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SOBRE AMATO LUSITANO (1511-1568)

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Mensagem por Vitor mango Sex Out 21, 2011 3:30 am


SOBRE AMATO LUSITANO (1511-1568)




SOBRE AMATO LUSITANO (1511-1568) AmatoPercurso
Informação complementar recebida da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra:

Nasce
João Rodrigues em 1511 em Castelo Branco no seio de uma família de
origem judaica. Ao nome de família acrescenta, em 1536, Castelo Branco –
ficando João Rodrigues de Castelo Branco – e adopta em profissão e nas
letras o pseudónimo de Amato Lusitano.

Humanista
e erudito, aborda com múltipla curiosidade os assuntos médicos mais
variados, da matéria médica à anatomia, preocupado com a verdade,
qualquer que fosse o ramo dos conhecimentos médicos, é considerado um
dos nomes mais destacados da Renascença médica ao lado de grandes
anatomistas como Vesálio, Sylvius, Eustáquio e Brasavola.

Estuda
Medicina em Salamanca e, em 1529, regressa à pátria, na companhia do
seu condiscípulo Luís Nunes. Durante cinco anos viaja pelo reino e
aproveita a permanência em Portugal para, na Casa da Índia, examinar os
simples e as drogas que os navegantes portugueses e venezianos trazem à
Europa oriundos das Índias Orientais e do Brasil.

Em
1534 parte para Antuérpia e, durante os sete anos em que ali reside,
frequenta o jardim dos Franciscanos para estudar as plantas ou a
feitoria de Portugal, na Flandres, para ter acesso às plantas
medicinais, germe de estudos incessantes que o levariam a escrever em
1536 o seu primeiro livro Index Diosccorides, usando
ainda o nome de João Rodrigues de Castelo Branco. Em 1553, passados
dezassete anos e vivendo o autor em Ancona, publica em Veneza a sua
segunda obra de matéria médica In Dioscorides Enarrationes, considerada a sua obra de maturidade, assumindo então o pseudónimo de Amato Lusitano.

Em
Itália para onde se desloca em 1541, fixa-se em Ferrara, onde a convite
do Duque de Ferrara, aceita a docência naquela universidade, esplendor
do ensino no Renascimento, não longe de Pádua. Durante a sua estadia em
Ferrara, frequenta os jardins de Marcos Pio e de Azzioli, mostra aos
alunos as plantas raras que neles se cultivavam e visita as farmácias de
Nicolau Nicolucio e Thomas Lucense. Na corte do Duque Hércules d’Este,
convive com grandes celebridades médicas como Hugo de Siena, Manardo e
Brasavola. Como clínico desloca-se frequentemente a Roma, Florença e
Veneza para tratar o Papa Júlio III, Diana d’Este, Cosme de Médicis,
Diogo Furtado de Mendonça e André de Lencastre. Em 1541, começa a
escrever as suas Curas Médicas, o seu grande tratado de
clínica, que só seria concluido em Salónica em 1561. Durante os seis
anos que permanece em Ferrara, onde realizou numerosos actos anatómicos,
tem como assistente João Baptista Canano, que com ele descobriu a
circulação do sangue, descrevendo pela primeira vez as válvulas venosas
em 1547.

Em 1547
transfere a sua residência para Ancona, destino de muitos judeus
peninsulares perseguidos pela Inquisição, que encontram nesta cidade a
protecção directa do Papa Júlio III. Porém, o clima de tolerância
religiosa altera-se quando este é substituído por Paulo IV (1555-1559) e se estabelece o Santo Ofício. É o início das suas tribulações. Amato não escapa à perseguição da Inquisição que se apoderaram de todos os seus bens e haveres em Ancona, designadamente, a 5.ª Centúria, que estava quase concluída, e os seus Comentários
sobre a quarta Fen do Livro I de Avicena, cujo texto havia sido
fielmente traduzido por Jacob Mantino, e cuidadosamente revisto por
Amato, o que muito lamentará. Parte apressadamente de Ancona, para Pesaro, e daqui para Ragusa (hoje Dubrovnik, na Croácia), do outro lado do Adriático, em 1556.

Em
Maio de 1559 dirige-se para Salónica, onde parece ter sido nomeado
médico do Grão Turco. É nessa cidade, hoje na Grécia, que passa os seus
últimos anos. A sua actividade científica não enfraquece, visto que ali
conclui as três últimas Centúrias e o seu famoso Juramento, datado de
1561, vindo a falecer a 21 de Janeiro de 1568, vítima de peste.







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Mensagem por Vitor mango Sex Out 21, 2011 3:31 am


Amato Lusitano e a Renascença Médica




SOBRE AMATO LUSITANO (1511-1568) Amato
Informação recebida da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra:

Está patente na Biblioteca Joanina, de 15 de Outubro a 30 de Dezembro, a exposição bibliográfica “Amato Lusitano e a Renascença Médica”.
No ano em que se comemoram os 500 anos do nascimento do ilustre médico
português João Rodrigues de Castelo Branco, que na Europa de quinhentos
ficaria conhecido como Amato Lusitano, pretendemos evocar a sua vida e
obra através dos trabalhos científicos que nos legou. A botânica e a
anatomia foram as áreas de conhecimento privilegiadas nos seus estudos,
que fomentaram a renascença médica do século XVI.

Reúnem-se
edições das Enarrationes (Lyon, 1558) e das Centúrias médicas, a
terceira e quarta (Lyon, 1565), a sétima (Veneza, 1566) e a edição
póstuma que reúne as sete Centúrias (Bordéus, 1620), marcos da obra que,
no seu conjunto, granjeou fama ao autor.

As obras de outros
médicos da época, como André de Laguna, Pietro Andrea Mattioli e Garcia
de Orta, ilustram várias questões da matéria médica peninsular e
oriental e a controvérsia gerada nalguns casos

A Renascença
médica, em particular anatómica, está representada por Amato Lusitano,
Vesálio, Falópio, Acquapendente, Eustáquio e Guevara em edições
produzidas nos mais importantes centros europeus ao longo do século XVI.
Em particular, mostra-se o livro de Vesálio, recentemente restaurado, a “Fábrica do Corpo Humano”, de 1543.

Amato
Lusitano viveu em várias cidades da Europa ao longo da sua vida.
Destaca-se na exposição o Itinerário do médico que trabalhou em diáspora
de forma árdua, como o próprio tão bem ilustra no seu famoso Juramento:

“Fui
sempre diligente no estudo e por tal forma que nenhuma ocupação ou
circunstância, por mais urgente que fosse, me desviou da leitura dos
bons autores; nem o prejuízo dos interesses particulares, nem as viagens
por mar, nem as minhas frequentes deambulações por terra, nem por fim o
próprio exílio, me abalaram a alma, como convém ao homem sábio (…) os
meus livros de medicina nunca os publiquei com outra ambição que não
fosse contribuir de qualquer modo para a saúde da humanidade
”.


Exposição | 15 de Outubro a 30 de Dezembro | Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra

Horário: 9:30 – 19:00






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