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Data/hora atual: Dom maio 19, 2024 12:24 am

385 resultados encontrados para Vagueante

Não lhes perdoo! - Francisco Seixas da Costa

Seixas da Costa não diz tudo.
Faltam aqui, pelo menos, três coisas que, para mim, são das mais importantes e que tiveram a conivência do Sr. SILVA, ou seja, a traição que constituiu à língua portuguesa, a adesão da Guiné Equatorial à CPLP, a aceitação cega da perda da obrigatoriedade de escrever em Português as instruções das invenções portuguesas favorecendo outras línguas e ainda a entrada em vigor do AO90 com todas as suas perversões.
Pior não se podia fazer ao nosso maior património.
por Vagueante
em Seg Dez 14, 2015 12:19 pm
 
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Tópico: Não lhes perdoo! - Francisco Seixas da Costa
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Ferreira Leite diz que já é altura do PSD se separar do CDS-PP

Amigos, amigos, interpretações à parte.
De que modo se pode saber em que lugar se situa a votação do CDS?
por Vagueante
em Seg Dez 14, 2015 11:56 am
 
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Teoria da Democracia limitada

9. Portugal está nessa encruzilhada. O governo do PSD-CDS é o que a “Europa” do PPE quer e precisa para não haver contágio em Espanha. O governo do centro-esquerda do PS, com apoio do PCP e do BE, não só não pode ter sucesso, como nem sequer pode existir como possibilidade, para o caso miraculoso de mostrar que “há alternativa”. Não é um jogo a feijões – é um jogo, se se pode chamar assim, em que estão todos os grandes interesses europeus e nacionais que agitam fantasmas, que vão da CGTP ao PREC, para gerar o medo e impor o monopólio político da direita. É verdade que o mecanismo ideal da teoria da democracia limitada é ver os partidos socialistas a fazerem a política da direita e com a direita. Mas isso parece falhar em Portugal, como já falhou no Partido Trabalhista inglês. Não é porque Costa seja um Corbyn – não é certamente –, mas porque a recusa visceral de que “os mesmos” continuem a governar, traduzida em 62% dos votos, mudou as regras do jogo e levou o PCP a abrir uma porta que nunca tinha sido aberta e pela qual entraram o PS e o BE.
por Vagueante
em Sáb Nov 14, 2015 9:54 am
 
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Tópico: Teoria da Democracia limitada
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Teoria da Democracia limitada

Teoria da democracia limitada



Por José Pacheco Pereira



14/11/2015 - 05:05



É verdade que o mecanismo ideal da teoria da democracia limitada é ver os partidos socialistas a fazerem a política da direita e com a direita. Mas isso parece falhar em Portugal, como já falhou no Partido Trabalhista inglês. 



1. Em 1968, a URSS e um grupo de países do Pacto de Varsóvia invadiram a Checoslováquia em nome da teoria da soberania limitada. Frente aos interesses prioritários do “campo socialista”, a independência da Checoslováquia era secundária. Hoje, a teoria da soberania limitada é a essência daquilo que se chama a “Europa”, ou as “regras europeias”, que nada tem que ver com a intenção original dos fundadores da União Europeia. Não se faz com as lagartas dos tanques, mas com a torneira do dinheiro.



2. Todos os fundamentos do processo de integração europeia estão de há muito abandonados, e o que existe é uma coisa muito diferente e contrária ao projecto inicial dos fundadores que veio com as tropas americanas para a parte da Europa que ficou fora da ocupação soviética e que foi consolidado com o gigantesco esforço de solidariedade do Plano Marshall. A Guerra Fria ajudou a consolidar a vontade de construção de uma outra Europa, de democracia, paz e cooperação, mas estes fundamentos não existem na “Europa” que hoje se invoca para pôr na ordem os países mal comportados. E esses princípios originais eram claros: a “comunidade” era em primeiro lugar uma construção política para acabar a guerra na Europa; todos os membros da “união” eram iguais em poderes e direitos, mesmo que cada um soubesse que era desigual; nunca se dava um passo sem que isso correspondesse à vontade colectiva de povos e governos; esses passos eram “pequenos” e prudentes, porque havia a consciência de que na Europa as nações têm muita história e interesses diversos, e, também por isso, deixavam-se de fora políticas de defesa e segurança (que ficavam para a NATO), e negócios estrangeiros que deviam ser minimalistas. A “alma” da “comunidade” era a Comissão e não o Parlamento, e muito menos o Conselho.



3. O outro aspecto essencial era o de que a política da “comunidade” era solidária, como tinham sido os americanos com o Plano Marshall e, com Delors, instituía-se a ideia da “coesão social”, ou seja, uma deslocação de recursos dos países mais ricos para os menos desenvolvidos. Sendo assim, com os “pequenos passos” de Jean Monnet, a “comunidade” deu grandes passos.



4. O que aconteceu depois foi que tudo isto foi mudado: o experimentalismo político vanguardista substituiu os “pequenos passos”; à medida que as coisas falhavam em baixo, acelerava-se em cima; o medo ao voto foi crescendo à medida que “projectos europeístas”, como a Constituição Europeia, caíram aos pés do “canalizador polaco”; o receio de que os países do centro e do Leste na Europa pusessem em causa o poder do “motor franco-alemão” (e que os agricultores polacos quisessem receber o mesmo que os agricultores franceses…) foi criando uma hierarquia, depois um directório e depois um poder solitário da Alemanha; o crescimento do poder da burocracia de Bruxelas, que acha que sabe melhor como governar os países do que os parlamentos e governos; as divisões sobre o Iraque; o cepticismo inglês que cresceu com a ideia de que “um buldogue inglês é melhor do que uma couve-de-bruxelas”; e uma patética e perigosa política externa que destruiu a Líbia ajudou ao incêndio sírio e gerou a guerra civil da Ucrânia. Chega?



5. Não chega. Há mais e, agora, cada vez mais é no cerne da soberania e da democracia que a “Europa” suga como um vácuo. Deu-se então a tempestade perfeita, a crise bancária de 2008, chocando com uma Europa dominada pelos partidos conservadores do PPE, a começar por esse tandem altamente capaz Merkel-Schäuble, acolitado pelos anões em que se tornaram os partidos socialistas europeus. A resposta à crise financeira foi transformá-la artificialmente numa crise de outra natureza, a das dívidas soberanas, e tornar essa crise num poder sólido dos alemães que se exerceu sempre como poder político. Tudo começou com a punição à Grécia, que o PPE, aliás, governava com a Nova Democracia e o Pasok, e depois Sócrates, mais a “coligação negativa” que o derrubou, entregou-lhe, com regozijo do PSD e do CDS, Portugal numa bandeja.



6. Depois é que se sabe: da troika ao Governo dos não “piegas”, a utilização de uma ideologia da austeridade e do “não há alternativa” para proceder a uma engenharia social que destruiu uma parte da classe média, desequilibrou as relações laborais, transformou o desemprego num meio de baixar salários e acelerar a precariedade, tornou os velhos um fardo e violou todos os contratos com os mais fracos para manter aqueles que eram sacrossantos com os mais fortes. Portugal retrocedeu dezenas de anos, sem que haja uma única mudança estrutural que possa ser creditada a esta governação. E, pior que tudo, disseminou com sucesso, mas como um veneno, uma concepção egoísta entre os portugueses, que passaram a olhar para o vizinho do lado com ressentimento e inveja, ou porque tinha emprego, ou porque tinha direitos e força para os manter, ou porque tem uma pensão “milionária” de mil euros, em vez de olharem para cima. Pergunta-se “quem paga” a quem é aumentado 1,80 euros na sua reforma de 600 euros, e não a quem meteu milhares de milhões para salvar um banco ou para comprar um parecer a um escritório de advogados, ou a uma consultora financeira, depois de ter atirado para fora da função pública os funcionários competentes que o podiam fazer. Quem paga? Nós. Mas a pergunta certa devia ser: quem é que não paga e devia pagar?



7. Daqui resulta que, na Europa de hoje, apenas no espaço da soberania é que ainda há uma possibilidade de democracia. Quanto mais soberania, mais democracia. Daí a pressão contínua, nunca sufragada pelos povos, para tornar a “Europa” e “Bruxelas” numa sede de poder que obedece à sua burocracia e aos partidos do PPE, para retirar aos parlamentos nacionais e aos governos qualquer poder de decidir sobre o destino dos povos e das nações. O meu voto vale quase nada e, quando o uso para valer alguma coisa, há que pedir novas eleições. Tantas quantas forem precisas para haver um resultado “europeu”, amigo dos negócios, amigo do “não há alternativa”, amigo de colocar na ordem sindicatos e partidos desalinhados.



8. É essa possibilidade que hoje está a ser atacada com aquilo a que chamo "a teoria da democracia limitada", forma de interiorizar e materializar a soberania limitada. Com mais ou menos sofisticação, significa que votem os povos como quiserem, quem manda são os mercados. Na verdade, a frase mais correcta é “mandam os partidos dos mercados”. E os “partidos dos mercados” são a expressão orgânica dos grandes interesses financeiros – o eufemismo é “os nossos credores” –e representam a desaparição do primado do poder político sobre o poder económico, ou seja, da autonomia do poder político assente no voto numa democracia.



9. Portugal está nessa encruzilhada. O governo do PSD-CDS é o que a “Europa” do PPE quer e precisa para não haver contágio em Espanha. O governo do centro-esquerda do PS, com apoio do PCP e do BE, não só não pode ter sucesso, como nem sequer pode existir como possibilidade, para o caso miraculoso de mostrar que “há alternativa”. Não é um jogo a feijões – é um jogo, se se pode chamar assim, em que estão todos os grandes interesses europeus e nacionais que agitam fantasmas, que vão da CGTP ao PREC, para gerar o medo e impor o monopólio político da direita. É verdade que o mecanismo ideal da teoria da democracia limitada é ver os partidos socialistas a fazerem a política da direita e com a direita. Mas isso parece falhar em Portugal, como já falhou no Partido Trabalhista inglês. Não é porque Costa seja um Corbyn – não é certamente –, mas porque a recusa visceral de que “os mesmos” continuem a governar, traduzida em 62% dos votos, mudou as regras do jogo e levou o PCP a abrir uma porta que nunca tinha sido aberta e pela qual entraram o PS e o BE.



10. Não sei se vão falhar, tudo aponta para que as dificuldades sejam imensas. Mas há quem deseje ardentemente que falhem, mesmo que isso signifique dar cabo da economia que resta, criar um sério conflito institucional entre um governo em gestão a testar sempre os seus limites (como fez com a TAP), um Presidente que será pressionado para meter na gaveta tudo o que uma Assembleia hostil decidir e uma Assembleia a ter de “governar”, sem ter o governo que apoia em funções. Isto, sim, é o PREC. Aliás, nada é mais parecido com a linguagem e as atitudes do PREC do que o que diz e o que faz a direita radicalizada que hoje temos. Obra da “Europa” da soberania limitada, a querer impor à força uma democracia limitada. E não é com “eles” – é connosco.
por Vagueante
em Sáb Nov 14, 2015 9:50 am
 
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Tópico: Teoria da Democracia limitada
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vasco Lourenço sugere alteração constitucional para destituir o Presidente

Como contraponto, não estaria mal mas, não deixaria de ser um golpe sujo.
por Vagueante
em Sáb Nov 14, 2015 9:44 am
 
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Um gajo que nao gosta de gajas

Do meu ponto de vista, o acordo nasce coxo porque nem sequer chega a haver acordo.
Repare-se que há vários textos de acordo.
Não foi possível sentar à mesma mesa  todos os partidos intervenientes e muito menos fazer uma coligação.
Logo, se um dos partidos, um dia, acordar mal disposto, teremos aquilo a que António Costa chamou de "divórcio".
Isto pode, inclusivamente, dar a Cavaco Silva o argumento para não indigitar António Costa.
Oxalá isso não aconteça.
por Vagueante
em Qua Nov 11, 2015 2:52 am
 
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Tópico: Um gajo que nao gosta de gajas
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A visão mercantilista do projecto europeu

Que União Europeia é esta que os ingleses pretendem?
Um lugar para mercadejarem os seus produtos sem encargos?
Porque não saiem de uma vez por todas da UE?
Que solidariedade é esta?
por Vagueante
em Qua Nov 11, 2015 2:37 am
 
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A visão mercantilista do projecto europeu

Editorial

Visão mercantilista do projecto europeu

Por Direcção Editorial  (jornal Público)

10/11/2015 - 18:21

 

O primeiro-ministro britânico já enviou a Donald Tusk o seu caderno de encargos para que em 2017 ele possa aparecer no referendo a defender a permanência do Reino Unido na União Europeia. Todo o discurso de David Cameron é centrado numa única ideia: menos Europa, menos integração, com a excepção do mercado único para o qual Downing Street pede que haja um reforço. Cameron não esconde ao que vem: quer acesso privilegiado ao mercado da União e, quanto ao resto, como o próprio diz, “não tem nenhuma ligação emocional”. E, ao colocar à frente dos seus parceiros uma proposta que prevê um período de carência no acesso às prestações sociais para os trabalhadores vindos de outros países da União, Cameron está a pedir o impossível – não só que se mexa nos tratados, como que a União deixe cair um dos seus pilares estruturantes. Só mesmo quem tem uma visão puramente mercantilista do projecto europeu é que apresentaria tal proposta.
por Vagueante
em Qua Nov 11, 2015 2:32 am
 
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Tópico: A visão mercantilista do projecto europeu
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Fabrica de bolachas Triunfo encerra e deixa 97 sem emprego

E assim se vai diminuindo o des(emprego) em Portugal
por Vagueante
em Seg Nov 02, 2015 3:39 pm
 
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Fabrica de bolachas Triunfo encerra e deixa 97 sem emprego

 
Fábrica das bolachas Triunfo encerra e deixa 97 sem emprego

 

A fábrica de Mem Martins da Mondeléz Internacional, multinacional que detém as bolachas Oreo ou os chocolates Cadbury e que em Portugal é dona da Triunfo, vai fechar as portas no terceiro trimestre de 2016. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela empresa aos seus 97 trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústria da Alimentação, Tabaco e Bebidas (Sintab), a notícia foi recebida com surpresa e justificada com a pouca utilização da capacidade de produção, que será agora deslocalizada para a República Checa.

“Esta empresa trabalha sábados e domingos e produz em grande bolachas de água e sal da marca Ritz, não tem dívidas. Mas finalizaram agora uma fábrica na República Checa com grande capacidade de produção…”, lamenta Fernando Rodrigues, dirigente do Sintab, que vai pedir reuniões de emergência com os grupos parlamentares. Além da Ritz, a unidade produzia bolachas das marcas belVita, Fruit & Fit, LU, Chipmix, Vitasnella, Triunfo, Proalimentar e Fontaneda. É a única fábrica da Mondelez em Portugal.

Em comunicado, a multinacional confirma o encerramento mas recorda que a empresa emprega no país outros 120 trabalhadores. A decisão, justificou, “prende-se com o facto de a fábrica utilizar apenas 35% da sua capacidade de produção, um cenário que se verifica já desde 2012”. 

“Ao longo dos últimos três anos, com o objectivo de impulsionar a produção na fábrica de Mem Martins, a Mondeléz investiu mais de quatro milhões de euros na aquisição de equipamento tecnológico e transferiu volumes de produção de outras marcas para Portugal. Contudo, não foi possível atingir os níveis de eficiência adequados, face a uma concorrência cada vez maior no sector alimentar. Desta forma, a maioria da produção da fábrica portuguesa vai ser transferida para a fábrica de Opava na República Checa”, continua.

A Mondeléz nasceu da cisão do gigante Kraft Foods e ficou com o negócio de bolachas, snacks e guloseimas, onde se inclui a história Triunfo. Esta marca portuguesa com mais de 100 anos foi fundada por um grupo de empresários de Coimbra em 1913, esteve nas mãos da holding pública IPE e foi comprada nos anos 1990 pelo grupo de Jorge de Mello. A Nutrinveste, holding do sector agro-industrial do grupo (dono do azeite Oliveira da Serra), encerrou a emblemática fábrica de Coimbra em 2001 – ainda hoje abandonada - e concentrou a produção em Mem Martins. Contudo, em 2004, vendeu a unidade e a marca de bolachas à United Biscuits (UB), de origem britânica. Foi o início de uma era de gestão e capital estrangeiros.

Dois anos depois, a gigante Kraft Foods compra a marca portuguesa no âmbito da aquisição do negócio Ibérico da UB. E, em 2011, a multinacional decidiu separar os seus negócios de bolachas, snacks e guloseimas da área de alimentação e bebidas. A Mondelez International passou, assim, a ser dona da portuguesa Triunfo.

 

por Vagueante
em Seg Nov 02, 2015 3:37 pm
 
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Deus nem sempre é amigo

Vade retro
Desta vez até eu faço um manguito.
por Vagueante
em Seg Nov 02, 2015 3:23 pm
 
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Deus nem sempre é amigo

Mau tempo no Algarve? "Deus nem sempre é amigo", diz ministro

  

O ministro da Administração Interna, João Calvão da Silva, esteve nesta segunda-feira em Albufeira e defendeu que o temporal que causou avultados prejuízos “é uma lição de vida”, especialmente para quem não tem seguro.

“Verifiquei que há muita gente que diz que já accionou os seus seguros. Fantástico. As pessoas estão conscientes que há outros mecanismos para além dos auxílios estatais”, disse o ministro da Administração Interna aos jornalistas, defendendo a necessidade de os comerciantes terem seguro. “Cada um tem um pequeno pé-de-meia. Em vez de o gastar a mais aqui ou além, paga um prémio de seguro. Não imagina a quantidade de pessoas que falaram que já accionaram o seguro. Isto é uma lição de vida para todos nós.”

Questionado sobre a situação dos comerciantes que não têm seguro, Calvão da Silva respondeu. “Quem não tem seguro, aprende em primeiro lugar que é bom reservar sempre um bocadinho para no futuro ter seguro. Em segundo, é bom esperar que o levantamento seja feito pela autarquia, que é a autoridade adequada, e mostrar que os requisitos de calamidade se verificam”.

E novamente confrontando com as dificuldades de quem não tem seguro, Calvão da Silva insistiu. "Eu sei que há muitas carteiras magras. Mas está a falar com uma pessoa que nasceu em Trás-os-Montes, que sabe o que é ser pobre e vir do pobre e tentar ser alguém. A mobilidade social funciona para todos. E todos temos de ter a nossa responsabilidade no sentido e dizer: 'eu tenho um negócio, vou fazer o meu seguro para que se o infortúnio me bater à porta tenha valido a pena pagar o prémio." 

O ministro não deu qualquer certeza sobre a declaração de calamidade pública, afirmando que é necessário, antes de mais, que seja feito o levantamento dos danos, para depois se avaliar se os “requisitos legais” estão “preenchidos”.

Questionado sobre se essa declaração de calamidade ainda se poderá verificar no tempo de vida deste Governo, Calvão da Silva respondeu que “o que conta é a resposta imediata”: “Esta gente precisa de ajuda imediata, que passa por uma palavra de solidariedade imediata. Estou aqui hoje, mesmo que logo à noite já não fosse ministro.”

"Deus nem sempre é amigo"
No início da visita ao Algarve, Calvão da Silva lamentou que “ao lado de danos patrimoniais avultados” ainda se tivesse verificado “a
perda de uma vida humana”: “Por isso fiz questão de começar esta visita pelos cumprimentos de condolências à família enlutada. Era um homem que já tinha vindo do estrangeiro, tinha 80 anos, fica a sua mulher Fátima. Ele, que era um homem de apelido Viana, entregou-se a Deus e Deus com certeza que lhe reserva um lugar adequado.”

Num discurso com muitas referências religiosas, o ministro defendeu ainda que as forças “operacionais funcionaram muito bem” numa situação difícil em que foi preciso enfrentar “uma fúria da natureza”. "A fúria da natureza não foi nossa amiga. Deus nem sempre é amigo. Também acha que de vez em quando nos dá uns períodos de provação. Em quase todo o lado, excepto em Albufeira, o nível autárquico foi suficiente de acordo com as medidas. E só não foi suficiente aqui em Albufeira, porque a força da natureza, na fúria demoníaca, embora os ingleses digam que é um acto de Deus, um 'act of God', a gente tem traduzir de outra maneira..."

Notícia actualizada às 18h09, com mais declarações de Calvão da Silva
por Vagueante
em Seg Nov 02, 2015 3:21 pm
 
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Tópico: Deus nem sempre é amigo
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O sotaque do chefe e a raiva das baratas

A proximidade entre o local aonde o Mango vive e Aljubarrota, parece que está a fazer estragos.
República ou Monarquia?
por Vagueante
em Sáb Out 31, 2015 3:52 am
 
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Para Cavaco, BE e PCP só dão jeito para deitar abaixo governos...

Cavaco usava uma máscara diáfana sob a qual se escondia uma personalidade que é difícil perceber que tanta gente não tenha  identificado.
Finalmente deixou cair a máscara.
por Vagueante
em Seg Out 26, 2015 1:33 pm
 
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Fim do intervalo de 20 minutos para sonhar

Pedro Santos Guerreiro

Fim do intervalo de vinte minutos para sonhar

 

O título parte de Raul Brandão, “escreveu na parede a lápis: intervalo de vinte minutos para sonhar”. O intervalo da campanha eleitoral acabou, Cavaco apagou com borracha o sonho a lápis. Que a economia estava bem, o emprego prosperando, que as contas públicas e externas estavam controladas. Mas o que era a salvação é afinal uma aflição. Livrámo-nos do último resgate, não nos livrámos do próximo. Acudam!

Percebe-se agora por que razão o Presidente da República não quis discursar no 5 de Outubro. Para Cavaco, o dia de reflexão não foi antes, foi depois das eleições. E assim bastaram dois dias para acordar quem quis dormir.

É “necessário assegurar a sustentabilidade da dívida pública, o equilíbrio das contas externas, a redução do endividamento para com o estrangeiro e a competitividade da nossa economia”. Então mas não estava a correr bem? É preciso uma “trajetória sustentável de crescimento da economia e criação de emprego, que permita a eliminação dos sacrifícios que foram exigidos aos portugueses e o combate às situações de pobreza.” Mas porque não disse isto há um mês? Para não condicionar a campanha mas condicionar o seu desfecho?

Cavaco Silva disse a verdade, a propaganda feita na campanha é que era mentira. O “Portugal, caso de sucesso” é uma história que inventámos para nós próprios, satisfazendo pelo caminho a frágil política de Bruxelas, que ainda esta segunda feira pediu... um acordo político para as pensões.

Fez-se muito em Portugal nos últimos quatro anos, o que nos levou à “saída limpa”, a aumentar exportações de forma espetacular e que aparecessem novos projetos e empresas. Mas aqui chegados continuamos dependentes de cortes de salários para baixar o défice, de reduzir pensões para equilibrar a Segurança Social, de impostos altos que aniquilam a economia. Dizê-lo não é uma crueldade para a coligação de Direita. A crueldade é sobre o povo. Abateram-se os portugueses, não se abateu a dívida. A pública; a privada; a externa.

Cavaco suplica um acordo entre o PS, PSD e CDS que traga estabilidade política e condições de governabilidade. Que evite um governo fraco e eleições antecipadas. Repete a proposta falhada de salvação nacional feita, e desfeita, em 2013. Teria sido bom ter havido esse acordo, não houve. Seria bom havê-lo agora, haverá? E serve para quê? Serve para prolongar cortes da despesa pública. Serve para reformar o mercado de trabalho. Serve para mudar a Constituição, se não na letra, no espírito. Serve para uma reforma da Segurança Social que corte pensões, atuais ou futuras, aumentando os anos de trabalho e incentivando poupanças no privado. Serve para tentar conseguir o que falhou nestes quatro anos: condições perenes de sustentabilidade das contas públicas que permitam finalmente baixar impostos para libertar os contribuintes do esbulho e a economia das algemas.

Passos Coelho e António Costa pareciam saber ou adivinhar o repto quando, no domingo, discursaram, na vitória de um e derrota do outro. O que disseram assenta na perfeição na proposta do Presidente. E os programas económicos que propuseram encaixam um no outro como duas peças de puzzle imperfeitas, não é preciso limar muito. O que não encaixa é o que disseram um do outro. O que não encaixa é o poder que António Costa perdeu no PS e que o PS perdeu no Parlamento.

Nenhum cenário pode ser excluído, mas o de constituir uma coligação governativa a três é muito mais improvável do que passar semanas a negociar um acordo parlamentar, que permita aprovar Orçamentos de Estado e inclua a reforma das pensões para resolver o buraco de 600 milhões que o governo se recusou a explicar na campanha. Daí talvez a explicação detalhada do caso sueco, feita num artigo de opinião ontem publicado, de dois consultores de Cavaco Silva. Só que Portugal não tem uma cultura de acordos políticos. O Pacto de Justiça, por exemplo: foi celebrado entre PS e PSD há uma dúzia de anos, para fazer a reforma estrutural do sistema. Foi rasgado pouco depois.

O que Cavaco Silva quer não é uma reforma do sistema político, é uma mudança de mentalidades dos partidos. A sua argumentação, e a dos seus conselheiros, tanto estimula um pacto entre PS/PSD/CDS como justifica um governo PS/PCP/BE, pois entre os 13 países europeus citados que são governados por pelo menos três partidos, quase metade são-no com partidos que não venceram as eleições. Só que juntar PS, BE, PCP e Cavaco é como juntar carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio: dá uma combinação química explosiva, nitrogénio político. E juntar PS, CDS e PSD é reduzir o espaço político de quem governa o país há 40 anos, o que dificilmente os partidos aceitarão, começando pelo esfrangalhado PS.

O Presidente da República endossou a negociação para o PSD e colocou o ónus da governabilidade e da estabilidade política no PS, que sintomaticamente foi o único dos maiores partidos que não comentou imediatamente a declaração do Presidente. Só com muito rasgo o PS não se deixará rasgar neste processo. Só com uma negociação complexa se conseguirá o acordo mínimo que evite eleições mais ou menos antecipadas. Fim do intervalo de vinte minutos para sonhar, acordámos nós para a realidade, acordarão eles chegar a acordo? Vão ser umas ricas semanas. Ou como escreve Raul Brandão, “e como eIe ficasse absorto, de olhar perdido, n’um esforço de imaginação para ver”…
por Vagueante
em Qua Out 07, 2015 4:51 pm
 
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Tópico: Fim do intervalo de 20 minutos para sonhar
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As contradições portuguesas

Últimas de Economia




  • [b]Confiança dos consumidores está em máximos [/b]


28.08.2015

Abílio Ferreira

O sentimento de confiança dos consumidores portugueses está em alta e atingiu em agosto novos máximos desde 2001

Meio milhão ganha menos de 419 euros

 João Silvestre

Mercado recupera, licenciados disparam, mas salários abaixo do Indexante de Apoios Sociais (IAS) são 552 mil

 

[size=16]As contradições portuguesas.
Segundo a informação publicada, a confiança das famílias atingiu o seu nível mais elevado desde 2001.
Por outro lado, o número de famílias que deixaram de pagar água, luz, gás e comunicações, atingiu a bonita soma de cerca de 500.000, da mesma forma que há cerca de 500.000 indivíduos a ganhar menos de 419 euros por mês ou seja, menos do que o indexante de apoios sociais.
Como se explica que haja mais confiança quando existe mais gente na miséria?
Que números são estes com que nos bombardeiam diariamente?
De que forma e com que interesses são recolhidos e publicados?
[/size]
por Vagueante
em Sáb Ago 29, 2015 3:15 am
 
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Tópico: As contradições portuguesas
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Manuel Ferrer... NÃO SOBRE A GUERRA, mas sobre a solidariedade

Vitor mango escreveu: Fica então comemorada a data fatídica de 1415, "maravilha fatal" dessa idade!

O que se pretende dizer ao chamar "data fatídica" à data da conquista de Ceuta pelos Portugueses?
Data Fatal?
"maravilha fatal" chamou Camões a El-Rei D. Sebastião.
Como podemos considerar ao mesmo nível uma coisa e outra?
Uma é o início de uma obra grandiosa que se faz sentir ainda hoje com a chamada GLOBALIZAÇÃO.
A outra é um "travão" a essa mesma obra.
Como podemos chamar às duas coisas "maravilhas fatais"?
Estariam esses dois acontecimentos escritos nas estrelas?
Então teremos que aceitar os princípios religiosos que nos dizem que tudo está determinado à partida e portanto, façamos o que fizermos, nenhum mérito teremos, já que tudo está desde sempre pré-determinado.
A própria acção da professora de português que distribuiu canetas(?) às crianças, não teria mérito nenhum.
Por esse mesmo raciocínio, aqueles que usam os aviões e os carros de combate para matar outras pessoas, estariam perdoados à partida pois não estariam a ser nada mais nada menos do que agentes do destino.
Com tanta "sabedoria" expressa no artigo, fica-me a dúvida de saber se a tal professora que distribuiu canetas(?) e esferográficas pelos pobres que aqui não são identificados mas que se suspeita de que país sejam, já experimentou fazer o mesmo no país de que é originária.
Sim, porque no seu país de origem, infelizmente, também há muitas crianças que gostariam de receber uma prenda semelhante.
por Vagueante
em Sex Ago 28, 2015 12:22 pm
 
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Tópico: Manuel Ferrer... NÃO SOBRE A GUERRA, mas sobre a solidariedade
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Maria de Belem nao esta e nem tem altura

Joao Ruiz escreveu:.
Cá se fazem, cá se pagam! Maria de Belém não está a fazer mais, que António Costa fez a António José Seguro - trair!

queen


Tenho dificuldade em aceitar este tipo de raciocínio.
É suposto que os partidos devem ter um programa que envolva todos os filiados, gostem eles ou não das direcções que forem eleitas, tendo em vista que o papel dos partidos na SOCIEDADE deve ser o de conjugar vontades, a fim de oferecerem ao eleitorado programas para governar o país, satisfazendo o maior número possível de cidadãos. Dentro dos partidos não se compreendem facções que envolvam uma espécie de guerra civil tendo em vista a destruição do adversário já que esse tipo de comportamento pode levar à destruição do próprio partido.
Os traidores, sempre foram punidos não por outros traidores mas por pessoas com comportamentos impolutos.
Por essa razão não compreendo a afirmação de João Ruiz.
por Vagueante
em Sex Ago 28, 2015 11:49 am
 
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Sangue suor e lágrimas

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Opinião


O medo do futuro

Por  José Vítor Malheiros  
25/08/2015 - 02:51

Nenhum político tem a coragem de prometer sangue, suor e lágrimas, mesmo quando esse é o caminho que devemos trilhar.
 


Na fatídica noite de 12 de Julho passado, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras foi obrigado a ceder perante as pressões do Eurogrupo e a aceitar uma reforçada dose de austeridade porque não possuía mandato do povo grego para abandonar o euro e essa seria a consequência inevitável caso desse um murro na mesa e dissesse "não" às condições humilhantes do resgate. Esta é, em grandes linhas, a narrativa oficial do Syriza.
De facto, um murro na mesa não levaria necessariamente à saída do euro e, noutras circunstâncias, poderia até forçar os "parceiros" do Eurogrupo a ceder e a conceder condições dignas de financiamento à Grécia e mesmo uma renegociação da dívida mas, como estes sabiam que a saída do euro era uma carta que Tsipras não podia ou não queria jogar, a eventual ameça de default e de Grexit por parte de Atenas não possuía a suficiente credibilidade para servir de instrumento de pressão.
Assim, Tsipras perdeu as negociações porque o povo grego, através das suas organizações políticas e das sondagens realizadas, disse e reiterou sempre esmagadoramente que não queria saír do euro; porque nunca pediu um mandato claro ao povo grego para sair do euro caso essa opção se impusesse, o que deu a sensação a muito eleitores que a opção de facto não existia; e porque avaliou mal as suas forças e os seus aliados no confronto com os credores em geral e com a Alemanha em particular.
É verdade que Tsipras também não tinha mandato do povo grego para aceitar o terceiro "resgate", mas aqui foi possível defender que as ténues possibilidades de investimento abertas pelos novos empréstimos poderiam suavizar a prazo a austeridade e, assim, ir de encontro ao desejo expresso do povo grego no referendo de 5 de Julho, onde a austeridade foi recusada por uma expressiva maioria de mais de 61%.
De facto, o referendo, nos termos em que foi convocado e realizado, e apesar de ter sido, como foi, um grito de dignidade do povo grego contra uma verdadeira ocupação, ao não conter explicitamente um mandato que permitisse a Tsipras dar o famoso murro na mesa, colocou-o num dilema irresolúvel, impedido de sair do euro e de aceitar mais austeridade. Por que razão, entre estes dois termos inaceitáveis, Tsipras escolheu ceder ao Eurogrupo? Aparentemente, por ter considerado que o status quo (leia-se: continuação da austeridade) seria mais facilmente aceite pelos gregos que a escolha de um caminho nunca antes navegado, ainda que ele próprio, repetidamente, tenha afirmado não acreditar na eficácia do novo acordo.
A recente demissão de Tsipras, e a consequente convocação de eleições, faria sentido se o primeiro-ministro grego pretendesse com isso não só renovar e fortalecer a sua legitimidade política (como quer) mas clarificar o mandato que lhe é conferido pelo povo. Faria sentido, em particular, se o Syriza de Tsipras tentasse obter nas próximas eleições um claro mandato que lhe permitisse romper com o Eurogrupo e sair do euro caso reconhecesse essa necessidade. Estranhamente, porém, Tsipras parece apenas querer (teremos de esperar pelo novo programa eleitoral do Syriza para o confirmar) confirmar a sua legitimidade para levar a cabo o programa de austeridade, eventualmente de braço dado com algum dos chamados partidos "pró-europeus" da direita grega, como o "socialista" PASOK, a Nova Democracia ou o To Potami. Note-se que na Grécia e, crescentemente, no resto do mundo, "pró-europeu" quer dizer "pró-austeridade", agora que a União Europeia foi totalmente capturada pelos interesses e pelas organizações neoliberais. 
Como sabemos, não falta quem considere que Tsipras traiu o povo grego e o seu mandato à frente do Syriza, que conheceu há dias a sua primeira cisão em massa, com a saída de 25 deputados que formaram o partido Unidade Popular, liderado por Panagiotis Lafazanis. No entanto, o que me parece mais relevante na caminhada de Tsipras é como ela ilustra a crescente dificuldade que os líderes políticos actuais — mesmo os de esquerda, mesmo os anti-sistema — têm em mobilizar os cidadãos para causas difíceis e até, simplesmente, em falar a dura linguagem da verdade. 
A verdade, para a Grécia como para Portugal, é que nos esperam anos de enormes dificuldades e sofrimento, quer prossigamos com a austeridade que nos transforma em eternas vacas leiteiras dos contribuintes alemães quer combatamos essa política neo-colonialista e decidamos correr o risco de inventar e construir o nosso futuro. Pelo meu lado, não tenho dúvidas na opção.
Houve uma altura onde a política era outro nome para a construção do nosso futuro colectivo, um empreendimento nobre e galvanizador, onde não faltavam enormes escolhos e cujo caminho era feito de imprevistos e de derrotas mas por onde nos impelia um sonho de dignidade e justiça. Tsipras pareceu num dado momento poder ser um desses líderes políticos mas, aparentemente, não pode ou não o sabe fazer. 
Hoje, quase todos os políticos prometem um mundo cor-de-rosa a quem os eleger e ninguém tem a coragem de prometer sangue, suor e lágrimas mesmo quando esse é o caminho que devemos trilhar. Porque é ele que nos devolve a dignidade e nos permite ser livres e felizes.
Será que o povo deixou de ter a capacidade de ouvir as verdades e quer mesmo ser embalado em mentiras e promessas vãs mesmo quando as reconhece como tais?
Será que o povo deixou de ter a capacidade de sonhar um futuro diferente e melhor e apenas lhes podemos propor um regresso ao passado ou a continuação do presente para não os angustiar com as escolhas da liberdade? Será que a maioria dos cidadãos prefere mesmo a segurança da escravatura à incerteza da liberdade? Será que o mundo que os cidadãos sonham para os seus filhos é feito apenas de telenovelas e de centros comerciais?
Candidato independente às eleições legislativas pela coligação cidadã Livre/Tempo  de Avançar (jvmalheiros@gmail.com)
por Vagueante
em Ter Ago 25, 2015 3:03 am
 
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Tópico: Sangue suor e lágrimas
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O benchmarking como pretexto para o desprezo dos valores

E o que não queremos é ser escravos das médias sempre cada vez mais baixas onde nos querem mergulhar. E certamente que não queremos ser os melhores do mundo a lamber as botas de Merkel, de Juncker, de Obiang ou da Goldman Sachs. Deixemos essa duvidosa honra para Passos Coelho e escolhamos os nossos objectivos. O céu é o limite.

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por Vagueante
em Ter Ago 18, 2015 5:22 am
 
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Tópico: O benchmarking como pretexto para o desprezo dos valores
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O benchmarking como pretexto para o desprezo dos valores

Vagueante - Procurar 2Q==

Opinião

O benchmarking como pretexto para o desprezo dos valores

Por José Vítor Malheiros

18/08/2015 - 08:08

 

1.      Guiné Equatorial

2.      CPLP

3.      Governo

Há pouco mais de um ano, a Guiné Equatorial entrou, com a aprovação unânime dos restantes países membros, na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), numa cimeira de coreografia suspeita, onde a presença do ditador equatoriano foi imposta ainda antes da sua entrada oficial e onde a reputação de Portugal, representado pelo nosso presidente da triste figura, saiu mais do que chamuscada.

 Fizeram-se ouvir na altura protestos generalizados pela entrada de um país que nem sequer fala português e que vive sob um corrupto regime ditatorial num grupo de países que afirma ter como princípios comuns, além da língua portuguesa, o respeito pela democracia e pelos direitos humanos. Estes protestos foram então respondidos com o argumento de que a admissão da Guiné Equatorial num clube de países democráticos, quase-democráticos, para-democráticos, tendencialmente democráticos e pseudo-democráticos como a CPLP era a melhor maneira de promover a paulatina democratização do regime corrupto de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, no poder desde 1979, e cujo sucessor indigitado, o seu filho "Teodorin", já enfrentou várias acusações de corrupção e branqueamento de capitais nos EUA e em França.

 

No entanto, a táctica de democratização da Guiné Equatorial através de um subtil contágio pelos discretos eflúvios democráticos da CPLP parece não estar a dar resultado. A prova mais recente disso é o facto de Obiang ter, em 20 de Maio deste ano, promulgado "a dissolução total do poder judicial" (leu bem), com o consequente desmantelamento dos tribunais das diversas instâncias.

 

De que forma reage a CPLP? Numa entrevista publicada no domingo passado neste jornal, o secretário-geral da CPLP, o moçambicano Murade Murargy, classifica o facto como uma "questão interna" da Guiné Equatorial, sobre a qual a CPLP não deve pronunciar-se. Então, e os estatutos da CPLP, os direitos humanos, o estado de direito, as condições de admissão na CPLP? Murargy, que sublinha que não fala em nome pessoal mas em nome da CPLP, diz apenas que a organização deve "ter paciência com a Guiné Equatorial". "Paciência", como se a tortura, a pena de morte (sujeita a uma moratória mas não abolida), as prisões políticas, a inexistência de liberdades que têm sido denunciadas por organizações como a Human Rights Watch ou a Amnistia Internacional fossem partidas de adolescentes. "Paciência" não porque a democratização esteja a ser lenta, mas precisamente pelo contrário, porque o regime endureceu e continua a comprar com o seu petróleo o silêncio de todos os interessados em fazer negócios com Malabo. As declarações de Murargy seriam cómicas se não fossem trágicas.

 

O que acontece é que não só a CPLP não está a democratizar a Guiné Equatorial, como o Guiné Equatorial já começou a desdemocratizar a CPLP. Com a entrada da Guiné Equatorial a média de democracia da CPLP desceu drasticamente e abre o caminho a todos os abusos. Se José Eduardo dos Santos decidir amanhã dissolver os tribunais em Angola o que poderá dizer a CPLP senão que se deve ter em conta que já existe um precedente?

Houve uma época onde se defendia a cooperação entre os estados e a criação de organizações internacionais na esperança de que essa cooperação permitisse um mais rápido desenvolvimento de todos através da partilha de boas práticas e de uma emulação dos melhores exemplos. Um clube de países deveria servir para tornar todos os seus membros tão bons como o melhor de entre eles.

 

Hoje, porém, as organizações internacionais servem, acima de tudo, como montras de más práticas e como instâncias de validação de atropelos aos direitos e de verdadeiros atentados ao pudor.

 

Tal como a CPLP, organizações como as Nações Unidas ou a União Europeia servem para definir mínimos denominadores comuns que os políticos de cada país defendem depois como se esses fossem os parâmetros ideais a atingir, transformando uma média, frequentemente vergonhosa, num objectivo da sua governação.

A análise de casos internacionais (a que os tecnocratas gostam de chamar benchmarking) ou as simples médias aritméticas (frequentemente aldrabadas) deste ou daquele grupo de países servem para definir objectivos que deveriam, em qualquer sociedade decente, ser decididas pelos cidadãos após um debate democrático e não numa folha de Excel.

 

As aldrabices à la Passos Coelho somam-se à saloice à la Cavaco para nos convencer de que trabalhamos menos horas que a média dos países X, que em Portugal se despede menos que nos países Y, que temos melhor saúde que os países Z e que todos estes desvios da média são pecados porque a média é o deus perfeito a que devemos almejar porque é aí que está a virtude, mesmo que essa média nos puxe sempre para baixo. As médias (aldrabadas quase sempre, repita-se) tornam-se objectivos, por iníquas que sejam e por desejável que seja afastarmo-nos delas. Torna-se assim pecado querer ter a melhor saúde da Europa ou do mundo, ter a melhor educação artística, a melhor habitação social, ou a paisagem mais protegida. O benchmarking e as médias vão matando aos poucos, ridicularizando, menosprezando aquilo que devem ser os nossos sonhos e a prática política que exigimos. Porque o que queremos é ser campeões dos direitos humanos, da qualidade de vida, da justiça, da criatividade e da beleza.

E o que não queremos é ser escravos das médias sempre cada vez mais baixas onde nos querem mergulhar. E certamente que não queremos ser os melhores do mundo a lamber as botas de Merkel, de Juncker, de Obiang ou da Goldman Sachs. Deixemos essa duvidosa honra para Passos Coelho e escolhamos os nossos objectivos. O céu é o limite.
por Vagueante
em Ter Ago 18, 2015 5:13 am
 
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Tópico: O benchmarking como pretexto para o desprezo dos valores
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Marcelo Rebelo de Sousa nunca ninguem errou tanto

Vitor mango escreveu: 

Na mesma altura das previsoes do Marcelo o Paulinho das feiras mandava para a Tv dois soldadinhos de chumbo ensinar como se faziam guerras  ...e com os generais americanos com PC debaixo do sovaco garantia uma guerra limpa


O mesmo Paulinho que comprou submarinos para combater os traficantes de droga.

Que comprou aviões F16 para proteger os estádios de futebol do Euro 2004.

O mesmo Paulinho que comprou mísseis terra-ar para combater a invasão dos "marcianos" e autometralhadoras das mais modernas para combater os fogos florestais.

O mesmo que, quando foi despedido por Sampaio levou para casa uma mala cheia de documentos do Ministério, cujo conteúdo se desconhece, mas se desconfia.

Ainda o mesmo que pediu uma demissão irrevogável e que, por nosso azar, se calhar, ainda teremos de irrevogavelmente continuar a aturar após as próximas eleições.
por Vagueante
em Seg Ago 10, 2015 11:39 am
 
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O Futuro visto pelo angulo obtuso das previsões

Vitor mango escreveu:Vagueante - Procurar 10906056_632405880197481_7491898330627678613_n%25255B4%25255D


Um pouco de História das três religiões do LIVRO.


O primeiro, que aqui se encontra ao centro.


Deus criou o Homem a partir do barro, soprou-lhe nas narinas e através desse sopro deu-lhe vida. Deu-lhe sabedoria mas não lhe deu conhecimento.
Tendo notado que o Homem estava triste, roubou-lhe uma costela e com ela fez a "bomba atómica". De então para cá ainda não se libertou da i(rradiação) e portanto continua a morrer.


O segundo, o que se encontra à esquerda na imagem, começou por ser um mixordeiro e foi seguido por alguns que lhe apreciaram a mixórdia.
Tentou que os seus seguidores fizessem como ele dando a "outra face" mas, os seus seguidores vendo o que lhe aconteceu, acharam que lhes pedia demais e preferiram criar a Bomba atómica.

Quanto ao terceiro, o que se senta no lado direito da imagem, tendo saído da ceita dos seguidores do segundo, achou que andavam todos a enganá-lo e portanto não mereciam continuar vivos e vai daí, arranjou uns coletes que não eram à prova de bomba atómica e desatou a mandá-los vestir a todos os que não concordassem com ele surgindo assim o novo CALIFADO que nos anda a dar cabo do juízo a todos.
por Vagueante
em Qua Jul 29, 2015 12:25 pm
 
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...que esvoaçam sobre os moribundos...

Vitor mango escreveu:
Nestas condições, penso que, se querem homenagear as figuras que mais sobressaíram na vida portuguesa




Parece que falta concluir o raciocínio.
por Vagueante
em Qua Jul 29, 2015 11:29 am
 
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...O filme vai chamar-se Relvas

Vitor mango escreveu:eu não vejo filmes porno pelo que não compro entrada



Pois bem. Comprando ou não, bilhetes para a entrada, não deixa de, indirectamente, pagar os subsídios que a cinemateca recebe do Estado.
por Vagueante
em Qua Jul 29, 2015 11:27 am
 
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Tópico: ...O filme vai chamar-se Relvas
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Carlos Reis A Mariana Mortágua é um caso sério

Essa memória está a falhar muito.

O "Título" foi usado variadíssimas vezes pela oposição da época para classificar António Guterres.
por Vagueante
em Qua Jul 29, 2015 11:23 am
 
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...O filme vai chamar-se Relvas

Vitor mango escreveu:
Rui Brites



Carlos MatosGomes:
"Relvas. O filme vai chamar-se Relvas. O Relvas é também o general realizador que comandará as tropas. O Marco António faz de tambor-mor. A Maria Luís Albuquerque vai fazer de Santa Isabel, a oferecer pão e rosas. O filme terá o guião do Marques Mendes e o guarda roupa é da Joana Vasconcelos. Cavaco Silva, o Residente, será o produtor. O apoio financeiro é do BPN. É para estrear nas eleições."
Vai ser um sucesso de bilheteira.
Mas os lucros vão ser contabilizados como prejuízo e acabam por receber um apoio da cinemateca.



E quem paga o prejuízo da CINEMATECA? Adivinhem, quem?
por Vagueante
em Qua Jul 29, 2015 11:19 am
 
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Tópico: ...O filme vai chamar-se Relvas
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Carlos Reis A Mariana Mortágua é um caso sério

Vitor mango escreveu:em contraste com NUNO Melo a quem chamo Picareta falante



"PICARETA FALANTE"!

Óh Mango! Esse título já tem dono.
por Vagueante
em Qua Jul 29, 2015 11:14 am
 
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...que esvoaçam sobre os moribundos...

Joao Ruiz escreveu:.
O ridículo em volta de Eusébio, toca as raias da imbecilidade, a meu ver.  No Panteão Nacional, a que propósito?

Sempre pensei, que para se merecer tal honra, seria necessário muito mais, que uns pontapés numa bola ou ter o dom inato de uma voz, para cantar.

Os que merecidamente lá repousam, já devem ter dado voltas de repúdio, nas suas moradas finais.

queen


Não sou tão drástico como João Ruiz.
Aceito perfeitamente que o futebol ou a cantoria mereçam um panteão já que, a seu modo, levaram a todo o mundo o nome de Portugal.
Todavia, entendo que se estão a misturar "alhos com bugalhos" e, a continuarmos por este caminho, a presença num panteão que se quer NACIONAL, vai, a breve trecho, precisar de ser aumentado até um espaço incomensurável.
Sendo embora cedo para tal, Cristiano Ronaldo não será menos merecedor do que Eusébio de ficar no panteão nacional.
Poderíamos dizer o mesmo de outras figuras importantes das actividades portuguesas. 
Nestas condições, penso que, se querem homenagear as figuras que mais sobressaíram na vida portuguesa, devem habilitar ou construir novos edifícios que possam servir para homenagear condignamente as várias actividades da vida portuguesa.
por Vagueante
em Qua Jul 29, 2015 11:09 am
 
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Tópico: ...que esvoaçam sobre os moribundos...
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...que esvoaçam sobre os moribundos...

Joao Ruiz escreveu:.
Não duvido, mas o que eu disse acima em nada belisca a senhora, que não tem culpa do aparato, em volta de determinadas pessoas, quando morrem.

Twisted Evil


Ainda bem que não houve grande aparato. O aparato torna-se por vezes ridículo e não é compatível com uma verdadeira homenagem.
Veja-se o ridículo que foi o funeral de Francisco Sá Carneiro e nos últimos dias, o passeio por Lisboa dos restos mortais de Eusébio.
por Vagueante
em Ter Jul 28, 2015 5:34 pm
 
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Tópico: ...que esvoaçam sobre os moribundos...
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