Doentes sem dinheiro para remédios, dentista e óculos
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Doentes sem dinheiro para remédios, dentista e óculos
Doentes sem dinheiro para remédios, dentista e óculos
por DN.pt/Lusa
Hoje
Um quarto dos doentes não cumpre a terapêutica receitada pelos médicos devido a dificuldades financeiras. Dos pacientes crónicos, que gastam em média mais de 60 euros por mês, um terço não compra todos os medicamentos de que necessita, segundo um estudo. Falta de dinheiro é o motivo que um terço dos inquiridos aponta para não ir ao dentista, problema que se estende à compra de óculos.
Estes dados constam do trabalho "A Adesão à Terapêutica em Portugal", que teve como objectivo analisar um problema que agrava os custos dos sistemas de saúde e diminui a eficácia das terapias. Alguns dados desse estudo foram esta manhã divulgados pela Lusa e pelo 'Público'.
Quase metade dos portugueses considera que o esquecimento é o principal motivo para não tomar os medicamentos como foram prescritos pelo médicos, enquanto 18,3% atribuem ao factor económico.
Coordenado pelos sociólogos Manuel Villaverde Cabral e Pedro Alcântara da Silva, o estudo foi realizado em 2008 e envolveu 1400 indivíduos representativos da população portuguesa (Continente), com mais de 16 anos. O erro máximo da amostra é de 2,62% para um grau de probabilidade de 95%.
Para 46,7% dos inquiridos, o esquecimento é a principal causa para não seguirem as indicações dos médicos.
Ao esquecimento, juntam-se a "preguiça" (7,5%), não querer ou não gostar de fármacos (6,6%), adormecer antes da toma (4,3%), não planear as tomas (2,5%) e não ter tempo ou estar ocupado (2,4%).
No seu conjunto, estes factores representam 70% dos motivos para não fazerem a medicação correctamente, refere o estudo, divulgado hoje no simpósio "A adesão à terapêutica em Portugal", organizado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.
O factor económico é apontado por 18,3% dos inquiridos, representando, no entanto, pouco mais de um quarto do conjunto das razões de natureza comportamental.
"As restrições de ordem económica fazem com que alguns pacientes, nomeadamente os crónicos, até porque esta condição está fortemente associada à velhice e à falta de recursos financeiros, abdiquem de determinados cuidados médicos, como os medicamentos, as consultas, as idas ao dentista, os óculos e os meios complementares de diagnóstico", refere Villaverde Cabral, à Lusa.
As dificuldades financeiras também se reflectem no número de portugueses que não vai ao dentista (28,6%, que não compra óculos (21%) e evita consultas médicas (18,4%), adianta o 'Público'.
No que diz respeito às características dos medicamentos e à evolução dos tratamentos, a investigação verificou que, para cerca de metade dos portugueses, a falta de adesão se deve a dois factores principais: os doentes sentirem-se melhor ou queixarem-se dos efeitos secundários dos medicamentos.
Ainda com alguma expressão surge o facto de não quererem misturar medicamentos com álcool ou outras substâncias, sentirem-se pior quando os tomam, não sentirem melhoras ou considerarem que o tratamento não está a fazer efeito ou duvidarem da sua eficácia.
Medo de fazer perguntas e falta de atenção
Relativamente ao papel da relação de confiança entre médico e paciente, 31,7% dos inquiridos consideram que o receio dos pacientes em fazer perguntas e pedir esclarecimentos aos médicos pode contribuir para o insucesso da terapêutica.
O facto de não prestar atenção quando os médicos estão a explicar o tratamento foi a razão apontada por 28,5% dos entrevistados, enquanto a falta de compreensão das vantagens do tratamento é referida por 20,5% e a falta de confiança no médico por 12,5%.
Para a generalidade dos inquiridos, a relação com os profissionais de saúde é um factor determinante para o cumprimento das indicações terapêuticas, considerando que médicos e farmacêuticos deviam dispor de mais tempo para explicarem os tratamentos.
Cerca de 20% dos inquiridos admitem ter recorrido, nos últimos cinco anos, a medicamentos receitados a outras pessoas, a maioria deles mais de uma vez. Os doentes agudos são os que mais recorrem à automedicação, chegando este comportamento a atingir mais de 28% entre os doentes ligeiros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, metade da população residente nos países desenvolvidos não cumpre a prescrição médica até ao fim. Destes, seis a 20% não aviam as receitas médicas e 30 a 50% não cumprem o esquema de tratamento proposto.
In DN
por DN.pt/Lusa
Hoje
Um quarto dos doentes não cumpre a terapêutica receitada pelos médicos devido a dificuldades financeiras. Dos pacientes crónicos, que gastam em média mais de 60 euros por mês, um terço não compra todos os medicamentos de que necessita, segundo um estudo. Falta de dinheiro é o motivo que um terço dos inquiridos aponta para não ir ao dentista, problema que se estende à compra de óculos.
Estes dados constam do trabalho "A Adesão à Terapêutica em Portugal", que teve como objectivo analisar um problema que agrava os custos dos sistemas de saúde e diminui a eficácia das terapias. Alguns dados desse estudo foram esta manhã divulgados pela Lusa e pelo 'Público'.
Quase metade dos portugueses considera que o esquecimento é o principal motivo para não tomar os medicamentos como foram prescritos pelo médicos, enquanto 18,3% atribuem ao factor económico.
Coordenado pelos sociólogos Manuel Villaverde Cabral e Pedro Alcântara da Silva, o estudo foi realizado em 2008 e envolveu 1400 indivíduos representativos da população portuguesa (Continente), com mais de 16 anos. O erro máximo da amostra é de 2,62% para um grau de probabilidade de 95%.
Para 46,7% dos inquiridos, o esquecimento é a principal causa para não seguirem as indicações dos médicos.
Ao esquecimento, juntam-se a "preguiça" (7,5%), não querer ou não gostar de fármacos (6,6%), adormecer antes da toma (4,3%), não planear as tomas (2,5%) e não ter tempo ou estar ocupado (2,4%).
No seu conjunto, estes factores representam 70% dos motivos para não fazerem a medicação correctamente, refere o estudo, divulgado hoje no simpósio "A adesão à terapêutica em Portugal", organizado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.
O factor económico é apontado por 18,3% dos inquiridos, representando, no entanto, pouco mais de um quarto do conjunto das razões de natureza comportamental.
"As restrições de ordem económica fazem com que alguns pacientes, nomeadamente os crónicos, até porque esta condição está fortemente associada à velhice e à falta de recursos financeiros, abdiquem de determinados cuidados médicos, como os medicamentos, as consultas, as idas ao dentista, os óculos e os meios complementares de diagnóstico", refere Villaverde Cabral, à Lusa.
As dificuldades financeiras também se reflectem no número de portugueses que não vai ao dentista (28,6%, que não compra óculos (21%) e evita consultas médicas (18,4%), adianta o 'Público'.
No que diz respeito às características dos medicamentos e à evolução dos tratamentos, a investigação verificou que, para cerca de metade dos portugueses, a falta de adesão se deve a dois factores principais: os doentes sentirem-se melhor ou queixarem-se dos efeitos secundários dos medicamentos.
Ainda com alguma expressão surge o facto de não quererem misturar medicamentos com álcool ou outras substâncias, sentirem-se pior quando os tomam, não sentirem melhoras ou considerarem que o tratamento não está a fazer efeito ou duvidarem da sua eficácia.
Medo de fazer perguntas e falta de atenção
Relativamente ao papel da relação de confiança entre médico e paciente, 31,7% dos inquiridos consideram que o receio dos pacientes em fazer perguntas e pedir esclarecimentos aos médicos pode contribuir para o insucesso da terapêutica.
O facto de não prestar atenção quando os médicos estão a explicar o tratamento foi a razão apontada por 28,5% dos entrevistados, enquanto a falta de compreensão das vantagens do tratamento é referida por 20,5% e a falta de confiança no médico por 12,5%.
Para a generalidade dos inquiridos, a relação com os profissionais de saúde é um factor determinante para o cumprimento das indicações terapêuticas, considerando que médicos e farmacêuticos deviam dispor de mais tempo para explicarem os tratamentos.
Cerca de 20% dos inquiridos admitem ter recorrido, nos últimos cinco anos, a medicamentos receitados a outras pessoas, a maioria deles mais de uma vez. Os doentes agudos são os que mais recorrem à automedicação, chegando este comportamento a atingir mais de 28% entre os doentes ligeiros.
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In DN
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