Rato que ficou louro pode virar 'ícone da evolução', diz estudo
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Rato que ficou louro pode virar 'ícone da evolução', diz estudo
Rato que ficou louro pode virar 'ícone da evolução', diz estudo
O rato veadeiro louro surgiu e se proliferou em apenas 8 mil gerações
Um
pequeno rato de pelagem clara que vive em dunas do Estado de Nebraska,
nos Estados Unidos, pode se transformar no mais visível ícone da
evolução, segundo um estudo publicado na revista científica Science.
Em
cerca de 4 mil anos – uma insignificância, na escala da evolução –
desde o surgimento do primeiro rato claro, gerações de ratos louros se
procriaram, graças à melhor camuflagem que os pelos lhes conferiram.
O caso do rato veadeiro (Peromyscus maniculatus)
chamou a atenção do mundo científico porque a mutação aconteceu
naturalmente e, a partir daí, foi rapidamente transmitida às gerações
seguintes.
Por
isso, o pequeno roedor, um dos mais numerosos e comuns da América do
Norte, é considerado um dos melhores exemplos de seleção natural "real"
na natureza.
Normalmente,
os ratos veadeiros têm pelo escuro, o que facilita que se escondam em
solos escuros quando precisam fugir de predadores como corujas e águias.
No entanto, em Sand Hills, no Nebraska, os ratos louros são abundantes.
"Decidimos
investigar o marcante contraste entre os ratos vivendo em Sand Hills e
os vivendo em locais com solos mais escuros, a apenas poucas milhas de
distância", afirmou Catherine Linnen, da universidade americana de
Harvard.
'Recente'
A
pesquisadora disse ainda que estava intrigada com o fato de que a
comunidade de ratos de Sand Hill surgiu entre 8 mil e 15 mil anos, o
que significa que a pelagem mais clara só se transformou em vantagem
"recentemente".
O fato levou Linnen e cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, a examinar detalhadamente os ratos.
Os cientistas descobriram que o pelo claro é consequência de um único gene, apelidado de Agouti.
A
maioria dos animais que desenvolveram novas características
rapidamente, evoluíram a partir de variações de um gene já existente,
não a partir de um gene completamente novo.
No entanto, o estudo diz que o Agouti apareceu
nos ratos selvagens há apenas 4 mil anos, poucos mil anos depois de os
primeiros ratos escuros terem se instalado em Sand Hills.
Ou seja, esse único novo gene se tornou muito comum em apenas 8 mil gerações de ratos.
"O
gene claro não existia, de forma que os ratos tiveram que esperar até
que uma mutação específica acontecesse. E a seleção atuou sobre essa
nova mutação", afirmou a professora Hopi Hoekstra, também de Harvard.
"É um processo em duas partes. Primeiro a mutação tem que ocorrer, depois a seleção tem que aumentar a sua frequência."
Inédito
Os
pesquisadores afirmam que essa é a primeira vez que foi possível
documentar o aparecimento de um novo gene, sua seleção e proliferação
subsequente em uma população de animais selvagens.
Por
isso, os cientistas conseguiram estimar em 0,5% a vantagem que a
característica confere aos animais, de acordo com a seleção natural.
"Não
parece ser muito, mas multiplicado por milhares de indivíduos por
centenas de anos, faz uma grande diferença", afirmou Hoekstra.
A descoberta pode tirar das famosas mariposas salpicadas do norte da Inglaterra (Biston betularia) o título de melhor exemplo de adaptação de um animal selvagem ao seu ambiente.
Os insetos originais eram levemente escuras, e facilitavam a camuflagem nas árvores com cascas levemente escuras.
Revolução Industrial
Depois
que a poluição da Revolução Industrial escureceu as árvores, as
mariposas mais claras passaram a ser alvos fáceis dos predadores.
A seleção natural favoreceu as mariposas mais escuras.
"Em ambas as espécies, mudanças de cor evoluíram rapidamente por causa da seleção por predadores que caçam visualmente."
A
diferença é que a pressão da seleção natural no caso das mariposas foi
tecnicamente artificial, por ter sido criado por pessoas. Já no caso
dos ratos veadeiros, é totalmente natural.
Como
os genes que provocaram a mudança na pigmentação das mariposas ainda
não foi descoberto, não é possível comparar exatamente os dois casos.
"Vai
ser realmente interessante comparar essas estimativas entre ratos e
mariposas (quando o gene for descoberto)", disse Hoekstra.
O rato veadeiro louro surgiu e se proliferou em apenas 8 mil gerações
Um
pequeno rato de pelagem clara que vive em dunas do Estado de Nebraska,
nos Estados Unidos, pode se transformar no mais visível ícone da
evolução, segundo um estudo publicado na revista científica Science.
Em
cerca de 4 mil anos – uma insignificância, na escala da evolução –
desde o surgimento do primeiro rato claro, gerações de ratos louros se
procriaram, graças à melhor camuflagem que os pelos lhes conferiram.
O caso do rato veadeiro (Peromyscus maniculatus)
chamou a atenção do mundo científico porque a mutação aconteceu
naturalmente e, a partir daí, foi rapidamente transmitida às gerações
seguintes.
Por
isso, o pequeno roedor, um dos mais numerosos e comuns da América do
Norte, é considerado um dos melhores exemplos de seleção natural "real"
na natureza.
Normalmente,
os ratos veadeiros têm pelo escuro, o que facilita que se escondam em
solos escuros quando precisam fugir de predadores como corujas e águias.
No entanto, em Sand Hills, no Nebraska, os ratos louros são abundantes.
"Decidimos
investigar o marcante contraste entre os ratos vivendo em Sand Hills e
os vivendo em locais com solos mais escuros, a apenas poucas milhas de
distância", afirmou Catherine Linnen, da universidade americana de
Harvard.
'Recente'
A
pesquisadora disse ainda que estava intrigada com o fato de que a
comunidade de ratos de Sand Hill surgiu entre 8 mil e 15 mil anos, o
que significa que a pelagem mais clara só se transformou em vantagem
"recentemente".
O fato levou Linnen e cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, a examinar detalhadamente os ratos.
Os cientistas descobriram que o pelo claro é consequência de um único gene, apelidado de Agouti.
A
maioria dos animais que desenvolveram novas características
rapidamente, evoluíram a partir de variações de um gene já existente,
não a partir de um gene completamente novo.
No entanto, o estudo diz que o Agouti apareceu
nos ratos selvagens há apenas 4 mil anos, poucos mil anos depois de os
primeiros ratos escuros terem se instalado em Sand Hills.
Ou seja, esse único novo gene se tornou muito comum em apenas 8 mil gerações de ratos.
"O
gene claro não existia, de forma que os ratos tiveram que esperar até
que uma mutação específica acontecesse. E a seleção atuou sobre essa
nova mutação", afirmou a professora Hopi Hoekstra, também de Harvard.
"É um processo em duas partes. Primeiro a mutação tem que ocorrer, depois a seleção tem que aumentar a sua frequência."
Inédito
Os
pesquisadores afirmam que essa é a primeira vez que foi possível
documentar o aparecimento de um novo gene, sua seleção e proliferação
subsequente em uma população de animais selvagens.
Por
isso, os cientistas conseguiram estimar em 0,5% a vantagem que a
característica confere aos animais, de acordo com a seleção natural.
"Não
parece ser muito, mas multiplicado por milhares de indivíduos por
centenas de anos, faz uma grande diferença", afirmou Hoekstra.
A descoberta pode tirar das famosas mariposas salpicadas do norte da Inglaterra (Biston betularia) o título de melhor exemplo de adaptação de um animal selvagem ao seu ambiente.
Os insetos originais eram levemente escuras, e facilitavam a camuflagem nas árvores com cascas levemente escuras.
Revolução Industrial
Depois
que a poluição da Revolução Industrial escureceu as árvores, as
mariposas mais claras passaram a ser alvos fáceis dos predadores.
A seleção natural favoreceu as mariposas mais escuras.
"Em ambas as espécies, mudanças de cor evoluíram rapidamente por causa da seleção por predadores que caçam visualmente."
A
diferença é que a pressão da seleção natural no caso das mariposas foi
tecnicamente artificial, por ter sido criado por pessoas. Já no caso
dos ratos veadeiros, é totalmente natural.
Como
os genes que provocaram a mudança na pigmentação das mariposas ainda
não foi descoberto, não é possível comparar exatamente os dois casos.
"Vai
ser realmente interessante comparar essas estimativas entre ratos e
mariposas (quando o gene for descoberto)", disse Hoekstra.
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Re: Rato que ficou louro pode virar 'ícone da evolução', diz estudo
amen
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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