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Vaticano

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Abr 04, 2010 5:20 am

Críticas judaicas abrem nova crise para o Vaticano

por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje

Vaticano Ng1275397

Porta-voz admitiu que palavras do pregador do Papa podiam gerar mal-entendidos.

Dirigentes de várias comunidades judaicas na Europa e nos Estados Unidos reagiram com irritação ao paralelo entre as perseguições aos judeus e as críticas a Bento XVI devido aos escândalos de pedofilia, estabelecido pelo pregador do Papa, o frade Raniero Cantalamessa, nas cerimónias da Paixão do Cristo sexta-feira à noite, em Roma.

O frade Cantalamessa concluiu o seu sermão, citando a carta de "um judeu amigo" em que este manifesta "indignação" pelos "violentos ataques concêntricos contra a Igreja, o Papa e os fiéis vindos de todas as partes". O recurso "a estereótipos, a transferência da culpa e responsabilidade pessoais para a culpa colectiva" da Igreja e de Bento XVI lembram, ao interlocutor de Cantalamessa, "os aspectos mais vergonhosos do anti-semitismo". Foi esta última frase a desencadear as críticas dos responsáveis judaicos.

Para o rabi principal da sinagoga de Roma, visitada por Bento XVI no início deste ano, a comparação "é de muito mau gosto". Para Riccardo Di Segni, esse mau gosto torna-se ainda mais escandaloso pelo facto de suceder no dia em que, durante muito tempo, os cristãos rezavam pela conversão dos judeus a quem se atribuía a responsabilidade colectiva pela morte de Cristo.

Para o fundador do Centro Simon Wiesenthal, o rabi Marvin Hier, é "inadmissível" a comparação entre a "culpa colectiva atribuída aos judeus na origem da morte de milhões de pessoas inocentes e a daqueles que perverteram a sua fé com o abuso sexual de crianças". Em idêntico sentido se pronunciou o secretário-geral do Conselho Central dos judeus alemães, Stephan Kramer, classificando a comparação como uma "impertinência" e um "insulto". Também a vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, Esther Mucznik, considerou "um erro crasso" a comparação; ao mesmo tempo, notou que os ataques, "muitos deles, vêm de pessoas cujo alvo principal é de facto a Igreja Católica, independentemente da questão da pedofilia".

Para o responsável pelas relações interreligiosas do Comité Judaico Americano, o rabi Gary Greenebaum, a Igreja Católica está de facto sob pressão, mas "deve evitar a hipérbole".

O Vaticano reagiu através do seu porta-voz, padre Federico Lombardi, explicando que a "comparação entre os ataques ao Papa devido ao escândalo da pedofilia e o anti-semitismo não é a orientação da Santa Sé". O padre Lombardi admitiu ainda o facto de Cantalamessa ter citado aquele extracto da carta "poder originar mal-entendidos".

Por seu lado, L'Osservatore Romano classificava ontem como "uma campanha de difamação" os ataques a Bento XVI e à Igreja, que tomam como pretexto "o drama dos abusos feitos pelos padres".

As críticas judaicas às palavras de Cantalamessa vêm abrir nova controvérsia devido a intervenções de figuras próximas do Papa ou do próprio Bento XVI (ver caixa), num momento em que a Igreja se vê face à divulgação de sucessivos escândalos de pedofilia.

Um tema ontem abordado de forma infeliz, como o próprio reconheceu mais tarde, pelo Arcebispo de Cantuária, Rowan Williams. Horas depois do The Times ter divulgado extractos de uma entrevista a difundir amanhã pela BBC em que Williams afirma que a Igreja Católica irlandesa "perdeu toda a credibilidade", este enviou uma mensagem ao arcebispo de Dublim, manifestando "desculpas e profunda tristeza" pelas suas declarações.

O Arcebispo de Cantuária considerou que a perda de credibilidade da Igreja na Irlanda "é um trauma colossal" e "um problema para todo o país".

In DN

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Última edição por João Ruiz em Ter Jun 01, 2010 11:06 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Vitor mango Dom Abr 04, 2010 5:24 am

JUDEUS E CATOLICO NUNCA SE GRAMARAM AO LONGO DOS SECULOS
AMEN
Vitor mango
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Vaticano Empty "Num caso de abuso, com certeza iria à polícia"

Mensagem por Joao Ruiz Dom Abr 04, 2010 6:12 am

"Num caso de abuso, com certeza iria à polícia"

por JOÃO MARCELINO (DN) e PAULO BALDAIA (TSF)
Hoje

Vaticano Ng1275370

Numa altura de novos escândalos na Igreja Católica, devido aos abusos sexuais de menores por padres, o bispo das Forças Armadas não poupa críticas à hierarquia que ocultou o problema para salvar a imagem. Mas considera que a figura do Papa não sai manchada.

Ouça na íntegra o Discurso Directo. Clique no link abaixo

O que fará como cidadão se um dia tiver conhecimento de abusos sexuais por parte de um adulto sobre uma criança?

Se tiver, como porventura já tive…

O que é que fez?

Terei que lavar a minha cara e terei que ir em frente, em ordem à defesa essencialmente das vítimas. Eu fui educado…

E como é que se faz essa defesa, num caso desses?

Recorrendo àquilo em que eu acredito, fundamentalmente, embora muito se distorçam hoje as virtualidades do direito e da justiça em Portugal. Eu recorrerei àquilo que para mim é o fundamento de um Estado, e é por isso que eu amo Portugal. Se houvesse algo no sector que sirvo nesse capítulo de maquinação e de ignomínia eu teria que ter a máxima compunção e compreensão por quem possa ser assassino, ladrão e maquinador. Há uma coisa que tenho de pôr acima das pessoas: é o respeito da norma civilizacional que constitui o direito.

Muito concretamente, num caso desses o que é que faria?

Recorreria a estruturas de direito, dizendo: "Eu estou diante de alguém que está a assassinar."

Portanto, como um vulgar cidadão, iria à polícia?

Com certeza. Mas terei que dizer que isso não pode ser feito - de alguma forma eu diria quase que já o fiz, não o tendo feito, porque recebi…

Quer-nos falar desse caso?

Falarei já. Isto é, eu teria de acolher com espírito de tolerância, respeitabilidade e isenção. Mas nunca tendo medo que alguém seja desculpabilizado do crime que cometeu. Se os jornais de hoje falam em motins de corrupção ou de grandes sectores de corrupção, o engenheiro João Cravinho o diz, o frontispício de alguns dos principais jornais portugueses o diz, e ontem à uma da manhã falava em questiúnculas relativamente a submarinos, eu também navego nessas águas que muito amo, eu teria que não ficar parado nem cúmplice. O que é que eu faria? Chamaria a pessoa e dir-lhe-ia "estás incriminada, falhaste".

E viveu um caso desses?

Felizmente nunca tive casos desses. Há 50 anos descobrimos que um colega do meu curso que viveu comigo doze anos, natural de Paranhos, tinha alguns desvios de orientação sexual. Mas a orientação sexual não leva à pedofilia.

São coisas diferentes.

Totalmente diferentes. E infelizmente isso é altamente explorado.

Reconhece que houve ocultação de muitos casos para evitar desgastar a imagem da Igreja?

Não tenho a mínima dúvida! Houve ocultação. Eu escrevi, tenho escrito várias coisas, houve ocultação.

Em Portugal e no mundo?

Em Portugal eu não conheço, porque se conhecesse di-lo-ia. Agora, no mundo, sobretudo nos Estados Unidos, a conclusão a que eu cheguei é esta: sem haver objectivos de ocultação, sem ir para a falsa escolástica, houve bispos que acreditaram como um pai, que acha que o filho entrou na droga, e diz: "Filho, vais para uma cura terapêutica, vais para o colégio x, vais aí numa volta para Londres e para Paris, pode ser que te reconvertas." Mas este filho é deixado ao Deus dará. Ou seja, houve bispos - que eu tenho que respeitar - que perante determinados crimes olharam para o filho pródigo, que era o sacerdote, e puseram-no em roda livre: "Vais para aqui, para este caso não ser conhecido." Entretanto, não é só ocultar: "Eu espero que tu te convertas." Primeiro: e as vítimas que ele ocasionou?

A questão é essa, as vítimas ficaram esquecidas.

As crianças que ele violou? As famílias que destruiu? As sequelas terríveis, do ponto de vista de perversão, que as crianças registaram. E mais ainda! Como é que este padre foi acompanhado? Quantas vezes foi visitado? Não é controlado policialmente, um bispo é um pastor, um cidadão, um irmão. Mas é um irmão que tem de dizer, do ponto de vista cívico e aqui com outra responsabilidade, "eu discordo de ti porque tu defendes a morte nazi". Eu tenho dito isso!

Mas pode dizer-se que a Igreja não aprendeu com os erros do passado? É que, depois da América, temos a Irlanda, temos casos por todo o lado. A tentativa de resolver as coisas com um pedido de perdão e indemnizações às vítimas não permitiu que estes casos não voltassem a ser conhecidos e não voltassem a ser do domínio público? A Igreja vive com este drama hoje: o de ter que responder perante uma coisa que não é só da Igreja, mas que tem afectado muito a Igreja.

Eu diria: eu não tenho culpa que jogadores de outras equipas joguem com uma estratégia ou táctica muito diferenciadas. Jogámos no mesmo campeonato e na mesma liga. Francamente, fico é altamente escandalizado, como é que, volvidos tantos anos, em países de alta civilização como os EUA ou o Canadá, ou a Irlanda ou a Alemanha… Como é que colegas meus, anos e anos, permitiram estes erros?

Qual é a explicação que encontra para essa pergunta?

Não encontro explicação nenhuma, tenho muita vergonha. Eu tenho explicações do ponto de vista psicanalítico, que não quero tornar sistemáticas neste sentido: um tipo que é agredido sexualmente agride outro. Mas isso para mim não é regra.

Estamos perante um problema de fundo da Igreja?

Não, não!

Que entronca também na sexualidade permitida e no celibato?

Não!

Não faz essa ligação?

Não. Isto também tem que ver, mas não directamente. Eu acho que foram problemas que não mereceram a atenção devida e a vigilância devida do pastoreio, das pessoas que serviram a Igreja. Relativamente ao celibato, está provado que a maioria destes ataques a menores vêm de heterossexuais. E lamentavelmente houve muita gente na Europa e além Europa que quis ligar isto a surtos de homossexualidade. Os heterossexuais é que são, do ponto de vista maioritário, os responsáveis destes crimes. Isto acontece no âmbito das próprias famílias!

Não entende que estamos perante uma questão que devia obrigar a Igreja a reflectir mais amplamente sobre a sexualidade?

Eu nem diria directamente por essa… quase nesse sentido, venha uma mulher para salvar um pecador ou um assassino.

Mas reconhece que a pedofilia não tem nada a ver com a homossexualidade, é isso que está a dizer?

Nada, nada!

É uma confusão que pode muitas vezes servir para…

Pode haver homossexuais. Agora, o que houve foi a tentativa lamentável - até do ponto de vista científico - de ligar a homossexualidade a esta criminologia. Ou seja, é homossexual, gosta do mesmo sexo, o homem gosta da criança…

A credibilidade moral da Igreja está em causa. Há quem peça a resignação do Papa perante a opinião pública. Como é que olha para esta realidade?

Acho que pioraria a questão.

Mas o Papa, pessoalmente, cometeu um erro com aquele caso que conhecia e não denunciou?

Eu chamaria atenção para o facto de, primeiro, esse acto que é apontado ao sacerdote de Munique não ter sido provado. A partir de um caso singular criar-se uma campanha…

Mas o próprio Papa já reconheceu que não fez nada porque havia problemas de saúde com o sacerdote em causa...

Eu ouvi tudo isso, mas não sei se está documentado e autenticado. Mesmo assim, com certeza aceitaria, visto que se trata de um homem inteligente, bom e recto. Eu daria de barato algumas pessoas que não utilizam a cabeça e utilizam a emoção e as massificações assassinas... Vamos atirar abaixo este tipo! Peço desculpa, vamos derrubá-lo!

Acha que é o alvo de uma campanha?

Eu acho que não há campanha. A minha posição de homem e de bispo é que não há campanha, não há má vontade. E quem entrar por aí - que é uma má vontade contra o Papa, contra a Igreja e uma perseguição - está a dar um tiro no pé. Pode-se levantar a questão, mas também podia levantar-se a questão: "Mas o Papa não agrediu os muçulmanos?" Vamos lá discutir isso, quando ele foi a Ratisbona. Mas depois foi à Universidade de La Sapienza e não o deixaram entrar, vamos discutir o problema, onde é que está a liberdade de investigação, de ensino, etc. Eu, neste momento, como tenho muito medo de emoções, de exageros, de atropelos por motivo de emoção, diria: vamos esperar algum tempo.

E, enquanto se espera esse tempo, era conveniente que fosse convocado o tal sínodo de urgência que se falou?

Poder-se-á ir para isso. Não sei se seria oportuno.

Convocar um sínodo é assumir uma culpa?

Não, não! Eu acho o sínodo, e até um concílio, muito bem.

Uma reunião para descodificar?

Muito bem! Logo que não se ligasse a causa com o efeito, isto é, a empresa faliu e agora vamos reunir.

O sínodo seria exactamente para isso, para consensualizar uma resposta comunicacional da Igreja perante esta questão concreta?

Eu não o realizaria nesta altura, nesse sentido: tudo isto está perdido, vamos pôr as mãos sobre a cabeça. Agora, há uma coisa que eu não nego, porque não é uma questão de tempo: tanto vale ser agora como pode ser daqui a um ou dois meses. A Igreja mais dia, menos dia, sem quaisquer pressões, sem emoções, escândalos e empurrões, terá de reconsiderar aspectos fundamentais da sua ética. Isso é indiscutível.

Há um problema de sexualidade para resolver na Igreja católica? Para um padre, a castidade não é uma opção, é uma imposição. Não reside aí a fonte de vários problemas?

Se isso for uma imposição, como para mim, ainda pior, agora falo eu da opção que eu fiz…

Mas é uma imposição, não é sequer uma questão discutível.

Não, é que há outras imposições ainda mais difíceis!

Mas para ser padre o celibato e a castidade são condição.

São uma condição. E a obediência! Realmente, a castidade é uma condição, mas há uma condição ainda mais séria, e haveria outra muito mais séria que eu acho lamentavelmente que nós, clero diocesano, não tenhamos: a da pobreza. Tudo aquilo que eu tenho, eu dou, como fazem por exemplo os religiosos. Acho que a condição da castidade e obediência é a pessoa não ter nada, ser tão livre que o dinheiro, os bens, o prestígio que é traduzido por vista material fica para a própria comunidade.

E o prazer?

O prazer é possível! Aí o prazer é que tem de ser reassumido e pensado pela pessoa!

Faria sentido que, como noutras igrejas, os padres católicos pudessem casar?

A mim não me escandalizava nada! Sempre o disse.

Mas, mais dia, menos dia, a Igreja vai ter de refundar-se?

Eu não sou futurólogo. Não me custa nada a acreditar e nada me escandaliza, mas também isto não se resolve sob pressão.

Mas mais à frente faria sentido que houvesse um sínodo em que pudesse discutir todas estas matérias e não concentrar-se na pedofilia, mas numa questão mais alargada sobre o que é a vida de um padre ou bispo?

Houve já cardeais de maior nome, como o cardeal Martini - que foi dos nomes mais pontificáveis apresentados relativamente a Bento XVI -, que afirmava que seria necessário um sínodo para discutir muitas questões, e não só essa, mas, por exemplo, a posição da mulher na igreja.

Vamos a outras reunião. Este mês vai haver uma reunião da Conferência Episcopal Portuguesa. Este assunto vai ser debatido?

Eu isso, de facto, não imagino. Porque nós recebemos a agenda.

Faz parte da agenda?

Sem estar de forma alguma a ferir o respeitável sigilo, posso dizer com todo o à-vontade que até hoje, na agenda que eu recebi, não consta esse tema. Mas às vezes chegamos à conferência e é-nos dito no dia "ponham lá mais um ponto porque a oportunidade da história mudou..."

Mas não seria normal que a Conferência Episcopal Portuguesa se reunisse agora e debatesse também este tema, que está na ordem do dia em todo o mundo?

Sabe que, muitas vezes, a Igreja tem o seu ritmo.

Muitas vezes, não, sempre tem o seu ritmo. Há quem diga que um ritmo muito lento.

Nalguns casos muito lento, noutros muito rápido. Porque relativamente a situações estatais a Igreja é muito mais rápida que o mundo estatal entre nós, consegue soluções do ponto de vista social, de combate da pobreza, denúncias e injustiça...

É rápida para fora e lenta para dentro?

Não diria um certo tipo de lentidão, diria que a lentidão não se pode julgar por uma semana ou por outra. Eu acharia que, não forçado pelas agendas do mundo, mas as agendas do mundo têm que estar sobre a nossa mesa. Quer dizer, isso sucede hoje, vou discutir hoje. Não! Deixa pensar! Dou este caso, se me permitem, em que tenho meditado do ponto de vista universitário. Há um senhor que vai apresentar uma tese de doutoramento em Salamanca com a pedofilia. E diz, "do ponto de vista há tantos indiciados (de abusos sexuais a crianças)". Mas aparece um senhor da Polícia Judiciária que se chama José Braz, director de Lisboa e de Vale do Tejo, e diz: "Mas esse senhor, que também é agente da Judiciária, está neste momento com uma licença sem vencimento porque vai apresentar a tese em Salamanca". Eu não tomo partido quanto a isto, são dados, não sei quem é que tem razão. Agora, quase diria: pobre deste senhor, ou rico deste senhor, que vai ter um combate bestial na sua tese de doutoramento. E o senhor inspector José Braz diz no Diário de Notícias: "os dados estatísticos desta tese de doutoramento estão perfeitamente descredibilizados". O que eu não posso aprovar. A saber: há determinadas notícias hoje no ar, até traduzidas em dados numéricos, que estão perfeitamente descredibilizadas.

Portanto, no fundo a sua mensagem é que a Igreja não pode andar demasiado a reboque da actualidade. Para si, a imagem do Papa não sofreu erosão com estes escândalos recentes em todo o mundo?

Diante da minha consciência, porque seria traí-la, neste momento não sinto que o Papa saia diminuído. O Papa oferece ditames e regras da maior transparência, ao dizer: colaborar com as autoridades, denunciar às autoridades, chamar a pessoa, defender as vítimas. O Papa, quando vai aos Estados Unidos e diz…

Mas o Papa não vai aos EUA, vem a Portugal. Como é que os portugueses o vão receber?

Vão recebê-lo, com certeza, na comunhão da fé, na comunhão da esperança, na comunhão da caridade e na comunhão do respeito. E com certeza que as discordâncias legítimas, se alguém as tiver, com certeza que terão mediadores para essas discordâncias serem comunicadas. O que às vezes pode acontecer é que o mediador não lhas comunique. Agora, espero que as pessoas que estão mais junto do Papa Bento XVI digam: "Santo Padre, há aqui problemas muito sérios." Em 2002, o Papa João Paulo II referiu-se à pedofilia como "o mistério da iniquidade". A pedofilia para a Igreja é um mistério trágico, é uma pouca-vergonha! Nós não podemos concordar com isto!

Mas esta viagem pode ficar marcada negativamente por estas polémicas?

Não. Primeiro, acho que o povo português é um povo inteligente. Segundo, o povo português é dos povos, do ponto de vista qualitativo, mais hospitaleiros da Europa.

Mas é uma mensagem que vai passar para o mundo, e há jornalistas a fazer perguntas.

Podem provocar. Agora, depende da capacidade de inteligência da resposta. E espero que não sejam tão infelizes como noutras alturas foram. Mas quem tiver a cabecinha sobre os ombros e quiser ser fiel a tudo aquilo que o Papa diz... Foi o Papa que, frontalmente, quis aguentar com um problema destes, foi o Papa que quis desmascarar situações. Foi um Papa que não esteve de acordo com a pouca-vergonha quase de uma rede interna. Não é hipótese que eu po- nha, que surgiu nos EUA, que desmantelou tudo aquilo, que foi aos EUA - isto não é agora defender as vítimas, dar dinheiro, a própria Igreja pode ser vítima também de explorações -, foi dizer aos católicos dos EUA... E alguns padres, salvando felizmente a maioria dos padres que são fiéis. Acho que começa a ser caído no ouvido que a maioria das pessoas são rectas, são justas e tal… um tipo que fez aí um jogo com os submarinos, eu não acredito! Mas no entanto oiço hoje que o senhor secretário de Estado das Comunidades demitiu o cônsul em Munique! Não acredito em determinadas mo- bilizações de massa relativa- mente a impérios políticos em Portugal.

http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/discursodirecto.aspx?content_id=1535685

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Mensagem por Joao Ruiz Ter Jun 01, 2010 11:07 am

Banco do Vaticano suspeito de lavagem de dinheiro

por Lusa
Hoje

A justiça italiana está a investigar o banco do Vaticano por suspeita de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro, avançou hoje o jornal 'La Repubblica'.

O diário adianta que os alvos da investigação são o Instituto das Obras Religiosas (IOR), nome como é conhecido o banco oficial do Vaticano, e dez outros bancos italianos, incluindo grandes instituições como a Intesa San Saolo e a Unicredit.

Segundo o jornal, os investigadores desconfiam que pessoas que têm residência fiscal em Itália estão a usar o IOR como uma "cortina" para esconder diversos crimes, como fraude e evasão fiscal.

O IOR gere contas bancárias das ordens religiosas e associações católicas e beneficia do estatuto "offshore" do Vaticano.

Os investigadores descobriram que foram feitas transacções de cerca de 180 milhões de euros, num período de dois anos, numa das contas geridas pelo IOR.

Em Setembro de 2009, o representante do Santander em Itália, Ettore Gotti Tedeschi, foi nomeado presidente executivo do IOR.

O arcebispo norte-americano Paul Marcinkus, que liderou o banco entre 1971 e 1989, esteve envolvido numa série de escândalos, entre os quais a falência do banco privado, Banco Ambrosiano, em 1982, entre acusações de ligações à máfia e terrorismo político.

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Vaticano Empty Portugal sugeriu condecorações de Bento XVI

Mensagem por Joao Ruiz Ter Ago 31, 2010 6:46 am

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Portugal sugeriu condecorações de Bento XVI

por HUGO FILIPE COELHO
Hoje

Vaticano Ng1336329

Diplomacia portuguesa negociou com Santa Sé a lista de pessoas a distinguir, antes da visita de Bento XVI.

Embora só tenha sido atribuída no dia 29 de Junho, a condecoração de Bento XVI a Cavaco Silva - o Colar da Ordem Piana - há muito que estava prometida. Semanas antes da visita do Papa a Portugal, a diplomacia portuguesa negociou com o Vaticano a lista de personalidades a distinguir pela Santa Sé.

O Expresso noticiou sábado que Bento XVI não mudou os seus planos e condecorou Cavaco e José Sócrates mesmo depois da promulgação do casamento homossexual - uma decisão que virou a Igreja e alguns sectores conservadores contra o Presidente.

O semanário escreve que Cavaco só teve conhecimento formal da condecoração quinta-feira. E acrescenta que em Belém a distinção foi vista "como um sinal de que o Vaticano continua a dar grande importância pela forma como decorreu a visita [do Papa a Portugal] e ao facto de Cavaco ter estado sempre presente".

Acontece que as distinções recíprocas são um procedimento protocolar em todas as visitas de Estado, isenta de significado político.

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou ao DN que a lista de condecoráveis - mais de 40 pessoas - foi indicada por Portugal e acordada com o Vaticano. Da mesma forma, a Santa Sé enviou uma lista com os nomes das pessoas que integravam a comitiva papal e que deveriam ser condecoradas com as honras do Estado português. O Papa, como é tradição, foi o único que recusou a distinção.

Mota Amaral, deputado do PSD e chanceler das Ordens Honoríficas Nacionais, explicou ao DN que "a troca de condecorações é normal nas relações internacionais".

"Habitualmente, essas condecorações são trocadas à chegada da delegação estrangeira", acrescentou. "No banquete oficial, os convidados aparecem muitas vezes com essas condecorações."

No fim-de-semana, o presidente da conferência episcopal portuguesa tinha já esvaziado o significado político das condecorações do Papa. Jorge Ortiga disse à Rádio Renascença que as distinções foram um "acto de gratidão" e avisou que não faz sentido "desvirtuar o seu significado".

"A condecoração deve ter um significado de gratidão a quem permitiu que a visita decorresse como decorreu, e, naturalmente, ao povo português", afirmou o arcebispo de Braga.

De acordo com o Expresso, na carta que a Nunciatura entregou quinta-feira no Palácio de Belém, Bento XVI tratou Cavaco como o "presidente da Dilecta Nação Portuguesa" e enaltece como os elementos da comitiva da Santa Sé "foram calorosamente recebidos" por "todo o clero e todo o povo".

O Papa reconheceu a "fé católica" e "o zelo e o empenho" de Cavaco Silva, o Cavaleiro com Colar da Ordem Piana, a segunda mais importante do Vaticano. Sócrates recebeu as insígnias da Ordem de São Gregório, destinada a "laicos beneméritos". Jaime Gama, Luís Amado, Maria Cavaco Silva também foram distinguidos.

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Vaticano Empty 'Chip' impede roubo de livros no Vaticano

Mensagem por Joao Ruiz Ter Set 14, 2010 9:46 am

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'Chip' impede roubo de livros no Vaticano

por MANUELA PAIXÃO
Hoje

Vaticano Ng1341623

Depois de mais de dez anos de obras e de três anos encerrada ao público, a Biblioteca Apostólica do Vaticano reabre segunda-feira. Com mais espaço, melhor arrumação e com todas as condições de segurança

A Biblioteca Apostólica do Vaticano reabre, após três anos de profundas obras de remodelação, na próxi- ma segunda-feira, dia 20. A intervenção incidiu sobretudo nos sistemas de segurança e na ampliação e melhoramento dos espaços mas, para os leitores, as grandes vantagens têm a ver com a informatização: antes de mais no processo de acesso; mas também na possibilidade de ligar o seu computador à rede da biblioteca através do Wi Fi, na sala de leitura ou até mesmo em casa, com uma password , e assim ser possível requisitar directamente reproduções fotográficas.

Na conferência de imprensa de apresentação, os responsáveis sublinharam o facto de as obras estarem concluídas dentro do prazo e agradeceram a compreensão dos investigadores que tiveram de suspender o seu trabalho durante este período. "Tendo em conta o que tinha de ser feito, o barulho e as técnicas de construção que iam ser usadas, decidimos que a biblioteca teria inevitavelmente de fechar", explicou o cardeal Raffaele Farina, bibliotecário e arquivista da Santa Sé. O acesso à biblioteca é restringido, geralmente, a académicos de pós- -gradução mas, mesmo assim, recebe anualmente quatro a cinco mil investigadores (60% dos quais são italianos). Nenhum dos volumes pode ser requisitado para consulta domiciliária e as regras são rígidas: comida, bebida e canetas não são autorizados na sala de leitura de manuscritos.

A partir da próxima semana, os investigadores vão ter mais e melhores sistemas de comunicação e de transporte dos volumes na biblioteca - por exemplo da caixa-forte à prova de bala para as salas de leitura climatizadas. Dentro da caixa-forte também houve remodelações, como novos sistemas de segurança instalados. Os cerca de 70 mil livros da biblioteca estão agora equipados com um chip que permite a sua localização - prevenindo furtos e desaparecimentos. Um circuito de câmaras de vigilância interna entrou em funcionamento e as cancelas de entrada e saída também foram substituídas para um sistema mais moderno.

A necessidade de melhorar a segurança do edifício ficou clara quando, em 1987, Anthony Menikas, professor universitário em Ohio, rasgou algumas páginas de um manuscrito do século XIV que tinha pertencido a Petrarca. Foi condenado a 14 meses de prisão.

Os trabalhos iniciaram-se em 2007 e foram faseados, de modo a que a biblioteca só tivesse que encerrar neste último período. Recuperação de espaços, adaptação às novas tecnologias, catalogação e rearrumação dos itens, eliminação de estruturas decadentes, climatização e controlo da humidade em todas as alas, sistemas anti-incêndio e de segurança. Dentro de dois anos, a intervenção ficará completa com a abertura do Salão Sistino como segunda sala de consulta de estampas e litografias.

"Um projecto seguido de perto por Bento XVI, que teve sempre, desde os tempos de seminário, um interesse particular pela biblioteca. Agora que vai ser reaberta, já fomos informados pelo próprio Papa que será um dos primeiros a visitá-la", garantiu o cardeal.

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Vaticano 13651

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Vaticano Empty Papa Bento XVI proclama seis novos santos

Mensagem por Joao Ruiz Dom Out 17, 2010 10:15 am

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Papa Bento XVI proclama seis novos santos

por Lusa
Hoje

Vaticano Ng1354556

O Papa Bento XVI proclamou hoje perante mais de 80 mil peregrinos seis novos santos, entre os quais Mary Hellen Mackillop, a primeira santa australiana, e Alfred Bessete, primeiro santo do Canadá.

Entre os outros novos santos estão a monja espanhola Cándida María de Jesús Cipitria y Barriola (1845-1912), fundadora das Filhas de Jesus, e o polaco Stanislaw Soltys Kazimierczyk (1433-1489), sacerdote dos Canónicos Regulares Lateranenses.

Também foram distinguidas as monjas italianas Giulia Salzano (1846-1929), fundadora da Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração, e Battista Camilla da Varano (1458-1524), monja da Ordem de Santa Clara.

Mary Hellen Mackillop (1842-1909) foi fundadora da Congregação das Irmãs de São José do Sagrado Coração e Alfred Bessette (1845-1937), era da Congregação de Santa Cruz.

Os seis novos santos foram proclamados cerca das 10:45 horas locais (09:45 em Lisboa). Além das palavras do Papa, ouvia-se música sacra na fachada da basílica estavam os seis retratos dos religiosos homenageados.

Na cerimónia esteve a monja jesuíta Carmen del Val Rodríguez, a religiosa que padecia de uma doença incurável e que se curou de um modo inexplicável para a ciência, um milagre que levou a madre Cándida aos altares.

Milhares de peregrinos australianos com bandeiras, chapéus de cowboy e lenços coloridos marcaram presença na praça de S.Pedro no Vaticano para assistir à missa de canonização da primeira santa australiana.

Emilia Mourani, de 36 anos, oriunda de Sidney, é uma dos muitos australianos que se deslocaram ao Vaticano. "Rezei a ela e ela ajudou-me. É por isso que estou aqui, quero agradecer-lhe", disse, ostentando um boné de basebol e vestida com as cores da Austrália.

A australiana Mary MacKillop era uma religiosa rebelde que enfrentou a hierarquia católica e denunciou um padre pedófilo, o que lhe valeu a excomunhão temporária.

Segundo dados do Vaticano, cerca de seis mil australianos devem estar hoje entre a multidão de 50 mil peregrinos que vão assistir à missa de canonização de religiosos.

A delegação da Polónia na Cidade do Vaticano para assistir à missa de canonização é liderada pelo Presidente do país, Bronislaw Komorowski.

Espanha fez-se representar pelo secretário de Estado da Justiça, Juan Carlos Campo Moreno, o Canadá pelo secretário de Estado dos Assuntos Externos, Lawrence Cannon, e a Austrália pelo responsável governamental dos Negócios Estrangeiros, Kevind Rudd.

Nos seus cinco anos de Pontificado, Bento XVI já proclamou 34 santos e quase 600 beatos. Realizou oito cerimónias de canonização, sete delas no Vaticano e uma no Brasil.

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Mensagem por Joao Ruiz Sáb Nov 20, 2010 10:49 am

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Papa admite o uso do preservativo "em certos casos"

por DN.pt/AFP
Hoje

Vaticano Ng1382107

Pela primeira vez, um Papa admite a utilização do preservativo "em certos casos", desde que "para reduzir os riscos de contaminação do vírus da sida. A declaração é de Bento XVI e, segundo a France Press, consta num livro a ser publicado na quarta-feira.

"Em certos casos, quando a intenção é reduzir o risco de contaminação [do VIH], este pode mesmo ser um primeiro passo para abrir caminho a uma sexualidade mais humana, de outra forma vazia", afirma Bento XVI.

O livro, intitulado "A luz do mundo", foi escrito por um jornalista alemão e aborda vários temas polémicos, como a pedofilia, o celibato dos padres, a ordenação das mulheres e a relação com o Islão.

Até hoje, o Vaticano sempre baniu toda e qualquer forma de contracepção, excepto a abstinência sexual, mesmo relativamente à prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.

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Mensagem por Joao Ruiz Ter Nov 23, 2010 3:50 am

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Mulheres-padre e celibato são os próximos tabus

por PATRÍCIA JESUS
Hoje

Vaticano Ng1384368

Papa acabou com tabu sobre preservativo, admitindo o uso em "certos casos". Mas há ainda muitos outros tabus que movimentos católicos gostavam de ver 'abolidos'.

Com as declarações de Bento XVI sobre o uso do preservativo - considerando que é admissível "em certos casos", para evitar a transmissão de doenças como a sida - quebrou-se um dos tabus da Igreja Católica - e um dos mais criticados, sobretudo de fora. Mas restam outros, que dividem os próprios católicos: o celibato obrigatório dos padres; o papel das mulheres na Igreja ; o problema do divórcio; e o acolhimento dos fiéis homossexuais são aqueles que os católicos com quem o DN falou consideram mais urgentes.

"O que Bento XVI disse agora já devia ter dito há muito tempo", aponta Maria João Sande Lemos, do Movimento Nós Somos Igreja. O fim do celibato obrigatório dos padres é outro ponto em que acha que a Igreja está atrasada. "Não é uma regra de raiz: foi imposto no século XII e não faz sentido. Toda a gente sabe que muitos apóstolos eram casados", diz. Aliás, lembra que a Igreja já aceita padres protestantes casados, quando estes se convertem.

O teólogo Jorge Cunha refere que o que está em causa são os padres de paróquia e não o celibato em si - "porque haverá sempre pessoas que vivem a sua fé com o radicalismo do celibato". "Não é possível fazer futurologia", adverte, mas conclui que este é um tema em que pode haver mudanças.

O teólogo brasileiro Leonardo Boff também vê o fim do celibato como uma tendência para o futuro, mas não a curto prazo ou com o actual Papa. "Só com um Papa da periferia", diz o fundador da Teologia da Libertação no Brasil.

Já quanto ao papel das mulheres na Igreja, Bento XVI parece menos disposto a mudar. O Papa refere, no mesmo livro de entrevistas em que pela primeira vez admitiu a possibilidade de usar preservativo - Luz do Mundo, que será publicado em Portugal no dia 30 -, que a Igreja não tem o direito de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, mesmo que queira. E há meses o Vaticano referia-se à ordenação de mulheres como um crime sério. Por isso, Maria João Sande Lemos acredita que esta será uma mudança difícil.

"Precisamos de uma igreja muito menos discriminatória e as mulheres, como baptizadas, têm de ter acesso a todos os sacramentos", indica. E acredita que a Igreja vai ser "confrontada com a realidade e obrigada a dar um passo atrás, como foi agora nesta questão do preservativo". "Estou convencida de que é irreversível, mas não sei se estarei viva para ver."

A discriminação das mulheres também é visível, diz, "na visão pouco amistosa da sexualidade, sobretudo no que toca às questões que afectam mais as mulheres, como o planeamento familiar". "Qual é o casal católico que não usa qualquer meio de planeamento familiar", interroga-se, pedindo "um olhar descomplexado sobre a sexualidade".

Outra questão que divide os católicos e para a qual urge procurar uma solução, diz José Leote do Grupo de Homossexuais Católicos Rumos Novos, é o acolhimento dos divorciados. Para o teólogo Jorge da Cunha não é provável que exista uma modificação da norma moral: o casamento é indissolúvel. Mas "há um problemas para resolver, que é o das pessoas que falharam no seu primeiro casamento" e estão casadas em segundas núpcias. "Pode acontecer a admissão aos sacramentos. Há pessoas que sofrem muito por causa da situação em que vivem", conclui.

Por fim, o "acolhimento verdadeiro, fraterno, dos fiéis homossexuais", é uma das mudanças que José Leote põe à cabeça das suas preocupações, embora subscreva os outros temas referidos pelo movimento Nós Somos Igreja. Mas acredita que a mudança de atitude em relação aos homossexuais será mais complicada do que outras. "Este Papa tem-nos habituado a sempre que fecha uma porta abre uma janela. Vamos esperar."

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Dez 26, 2010 4:21 am

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Papa defende cristãos do Iraque

por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje

Vaticano Ng1412925

Bento XVI apelou à solidariedade para com os cristãos que sofrem no Iraque e em todo o Médio Oriente.

Oudai Saadallah Abdal desafiou a angústia e o medo e foi à missa de Natal na catedral de Nossa Senhora do Socorro em Bagdad. Foi aí que, em Outubro, 44 fiéis e dois padres morreram num ataque de terroristas da Al-Qaeda. Dois dos mortos eram os seus irmãos, um dos feridos era a sua mãe - actualmente internada em França. "Nas últimas festas estávamos todos juntos, a minha mãe, os meus irmãos, os meus familiares, amigos, mas desta vez não havia ninguém em minha casa. Fechei a porta e chorei durante toda a noite", contou o iraquiano ao jornalista da AFP William Dunlop. Foi a pensar em muitas pessoas como Abdal que o Papa Bento XVI ontem lançou um apelo à paz e à solidariedade activa para com todos os cristãos no Médio Oriente.

A partir da varanda da Basílica de São Pedro, em Roma, perante milhares de fiéis reunidos na praça com o mesmo nome, o líder da Igreja Católica instou os "responsáveis de todas as Nações a manifestarem uma solidariedade activa para com os cristãos do Iraque e de todo o Médio Oriente". Antes de expressar os seus votos de Bom Natal, num total de 65 línguas, Bento XVI desejou esperança para os cristãos que actualmente conhecem "provações e dor". O difícil destino dos cristãos nesta região conturbada do mundo esteve, aliás, no centro do sínodo que foi organizado pelo Vaticano em Outubro e contou com o Papa.

O êxodo dos cristãos do Iraque aumentou após o ataque reivindicado pela Al-Qaeda contra a catedral da Nossa Senhora do Socorro, no dia 31 de Outubro, disse a Human Rights Watch. Hoje, há apenas meio milhão de cristãos naquele país do golfo Pérsico, quando em 2003, ano da invasão, havia entre 800 mil a 1,2 milhões. Aquela igreja católica siríaca esteve ontem fortemente vigiada, por receios de novos ataques contra os fiéis em pleno dia de Natal.

Três centenas de pessoas assistiram à missa na catedral, ainda cravada de balas. Tiveram de sentar-se em cadeiras de plástico, que agora substituem os bancos destruídos no ataque. Medidas de segurança excepcionais foram tomadas em volta das igrejas, havendo polícias a vigiar as entradas e muros a rodear os edifícios. "Mobilizámos forças durante três dias à volta das igrejas e estamos em estado de alerta. Eu posso assegurar aos nossos irmãos cristãos que as missas podem ter lugar em todos os bairros de Bagdad", indicou o general Qassem Atta, porta-voz do comando das operações na capital iraquiana.

O Estado islâmico do Iraque, grupo ligado à Al-Qaeda, ameaçou recentemente de morte os membros da comunidade cristã. "Vocês devem estar cegos para não levar em conta as exigências dos Mujahidine e isso vai custar-vos caro", disse o grupo num comunicado. Numa mensagem interceptada num fórum ligado à Al-Qaeda pelo centro americano de vigilância de sites islamitas (SITE), o militante radical Shumukh al-Islam ameaça "os descrentes e os países cristãos que celebram o Natal" com atentados à bomba.

Lembre-se que há duas semanas um sueco de origem iraquiana tentou levar a cabo um atentado suicida em Estocolmo, numa das ruas mais movimentadas em tempo de compras de Natal. E que além do Iraque, nos últimos dias houve ameaças e ataques contra as comunidades cristãs de países como a Nigéria e as Filipinas.

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Vaticano Empty Bento XVI anuncia peregrinação a Assis

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Jan 01, 2011 9:07 am

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Bento XVI anuncia peregrinação a Assis

por Lusa
Hoje

Vaticano Ng1416335

O Papa Bento XVI anunciou este sábado que peregrinará à cidade italiana de Assis, pátria de São Francisco, para um encontro inter-religioso pela paz.

De acordo com a agência espanhola EFE, nesta viagem Bento XVI deverá ainda comemorar o 25.º aniversario da Jornada Mundial de Oração pela Paz, que João Paulo II convocou, no mesmo lugar, em 1986.

Na primeira missa de 2011, com o tema da 44 Jornada Mundial da Paz, o Papa rezou o Ángelus a Praça de São Pedro, repleta de peregrinos e fiéis, a quem desejou um feliz ano novo.

Na sua alocução pela paz, Joseph Ratzinger sublinhou que "as grandes religiões podem constituir um importante factor de unidade e paz para a família".

Para tal, o Papa irá como peregrino à cidade de São Francisco, "convidando à união de cristãos de diversas confissões, aos expoentes das tradições religiosas do mundo e a todos os homens de boa vontade".

O convite à peregrinação à cidade de Assis tem como finalidade "renovar o compromisso dos crentes de cada religião e vivera própria fé religiosa como serviço para a causad a paz".

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Vaticano Empty Papa Bento XVI diz que instituição família está "ameaçada"

Mensagem por Joao Ruiz Dom Jan 09, 2011 9:38 am

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Papa Bento XVI diz que instituição família está "ameaçada"

por Lusa

Vaticano Ng1422578

O papa Bento XVI afirmou este domingo que a instituição família está "ameaçada", durante a cerimónia de comemoração do dia do Batismo do Senhor, celebrada na Capela Sistina do Vaticano em que foram batizadas 21 crianças.

"A colaboração entre a comunidade cristã e a família é necessária no actual contexto social em que a instituição família está ameaçada por diversos lados e tem que enfrentar muitas dificuldades na sua missão de ensinar a fé", disse o papa durante a homília, segundo a agência EFE. Para Bento XVI, "a perda de referências culturais estáveis e a rápida transformação da sociedade fazem com que seja verdadeiramente difícil fazer um trabalho educativo". Portanto, sublinhou, "é necessário que as paróquias prestem apoio às famílias na tarefa de transmitir a fé".

Os treze meninos e oito meninas - entre as quatro semanas e os quatro meses - que foram batizados são filhos de trabalhadores da Santa Sé e da Cidade do Vaticano. A acompanhar o Bento XVI na celebração estiveram o arcebispo espanhol Felix del Blanco e o arcebispo italiano Carlo Maria Viganó, secretário-geral do Governo da Cidade do Vaticano. Com o batismo, os 21 bebés receberam "uma marca espiritual indelével" que marca para sempre a sua "pertença ao Senhor" e os faz "parte viva" da Igreja, observou o papa, acrescentando: "Para estas crianças, começa hoje um caminho de santidade e de harmonização com Jesus".

Bento XVI encorajou ainda os pais e os educadores para que eduquem as crianças na fé para que "cresça nelas a semente da fé que hoje receberam e para que possam chegar à plena maturidade cristã". "A Igreja tem de encarregar-se, junto com os pais e padrinhos, de acompanhá-los neste caminho de crescimento", disse o papa, numa missa celebrada momentos antes de dirigir a habitual oração do Angelus aos domingos, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

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Vaticano Empty João Paulo II vai ser beatificado no Dia do Trabalhador

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Jan 15, 2011 10:25 am

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João Paulo II vai ser beatificado no Dia do Trabalhador

por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje

Vaticano Ng1427754

Reconhecido primeiro milagre do papa polaco. O processo foi rápido, mas foram observadas todas as regras, garante a Santa Sé

Bento XVI promulgou ontem o decreto em que se reconhece um milagre sucedido por intercessão de João Paulo II, tendo sido marcada a cerimónia de beatificação para o primeiro domingo após a Páscoa, 1 de Maio, que coincide este ano com o Dia do Trabalhador e com o Domingo da Divina Misericórdia, celebração instituída pelo papa polaco em 2000.

O próximo passo será a canonização quando for atribuído um segundo milagre a João Paulo II.

A cerimónia será presidida por Bento XVI e realiza-se na Basílica de São Pedro, em Roma. Na ocasião, o caixão de Karol Wojtyla será transferido da cripta para a basílica, onde permanecerá sob uma laje de mármore com a inscrição "Beatus Ioannes Paulus II".

Ao contrário do sucedido em 2000 com João XXIII, não se procederá nem à exumação nem à exposição dos restos mortais de João Paulo II, escrevia ontem no seu blogue o vaticanólogo de Il Giornale, Andrea Tornielli.

A beatificação sucede após a Congregação para as Causas dos Santos ter reconhecido como "milagrosa" a cura da irmã francesa Marie Simon-Pierre , hoje com 50 anos, afectada pela doença de Parkinson desde 2001, a mesma doença que marcou os últimos anos de vida de João Paulo II.

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Vaticano Empty Bento VXI visitou minas onde nazis fuzilaram romanos

Mensagem por Joao Ruiz Dom Mar 27, 2011 8:52 am

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Bento VXI visitou minas onde nazis fuzilaram romanos


por Lusa
Hoje

Vaticano Ng1486692

O papa Bento XVI visitou hoje as Fossas Ardeatinas, as minas abandonadas no sul de Roma onde em 1944 os nazis fuzilaram 335 romanos, grande parte deles judeus, e qualificou o nazismo como "o mal mais horrendo".

Acompanhado do rabino chefe de Roma, Riccardo Di Segni, e do cardeal Andrea Cordero Lanza de Montezemolo, filho do coronel Giuseppe Cordero Lanza de Monetezemolo, uma das vítimas, Bento XVI afirmou que o que aconteceu naquela mina "é uma gravíssima ofensa a Deus".

"O que aconteceu a 24 de março de 1944 é uma gravíssima ofensa a Deus, porque é uma violência intencionada do homem contra o homem. É o efeito mais execrável da guerra, de qualquer guerra. Deus é verdade e vida, paz e unidade", afirmou o Sumo Pontífice, citado pela agência EFE.

Bento XVI acrescentou que visitou o local onde os nazis levaram a cabo uma das maiores matanças em Itália para que não se esquecesse o ocorrido e pedir misericórdia divina.

Recordou que as Fossas Ardeatinas estão muito próximo das catacumbas romanas e afirmou que nesse "lugar de violência e de morte" se encontrou um papel onde um dos fuzilados pedia a Deus que protegesse os judeus "das bárbaras perseguições".

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Vaticano Empty Bento XVI pede pacificação na Costa do Marfim

Mensagem por Joao Ruiz Qui Abr 07, 2011 11:03 am

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Bento XVI pede pacificação na Costa do Marfim

por Lusa
Hoje

Vaticano Ng1495732

O Papa apelou hoje "a todas as partes envolvidas" na Costa do Marfim e na Líbia para "iniciarem um trabalho de pacificação e de diálogo e evitar novos derramamentos de sangue", durante a audiência semanal no Vaticano.

Bento XVI garantiu que continuava a "seguir com grande apreensão os acontecimentos dramáticos que as populações da Costa do Marfim e da Líbia têm vivido nos últimos dias".

"Rezo pelas vítimas e estou próximo de todos aqueles que sofrem", afirmou, antes de relembrar que «a violência e o ódio são sempre uma derrota".

Na Líbia, o chefe militar dos rebeldes criticou na terça-feira a NATO, que acusou de "deixar morrer os habitantes de Misrata" (oeste) sob os tiros das forças do líder líbio Muammar Kadhafi. As forças de Kadhafi também ganharam terreno no leste, perto de Brega.

Na Costa do Marfim, o Presidente cessante Laurent Gbagbo continua hoje a recusar reconhecer a derrota apesar do pedido de cessar-fogo do seu exército, na sequência dos ataques da França e da ONU e antes do avanço das forças de Alassane Ouattara, Presidente eleito reconhecido pela maioria da comunidade internacional.

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Vaticano Empty Milhares prestam homenagem ao novo beato

Mensagem por Joao Ruiz Dom maio 01, 2011 10:37 am

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Milhares prestam homenagem ao novo beato

por DN.pt
Hoje

Vaticano Ng1516421

Milhares de pessoas prestam esta tarde homenagem ao beato João Paulo II, cuja urna está colocada junto ao altar da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

A longa marcha dos peregrinos para prestar homenagem ao antigo Papa começou no início da tarde, depois da homilia de Bento XVI na Praça de São Pedro.

A cerimónia foi assistida 'ao vivo' por cerca de um milhão de pessoas, que se deslocaram ao Vaticano, bem como por muitas entidades oficiais. Entre elas contam-se o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, os príncipes de Espanha, o presidente polaco Bronislaw Komorowski e o ministro dos negócios estrangeiros português Luís Amado.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1841669&seccao=Europa

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Vaticano Empty Crise entre Irlanda e Vaticano pelos abusos sexuais

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jul 26, 2011 6:24 am

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Crise entre Irlanda e Vaticano pelos abusos sexuais

por DN.pt
Hoje

Irlanda e Vaticano vivem um dos períodos mais tensos de sempre devido aos abusos sexuais de crianças que ocorreram durante largos anos em instituições religiosas irlandesas. A crise agravou-se devido a um novo relatório, muito duro para com a Igreja Católica, e que levou o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, a apontar o dedo ao próprio Vaticano.

Segundo o El País, o Vaticano chamou ontem, para consultas, o seu embaixador na Irlanda, Giuseppe Leanza. Foi a reacção da cúpula máxima da Igreja Católica às palavras proferidas por Kenny num debate parlamentar ocorrido no dia 20 deste mês, decorrentes de um novo relatório independente sobre abusos sexuais de rapazes e raparigas em instituições católicas irlandesas.

Para o primeiro-ministro, o relatório põe a nu "as disfunções, a desconexão, o elitismo e o narcisismo que dominava a cultura do Vaticano". "A violação e a tortura de crianças foi minimizada ou gerida de forma a que se mantivesse a primazia da instituição, o seu poder, posição e reputação", acusou Kenny.

Os primeiros três relatórios sobre abusos físicos, psíquicos e sexuais nas instituições católicas irlandesas arrasaram o comportamento da Igreja local, mas o quarto relatório atribuiu responsabilidades ao Vaticano. Trata-se de um relatório, de 431 páginas, publicado no dia 13 de Julho, elaborado a partir de uma investigação orientada pela juíza Ivonne Murphy, centrada na diocese rural de Cloyne, entre 1996 e 2009. Na altura, o Estado católico reagiu de forma discreta, pedindo um "debate objectivo", mas a discrição do Vaticano não levou a que o assunto fosse esquecido, pelo contrário, graças às acusações do primeiro-ministro.

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Vaticano Empty Bento XVI aceita demissão de bispo irlandês

Mensagem por Joao Ruiz Qua Nov 23, 2011 9:51 am

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Bento XVI aceita demissão de bispo irlandês

por Lusa
Hoje

Vaticano Ng1721794

O papa Bento XVI aceitou a demissão do bispo irlandês Seamus Hegarty, anunciou hoje o Vaticano, sem adiantar se a renúncia do religioso está relacionada com o escândalo de pedofilia que abalou a igreja da Irlanda.

A demissão foi aceite com base no artigo 401, alínea 2, do Código do Direito Canónico, que prevê a renúncia em caso de doenças graves, mas também se ocorrerem falhas graves de comportamento, como por exemplo a ocultação de casos de pedofilia.

O porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, afirmou não ter "qualquer informação" sobre as razões que levaram à demissão do prelado.

Seamus Hegarty liderou a diocese de Raphoe entre 1982 e 1994, tendo sido depois conduzido para a diocese de Derry.

Em Novembro de 2009, o bispo irlandês manifestou preocupação após a abertura de inquéritos de investigação contra 17 padres da diocese de Derry, alegadamente envolvidos em actos de pedofilia.

De acordo com a comunicação social irlandesa, o bispo Hegarty, que estaria quase a atingir a idade da reforma - fixada nos 75 anos -, pediu a demissão a Bento XVI há algumas semanas, alegando motivos de saúde.

A Igreja irlandesa atravessa uma crise sem precedentes depois da divulgação em 2009 de um escândalo de pedofilia, que terá sido ocultado por diversos bispos locais durante vários anos.

O caso esfriou as relações entre o Vaticano e o Governo irlandês, que acabou por acusar a Santa Sé de não ter reagido de forma energética e de ter impedido os inquéritos da justiça irlandesa.

O Vaticano rejeitou as acusações, mas reconheceu que o episcopado irlandês tinha cometido erros graves.

Atualmente, sete das 26 dioceses irlandesas estão sem bispo na sequência desta crise.

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Vaticano Empty Vaticano copiou biografias de cardeais da wikipedia

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jan 10, 2012 10:05 am

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Vaticano copiou biografias de cardeais da wikipedia

por DN.pt
Hoje

Vaticano Ng1771570

O Vaticano admitiu ter recorrido à Wikipedia para fazer as biografias, dos 22 novos cardeais, enviadas aos jornalistas.

As biografias foram copiadas da versão italiana da enciclopédia online, que pode ser editada por qualquer utilizador. Em alguns casos foram copiadas integralmente e sem atribuir a origem da informação.

As desconfianças surgiram quando alguns dos cardeais eram descritos pelo Vaticano como "católicos". A Santa Sé já se justificou dizendo que estava a tentar ajudar os jornalistas e que avisou que as biografias eram "não oficiais", indica a BBC.

Os nomes dos 22 cardeias foram revelados a 6 de janeiro pelo Papa Bento XVI. As biografias oficias estão agora a ser na página da Santa Sé.

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Vaticano Empty Vaticano contra privatização do setor da água

Mensagem por Joao Ruiz Ter Mar 13, 2012 5:13 pm

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Vaticano contra privatização do setor da água

Hoje

Vaticano Ng1859529

A Santa Sé enviou uma mensagem para o Fórum Mundial da Água onde mostra preocupação com a falta de acesso a recursos hídricos, avança hoje a Rádio Renascença.

O Vaticano é contra a privatização do setor da água por considerar que a água é "um bem público" e não "meramente mercantil". Por isso, o Vaticano apela à comunidade internacional que assegure o acesso à água a toda a população mundial.

No sexto Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França, o Conselho Pontifício Justiça e Paz, organismo que representa a Santa Sé no encontro, divulgou o documento "Água, um elemento essencial para a vida".

Para o Conselho Pontifício Justiça e Paz, os recursos hídricos são um "bem universal", indispensável para o "desenvolvimento integral dos povos e para a paz".

"O acesso à água potável não está definitivamente garantido a cerca de metade da população mundial", alerta o documento da Santa Sé. Lamenta, ainda, que nem todos os Estados consagrem o "direito à água" no seu ordenamento jurídico.

O Fórum Mundial é organizado a cada três anos pelo Conselho Mundial da Água para reunir organismos estatais e privados no sentido de definir a utilização dos recursos hídricos a longo prazo.

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Vaticano Empty Bento XVI disponível para encontro com Fidel

Mensagem por Joao Ruiz Sex Mar 16, 2012 5:44 pm

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Bento XVI disponível para encontro com Fidel

por Lusa
Hoje

Vaticano Ng1864005

O papa Bento XVI estará disponível para se encontrar com o líder histórico cubano Fidel Castro em Havana se este quiser, declarou hoje o porta-voz do Vaticano.

Em conferência de imprensa, o padre Federico Lombardi sublinhou que um eventual encontro com Fidel durante a visita ao palácio presidencial, durante a qual estará com o presidente cubano, Raul Castro, não estava no programa oficial de Bento XVI.

O chefe da Igreja católica visita Havana entre 27 e 28 de agosto para fazer a segunda visita de um papa àquele país dirigido por um regime comunista.

"É uma eventualidade, é possível. Se Fidel Castro quiser encontrar-se, o Santo Padre estará disponível", afirmou o porta-voz, não excluindo a possibilidade dos dois responsáveis se verem.

Informações insistentes referem há meses de um possível encontro entre o líder histórico cubano e o papa, quando este visitar o irmão presidente.

Segundo certas fontes informadas, Fidel Castro, que estará muito doente, terá exprimido o desejo de ver o papa.

Entretanto, o governo brasileiro criou uma comissão especial para organizar os preparativos da visita do papa Bento XVI ao Brasil.

O papa visita o Rio de Janeiro, entre 23 e 28 de julho de 2013, para a Jornada Mundial da Juventude.

A comissão especial tem a tarefa de promover a articulação do governo com os órgãos federais, estaduais e municipais, a Nunciatura Apostólica, a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Arquidiocese do Rio de Janeiro, a fim de que sejam adotadas todas as medidas necessárias para o êxito da visita do pontífice.

In DN

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Vaticano Empty Bento XVI evoca "divisões" dentro das famílias

Mensagem por Joao Ruiz Qua maio 30, 2012 11:20 am

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Bento XVI evoca "divisões" dentro das famílias

por DN.PT
Hoje

Em pleno escândalo com a detenção do seu mordomo por roubo de documentos secretos do Vaticano, o Papa falou das "tribulações" e "divisões" que existem dentro das famílias na audiência geral na praça de São Pedro.

Normalmente, usa-se a expressão "pequena família" do Papa para caracterizar os que religiosos e laicos que servem nos apartamentos do terceiro andar do palácio apostólico, onde vive Bento XVI.

O mordomo Paolo Gabriele, que trabalhava ao lado do Papa desde 2006, é suspeito de ter revelado documentos confidenciais aos jornalistas.

Pálido e com ar fatigado, Bento XVI chegou para a audiência geral como sempre em papamobile, mas pela primeira vez sem Paolo Gabriele. Foi há uma semana, depois da audiência geral, que o mordomo foi preso.

"Caros irmãos e irmãs, a nossa via e o nosso caminho de cristãos está muitas vezes coberto de dificuldades, incompreensões e sofrimentos.Mas a forma de agir de Deus, bem diferente da nossa, dá-nos consolo, força e esperança face às divisões nas relações humanas e nas famílias", disse o Papa.

Bento XVI reforçou contudo a sua "confiança" nos seus "colaboradores próximos", estimando que as "hipóteses" que se multiplicam na imprensa italiana após o escândalo de revelação de segredos "dão uma imagem do Vaticano que não corresponde à realidade".

In DN

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Vaticano Empty Mordomo do caso 'Vatileaks' pede perdão ao Papa

Mensagem por Joao Ruiz Qua Jul 25, 2012 8:00 am

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Mordomo do caso 'Vatileaks' pede perdão ao Papa

por Catarina Reis da Fonseca
Ontem

Vaticano Ng2042794

Paolo Gabriele, o mordomo suspeito de estar por detrás da fuga de dezenas de documentos confidenciais do Vaticano, enviou uma carta a Bento XVI, na qual pede desculpa pelos seus atos.

A missiva foi entregue à comissão independente de cardeais que está a investigar a origem e os motivos que levaram à fuga de dezenas de documentos secretos do Vaticano.

De acordo com declarações de Carlo Fusco, advogado do ex-mordomo do Papa, esta carta é confidencial e apenas os três cardeais que integram a comissão e Bento XVI têm conhecimento do seu conteúdo. No entanto, Fusco revelou ao Corriere della Sera que Gabriele admitiu os seus erros e pediu perdão.

Após ter passado 50 dias numa cela do quartel-general do Vaticano, o ex-mordomo passou para regime de prisão domiciliária e está agora a viver na casa que partilha com a mulher e os seus três filhos na Cidade do Vaticano.

O ex-mordomo, conhecido como Paoletto, aguarda agora a conclusão da primeira fase do processo judicial, podendo sair em liberdade ou ir a julgamento, sendo a segunda hipótese a mais provável.

O advogado do antigo ajudante do Papa garante que este agiu sozinho e que não existiu nenhuma conspiração "interna ou externa" ao Vaticano.

In DN

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Vaticano Empty Vaticano vai julgar mordomo do Papa e um cúmplice

Mensagem por Joao Ruiz Seg Ago 13, 2012 8:43 am

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Vaticano vai julgar mordomo do Papa e um cúmplice

por Helena Tecedeiro
Hoje

Vaticano Ng2071381

Um tribunal do Vaticano anunciou hoje que vai julgar não só o mordomo de Bento XVI, Paolo Gabriele, no escândalo da fuga de documentos secretos, mas também um cúmplice deste, Claudio Sciarpelletti, cuja identidade só agora foi revelada.

Paolo Gabriele irá responder por roubo agravado, enquanto Claudio Sciarpelletti, um informático que trabalhava na secretaria de Estado do Vaticano, é acusado de cumplicidade, indicou num comunicado citado pela AFP o juiz Piero Bonnet.

Paolo Gabriele, de 46 anos, foi detido a 23 de maio e colocado em prisão domiciliária no Vaticano a 21 de julho após 53 dias de detenção numa célula do Palácio do Tribunal, por trás da Basílica de São Pedro.

O mordomo era, até agora, o único acusado no caso conhecido como Vatileaks, a fuga de documentos ultra-secretos do Vaticano.

Gabriele é acusado de roubo agravado por ter tirado da secretária do seu superior, Georg Gänswein, o secretário particular do Papa, várias mensagens, cartas e emails ultra-secretos, alguns dos quais dirigidos ao próprio Papa Bento XVI. O mordomo terá fotocopiado os documentos antes de os transmitir para o exterior.

Casado e pai de três filhos, o católico Paolo Gabriele tinha toda a confiança do Papa desde que começara a a trabalhar para ele em 2006. E, segundo os seus próximos, Bento XVI ficou muito sentido com a "traição" do mordomo.

In DN

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Vaticano Empty Mordomo do Papa condenado a um ano e meio de prisão

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Out 06, 2012 10:53 am

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Mordomo do Papa condenado a um ano e meio de prisão

por Helena Tecedeiro com AFP
Hoje

Vaticano Ng2153540

Gabriele, o antigo mordomo de Bento XVI, suspeito de ter roubado centenas de documentos confidenciais, garantiu hoje ter agido "por amor à Igreja" e não ser "ladrão". O tribunal do Vaticano condenou-o a três anos de prisão, reduzindo logo a pena para um ano e meio.

O presidente do tribunal do Vaticano, Giuseppe Dalla Tore, explicou que a pena foi reduzida devido aos seus "anos de serviço ao lado do Papa" e "à sua convicção - mesmo que errada - de estar a servir a Igreja", do seu "comportamento durante o processo" e da sua "consciência de ter traído o Papa".

"O que sinto com mais força dentro de mim é a convicçãode ter agido por amor exclusivo, visceral, à Igreja de Cristo e ao seu chefe na Terra. Não me sinto ladrão", declaropu Paolo Gabriele, numa curta declaração antes de os juízes se retirarem e pronunciarem a sua sentença.

O procurador Nicola Picardi pedira três anos de prisão contra o mordomo do Papa, suspeito de roubo agravado de centenas de documentos confidenciais.

In DN

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Vaticano Empty Papa Bento XVI envia o seu primeiro 'tweet'

Mensagem por Joao Ruiz Qua Dez 12, 2012 11:19 am

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Papa Bento XVI envia o seu primeiro 'tweet'

por AFP, traduzido por Aldara Rodrigues
Hoje

Vaticano Ng2274741
Página do Twitter do Papa Bento XVI Fotografia © DR/Twitter do Papa Bento XVI

O Papa Bento XVI enviou hoje o seu primeiro tweet, a partir do Vaticano, em Roma, enfatizando a sua "alegria" por entrar e contacto com os utilizadores do Twitter do mundo inteiro, dando-lhes a sua bênção.

"Queridos amigos, estou feliz por entrar em contacto convosco através do Twitter. Obrigada pela vossa resposta generosa. Abençoo-vos a todos com o meu coração", escreveu o Papa na sua primeira mensagem do Twitter.

Bento XVI vai responder hoje a três das milhares de questões que lhe chegaram desde a abertura da sua conta, há cerca de uma semana.

Depois de dar a sua bênção aos 4500 fiéis de todo o mundo que se encontravam na sala Paulo VI para a audiência geral, o Papa, de 85 anos, enviou aquele que foi o seu primeiro 'tweet' através de um 'tablet' eletrónico que lhe chegou pelos funcionários das comunicações sociais do Conselho Pontifício, jovens e uma responsável do 'Twitter', Claire Diaz-Ortiz.

O 'tablet' foi colocado sobre uma mesa com uma toalha vermelha e, depois de ser explicado o seu funcionamento, Bento XVI, sorrindo, e com o olhar um pouco hesitante, pôs os seus óculos e apertou o botão que lhe permitiu enviar o primeiro 'tweet' de um Papa em toda a história.

Até ao momento, contando as oito línguas que o Papa Bento XVI tem no seu endereço, são quase um milhão os seus seguidores (quase 800 mil na página original e quase 200 mil na versão espanhola). Vários enviam questões, por vezes bastante sérias, mas também são frequentes as ofensas e críticas ao Papa e a toda a Igreja Católica.

Aceda aqui ao Twitter do Papa

https://twitter.com/Pontifex

In DN

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Vaticano Empty Papa vai resignar a 28 de fevereiro e sucessor será escolhido até à Páscoa

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 11, 2013 8:58 am

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Papa vai resignar a 28 de fevereiro e sucessor será escolhido até à Páscoa

por Licínio Lima, com agências
Hoje

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Papa Bento XVI Fotografia © Reuters

O Papa Bento XVI, de 85 anos, irá resignar no final deste mês, confirmou o porta-voz da Santa Sé, citado pela AFP. A razão da resignação prender-se-á com motivos de saúde. Um novo Papa vai ser escolhido até à Páscoa, a 31 de março, indicou o mesmo porta-voz.

"O Papa anunciou que renuncia ao seu ministério, às 20.00 (19.00 em Lisboa), do dia 28 de fevereiro. Começará então o período de 'sede vacante'", precisou, citado pela AFP, o padre Federico Lombardi, num anúncio praticamente sem precedentes na história da Igreja Católica.

Segundo a Santa Sé, citada pela AFP, o Papa "não tem forças" par continuar a dirigir a Igreja Católica, devido à sua idade.

O anúncio da resignação foi feito, em latim, pelo próprio Bento XVI, durante um consistório ordinário, no qual se realizavam canonizações.

"Depois de ter consultado a minha consciência perante Deus, em várias ocasiões, cheguei à conclusão de que, devido à minha idade avançada, já não estou nas melhores condições para exercer de forma adequada o ministério de Pedro", indicou o Papa, segundo uma tradução em francês disponibilizada pela Vaticano e veiculada pela AFP.

Joseph Ratzinger, alemão, foi eleito em abril de 2005 para suceder a João Paulo II, e vai completar 86 anos de idade dentro de 2 meses. Segundo alguns comentadores, a sua resignação deve-se ao seu estado de saúde. É muito raro um Papa resignar ao pontificado, o último caso foi o do Papa Gregório XII, em 1415.

Com o anúncio da resignação o mundo foi apanhado de surpresa. Comentava-se o estado de saúde do pontífice, mas nada indicava que tal viesse a acontecer. Um dos motivos, segundo opiniões recolhidas pelo DN, pode ter a ver com o que Joseph Ratzinger viveu nos últimos dias de pontificado do seu antecessor João Paulo II.

O estado de saúde do papa Vojtyla degradava-se dia após o dia mas o Vaticano manteve-o na cadeira de Pedro até ao fim. Algumas das imagens que surgiam na TV eram por vezes consternantes. O debate fez-se então e muita gente, incluindo cardeais, defenderem que o chefe da Igreja deveria renunciar quando ainda estivesse de posse de todas as suas faculdades mentais e com alguma qualidade de vida. Nunca ninguém pensou que o primeiro a fazê-lo, na era do pós-Vaticano II, fosse precisamente Ratzinger, tido como um dos maiores conservadores da Igreja.

Com a eleição de um novo papa, e continuando Ratzinger vivo, a Igreja passará a contar com dois papas: um no ativo e outro resignatário. Desde o século XVI que tal não acontecia. Um dos grandes medos da Igreja em ter dois papas é o perigo que isso representa para a ocorrência de cismas. Um papa, mesmo não estando no ativo, mantém o sacramento ( o múnus), podendo ordenar outros bispos e, se quiser, formar uma igreja paralela à oficial. Foi o que aconteceu com o grande cisma do Ocidente entre 1387 e 1417, em que a residência do papa foi transferida de Roma para Avinhão. Este cisma provocou um grande trauma na Igreja e por isso ter-se criado os pontificados perpétuos, até à morte do pontífice.

Apesar de ser extremamente raro, a lei da Igreja prevê que um Papa possa resignar ao cargo.

O Código de Direito Canónico é claro a este respeito, dizendo explicitamente no artigo 332, alínea 2, que "Se acontecer que o Romano Pontífice renuncie ao cargo, para a validade requer-se que a renúncia seja feita livremente, e devidamente manifestada, mas não que seja aceite por alguém."

A única condição colocada é, portanto, a liberdade da decisão. Bento XVI cumpriu esta condição explicitamente na sua comunicação aos cardeais ao dizer: "Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro".

Confirmada a renúncia, o processo de escolha de um novo Papa decorre de forma normal.

In DN

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Vaticano Empty Lista de possíveis sucessores de Bento XVI

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 11, 2013 9:28 am

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Lista de possíveis sucessores de Bento XVI

por Lusa
Hoje

Vários cardeais católicos europeus, incluindo o arcebispo de Milão Angelo Scola, e vários latino-americanos, entre eles o brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, estão entre os possíveis sucessores de Bento XVI, que anunciou hoje a sua resignação.

Especialistas, canonistas e observadores, numa recolha da revista espanhola Iglesia, apontam também como um dos fortes candidatos o responsável da Congregação de Bispos desde junho de 2010, o canadiano Marc Ouellet.

Revistas especializadas, incluindo o semanário católico inglês The Tablet, e alguma imprensa italiana, começaram, já em 2011, a publicar artigos sobre os possíveis sucessores de Bento XVI, dando conta da idade avançada e do estado de saúde do pontífice, eleito em 2005.

O número 1024 do Código da Lei Canónica determina que qualquer homem batizado é elegível para o cargo mas, desde 1378, o papa tem sido sempre eleito entre os membros do Colégio de Cardeais.

Independentemente de quem seja eleito, as regras do próximo conclave determinam também que o futuro papa terá que contar, necessariamente, como um apoio dos cardeais.

João Paulo II tinha alterado as regras do conclave para permitir uma eleição por maioria simples mas Bento XVI alterou as regras, pouco depois de ser eleito, recuperando o modelo tradicional que requer uma maioria de dois terços.

Analistas antecipam que, nas apostas sobre a sucessão, o debate se centre - como ocorreu antes da escolha de Bento XVI - na divisão entre os que favorecem um sucessor europeu e os que apostam num candidato de fora da Europa, nomeadamente América Latina ou África.

Numa lista mais ampla, publicada em abril do ano passado, a revista Business Insider acrescentava outros nomes ao grupo de possíveis sucessores de Bento XVI, num processo onde votariam 125 cardeais, entre os quais 67 europeus.

Entre os favoritos ao cargo está o atual arcebispo de Milão, o cardeal Angelo Scola, que poderia contar com o apoio do forte bloco de eleitores italianos -- representam cerca de um quarto de todos os cardeais com direito a voto.

Considerado próximo de Bento XVI, Scola, 71 anos, foi um dos fundadores da Oasis Foundation, que procura aproximar teólogos islâmicos e cristãos e tem ocupado cargos importantes na hierarquia católica italiana.

O arcebispo de São Paulo, Odilo Pedro Scherer, é outro dos papáveis e, potencialmente, o candidato latino-americano "mais forte" segundo a The Tablet, tanto por liderar a maior diocese no maior país católico do mundo.

Entre os latino-americanos destaca-se também o cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, 70 anos, e considerado o João Paulo II latino-americano, devido à sua personalidade carismática, capacidade linguística e trabalho de promoção dos ensinamentos sociais da igreja.

Entre os africanos o melhor classificado é o cardeal Petro Kodwo Appiah Turkson, ganês de 63 anos e atualmente o presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz, que representaria a aposta do Vaticano noutras geografias.

As apostas incluem ainda na lista de candidatos o franco-canadiano Marc Ouellet, que lidera desde 2010 a Congregação dos Bispos, foi editor da Communio, a revista internacional fundada por Joseph Ratzinger.

Responsáveis do Vaticano antecipam que o conclave de eleição do sucessor de Bento XVI decorra em março.

In DN

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Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 11, 2013 9:36 am

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Nigeriano favorito para suceder a Bento XVI

por Lusa
Hoje1

Vaticano Ng2377125

O cardeal nigeriano Francis Arinze é o favorito dos apostadores nas principais casas de apostas online que já estão a receber 'previsões' sobre o sucessor de Bento XVI, que anunciou hoje a resignação a partir de 28 de fevereiro.

A aposta parece ignorar a idade de Arinze, que já tem 80 anos, data limite para a participação no conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI, e que deverá decorrer em março.

Arinze, prefeito Emérito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, lidera, no entanto, as apostas segundo uma compilação das probabilidades de vários sítios de apostas, realizado na página online da empresa Oddschecker.com.

Segundo a média das probabilidades, ao início da tarde de hoje Arinze liderava com 7/2, à frente de outro africano, o cardeal Petro Kodwo Appiah Turkson, ganês de 63 anos e atualmente o presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz (4 contra 1).

Seguia-se o franco canadiano Marc Ouellet, que lidera desde 2010 a Congregação dos Bispos, e que tem 'odds' de 5 contra 1.

Alguns sites, como o boylesports, oferecem aos apostadores outras alternativas além da escolha do nome, sendo possível apostar na nacionalidade (africano está entre os favoritos) e na idade do sucessor -- a preferida é entre 61 e 64.

Entre os nomes apontados pelos apostadores há outros menos sérios: no site skybet, por exemplo há quem tenha apostado em Leonel Messi e até em José Mourinho, com as probabilidades, em ambos os casos, a serem de 1000 em 1.

In DN


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Mensagem por Joao Ruiz Sáb Fev 16, 2013 10:48 am

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«Ato de coragem»

Bispo de Bragança-Miranda e bispo de Vila Real opinam sobre o papa

O bispo de Vila Real, Amândio Tomás, reagiu hoje com alguma tristeza à resignação do papa Bento XVI, a qual considerou ser um «ato de coragem e de responsabilidade».

Amândio Tomás conviveu pessoalmente com Joseph Ratzinger por diversas ocasiões, nomeadamente enquanto desempenhou funções como reitor do Colégio Português em Roma.


A notícia da renúncia do papa Bento XVI foi recebida pelo bispo da Diocese de Bragança-Miranda, José Cordeiro, com \"surpresa\" e como um \"sinal da grandeza e humildade\" do chefe da Igreja Católica.

O mais jovem bispo português foi nomeado por Bento XVI e conheceu de perto o atual papa nos dez anos que viveu em Roma.

A reação ao ter conhecimento da decisão de renúncia foi de \"surpresa e também de reconhecimento da enorme grandeza deste papa Bento XVI\", como disse à Lusa.

\"Sempre me impressionou pela sua rara inteligência, afabilidade e bondade\", afirmou o bispo de Vila Real à agência Lusa.

Lusa, 2013-02-14

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