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Sexo: Prazer... de cortar a respiração

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Mensagem por TheNightTrain Sáb Jan 08, 2011 11:26 am


Há quem sinta prazer ao ser asfixiado... e quem acabe
por morrer
, como o ator David Carradine e o apresentador
inglês Kristian Digby. Afinal, porque é que tanta gente arrisca a
asfixia erótica?








Paula Cosme Pinto
(www.expresso.pt)



13:00 Sábado, 1 de Janeiro de 2011





















Sexo: Prazer... de cortar a respiração Asfixia-8757

A asfixia erótica autoinduzida pode acabar em morte





Tapar a
boca com a mão ou com uma almofada, meter uma máscara de látex na
cabeça, prender uma corda ao pescoço... A busca do prazer através da
asfixia tem chegado às luzes da ribalta, mas pelos piores motivos: em
vez de um orgasmo como clímax, a brincadeira sexual arriscada termina
muitas vezes em morte.

Em junho de 2009, o ator da série "Kung-Fu", David
Carradine, de 72 anos, foi encontrado morto num quarto de hotel em
Banguecoque. Estava todo nu, com uma corda ao pescoço e outra a amarrar
os órgãos genitais. Já em março deste ano, o apresentador da BBC
Kristian Digby, de 32 anos, foi também encontrado sem vida em casa, com
um saco de plástico na cabeça, preso por um cinto ao pescoço. Depois das
respetivas autópsias, ambas as mortes foram arquivadas como casos de
"asfixia autoerótica" que correram mal.

Embora em Portugal estes casos não cheguem às folhas
dos jornais, o psiquiatra Afonso de Albuquerque garante que "todos os
anos cinco a oito portugueses morrem de asfixiofilia autoinduzida".
Prática que pertence ao grupo das parafilias, ou seja, das preferências
eróticas pouco comuns.

"Ao nível do cérebro, o lóbulo frontal vai sendo
desligado pela falta de oxigenação. Ficam assim desinibidas todas as
estruturas que gerem o autocontrolo, o que leva ao aumento da
intensidade das fantasias, da ereção, chegando mesmo a atingir-se o
orgasmo", explica o especialista, que escreveu o livro "Minorias
Eróticas e Agressores Sexuais", onde a asfixiofilia é descrita como uma
prática "particularmente perigosa". "Além da possibilidade de culminar
com a morte dos envolvidos, um cérebro que não recebe sangue
repetidamente não fica certamente em boas condições mesmo que
sobreviva."

O médico alerta ainda para os perigos dos desmaios em
cenário de automasturbação. "A pessoa geralmente prende o pescoço com
uma corda ou um cinto e põe-se numa posição em que o simples peso do
corpo leve à asfixia gradual, com pequenas perdas de consciência", conta
Afonso de Albuquerque. "Se calha a desmaiar, pode tornar-se demasiado
tarde para desapertar o laço e conseguir evitar a morte."

Embora seja mais comum correr mal quando são
autoinduzidas, as práticas de asfixia são também muito comuns a dois, em
jogos de sadomasoquismo. "Em vez de atividade masturbatória, passa a
haver um jogo a dois de domínio e submissão." E o psiquiatra aproveita
para relembrar: "Os estudos apontam que para cada mulher submissa
existem 20 homens que o são."
À tua mercê



Lady M., 29 anos, dominadora de renome no panorama
nacional do Bondage Domínio Sadismo e Masoquismo (BDSM), não tem dúvidas
quanto ao breath play (jogo de respiração): "Controlar o ar que o
outro respira ou não é uma sensação de poder única e superior." Entre
os submissos, submissas e escravos que passam pelo seu estúdio, o pedido
de asfixia é "frequente", seja com a mão, máscaras de gás ou látex.

É o caso de JMSlave, um submisso de 54 anos, que
gosta de se "sentir nas mãos" da sua "dona e senhora", sem saber "até
onde ela irá" ou até onde ele conseguirá "aguentar". A "ideia do
perigo", essa, faz assumidamente parte do prazer. Contudo, o submisso,
que prefere não revelar a sua verdadeira identidade, assegura: "Sei que
está tudo sob controlo. É como conduzir a alta velocidade. Primeiro
temos de ter noção do domínio do carro e conhecer a estrada por onde
seguimos." Quanto às mortes que chegam à comunicação social com cada vez
mais regularidade, JMSlave conclui: "São situações desregradas que nada
têm a ver com a prática cuidada que este fetiche exige."

Com "patamares de excitação difíceis de controlar", o
conhecimento mútuo dos limites dos envolvidos é primordial nesta
prática. Lady M, dominadora para quem "nenhum pedido é bizarro", garante
que nunca teve uma experiência que corresse mal. Contudo, existem
regras: "O submisso não pode estar imobilizado de forma alguma, porque
nunca se sabe se me pode acontecer a mim alguma coisa e perder o
controlo da situação."
Parafilia do foro psiquiátrico




São precisamente os casos que ficam fora de controlo e
terminam de forma dramática que chegam à classe médica. "É raro
pedirem-nos ajuda", conta o psiquiatra Afonso de Albuquerque, que
ressalva: "Esta parafilia pertence à lista de doenças do foro
psiquiátrico e tem tratamento se o seu praticante quiser, o que se conta
pelos dedos das mãos."

Quanto aos casos analisados, os que chegam ao
consultório do psiquiatra vêm na maioria das vezes através de processos
médico-legais. "A própria polícia fica confusa com o que se passou,
podendo interpretar os cenários como suicídio ou assassínio." Embora no
mundo BDSM as "práticas sejam consentâneas", em caso de morte de um dos
envolvidos quem sobrevive pode "ficar em maus lençóis" para provar a sua
inocência, lembra o médico. Contactada pelo Expresso, a Polícia
Judiciária diz não ter quaisquer dados específicos sobre mortes
relacionadas com asfixiofilia.

Embora para muitos a asfixia erótica seja ainda um
tabu bem guardado dentro das quatro paredes do quarto, há nomes que
ficaram imortalizados precisamente por causa dessa prática. Uns porque,
como Carradine, Digby ou ainda o vocalista dos INXS, Michael Hutchence,
deixam os seus fãs boquiabertos com o bizarro desfecho das suas vidas.
Outros porque - tal como a japonesa Sada Abe, que matou o amante por
asfixia e depois lhe cortou o pénis e os testículos acabam por ser
inspiração de realizadores de filmes eróticos de culto, como o
emblemático "Império dos Sentidos".

Embora possam ser usadas drogas que propiciem a
dificuldade de oxigenação no cérebro, o estrangulamento continua a ser o
preferido dos aficionados desta prática. "O elemento fundamental nos
jogos sadomasoquistas nem sequer é o orgasmo ou o prazer físico sexual",
conclui o psiquiatra. "É acima de tudo o prazer que se exerce ou deixa
exercer sobre si próprio. É a eterna questão do domínio."



(Texto publicado na edição de 30 de dezembro da
revista Única)

TheNightTrain

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Mensagem por Vitor mango Sex Ago 10, 2012 12:51 am

amen

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Sexo: Prazer... de cortar a respiração Batmoon_e0
Vitor mango
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