"A Alemanha é um perigo para a Europa"
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"A Alemanha é um perigo para a Europa"
"A Alemanha é um perigo para a Europa"
Sem meias palavras, George Soros aponta o
dedo a Berlim e diz que a guinada de austeridade dada pela Alemanha
pode “destruir” o euro e o próprio projecto europeu.
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt
Sem meias
palavras, George Soros aponta o dedo a Berlim e diz que a guinada de
austeridade dada pela Alemanha pode “destruir” o euro e o próprio
projecto europeu.
Em entrevista ao semanário alemão “Die Zeit”, o
controverso multimilionário e especulador – que ainda hoje é conhecido
por ter forçado em 1992 a saída da libra do sistema monetário europeu,
hipotecando por décadas a adesão do Reino Unido ao euro – considera que
“a política alemã é um perigo para Europa, pode destruir o projecto
europeu". Soros diz ainda que “não se pode excluir o colapso do euro”.
Em
causa, está a decisão da Alemanha de avançar com um pacote de medidas
de austeridade de 80 mil milhões de euros, que foi prontamente criticado
pelo Governo francês e pela Administração norte-americana, segundo os
quais, dado o relativo baixo nível de endividamento, caberia à economia
alemã puxar pela europeia e aumentar a sua procura interna, numa altura
em que muitos dos seus parceiros estão a ser forçados pelos mercados
internacionais a cortar a fundo nos défices.
Não o fazendo, é a
retoma da Europa que estará em perigo, dando mais probabilidade a um
cenário de regresso da recessão, alegam Paris e Washington. Soros
concorda o mais possível.
“Neste momento, os alemães estão a
arrastar os seus vizinhos para a deflação, que conduzirá a um longo
período de estagnação. E essa circunstância é favorável aos
nacionalismos, à agitação social e à xenofobia. É a própria democracia
que pode estar em risco”, adverte Soros.
"A Alemanha está
globalmente isolada. Porque não deixam os salários subir? Isso
ajudaria outras economias da União Europeia a recuperar", insurge-se.
Berlim sob fogo cerrado
A
orientação política alemã está a ser crescentemente contestada – dentro e
sobretudo fora da Europa. Em véspera da cimeira do G20 deste
fim-de-semana, em Toronto, Barack Obama pediu a Angela Merkel para que
não ponha o “travão cedo demais” – sugestão rejeitada em Berlim, que
lembrou estar a fazer a retirada progressiva dos estímulos introduzidos
durante a fase mais aguda da recessão, em linha com as orientações
fixadas pelo próprio G20.
Mais mordaz foi o Nobel
da Economia Paul Krugman. "O mundo não precisa de menos, mas sim de mais
programas de apoio à conjuntura, e a política de estabilidade alemã
actualmente é o caminho errado", advertiu o economista norte americano. "Só
quando a armadilha da depressão estiver afastada é que os governos
devem ocupar-se dos défices", disse, sublinhando que "a deflação é um
perigo muito maior do que a inflação".
O professor da
Universidade de Princeton adverte inclusive para o cenário de uma guerra
comercial entre EUA e Europa. "Se o euro passar a ter paridade com o
dólar, os europeus vão ficar admirados com a s exigências que o
Congresso dos EUA fará, e eu apoiarei", vaticinou Krugman. "Não
permitiremos que alguns países exportem a sua política de austeridade e
façam aumentar o desemprego nos Estados Unidos".
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Sem meias palavras, George Soros aponta o
dedo a Berlim e diz que a guinada de austeridade dada pela Alemanha
pode “destruir” o euro e o próprio projecto europeu.
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt
Sem meias
palavras, George Soros aponta o dedo a Berlim e diz que a guinada de
austeridade dada pela Alemanha pode “destruir” o euro e o próprio
projecto europeu.
Em entrevista ao semanário alemão “Die Zeit”, o
controverso multimilionário e especulador – que ainda hoje é conhecido
por ter forçado em 1992 a saída da libra do sistema monetário europeu,
hipotecando por décadas a adesão do Reino Unido ao euro – considera que
“a política alemã é um perigo para Europa, pode destruir o projecto
europeu". Soros diz ainda que “não se pode excluir o colapso do euro”.
Em
causa, está a decisão da Alemanha de avançar com um pacote de medidas
de austeridade de 80 mil milhões de euros, que foi prontamente criticado
pelo Governo francês e pela Administração norte-americana, segundo os
quais, dado o relativo baixo nível de endividamento, caberia à economia
alemã puxar pela europeia e aumentar a sua procura interna, numa altura
em que muitos dos seus parceiros estão a ser forçados pelos mercados
internacionais a cortar a fundo nos défices.
Não o fazendo, é a
retoma da Europa que estará em perigo, dando mais probabilidade a um
cenário de regresso da recessão, alegam Paris e Washington. Soros
concorda o mais possível.
“Neste momento, os alemães estão a
arrastar os seus vizinhos para a deflação, que conduzirá a um longo
período de estagnação. E essa circunstância é favorável aos
nacionalismos, à agitação social e à xenofobia. É a própria democracia
que pode estar em risco”, adverte Soros.
"A Alemanha está
globalmente isolada. Porque não deixam os salários subir? Isso
ajudaria outras economias da União Europeia a recuperar", insurge-se.
Berlim sob fogo cerrado
A
orientação política alemã está a ser crescentemente contestada – dentro e
sobretudo fora da Europa. Em véspera da cimeira do G20 deste
fim-de-semana, em Toronto, Barack Obama pediu a Angela Merkel para que
não ponha o “travão cedo demais” – sugestão rejeitada em Berlim, que
lembrou estar a fazer a retirada progressiva dos estímulos introduzidos
durante a fase mais aguda da recessão, em linha com as orientações
fixadas pelo próprio G20.
Mais mordaz foi o Nobel
da Economia Paul Krugman. "O mundo não precisa de menos, mas sim de mais
programas de apoio à conjuntura, e a política de estabilidade alemã
actualmente é o caminho errado", advertiu o economista norte americano. "Só
quando a armadilha da depressão estiver afastada é que os governos
devem ocupar-se dos défices", disse, sublinhando que "a deflação é um
perigo muito maior do que a inflação".
O professor da
Universidade de Princeton adverte inclusive para o cenário de uma guerra
comercial entre EUA e Europa. "Se o euro passar a ter paridade com o
dólar, os europeus vão ficar admirados com a s exigências que o
Congresso dos EUA fará, e eu apoiarei", vaticinou Krugman. "Não
permitiremos que alguns países exportem a sua política de austeridade e
façam aumentar o desemprego nos Estados Unidos".
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Vitor mango- Pontos : 117360
Re: "A Alemanha é um perigo para a Europa"
“Neste momento, os alemães estão a
arrastar os seus vizinhos para a deflação, que conduzirá a um longo
período de estagnação. E essa circunstância é favorável aos
nacionalismos, à agitação social e à xenofobia. É a própria democracia
que pode estar em risco”, adverte Soros.
"A Alemanha está
globalmente isolada. Porque não deixam os salários subir? Isso
ajudaria outras economias da União Europeia a recuperar", insurge-se
Vitor mango- Pontos : 117360
Re: "A Alemanha é um perigo para a Europa"
amen
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117360
Re: "A Alemanha é um perigo para a Europa"
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Vitor mango- Pontos : 117360
Re: "A Alemanha é um perigo para a Europa"
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Vitor mango- Pontos : 117360
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