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O corno

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Mensagem por Vitor mango Dom Ago 08, 2010 12:38 am

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Menelau III, o Formoso

Nesses
tempos de comemorações de aniversário municipal fiquei tentado a
escrever sobre um tema histórico e, como ex-preso político, sei como
poucos, que a história oficial contempla as razões e heróis dentre os
vencedores, em detrimento, muitas das vezes, da própria verdade. Assim,
resgatei a história de Menelau III, um grande general etíope que, só não
tem sua história contada nos livros escolares por ter sido corno. Assim
reconhecido, não porque uma de suas mulheres o tenha corneado, mas
todas. Desta forma, apesar de haver sido brilhante como farmacêutico,
estrategista militar, paisagista e inventor, Menelau III, o Formoso,
viu-se alijado da História Universal e lançado, injustamente, ao
ostracismo.
Como farmacêutico contribuiu para a Humanidade com dois
grandes achados: um elixir para tratamento dos problemas renais ao qual
deu o nome de Hepatovis, em homenagem a um amigo, prematuramente
falecido, chamado Hepattus (Esta droga recebeu, mais tarde, a
contribuição de Madame Curie e, atravessando séculos, chegou aos nossos
dias como o nome comercial de Hepatovis B12) e um poderoso detergente,
desenvolvido para manter a alvura dos mármores dos templos gregos que,
por conta de sua experiência de dois anos vividos entre os índios
Zambézi, recebeu o nome de Coca-Cola que, naquela língua, significa
“água suja que branqueia”.
Como estrategista, seria suficiente dizer
que este sanguinário general, nascido na Baixa Mesopotâmia foi, após
comandar a famosa marcha de Aníbal pelos Alpes, estrategista militar do
Almirante Nelson na, não menos famosa, Batalha de Waterloo, quando os
exércitos de Napoleão foram derrotados permitindo aos múrcios a
conquista definitiva da cidade de Praga, na sangrenta página histórica
conhecida como Queda da Bastilha.
Mas Menelau III, homem múltiplo,
também foi o responsável pela criação de verdadeiras maravilhas da
Natureza, movido pela sua profunda paixão pelas plantas, sendo de sua
autoria os Jardins Suspensos da Babilônia, os premiadíssimos jardins do
Palácio de Versailles e o Aterro do Flamengo, no Rio. E, como inventor
criou, juntamente com um carpinteiro otomano, de nome Sikorski, o
helicóptero que, mais tarde, foi aperfeiçoado por Leonardo da Vinci.
Mas, a despeito de todas essas contribuições à Humanidade, Menelau III, o
Formoso, ficou conhecido mesmo por ser corno. Aventureiro, Menelau
correu mundo e era freqüentador assíduo de palácios e bordéis. Tido como
um grande amante, Menelau era disputado por mulheres do povo e da corte
e, sempre que possível, entre uma guerra e outra (ou entre uma invenção
e outra), contemplava uma companheira com seus dotes de alcova.
Foi
assim, que seu nome correndo pelos noticiários da época, chegou ao
conhecimento de Cleópatra, uma rainha ninfomaníaca que sugou tudo que
pode de Menelau até conhecer o imperador romano Richard Burton, com quem
se amasiou, abandonando o então apaixonado Menelau.
A maioria dos
historiadores atribui a Menelau III, a passagem do suicídio de
Cleópatra, como fruto de uma última noitada de orgias, quando a
rainha-deusa egípcia, após um pacto de amor eterno, totalmente bêbada,
enfiou a mão na famosa cestinha com a serpente.
O New York Times, em
sua coluna social, foi impiedoso com Menelau e expôs todo o seu
sofrimento de amante abandonado, mundo a fora.
Lucrecia Bórgia, uma
assídua freqüentadora dos embalos europeus, apiedou-se de Menelau e,
através de emissários, localizou o general, em franca decadência,
vivendo entre os bares da Bósnia.
Levou-o para o seu palácio,
tratou-lhe as feridas do corpo e da alma e, tão logo Menelau
convalesceu, transformou-o em seu amante secreto. Ninguém daquele tempo
sabia, mas era com Menelau que, La Bórgia, como era conhecida, passava
sua noites de orgia sadoma-soquista, curtindo suas fantasias
dominadoras. O final da história todos conhecem e Menelau, abandonado
pelo seu segundo grande amor, mergulhou em suicida depressão que o levou
a experimentar, pela primeira vez, a prostituição homossexual de onde,
só foi tirado pela sua terceira e derradeira paixão, Mata-Hari.
Em
sua mente conturbada, Menelau III - o Formoso, viveu seus últimos dias
tentando, desesperadamente por fim a sua miserável vida e, segundo
alguns historiadores, só aceitou a convivência com a famosa espiã, por
acreditar que assim poderia abreviar seus dias de infortúnio.
Ironicamente, na noite em Mata-Hari foi presa e depois executada,
Menelau estava com um garoto de programa, num motel da Córsega, de onde
só voltou dois dias depois.
A prostituição, o alcoolismo e a falsa
moral, vigente na época, privaram este grande homem de passar à História
pelos seus grandes feitos.
Vivendo como mendigo, doente e
abandonado, Menelau III, morreu de complicações na próstata, num
albergue mantido pelo estado, no subúrbio de Quintino Bocaiúva, no Rio
de Janeiro.

(Esta crônica (juntamente com outras 53) está publicada no livro “Dando soco no sereno", de minha autoria)

anderson fabiano
Publicado no Recanto das Letras em 28/07/2006
Código do texto: T203894
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Mensagem por Vitor mango Seg Fev 18, 2013 1:11 am

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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