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Julgamento sumário

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Mensagem por Viriato Sáb Jun 11, 2011 6:25 pm

Julgamento sumário


A memória das pessoas, principalmente das pessoas públicas, é condicionada pelo que a elas convém lembrar. As cerimónias oficiais de comemoração do 10 de Junho, foram mais uma oportunidade de ouvirmos, através do discurso de António Barreto, a hora apocalíptica que vivemos.


António Barreto refere-se a Portugal e aos seus governantes como se de duas populações se tratasse. Portugal, o bom povo enganado, os governantes, de que ele já fez parte, a perfídia que engana o povo. A perfídia dos últimos anos de governação do PS, como ficou bem subentendido, e não a perfídia anterior, não os governantes anteriores, dos quais não se recorda.


António Barreto é de Portugal, mas não é português, fez política, mas não é político, fala da sintonia entre governantes e da sintonia entre o povo e os governantes, esquecendo-se que há medidas e reformas que são odiosas ao povo, que a luta política se alimenta dessa incompreensão para quebrar os adversários. É assim agora, como o foi no passado, antigo e recente.


António Barreto apela ao apuramento de responsabilidades, mais uma vez na senda justicialista da punição das decisões políticas. António Barreto apela à revisão da Constituição, colocando nela o ónus dos governos minoritários, da falta de reforma na justiça, da falta de confiança entre os órgãos de soberania.

António Barreto assume a posição do Juiz em vez de assumir as suas opções políticas. Alterar a relação entre os vários órgãos de soberania significa um regime presidencialista ou um regime parlamentarista? Alterar o sistema eleitoral significa a possibilidade da existência de círculos uninominais, de duas câmaras, ou de considerar como expressos os votos em branco?


O Dia de Portugal serviu, mais uma vez, para alguém nos lembrar, do alto da sua tribuna, como somos feios, porcos e maus. Sem a mais pequena centelha de espírito inovador ou motivador, lembrando as gestas do povo, do bom povo português quando bem conduzido, os egrégios avós ressuscitaram apenas para morrerem de novo, arrepiados perante este julgamento sumário, comum, injusto e, cada vez mais, tristemente inútil.

publicado por Sofia Loureiro dos Santos
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Mensagem por Vitor mango Dom Jun 12, 2011 12:40 am

António Barreto é de Portugal, mas não é português, fez política, mas não é político, fala da sintonia entre governantes e da sintonia entre o povo e os governantes, esquecendo-se que há medidas e reformas que são odiosas ao povo, que a luta política se alimenta dessa incompreensão para quebrar os adversários. É assim agora, como o foi no passado, antigo e recente.

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Vitor mango
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Mensagem por Vagueante Seg Jun 13, 2011 11:49 am

Viriato escreveu:Julgamento sumário


António Barreto assume a posição do Juiz em vez de assumir as suas opções políticas. Alterar a relação entre os vários órgãos de soberania significa um regime presidencialista ou um regime parlamentarista? Alterar o sistema eleitoral significa a possibilidade da existência de círculos uninominais, de duas câmaras, ou de considerar como expressos os votos em branco?


publicado por Sofia Loureiro dos Santos

Já aqui defendi, em outras ocasiões que, para resolver o impasse em que Portugal se encontra, politicamente falando, isto é, acabar com a instabilidade política gerada pela existência de vários partidos cada qual pretendendo ocupar as melhores posições dentro do Estado e da Economia, a Constituição Portuguesa deveria passar a ser presidencialista, a exemplo daquilo que acontece nos EUA.
A AR, deveria ser formada pelos deputados eleitos pelos partidos e seria a AR que deveria fazer as Leis e vigiar a acção governativa enquanto o Governo deveria ser da responsabilidade do Presidente.
Quanto aos círculos uninominais, tenho dificuldade em perceber como é que os cidadãos, especialmente os dos grandes círculos escolheriam os seus representantes, atendendo a que estes continuariam a ser desconhecidos do eleitorado como até agora, e a escolha daquele em quem caísse o voto seria de tal forma morosa que se corria o risco de um dia inteiro não chegar para que todos os cidadãos votassem.
Quanto ao voto em branco, também já aqui defendi a ideia de que deveria ser considerado para a contagem dos lugares ocupados pelos deputados, ficando vazias as cadeiras que proporcionalmente lhe fossem atribuidas.

Não quero com isto dizer que o problema do amiguismo que tanto tem destruido a imagem dos nossos políticos ficasse resolvido mas, provavelmente, ficaria muito próximo da solução e as cadeiras vazias na AR, iriam lembrar aos partidos o descontentamento dos cidadãos com a sua acção.

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