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Aviação. Pilotos cansados também adormecem "ao volante"

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Mensagem por Vitor mango Qua Fev 16, 2011 1:42 am

Aviação. Pilotos cansados também adormecem "ao volante"


por Marta F. Reis , Publicado em 16 de Fevereiro de 2011 | Actualizado há 9 horas










Comissão Europeia prepara novas directivas para tempos de trabalho. Sindicatos temem pressão da indústria


















Aviação. Pilotos cansados também adormecem "ao volante" 0000257745


"Já me aconteceu chegar de um voo, ir para casa e não me lembrar de
ter feito o caminho." Miguel Freitas, 41 anos, piloto desde os 22, nunca
sucumbiu à sonolência aos comandos de um avião mas já sentiu os olhos a
pesar. O comandante João Moutinho, 30 anos de serviço, também conhece a
experiência. Casos de colegas que tenham adormecido são raros mas as
estatísticas que agora chegam da Noruega não causam muita estranheza.

Uma sondagem da emissora NRK junto de 389 pilotos em 1100 que aceitaram
responder ao inquérito sobre os níveis de cansaço da classe revelou que
48% já adormeceram "ao volante" pelo menos uma vez.

Jornadas de
trabalho demasiado longas, pausas curtas para descanso e por vezes sem
grande qualidade de sono são algumas das causas do problema. O
comandante Cruz dos Santos, da Associação dos Pilotos Portugueses de
Linha Aérea, prefere não comentar os resultados noruegueses.

O
problema da fadiga a bordo dos aviões está na agenda: a Comissão
Europeia deverá apresentar entre o final deste ano e o início de 2012
novas directivas sobre a carga de trabalho dos pilotos de aviação.
Contudo, a proposta para já em discussão, apresentada pela Agência
Europeia para a Segurança Aérea, contraria os estudos internacionais e
até um relatório preliminar europeu que foi utilizado pela Autoridade
Federal da Aviação Americana (FAA) numa proposta de revisão da lei
norte-americana apresentada em Setembro. A EASA propõe uma jornada de
trabalho com um máximo de 14 horas e sete dias consecutivos de turnos
nocturnos, com o máximo de 12 horas. A proposta da FAA reduz uma hora no
horário diurno e estabelece como máximo nove horas no período nocturno,
por três dias consecutivos.

"Os estudos estão a ser deitados
para o lixo devido à pressão da indústria", acusa Cruz dos Santos,
alertando para uma situação dúbia nos países europeus e em Portugal em
particular: a lei portuguesa não transpõe as directivas europeias de
2008. "As empresas obedecem as diferentes directivas conforme lhes dá
mais jeito." Os limites impostos aos tempos de trabalho são muitas vezes
encarados como objectivos, sustenta. "As low cost têm tendência a usar
ao máximo a legislação enquanto algumas companhias mais regulares fazem
acordos de empresa menos pesados."

Mesmo um acordo mais
restritivo do que a lei pode não ser sinónimo de pilotos descansados.
Miguel Freitas explica que os horários são por vezes incompatíveis com o
retemperar das forças. "Uma pessoa que entre ao serviço à meia-noite
não vai ter o mesmo período de descanso que num turno de dia", afirma. A
semana de trabalho tem 55 horas onde o que custa mais a passar são os
tempos mortos em terra. "Não há muito tempo levantei-me às 3h00, fiz
Porto-Lisboa, onde cheguei às 6h00, estive duras horas parado e depois
ainda fui a Toulouse e vim. No final não estava cansado, estava
estoirado." Num voo de longo curso, a calma é o que dá mais sono. Todos
conhecem os truques: "Quando os olhos começam a pesar, bebo água,
esfrego a cara, faço uns exercícios ou pego num manual e leio ou escrevo
um pouco", diz João Moutinho. Dormir uma sesta sem avisar está fora de
questão, mas podem pedir ao co-piloto que assuma os comandos durante uns
minutos, em princípio não mais do que 60 para não entrarem num sono
profundo. Quando fica só um piloto responsável a cabine é avisada e deve
verificar o cockpit a cada 30 minutos.

"Só me aconteceu uma
vez quando era co-piloto. Olhei para o lado e o capitão ressonava como
um bebé", conta Miguel Freitas. A sesta inesperada não teve
consequências, mas para o piloto deve ser levada a sério e diz alguma
coisa do cansaço a que a classe "cada vez mais" está sujeita: "Quem
adormece uma vez pode adormecer a segunda e a terceira. Estamos todos
sujeitos a isso. É sinal de que alguma coisa está mal. O motorista que
conduz a carrinha que nos leva para o hotel tem de parar de quatro em
quatro horas. Dá que pensar", sublinha.


os noruegueses já sentiram que não deviam ter embarcado. Em Portugal não há estatísticas
d. r.



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Mensagem por Vitor mango Sex Fev 26, 2016 12:59 am

amen

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