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Vikings - esses barbaros do Norte - Cercam PaRIS

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Mensagem por Vitor mango Seg Mar 29, 2010 12:36 am



       

     
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Os Vikings cercam Paris.

Os Normandos ("homens do
Norte"), nome dado, na época carolíngia, aos piratas vindos por mar da
Escandinávia (noruegueses, suecos e dinamarqueses), e que se chamavam a
si próprios vikings, percorreram as costas da Europa no séc. VIII. Sob o
nome de varegos, ocuparam, em meados do séc. IX, o vale superior do
Dnieper, Smolenski e Kiev, e espalharam-se até Constantinopla.
Tornaram-se, no plano comercial, os intermediários entre Bizâncio e o
Ocidente, entre cristãos e muçulmanos. Mas era o Ocidente que,
principalmente, os atraía. Descobriram a Islândia (séc. IX), a
Groenlândia (séc. X). Os noruegueses colonizaram o norte da Escócia e da
Irlanda; os dinamarqueses instalaram-se no nordeste da Inglaterra (séc.
IX). Organizados em pequenos bandos, reunidos em flotilhas de grandes
barcos, chegaram, após a morte de Carlos Magno, a desembarcar na entrada
dos principais rios do reino franco. Carlos, o Calvo, teve de, mais de
uma vez, pagar para que se retirassem. Em 886, sitiaram Paris,
valentemente defendida por Eudes e o bispo Gozlin; mas Carlos, o Gordo,
entrou em acordo com eles mediante enorme resgate e a autorização de
saquearem a Borgonha. Em 911, no Tratado de Saint-Clair-sur-Epte, Carlos
III, o Simples, cedeu ao chefe deles, Rollon, a região actualmente
conhecida pelo nome de Normandia, exigindo em compensação que o conde
normando e seus súbditos se fizessem cristãos, abandonando a selvajaria
em que viviam, e reconhecessem Carlos, o Simples, como suserano.

Foi
da Normandia que, no séc. XI, partiriam para conquistar a Inglaterra.
Após o acordo firmado por Rollon as invasões cessaram, mas o gosto pelas
expedições a terras distantes persistiria entre os normandos, que
fundaram principados no sul da Itália e na Sicília (séc. XI-XII). Foi
Richard, conde dos normandos, descendente de Rollon, que encomendou em
994 de um cónego da região dos francos, Saint-Quetin-Dudon, a história
do principado que tinha sob seu domínio, assim como de seus ancestrais.
Nessa obra é encontrada um fato que teria ocorrido logo após o baptismo
de Rollon, em 911:
"Como símbolo de segurança restabelecida, o duque
proibira recolher os arados. Eles ficariam expostos no campo. Um
lavrador veio almoçar em casa, deixando o instrumento no lugar. Como
muitas mulheres, a sua era maldosa: foi apoderar-se do jugo, da relha e
da lâmina. O camponês queixou-se ao duque, que o indemnizou, ordenando
uma investigação na aldeia. Recorreu-se ao ordálio, à prova de fogo em
nome de Jesus Cristo, sem sucesso, e Rollon, recém-batizado,
inquietava-se, perguntava ao bispo: 'Se o Deus dos cristãos vê tudo, por
que não desmascara o culpado?'.

Interrogado, o camponês revelou
que apenas sua esposa podia saber onde se encontrava o arado. A mulher
foi presa, chicotearam-na com varas. Ela confessou. Então o duque
perguntou ao camponês: 'Sabias que tua mulher era ladra? Então mereces a
morte e por duas razões: és o chefe de tua esposa, devias controlá-la,
impedi-la de causar dano. Se, no par conjugal, o homem não segura o
leme, tudo vai por água abaixo. Além do mais, devias denunciá-la,
entregá-la à justiça do povo, portanto és seu cúmplice'. A mulher e seu
marido foram enforcados". Para Guillaume de Jumièges, monge que no
século XI escreveu a biografia de Guilherme, o Conquistador, também
descendente de Rollon, apenas a esposa foi punida. Vararam-lhe os olhos.
Nessa
época escrevia-se pouco, e raramente em veículos duráveis. Todo poder
exercia-se sobretudo pela palavra e gestos. As fontes de informação são
esporádicas. A cultura escrita era monopólio dos padres.

Para os
povos bárbaros o mais importante era o facto criminoso considerado
objectivamente. A razão da pena era a "quebra da paz" pública ou privada
e baseava-se na vindicta. Não havia muita preocupação com a culpa
(sentido amplo), ou com o elemento subjectivo do delinquente; o dano
material causado tinha sempre um valor predominante.A prova de fogo:
ordálio ou juízo de deus que consistia em submeter a testemunha ou o
acusado ao contacto com o fogo, após o que aguardava-se um determinado
tempo, se houvesse queimaduras estava mentindo, se não houvesse, estava
falando a verdade. O responsável pela paz voltava-se para o Deus
justiceiro exortando-o a baixar ele mesmo a sentença.A condenação acima
mostra que apenas os homens haviam sido submetidos à prova: não mais que
os animais domésticos, as mulheres não eram da alçada da coisa pública,
são objectos, móveis.

Fontes: -
"Damas do Século XII", Georges Duby,
Ed. C. das
Letras, 1995.- "Idade Média na França",
Georges
Duby, JZE, 1992.- Enciclopédia Koogan-Houaiss Digital, 1999.-
"Princípios de Direito Criminal", Ferri.
Vitor mango
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Mensagem por Vitor mango Qua Jul 15, 2015 1:03 am

amen

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Mensagem por Vitor mango Sex Jul 15, 2016 12:28 am

AMEM

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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