O FACTO e que nem PCP,BE,CDS,PSD, partilham da vossa LIMPEZA ,deste ATAQUE a IMPRENSA LIVRE, A LIBERDADE e DEMOCRACIA! FALTAM 23 dias.BYE BYE SOCRATES, BYE BYE PS!

JOHN ROBERTS escreveu:DESCULPAS,DESCULPAS, PASSAR LEXIVIA nos FACTOS. O FACTO e que nem PCP,BE,CDS,PSD, partilham da vossa LIMPEZA ,deste ATAQUE a IMPRENSA LIVRE, A LIBERDADE e DEMOCRACIA! FALTAM 23 dias.BYE BYE SOCRATES, BYE BYE PS!

PCP,BE,CDS,PSD,...estes fazem politica suja para sacar votos o que vem demonstrar que o PS nada teve a ver com esta tralha