Máscaras transmontanas
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Máscaras transmontanas
Máscaras transmontanas
O mundo diabólico de Amável Antão
A natureza espicaça-lhe a imaginação. A tradição ajuda-o a criar as formas. O saber fazer esculpe na madeira as feições. Da oficina de Amável Antão, em Bragança, saem desde 2003 demónios e caretas. Uma vocação tardia pela máscara transmontana que já colocou os trabalhos do artesão no Museu Ibérico da Máscara e Traje.
Na oficina de Amável Antão, em Bragança, as máscaras tradicionais transmontanas são esculpidas desde 2003. Nesse ano o nosso interlocutor descobre uma vocação. Uma história que começa no dia em que o artesão vê um tronco. Da forma natural, Amável Antão tira inspiração. Vê na madeira ainda em bruto feições. Da oferta que a natureza lhe dá, Amável Antão acaba por tirar forma e cor. Nasce a primeira máscara, escultura primordial, mote para muitas outras.
Para moldar as máscaras, fruto da sua imaginação, Amável Antão não dispensa o uso do formão. Usa-o para «picar» a madeira. A ferramenta, cabo de madeira já gasto, ponta de metal robusta, serve para o corte e entalhe. Para modelar a madeira o artesão das máscaras usa uma espécie de bisturi curvado que, a jeito, entalha «feitios» na madeira. É máscara, logo carece de feições diabólicas. Amável Antão vinca e marca expressões na madeira. Para a operação é indispensável o uso da lixa e grosa que alisa o material.
Para além das máscaras Amável Antão cria também «santos, tenho inclusive um presépio que ganhou o concurso de presépios da Câmara Municipal de Bragança. Gosto muito de criar figuras zoomórficas» afirma orgulhoso.
Dar forma à madeira ocupa grande parte do tempo livre do artesão que também trabalha há 25 anos no Museu do Abade de Baçal. Alguns dos visitantes do museu mostram-se interessados nas máscaras que, de acordo com o artesão, «são símbolo da região e têm muita saída. Muitas pessoas vêm a Bragança e procuram uma máscara». Amável Antão não se coíbe de levar à sua oficina alguns dos visitantes do museu interessados na tradição das máscaras transmontanas. Quando perguntamos de onde vem a imaginação para talhar as suas peças o artista sorri: «quando vou passear pelo campo levo sempre algum instrumento para cortar a madeira. Quando vejo algum pedaço de tronco com uma forma engraçada trago-a para casa». Acaba por confessar que «a madeira inspira-me. A proveito o feitio que a madeira já traz de bom e retiro unicamente o que está a mais». O fruto do trabalho de dois a três dias resulta numa máscara com feições «diabólicas» usada nas festas com mascarados na altura do natal e carnaval. O apego em relação às obras que cria é tão grande que muitas vezes o artista tem dificuldade em vender certas peças.
Apesar das muitas horas dispensadas à arte das máscaras o artesão afirma não poder viver do rendimento da sua arte, embora «as máscaras se vendam bem durante todo o ano». De acordo com Antão, «faço isto por carolice». O artesão não participa em feiras, mas tem o seu trabalho exposto no Museu Ibérico da Máscara e Traje em Bragança, no Museu do Abade de Baçal e Museu de Salsas em Valladolid, Espanha. Amável Antão acompanha de perto os eventos culturais da região que envolvam a temática das máscaras.
Carlos Santos in Café Portugal, 2009-12-02
O mundo diabólico de Amável Antão
A natureza espicaça-lhe a imaginação. A tradição ajuda-o a criar as formas. O saber fazer esculpe na madeira as feições. Da oficina de Amável Antão, em Bragança, saem desde 2003 demónios e caretas. Uma vocação tardia pela máscara transmontana que já colocou os trabalhos do artesão no Museu Ibérico da Máscara e Traje.
Na oficina de Amável Antão, em Bragança, as máscaras tradicionais transmontanas são esculpidas desde 2003. Nesse ano o nosso interlocutor descobre uma vocação. Uma história que começa no dia em que o artesão vê um tronco. Da forma natural, Amável Antão tira inspiração. Vê na madeira ainda em bruto feições. Da oferta que a natureza lhe dá, Amável Antão acaba por tirar forma e cor. Nasce a primeira máscara, escultura primordial, mote para muitas outras.
Para moldar as máscaras, fruto da sua imaginação, Amável Antão não dispensa o uso do formão. Usa-o para «picar» a madeira. A ferramenta, cabo de madeira já gasto, ponta de metal robusta, serve para o corte e entalhe. Para modelar a madeira o artesão das máscaras usa uma espécie de bisturi curvado que, a jeito, entalha «feitios» na madeira. É máscara, logo carece de feições diabólicas. Amável Antão vinca e marca expressões na madeira. Para a operação é indispensável o uso da lixa e grosa que alisa o material.
Para além das máscaras Amável Antão cria também «santos, tenho inclusive um presépio que ganhou o concurso de presépios da Câmara Municipal de Bragança. Gosto muito de criar figuras zoomórficas» afirma orgulhoso.
Dar forma à madeira ocupa grande parte do tempo livre do artesão que também trabalha há 25 anos no Museu do Abade de Baçal. Alguns dos visitantes do museu mostram-se interessados nas máscaras que, de acordo com o artesão, «são símbolo da região e têm muita saída. Muitas pessoas vêm a Bragança e procuram uma máscara». Amável Antão não se coíbe de levar à sua oficina alguns dos visitantes do museu interessados na tradição das máscaras transmontanas. Quando perguntamos de onde vem a imaginação para talhar as suas peças o artista sorri: «quando vou passear pelo campo levo sempre algum instrumento para cortar a madeira. Quando vejo algum pedaço de tronco com uma forma engraçada trago-a para casa». Acaba por confessar que «a madeira inspira-me. A proveito o feitio que a madeira já traz de bom e retiro unicamente o que está a mais». O fruto do trabalho de dois a três dias resulta numa máscara com feições «diabólicas» usada nas festas com mascarados na altura do natal e carnaval. O apego em relação às obras que cria é tão grande que muitas vezes o artista tem dificuldade em vender certas peças.
Apesar das muitas horas dispensadas à arte das máscaras o artesão afirma não poder viver do rendimento da sua arte, embora «as máscaras se vendam bem durante todo o ano». De acordo com Antão, «faço isto por carolice». O artesão não participa em feiras, mas tem o seu trabalho exposto no Museu Ibérico da Máscara e Traje em Bragança, no Museu do Abade de Baçal e Museu de Salsas em Valladolid, Espanha. Amável Antão acompanha de perto os eventos culturais da região que envolvam a temática das máscaras.
Carlos Santos in Café Portugal, 2009-12-02
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Mascararte 2009
Mascararte 2009
Academia faz levantamento de Máscaras portuguesas e espanholas
Constituída há dois anos, a Academia Ibérica da Máscara está a fazer um levantamento dos exemplares existentes em Portugal e Espanha.
Um trabalho de organização para depois servir como uma espécie de guia a grupos locais.
«Tem desenvolvido um trabalho sobretudo de organização, estando a recolher os dados para servirem como modelo para as actuações que os grupos locais devem fazer» explica o presidente da Academia Ibérica da Máscara.
António Tiza acrescenta que ainda não há uma previsão para a conclusão deste levantamento. «É um trabalho muito demorado porque nós temos bastantes celebrações deste tipo» refere, salientando que para este trabalho há colaboração com Espanha.
A Academia Ibérica da Máscara que surgiu no âmbito da Mascararte.
A quarta Bienal arrancou ontem, em Bragança, com uma exposição de Balbina Mendes sobre as «Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes».
Brigantia, 2009-12-02
Academia faz levantamento de Máscaras portuguesas e espanholas
Constituída há dois anos, a Academia Ibérica da Máscara está a fazer um levantamento dos exemplares existentes em Portugal e Espanha.
Um trabalho de organização para depois servir como uma espécie de guia a grupos locais.
«Tem desenvolvido um trabalho sobretudo de organização, estando a recolher os dados para servirem como modelo para as actuações que os grupos locais devem fazer» explica o presidente da Academia Ibérica da Máscara.
António Tiza acrescenta que ainda não há uma previsão para a conclusão deste levantamento. «É um trabalho muito demorado porque nós temos bastantes celebrações deste tipo» refere, salientando que para este trabalho há colaboração com Espanha.
A Academia Ibérica da Máscara que surgiu no âmbito da Mascararte.
A quarta Bienal arrancou ontem, em Bragança, com uma exposição de Balbina Mendes sobre as «Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes».
Brigantia, 2009-12-02
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Cortejo dos mascarados
Cortejo dos mascarados
Bienal da máscara mostra a magia do Inverno transmontano
O silêncio do inverno transmontano foi rasgado, nesta quarta-feira, pelo colorido dos tradicionais mascarados, no primeiro desfile da Mascararte, a bienal que, durante duas semanas, mostra, em Bragança, a magia das máscaras.
Estimular a criatividade dos mais jovens em torno desta tradição secular é um dos propósitos da iniciativa, segundo a vereadora Fátima Fernandes, da Cultura da Câmara de Bragança, uma das entidades que organizam a mostra.
Deriva daí a presença das escolas da cidade em um dos pontos altos do evento, o desfile dos mascarados, que passou, nesta quarta-feira, pela principal avenida de Bragança, a Sá Carneiro, e foi até a Praça Cavaleiro Ferreira, onde os adereços permanecerão expostos até serem queimados na cerimônia de encerramento da bienal.
A Mascararte é, há oito anos, uma mostra e um espaço de promoção e discussão dos rituais por trás das máscaras associados às festas masculinas por ocasião do Natal e do Carnaval, em Trás-os-Montes.
As tradicionais fantasias aquecem o \"Inverno Mágico\" transmontano, animando as aldeias e livrando a comunidade dos males com críticas mordazes, ao mesmo tempo que celebram a emancipação dos jovens homens.
Tudo oculto pelas máscaras de madeira ou lata que a região portuguesa partilha com outras do mundo convidadas da bienal Mascararte, que já está em sua quarta edição.
Depois de África e do Brasil, até 11 de dezembro as convidadas especiais são as máscaras da Espanha, o tema de uma das três exposições da bienal, que está em cartaz no Museu Ibérico da Máscara e do Traje, na zona histórica de Bragança.
Mais máscaras
Outra mostra que acontece em Bragança, desta vez no Centro Cultural, é a de Balbina Mendes, com o tema \"Máscaras Rituais do Douro e de Trás-os-Montes\", título de um livro que a artista acabou de lançar sobre o assunto.
Durante a bienal, o Arquivo Distrital de Bragança também expõe os trabalhos dos concursos lançados pela Mascararte em nível nacional, em que a máscara pode ser vista em diferentes artes, desde a pintura, escultura, arte infantil até a fotografia.
A tradição dos mascarados está sempre associada à música, presente também na bienal com os famosos gaiteiros e pauliteiros portugueses e espanhóis, e dois concertos de música etnográfica no Teatro Municipal de Bragança, com os portugueses Galandum Galundaina e os espanhóis La Bazanca, de 5 a 11 de dezembro, respectivamente.
Aqueles que mantêm a tradição de moldar as diabólicas figuras representadas nas máscaras têm também espaço na bienal, concretamente na feira de artesãos, no centro da cidade, onde será possível assistir, ao vivo, à construção de máscaras e apreciar vários exemplares.
Lusa, 2009-12-03
In DTM
Bienal da máscara mostra a magia do Inverno transmontano
O silêncio do inverno transmontano foi rasgado, nesta quarta-feira, pelo colorido dos tradicionais mascarados, no primeiro desfile da Mascararte, a bienal que, durante duas semanas, mostra, em Bragança, a magia das máscaras.
Estimular a criatividade dos mais jovens em torno desta tradição secular é um dos propósitos da iniciativa, segundo a vereadora Fátima Fernandes, da Cultura da Câmara de Bragança, uma das entidades que organizam a mostra.
Deriva daí a presença das escolas da cidade em um dos pontos altos do evento, o desfile dos mascarados, que passou, nesta quarta-feira, pela principal avenida de Bragança, a Sá Carneiro, e foi até a Praça Cavaleiro Ferreira, onde os adereços permanecerão expostos até serem queimados na cerimônia de encerramento da bienal.
A Mascararte é, há oito anos, uma mostra e um espaço de promoção e discussão dos rituais por trás das máscaras associados às festas masculinas por ocasião do Natal e do Carnaval, em Trás-os-Montes.
As tradicionais fantasias aquecem o \"Inverno Mágico\" transmontano, animando as aldeias e livrando a comunidade dos males com críticas mordazes, ao mesmo tempo que celebram a emancipação dos jovens homens.
Tudo oculto pelas máscaras de madeira ou lata que a região portuguesa partilha com outras do mundo convidadas da bienal Mascararte, que já está em sua quarta edição.
Depois de África e do Brasil, até 11 de dezembro as convidadas especiais são as máscaras da Espanha, o tema de uma das três exposições da bienal, que está em cartaz no Museu Ibérico da Máscara e do Traje, na zona histórica de Bragança.
Mais máscaras
Outra mostra que acontece em Bragança, desta vez no Centro Cultural, é a de Balbina Mendes, com o tema \"Máscaras Rituais do Douro e de Trás-os-Montes\", título de um livro que a artista acabou de lançar sobre o assunto.
Durante a bienal, o Arquivo Distrital de Bragança também expõe os trabalhos dos concursos lançados pela Mascararte em nível nacional, em que a máscara pode ser vista em diferentes artes, desde a pintura, escultura, arte infantil até a fotografia.
A tradição dos mascarados está sempre associada à música, presente também na bienal com os famosos gaiteiros e pauliteiros portugueses e espanhóis, e dois concertos de música etnográfica no Teatro Municipal de Bragança, com os portugueses Galandum Galundaina e os espanhóis La Bazanca, de 5 a 11 de dezembro, respectivamente.
Aqueles que mantêm a tradição de moldar as diabólicas figuras representadas nas máscaras têm também espaço na bienal, concretamente na feira de artesãos, no centro da cidade, onde será possível assistir, ao vivo, à construção de máscaras e apreciar vários exemplares.
Lusa, 2009-12-03
In DTM
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