Veteranos
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Não acompanho as críticas feitas a António Barreto pelo discurso que proferiu nas cerimónias de ontem. Pelo contrário, penso que foi um discurso corajoso e justo e que há muito já deveria ter sido feito.
As Forças Armadas e os seus militares estão subordinados ao poder político. É a este que se devem pedir responsabilidades pelo envolvimento das Forças Armadas nos vários teatros de guerra. Os regimes e as motivações são diferentes mas o dever dos militares é sempre o mesmo. A eles o povo deve respeito e reconhecimento pela sua função, pela sua dedicação, pelo sacrifício da própria vida.
Os comportamentos desviantes e os crimes de guerra deverão ser como tal olhados e resolvidos. Não se podem julgar os militares pelos crimes que alguns cometeram. Mas não é disso que trata a homenagem que todos nós, como colectivo, devemos aos veteranos. É mais uma ferida que deve ser curada, distinguindo o patriotismo de ideologia, a determinação de fanatismo, o cumprimento de um dever de obediência acéfala.
Sou familiar de militar e talvez por isso este assunto me toque mais profundamente. Mas a memória mais antiga que tenho do 10 de Junho é a cerimónia de entrega de medalhas e condecorações aos militares, muitos a título póstumo. Não me esquecerei nunca dos pais, das mulheres, dos filhos, das lágrimas deles e das que via em casa, da sensação de que, amanhã, a dor poderia estar mais perto. Estes militares serviram o país, não um qualquer regime político. Assim como o fazem agora na Bósnia, em Timor ou noutro qualquer local para o qual sejam chamados. Foram também os militares que, mais uma vez arriscando tudo, devolveram ao povo a soberania.
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
Não acompanho as críticas feitas a António Barreto pelo discurso que proferiu nas cerimónias de ontem. Pelo contrário, penso que foi um discurso corajoso e justo e que há muito já deveria ter sido feito.
As Forças Armadas e os seus militares estão subordinados ao poder político. É a este que se devem pedir responsabilidades pelo envolvimento das Forças Armadas nos vários teatros de guerra. Os regimes e as motivações são diferentes mas o dever dos militares é sempre o mesmo. A eles o povo deve respeito e reconhecimento pela sua função, pela sua dedicação, pelo sacrifício da própria vida.
Os comportamentos desviantes e os crimes de guerra deverão ser como tal olhados e resolvidos. Não se podem julgar os militares pelos crimes que alguns cometeram. Mas não é disso que trata a homenagem que todos nós, como colectivo, devemos aos veteranos. É mais uma ferida que deve ser curada, distinguindo o patriotismo de ideologia, a determinação de fanatismo, o cumprimento de um dever de obediência acéfala.
Sou familiar de militar e talvez por isso este assunto me toque mais profundamente. Mas a memória mais antiga que tenho do 10 de Junho é a cerimónia de entrega de medalhas e condecorações aos militares, muitos a título póstumo. Não me esquecerei nunca dos pais, das mulheres, dos filhos, das lágrimas deles e das que via em casa, da sensação de que, amanhã, a dor poderia estar mais perto. Estes militares serviram o país, não um qualquer regime político. Assim como o fazem agora na Bósnia, em Timor ou noutro qualquer local para o qual sejam chamados. Foram também os militares que, mais uma vez arriscando tudo, devolveram ao povo a soberania.
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
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