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O que é a Web 3.0?

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Mensagem por Vitor mango Seg Jun 29, 2009 2:49 pm

O que é a Web 3.0?
29.06.2009 - 20h45 Susana Almeida Ribeiro
Numa altura em que a Web 2.0 já se estabeleceu na vida diária dos internautas, que diariamente frequentam redes sociais como o Facebook e o Twitter, está na hora de abrir as portas à Web 3.0, o passo seguinte da evolução tecnológica num mundo em que as máquinas se aproximam cada vez mais do universo da inteligência artificial.

No começo era a Internet de primeira geração, dos motores de busca simplistas e dos emails, conceitos já de si revolucionários para quem toda a vida esteve dependente de bibliotecas, correios e telefones. Depois tudo mudou. A World Wide Web popularizou-se mundialmente e evoluiu num nanossegundo da História, comparativamente com o tempo de penetração da maioria dos outros inventos humanos até à data. Transformou-se na Web 2.0, a da computação social, dos “chats” em tempo real e das redes de amizade, do cruzamento de informações, da comunicação e da colaboração, das contribuições para a Wikipédia e dos mundos virtuais. Nos últimos cinco anos tem sido este o paradigma da web.

Na terceira fase que se adivinha para a Net – a da Web 3.0, também chamada de Web semântica, embora este sinónimo entre as duas ideias, forjado pelo “pai” da Web, Tim Berners-Lee, não esteja livre de polémica – pretende-se que a Rede organize e faça um uso ainda mais inteligente do conhecimento já disponibilizado online.

A Web 3.0 serve-se de software que vai aprendendo com o conteúdo que apanha na Internet, que analisa a popularidade desse conteúdo e chega a conclusões. Em vez de ter as pessoas a refinar os termos da pesquisa, a Web 3.0 será capaz de o fazer sozinha, aproximando-se do mundo da inteligência artificial.

Fazendo uma analogia simples: a diferença entre a Web 2.0 e a Web 3.0 é a diferença entre ter alguém a dizer-me exactamente onde é que eu posso ir jantar hoje à noite (sabendo à partida qual é a minha localização geográfica, qual a hora que me é mais conveniente e quais as minhas preferências gastronómicas) e ter alguém que se limite a elencar todos os restaurantes nos quais poderei jantar, desconhecendo que alguns desses restaurantes estarão fechados ou onde poderão servir comida que a mim, em particular, não me agrada.

Em resumo: a diferença entre a Web 2.0 e a Web 3.0 é a diferença entre obter uma lista de respostas e uma resposta concreta e personalizadaa uma pesquisa. É a diferença entre a sintaxe e a semântica.

“A Web semântica é uma extensão da actual Internet na qual é dado significado à informação, permitindo que computadores e pessoas trabalhem melhor em cooperação”. Foi assim que o próprio inventor da Web, Tim Berners-Lee, e Eric Miller a definiram, em Outubro de 2002.

Numa outra analogia, incluída num artigo de opinião da revista norte-americana Adweek, o modelo dos aparelhos existentes no mercado para gravar conteúdos televisivos (disponibilizados em Portugal pela Meo e pela Zon, e que, nos EUA, têm um homónimo mais abrangente, o TiVo) ajuda a explicar a maneira como funciona a Web 3.0. Se alguém tiver um interesse particular pelo actor George Clooney, o TiVo pode ser programado para gravar tudo o que passar na televisão sobre ele. Não apenas filmes: séries, publicidade, biografias, entrevistas e toda a espécie de conteúdos relacionados com o actor.

É isto que faz a Web 3.0: estreita a pesquisa e tenta dar ao o utilizador o que este realmente quer. E aqui poderá bater a polémica desta ferramenta, que ajuda a anular a casualidade. Perde-se o efeito-surpresa.

Motores de busca são o corolário da Web 3.0

A Web 3.0 é a visão de uma era em que os motores de busca não se limitam a recolher e apresentar os dados que andam dispersos pela Internet, mas antes são capazes de “mastigar” essa informação e produzir respostas concretas.

O motor de busca Wolfram Alpha – criado pelo cientista britânico Stephen Wolfram – pode ser um dos primeiros marcos desta nova Web 3.0. Aquilo que o site faz é dar uma resposta, em vez de remeter para potenciais respostas. Depois de feita uma pergunta ao Wolfram Alpha, o sistema processa as respostas recolhendo dados de várias páginas e bases que contenham unicamente informação relevante para essa pergunta em concreto. Este projecto, que há muito vinha a gerar algum “hype” na blogosfera especializada, foi oficialmente apresentado a 30 de Abril na Universidade de Harvard (EUA) e está em funcionamento desde o dia 18 de Maio.

A Microsoft também já anunciou o seu novo motor de busca, o Bing, com o qual espera fazer concorrência à hegemonia do Google. A ideia que a Microsft tem sublinhado nas apresentações do Bing é que não se trata apenas de um motor de pesquisa, mas, antes, de um “motor de decisão” (decision engine é o termo usado pela multinacional americana).

Simultaneamente, a Google já lançou, embora ainda em fase experimental, o Google Squared, com o mesmo objectivo de responder a perguntas concretas dos internautas, filtrando e interpretando os resultados. O Squared extrai informação da Web e apresenta os dados de forma estruturada, em tabelas.

Para que esta Web semântica venha a produzir resultados é preciso que se massifique o uso de software e linguagens informáticas específicas, a fim de que seja produzido mais conteúdo que as máquinas possam usar e que lhes permitam chegar a conclusões e não apenas a resultados com base em palavras-chave. O caminho já está aberto.

comentários
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Comentário 29.06.2009 - 21h34 - Antonio Fernandes, Brighton
Restou-me ainda concluir que na minha opiniao a verdadeira critica e que estes servicos precisam de todos nos para serem construidos mas acabam por ser comprados por corporacoes que poe em risco o bom trabalho efectuado ate entao.. No caso da last.fm, adquirida pela CBS, no espaco de um ano a mensalidade premium dobrou de preco, os criadores do site original sairam do projecto e comeca-se a questionar a autenticidade dos algoritmos que constroem o sistemas de recomendacao. Peco desculpa por alguma informacao menos acurada. Se alguem quiser completar ou esclarecer melhor algume ponto forca ai! Smile Antonio makuma79
Comentário 29.06.2009 - 21h28 - Antonio Fernandes, Brighton
Parabens pelo artigo. Nao acho necessariamente que se va perder o efeito surpresa.. Sendo membro da last.fm ha ja 3 anos continuo a descobrir artistas novos e a apreciar o sistema de recomendacao de musica que aquela radio oferece.. Aqui encontro pessoas de diversos paises que, surpreendentemente tem gostos musicais semelhantes. O servico oferece, entre outras coisas, a possibilidade de ouvir "recommendation radio" baseando-se na musica que estas pessoas (tambem denominados "vizinhos musicais") ouvem e que eu ainda nao escutei. Aqui ha uns tempos aquando do lancamento do servico genius do itunes, que oferece a criacao de playlists personalizadas, Steve Jobs apenas salientou que estes servicos so sao possivel mediante a colaboracao da comunidade, ou seja quando mais partilharmos, mais informacao fornecermos, mais assertivas serao as recomendacoes. Dai o conceito de scrobbling e os dilemas de privacidade que dai advem. Scrobling, ou seja, software que monitoriza toda a musica que ouco no meu itunes, media player ou ipod e que envia essa informacao para a minha pagina, para que o sistema me possa conhecer melhor. Porque nao entrevistar estes alquimistas dos logaritmos?
Vitor mango
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