Chamem a polícia
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Chamem a polícia
Acontece com as crises de regime, porque são espectáculos globais em directo, o mesmo que acontece com a utilização dos computadores: de cada vez que ficam mais rápidos, reduz-se a nossa tolerância à demora com que obedecem aos comandos. Acabamos por sentir a mesma impaciência, ou até uma maior do que a anterior, pois estamos convencidos de que é desta que vamos ter direito à instantaneidade.
O fluxo da atenção concentrado nas imagens e estímulos afectivos que consumimos acriticamente, cuja lógica mediática é a manutenção da ansiedade ou a glorificação do putativo vencedor, distorce os factos: não os que observamos no ecrã, mas aqueles que nos rodeiam. Os mortos e feridos do nosso quotidiano, na violência doméstica ou na estrada, não nos incomodam, muito menos nos comprometemos com alguma tentativa de solução, prevenção ou consolo. Já a exibição televisiva ou relatada da força contra os justos, ou aqueles que escolhemos como vítimas, convoca a nossa indignação e alarme. Queremos ser parte desse espectáculo na exacta medida em que tal participação for impossível. É um género, gostamos do que nos faz sentir a nosso respeito.
Na Líbia não há praças rituais nem romarias. Segundo a crescente sintonia dos testemunhos, há guerra civil. É provável que não seja a última que o Mundo vai produzir, mas esta em poucos dias já gerou um consenso que até Kadafi aceitaria se conseguisse acalmar: têm de ser os Estados Unidos a resolver o assunto – e milhares de milhões preparam-se para aplaudir a execução do bandido, morto em legítima defesa pelas forças da ordem.
Valupi
Acontece com as crises de regime, porque são espectáculos globais em directo, o mesmo que acontece com a utilização dos computadores: de cada vez que ficam mais rápidos, reduz-se a nossa tolerância à demora com que obedecem aos comandos. Acabamos por sentir a mesma impaciência, ou até uma maior do que a anterior, pois estamos convencidos de que é desta que vamos ter direito à instantaneidade.
O fluxo da atenção concentrado nas imagens e estímulos afectivos que consumimos acriticamente, cuja lógica mediática é a manutenção da ansiedade ou a glorificação do putativo vencedor, distorce os factos: não os que observamos no ecrã, mas aqueles que nos rodeiam. Os mortos e feridos do nosso quotidiano, na violência doméstica ou na estrada, não nos incomodam, muito menos nos comprometemos com alguma tentativa de solução, prevenção ou consolo. Já a exibição televisiva ou relatada da força contra os justos, ou aqueles que escolhemos como vítimas, convoca a nossa indignação e alarme. Queremos ser parte desse espectáculo na exacta medida em que tal participação for impossível. É um género, gostamos do que nos faz sentir a nosso respeito.
Na Líbia não há praças rituais nem romarias. Segundo a crescente sintonia dos testemunhos, há guerra civil. É provável que não seja a última que o Mundo vai produzir, mas esta em poucos dias já gerou um consenso que até Kadafi aceitaria se conseguisse acalmar: têm de ser os Estados Unidos a resolver o assunto – e milhares de milhões preparam-se para aplaudir a execução do bandido, morto em legítima defesa pelas forças da ordem.
Valupi
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