DEZ MIL MILHÕES? QUINZE?
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DEZ MIL MILHÕES? QUINZE?
DEZ MIL MILHÕES? QUINZE?
A oposição chumbou o PEC IV, provocando a queda do governo, e quer agora que Sócrates peça uma ajuda externa intercalar. Banqueiros conspícuos falam na necessidade imediata de dez mil milhões de euros, mas há quem sugira que menos de quinze mil milhões nada resolve. E parece que tem de ser já. A senhora que ontem entrevistou o primeiro-ministro trazia a rasteira bem ensaiada, mas saiu de São Bento como entrou.
Há, nisto tudo, um detalhe incontornável: o artigo do Tratado de Lisboa que permite ajudas financeiras de carácter excepcional, como o que se diz ser agora inevitável (uma pena não terem pensado nisso antes), exige a aprovação prévia de um programa de ajustamento económico e financeiro. Dito de outro modo, exige a aprovação de medidas equivalentes às que foram chumbadas, porventura mais duras, indo ao encontro do desejo manifestado por Pedro Passos Coelho em artigo publicado no Wall Street Journal. A Europa não se comove com apertos intercalares, por muito sérios que possam ser.
Portanto, uma de duas: ou o PSD mantém a intransigência, provocando ruptura de tesouraria em empresas do sector público, como o Metro do Porto, REFER, CP, CARRIS, TAP, RTP, etc. (e deixo de fora o funcionalismo tout court...); ou é obrigado a aprovar, agora, o que chumbou no dia 23 de Março. Sai sempre mal no retrato.
posted by Eduardo Pitta
A oposição chumbou o PEC IV, provocando a queda do governo, e quer agora que Sócrates peça uma ajuda externa intercalar. Banqueiros conspícuos falam na necessidade imediata de dez mil milhões de euros, mas há quem sugira que menos de quinze mil milhões nada resolve. E parece que tem de ser já. A senhora que ontem entrevistou o primeiro-ministro trazia a rasteira bem ensaiada, mas saiu de São Bento como entrou.
Há, nisto tudo, um detalhe incontornável: o artigo do Tratado de Lisboa que permite ajudas financeiras de carácter excepcional, como o que se diz ser agora inevitável (uma pena não terem pensado nisso antes), exige a aprovação prévia de um programa de ajustamento económico e financeiro. Dito de outro modo, exige a aprovação de medidas equivalentes às que foram chumbadas, porventura mais duras, indo ao encontro do desejo manifestado por Pedro Passos Coelho em artigo publicado no Wall Street Journal. A Europa não se comove com apertos intercalares, por muito sérios que possam ser.
Portanto, uma de duas: ou o PSD mantém a intransigência, provocando ruptura de tesouraria em empresas do sector público, como o Metro do Porto, REFER, CP, CARRIS, TAP, RTP, etc. (e deixo de fora o funcionalismo tout court...); ou é obrigado a aprovar, agora, o que chumbou no dia 23 de Março. Sai sempre mal no retrato.
posted by Eduardo Pitta
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