Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Matar o monstro, mudar o Estado Social

4 participantes

Ir para baixo

Matar o monstro, mudar o Estado Social Empty Matar o monstro, mudar o Estado Social

Mensagem por Vagueante Qui Ago 26, 2010 2:23 am

Matar o monstro, mudar o Estado Social


O "monstro das finanças públicas", como uma vez lhe chamou Aníbal Cavaco Silva, será indomável enquanto não matarmos o que o gerou, uma sociedade de dependentes que destruiu a rede social.
Mais de uma década de trabalho nas finanças públicas, com os últimos meses sob ameaça de colapso financeiro, e eis que o monstro das contas públicas continua a pairar sobre as nossas cabeças.

Quando se olha para o que o Estado gastou nos primeiros sete meses deste ano, a perplexidade é total. Mas como é que a despesa do Estado sem incluir os gastos de investimentos e os juros da dívida pública aumenta 5,7% com a inflação de Julho fixada em 1,8? É um aumento inexplicável, se levarmos em conta que estamos a comparar com um ano de fortíssima derrapagem da despesa - o ano de 2009 - e que foram entretanto adoptadas medidas de contenção dos gastos no designado plano de austeridade.

As justificações oficiais apontam para acontecimentos com perfis diferentes do ano anterior ou irrepetíveis, como transferências ou concretização de novos regimes de remuneração das forças de segurança e dos militares. Houve sempre, ao longo dos anos, razões que explicaram o crescimento das despesas públicas. E de razão em razão - sempre plausíveis e racionais -, chegámos aqui.

Hoje olhamos para trás e sabemos identificar os erros. Primeiro o Novo Sistema Retributivo da Função Pública, nos idos meados dos anos 90, estava Cavaco Silva a caminho da sua segunda maioria absoluta. Depois as progressões automáticas e apoios sociais diversos, entre os quais pontua o Rendimento Social de Inserção, do tempo de António Guterres. E, claro, os habituais excessos pré-eleitorais que tiveram o seu auge no aumento salarial que foi dado à Função Pública no ano de 2009.

A gestão política do ciclo eleitoral é o preço que temos de pagar para podermos escolher quem nos governa. É um problema que só se resolve impondo regras que os governos já não querem - por causa disso, já lhe tiraram o poder das taxas de juro. E, no caso dos aumentos salariais, o que é dado em tempo de eleições acaba por ser tirado nos anos seguintes.

O problema central está no universo dos subsídios e apoios que os governos sucessivos foram expandindo com a ilusão de assim estarem a criar um Estado Social. Acabou por se criar um monstro financeiro e uma sociedade monstruosa.

O Estado dito social ficou de tal forma monstruoso que destruiu a rede social que existia entre as pessoas e gerou um País de dependentes, de "eu tenho direito e eles que resolvam o problema daquele pobre coitado, que eu pago os meus impostos".

A sociedade norte-americana é monstruosa pela ausência de Estado Social. Portugal chega a ser monstruoso pelo excesso de Estado Social, alimento da desresponsabilização de todos, quer dos que são, como dos que não são apoiados pelo Estado.

O infinito é o limite quando a mensagem pública é: "não te preocupes, que eu tomo conto de ti em nome do Estado Social." Mais e mais gente a pedir cada vez mais e mais à terra prometida do Estado Social. E cada vez menos a pagá-lo.

É preciso emagrecer o Estado Social se não quisermos ser destruídos pelo monstro financeiro e pela sociedade de dependentes que ele gera.



helenagarrido@negocios.pt

In Jornal de Negócios online



Vagueante

Pontos : 1698

Ir para o topo Ir para baixo

Matar o monstro, mudar o Estado Social Empty Re: Matar o monstro, mudar o Estado Social

Mensagem por Joao Ruiz Qui Ago 26, 2010 3:58 am

Criou-se um país de subsídio-dependentes, em que o trabalho não passa de uma palavra vã, o comodismo e a inveja campeiam.

E, se alguém se atreve a querer contrariar esta situação é humilhado, vilipendiado e crucificado na praça pública, pouco faltando para se cumprir a sharia, por lapidação.

O mais curioso é que os que mais beneficiam da situação, são exactamente os que mais barafustam e criam processos de intenção...

Necessita-se urgentemente de uma revolução a sério!!!!

queen

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
Joao Ruiz

Pontos : 32035

Ir para o topo Ir para baixo

Matar o monstro, mudar o Estado Social Empty Re: Matar o monstro, mudar o Estado Social

Mensagem por Vagueante Qui Ago 26, 2010 4:00 pm

Vagueante escreveu: Matar o monstro, mudar o Estado Social


O "monstro das finanças públicas",
..../....
Hoje olhamos para trás e sabemos identificar os erros. Primeiro o Novo Sistema Retributivo da Função Pública, nos idos meados dos anos 90, estava Cavaco Silva a caminho da sua segunda maioria absoluta. Depois as progressões automáticas e apoios sociais diversos, entre os quais pontua o Rendimento Social de Inserção, do tempo de António Guterres. E, claro, os habituais excessos pré-eleitorais que tiveram o seu auge no aumento salarial que foi dado à Função Pública no ano de 2009.

..../....

O problema central está no universo dos subsídios e apoios que os governos sucessivos foram expandindo com a ilusão de assim estarem a criar um Estado Social. Acabou por se criar um monstro financeiro e uma sociedade monstruosa.

..../....

A sociedade norte-americana é monstruosa pela ausência de Estado Social. Portugal chega a ser monstruoso pelo excesso de Estado Social, alimento da desresponsabilização de todos, quer dos que são, como dos que não são apoiados pelo Estado.

O infinito é o limite quando a mensagem pública é: "não te preocupes, que eu tomo conto de ti em nome do Estado Social." Mais e mais gente a pedir cada vez mais e mais à terra prometida do Estado Social. E cada vez menos a pagá-lo.

É preciso emagrecer o Estado Social se não quisermos ser destruídos pelo monstro financeiro e pela sociedade de dependentes que ele gera.



helenagarrido@negocios.pt

In Jornal de Negócios online



O "monstro social" sempre foi acarinhado em Portugal mesmo antes do seu criador oficial de seu nome Cavaco Silva, o presidente economicista que nos governou entre 1985 e 1995.

Como todos sabemos (aqueles que assistiram ao PREC), logo após o 25 de Abril de 1974, a primeira coisa que os "revolucionários" fizeram, foi gastar o dinheiro que tinha sido amealhado durante o Estado Novo. Mas não foi gasto a produzir riqueza, o que teria sido muito bom. Foi gasto a distribuir por muitos que nunca fizeram nada nem descontaram para terem direito a nada. Logo, o saco ficou vazio, obrigando Mário Soares a recorrer por duas vezes ao FMI que nos impôs regras nas finanças para não cairmos na banca rota.
Nesses tempos, quem queria um empréstimo para comprar casa própria tinha muitas dificuldades em consegui-lo e, se queria comprar um carro, tinha que recorrer frequentemente aos AUTOGRUPOS aonde por vezes tinha que esperar até 5 anos para conseguir obter um carro.

A entrada na CEE e os dinheiros que começaram a chegar, criou em grande parte dos portugueses a ilusão de que daqui em diante tudo seria fácil já que o dinheiro abundava a taxas muito baixas. Devemos ter em atenção que, durante o 2º. recurso ao FMI, as taxas para habitação própria permanente, chegaram a atingir 30%. Taxa verdadeiramente usurária e não foi criada pelos judeus como costuma dizer o Mango. De 30% passou-se na parte final do "forrobodó", para 2% ou lá perto.

O economicista Cavaco Silva, pensando talvez que o dinheiro não tinha fim, criou, como disse Miguel Cadilhe, seu ministro das finanças, aquilo a que mais tarde o mesmo Cavaco chamou de MONSTRO. António Guterres, que não sabia fazer contas, embora fosse engenheiro, alimentou esse MONSTRO e, desde então, apesar de algumas tentativas para diminuir o tamanho do monstro, os interesses eleitorais próximos, sempre impediram que o monstro fosse dominado.
A função pública passou a ser um sorvedouro de dinheiro devido ao seu aumento de tamanho e às promoções automáticas. Anualmente, sem que tivesse havido aumentos nominais de ordenado, a despesa pública aumentava entre 4% a 6%.
Os subsídios, atribuídos a torto e a direito e as prebendas atribuídas a alguns senhores colocados em posições chave da administração fizeram o resto.
É difícil perceber como de uma dívida de cerca de 40% do PIB, quando Cavaco Silva chegou ao governo, se passou agora para uma dívida de cerca de 200% do mesmo PIB, se, à dívida pública, acrescentarmos as dívidas das empresas.
Quem, em seu juízo perfeito, conhecendo estes números, se dispõe a emprestar dinheiro a uma taxa baixa? ou mesmo a emprestar dinheiro?

Os últimos anos trouxeram-nos algumas surpresas a nível internacional. A Islândia, com todo o seu rendimento, faliu. A Irlanda, apontada como o Tigre Celta a ser seguido por Portugal, entrou numa situação de quase falência.
A Espanha, de excedentes orçamentais de 3%, passou à situação de um défice de 12%. A Grécia, cujos ordenados eram invejados por muitos portugueses, andou a enganar os outros países com contas falsas e quando já não podia enganar mais, apresentou um défice superior a 14% do PIB e uma dívida superior a 200% do mesmo PIB. O próprio Reino Unido apresentou contas que ninguém ousaria pensar. Há mais países com problemas orçamentais mas não vale a pena continuar a inumerar para não se tornar fastidioso.
O que importa ver neste momento, é saber como de um modo geral esses países se propuseram resolver os problemas com que se dabatiam ou debatem.
Todos atacaram os ordenados da função pública começando pelos mais altos escalões.
Todos resolveram conter a despesa com coisas não prioritárias.
Todos resolveram reformular a função pública.

Em Portugal nada ou quase nada aconteceu que levasse a uma verdadeira poupança.
Os ordenados da função pública foram aumentados no ano de 2009 de uma forma incompatível com as posses do país. As poucas alterações que poderiam levar a uma poupança, foram torpedeadas. Veja-se o que aconteceu com os professores. As despesas com as SCUT, continuam porque não houve força política para criar condições de cobrança e aquilo que se avizinha como solução, vai, do meu ponto de vista, trazer ainda mais despesa porque não houve estratégia para criar portagens e, aquilo que vai acontecer com a introdução dos "chips" ou com a fotografia das matrículas, vai acrescentar milhões de processos em tribunal em virtude de a maioria ou pelo menos grande parte dos automobilistas se estar nas tintas para o pagamento.
Os ciganos irão continuar a receber subsídio de inserção porque não têm rendimento declarado e vão continuar a mandar os seus filhos ocupar espaços nas escolas, aonde vão para tudo menos para estudar, criando por vezes dificuldades aos outros que lá vão com essa finalidade.
E agora, se quizerem, chamem-me xenófobo.

O que eu vejo é que o PEC não vai ser cumprido e mesmo que o fosse não resolveria o nosso problema que é, fundamentalmente, um problema de educação.


Vagueante

Pontos : 1698

Ir para o topo Ir para baixo

Matar o monstro, mudar o Estado Social Empty Re: Matar o monstro, mudar o Estado Social

Mensagem por Viriato Sex Ago 27, 2010 9:43 am

Vaticano compara expulsão de ciganos ao Holocausto

Económico

Representante da Santa Sé critica decisão do Governo francês de expulsar os ciganos romenos do país.

As perseguições aos ciganos constituem "uma espécie de novo holocausto", disse o arcebispo Agostino Marchetto, secretário do Conselho Pontifício para os emigrantes, em entrevista à agência de informação francesa I.Media.

A decisão do Governo francês de proceder ao desmantelamento dos acampamentos e à repatriação dos ciganos tem suscitado enormes críticas por parte de diversas autoridades internacionais, como é o caso da ONU e da Comissão Europeia.

Durante o seu discurso no Angelus no último domingo, o Papa Bento XVI pediu a França para rever a sua política de repatriação de imigrantes ilegais, apelando ao respeito pela "legítima diversidade humana".


Espero ainda ver aqui a defesa dos ciganos (romenos), vítimas do novo holocausto, a terem um país num território ocupado. Talvez ali a zona da Bretanha, que é fresquinha....





Viriato
Viriato

Pontos : 16657

Ir para o topo Ir para baixo

Matar o monstro, mudar o Estado Social Empty Re: Matar o monstro, mudar o Estado Social

Mensagem por Vagueante Seg Ago 30, 2010 10:05 am

Viriato escreveu:Vaticano compara expulsão de ciganos ao Holocausto

Económico

Representante da Santa Sé critica decisão do Governo francês de expulsar os ciganos romenos do país.

As perseguições aos ciganos constituem "uma espécie de novo holocausto", disse o arcebispo Agostino Marchetto, secretário do Conselho Pontifício para os emigrantes, em entrevista à agência de informação francesa I.Media.

A decisão do Governo francês de proceder ao desmantelamento dos acampamentos e à repatriação dos ciganos tem suscitado enormes críticas por parte de diversas autoridades internacionais, como é o caso da ONU e da Comissão Europeia.

Durante o seu discurso no Angelus no último domingo, o Papa Bento XVI pediu a França para rever a sua política de repatriação de imigrantes ilegais, apelando ao respeito pela "legítima diversidade humana".


Espero ainda ver aqui a defesa dos ciganos (romenos), vítimas do novo holocausto, a terem um país num território ocupado. Talvez ali a zona da Bretanha, que é fresquinha....






Penso que este tema estaria melhor enquadrado noutro local.

Vagueante

Pontos : 1698

Ir para o topo Ir para baixo

Matar o monstro, mudar o Estado Social Empty Re: Matar o monstro, mudar o Estado Social

Mensagem por Vitor mango Seg Ago 30, 2010 11:22 am

porque o post e seu vou mudar para

vou ver
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117325

Ir para o topo Ir para baixo

Matar o monstro, mudar o Estado Social Empty Re: Matar o monstro, mudar o Estado Social

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos