Pour le plaisir du Roi
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Pour le plaisir du Roi
Pour le plaisir du Roi
Para
o acto de inauguração da exposição Das Partes do Sião, agora patente na
Biblioteca Nacional, foi servida uma refeição tailandesa. Os oito
empregados tailandeses, sabendo ser Dom Duarte de Bragança o Chefe da
Casa Real e pretendente ao Trono de Portugal, ficaram entusiasmadíssimos
e deram mostras da maior exultação, servindo-o com todas as provas da
etiqueta siamesa. Como manda a educação, falaram-lhe sempre com as mãos
juntas, à maneira de prece, tal como o fariam com o seu Rei. Que falta
nos faz uma monarquia neste tempo de trevas !
Publicada por
Combustões
em
9.12.11
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08 Dezembro 2011
500 anos de relações luso-tailandesas: missão cumprida
Com
a presença de quase duas centenas de convidados e de personalidades
(General Rocha Vieira, em representação do Chefe de Estado; SAR, o
Senhor Dom Duarte de Bragança; Embaixador da Tailândia em Portugal;
Professor Pedro Dias, Director-Geral da Biblioteca Nacional de Portugal;
Secretário Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros;
representantes das administrações das fundações Calouste Gulbenkian e
Oriente; dois antigos embaixadores de Portugal na Tailândia, José
Eduardo de Mello Gouveia e António de Faria e Maya; directores dos
grandes arquivos portugueses; bem como deputados, políticos, professores
universitários e académicos), teve ontem lugar na Biblioteca Nacional a
inauguração da exposição Das Partes do Sião.
Carta
de Albuquerque informando o Rei D. Manuel I das diligências efectuadas
para o envio da primeira missão diplomática portuguesa ao Sião
de Albuquerque informando o Rei D. Manuel I das diligências efectuadas
para o envio da primeira missão diplomática portuguesa ao Sião
Trata-se,
com a modéstia de escala que a situação dramática que todos vivemos
exige, de um grande acontecimento cultural e patriótico, como ficou,
aliás, patente nas palavras dos oradores. A expressão de grandeza que
faz falta aos tempos que correm, a exibição pública e sem rebuço de
incontido orgulho, a natural vocação de Portugal para o mundo, a
permanência do nosso nome além-fronteiras, eis a intenção deste acto de
patriotismo científico, que não ofusca a verdade histórica, não ofende o
brio académico nem situa as relações de portugal com o velho Sião num
plano de mera evocação. Ontem, naquele grande edifício no Campo grande,
duas centenas de portugueses e tailandeses rememoraram os passos de uma
caminhada comum que perdura há meio milénio; sem dúvida, um exemplo que
devia servir a todos quantos, pela paz e no respeito pelas diferenças,
exigem um mundo livre de agressão.
Ali
estão as grandes crónicas reais e das ordens religiosas. Ali estão os
instrumentos diplomáticos, os documentos de chancelaria, os mapas, as
cartas ânuas, os testemunhos de outros europeus sobre o carácter único
das relações entre os portugueses e os siameses, as manifestações do
assentamento de bandéis de portugueses no Sião. Ali estão, também, as
glórias da literatura, do estro de Camões ao picaresco de Mendes Pinto.
As
vitrinas sucedem-se. Século XVI, as primícias da aliança. Século XVII, a
consolidação, as vicissitudes da interferência francesa. Século XVIII, a
tragédia da tomada, saque e destruição de Ayutthaya, a fuga dos
portugueses e seu estabelecimento em Thonburi. Século XIX, a renovação
das relações Estado-a-Estado. Século XX, a preservação da memória.
Grande
uniforme, com Grã-Cruz de cavaleiro da Ordem do Elefante Branco, máxima
condecoração tailandesa, pertencentes ao Embaixador Mello Gouveia
uniforme, com Grã-Cruz de cavaleiro da Ordem do Elefante Branco, máxima
condecoração tailandesa, pertencentes ao Embaixador Mello Gouveia
Mas
há uma dimensão humana, sofrida e tenaz: a dos portugueses que se
fixaram no Sião e ali, fugidos de guerras e ameaças, refizeram as suas
vidas e se fizeram leais servidores dos Reis siameses, sem nunca
abandonarem a fé católica e a lembrança da pedatura portuguesa. Os
testamentos, os votos, as orações e a resistência aos padres franceses,
as batalhas onde derramaram o sangue; uma história que merece ser
conhecida, um capítulo infelizmente pouco estudado desse Império
Invisível que se manteve na Ásia e ainda persiste em alguns bairros
católicos da actual megalópole de Bangkok.
E
porque não há povo sem Reis, nem cultura sem história, as visitas reais
de Chulalongkorn e Rama IX a Lisboa, em 1897 e 1960, atestando a
permanente atenção dos soberanos thai pela velha aliança com o país do
extremo Ocidente, o país do Portugueses.
Trabalho
duro, canseira que foi privilégio e fonte de aprendizagem na companhia
do Professor António Vasconcelos de Saldanha, com quem realizei a
feitura do catálogo e da exposição. Ontem, já passava das onze da noite,
recebi de um amigo que não via há mais de trinta anos a melhor prenda.
No email que abri, lia-se: "o livrinho que acompanha a exposição é uma jóia. Quando vim para minha casa enquanto comia uma fatia de pizza li o início e já estou impressionado. O livro está uma obra de arte. Vou ler o resto amanhã. Muitos parabéns".
Há
coisas que não deixamos - não podemos deixar - que outros as façam. Uma
dessas é, sem discussões, o de cumprir uma missão que se nos exigia
enquanto povo neste ano dos 500 anos de celebrações. Fizemo-lo, quase
sem meios, lembrando a velha e sempre nova expressão do Padre António
Vieira, segundo a qual "os portugueses fazem o que podem; Portugal faz o
que costuma".
Os
amigos, a família, os colegas, estiveram lá todos. Gratos ficámos pela
presença de SAR, o Senhor Dom Duarte, dos primeiros a chegar e dos
últimos a partir, que nos alentou na expressão da sua consabida
simpatia, humanidade e serviço a todas as causas que honram o nome de
Portugal.
Publicada por
Combustões
em
8.12.11
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Etiquetas:
500 anos de relações entre Portugal e a Tailândia
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117360
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