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Ameaça nuclear: Risco ou paranóia?

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Ameaça nuclear: Risco ou paranóia? Empty Ameaça nuclear: Risco ou paranóia?

Mensagem por Vitor mango Sex Mar 18, 2011 3:46 pm

Ameaça nuclear: Risco ou paranóia?
18 de Março, 2011
Um académico britânico relativiza os riscos da radioactividade para a saúde humana e descreve o pânico em torno da crise nuclear japonesa como um fenómeno de psicologia de massas.

Num artigo para a BBC, David Spiegelhalter, especialista da Universidade de Cambridge nas áreas da percepção pública de riscos e da estatística na saúde, afirma que a verdadeira tragédia em curso no Japão é a do tsunami.

«Mesmo no pior cenário, as consequências directas do acidente nuclear para a saúde seriam muito pequenas quando comparadas com os milhares de pessoas que morreram devido ao sismo e ao tsunami e com o sofrimento daquelas que sobreviveram», afirma o académico.

Spiegelhalter afirma que na raiz do pânico global em torno da crise em Fukushima 1 residem memórias distorcidas e relatos incorrectos dos desastres de Chernobil e Three Mile Island.

«Estimou-se que 17 milhões de pessoas tivessem sido expostas a uma dose significativa de radiação após o desastre de Chernobil. Destas, perto de 2.000 desenvolveram cancro da tiróide devido ao consumo de comida e leite contaminado durante a infância. São consequências graves, mas ficam muito aquém do que se temia, e um relatório das Nações Unidas identifica os problemas psicológicos como a principal consequência do desastre em termos de saúde pública», argumenta.

«Qualquer efeito do acidente de Three Mile Island é meramente psicológico, e não foi certamente causado por uma exposição mínima à radiação», reforça.

Spiegelhalter recua até ao bombardeamento nuclear do Japão em 1945 para relativizar a ameaça atómica. «A percepção de um risco extremo relacionado com a exposição à radioactividade é contrariada pela experiência de 87.000 sobreviventes de Hiroxima e Nagasaqui, que foram examinados durante o resto das suas vidas. Em 1992, cerca de 40.000 tinham falecido, mas era estimado que apenas 690 dessas mortes eram atribuídas à radiação. Mais uma vez, foram maiores os efeitos psicológicos», afirma.

O cientista oferece ainda alguns termos de comparação. Submeter um indivíduo a uma tomografia axial computadorizada equivale a colocá-lo a cerca de dois quilómetros do local da explosão da bomba de Hiroxima. E a radioactividade natural de algumas regiões do oeste de Inglaterra é responsável por mil mortes por ano.

O que faz então de uma fuga de radioactividade algo tão assustador? «Os psicólogos passaram anos a identificar os factores que aumentam a percepção de risco e o sentimento de vulnerabilidade. E a fuga de radiação de uma central nuclear reúne todos os elementos assinalados. É uma ameaça invisível, misteriosa e pouco compreendida, associada a efeitos graves como o cancro e defeitos de nascimento». E no entanto, argumenta Spiegelhalter, é maior o receio do que a própria ameaça.

SOL
Tags: Radiações, Saúde, Sismo no Japão, Internacional

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