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A crise, as licenciaturas académicas, José Gomes Ferreira, Alexandre Soares dos Santos e Fritz Lang

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Mensagem por Vitor mango Qui Set 20, 2012 5:05 am


A crise, as licenciaturas académicas, José Gomes Ferreira, Alexandre Soares dos Santos e Fritz Lang

A
SIC Notícias emitiu esta quarta-feira, já depois do anúncio de José
Sócrates, um programa dedicado a temas económicos, conduzido pelo
jornalista José Gomes Ferreira e em que coube a Alexandre Soares dos
Santos o papel de entrevistado. Para quem não sabe, Gomes Ferreira, é o
principal comentador económico dos noticiários da SIC generalista.
Informado, ponderado nas apreciações, falta-lhe ousadia, rasgos de
inteligência.


Não
é culpa dele, é minha, mas, existem opiniões (disfarçadas de questões),
constantemente propaladas na comunicação social, que me encanitam
particularmente. Entre elas contam-se as que versam: a “rigidez da nossa
legislação laboral”; a “regionalização urgente”; “a importância das
licenciaturas de Bolonha para o mercado de trabalho e as empresas”; “a
qualidade do nosso ensino universitário” e outras.


Desta
vez coube ao citado Gomes Ferreira buscar apoio no empresário para uma
opinião muito em voga e que a ele, é particularmente querida. O
economista inquiriu Soares dos Santos, naquele jeito tão em voga de
perguntador ansioso pela validação do seu juízo. O assunto: o mercado de
trabalho. A questão: “não deveriam os cursos universitários, sem saída
profissional no mercado de trabalho
serem encerrados? Como por exemplo, os cursos de Letras, de que as empresas não necessitam?”

Esta
opinião, disfarçada de pergunta, desgosta-me profundamente. Não direi
que me enoja, porque acredito que a intenção não tenha sido propalar uma
concepção errada de sociedade, ou escamotear deliberadamente dados
essenciais sobre a matéria. Trata-se apenas de falta de conhecimento,
perspicácia e cultura democrática. A formatação da realidade, comum a
jornalistas, políticos e decisores, a quem vive entre jornais,
televisões, Internet e meios profissionais intoxicados pelas agências de
comunicação, grupos económicos e de interesses, impede uma visão clara e
facilita a rendição da liberdade individual.


O
empresário, a quem daria todo o jeito concordar, respondeu que não. Na
opinião dele, os bons profissionais não carecem de trabalhar
exclusivamente na área da sua formação académica. Informou que na
empresa onde iniciou a sua vida profissional, os profissionais do
marketing, provinham do curso de filosofia. Os que se mostravam mais
aptos a entender o cliente; que os licenciados em direito são muito bons
para recursos humanos, e juntou outros argumentos. Gomes Ferreira pela
expressão facial mostrava discordar, não se atreveu contudo a desdizer o
ilustre convidado.


Soares
dos Santos está certo. A pergunta do economista mistura o que não se
pode misturar. Serei sintético num assunto que merece outro
desenvolvimento.


Encerrar cursos universitários sem saídas profissionaIS? NÃO!

Aspectos formais:

· A tutela do Estado sobre as universidades privadas não compreende a possibilidade de eliminar as licenciaturas que lhe aprouver;
· Com toda a probabilidade, mesmo recorrendo a alterações legislativas, existiriam pesadas indemnizações a pagar;
· No
ensino público haveria que alterar a legislação específica do sector,
em especial a autonomia universitária (o que só por si não seria mau, se
atentarmos nas barbaridades cometidas, infelizmente o Ministério que
tutela a área não demonstra maior senso);

· As
questões de empregabilidade não são lineares, o director do curso de
Gestão da Universidade Nova, apregoa uma empregabilidade de 99% em seis
meses, outros cursos, de outras universidades, encontram-se próximas de
zero.

Aspectos substanciais:

· Não
é atribuição do Estado limitar artificialmente, por necessidade de
terceiros, as opções individuais de cada um dos seus cidadãos, muito
menos na educação, assistir-se-ia aqui a uma intromissão violentíssima
na esfera privada, ao estado compete informar, ao cidadão escolher;

· Nem
o Estado, nem os cidadãos existem para satisfazer as necessidades das
empresas, o Estado prossegue fins e interesses colectivos (uma palavra
que assusta na era do liberalismo selvagem, quando se pretende
substituir o interesse comum, por uma esmola disfarçada de
“solidariedade social”), a não ser assim a máquina governamental
limitar-se-á a constituir uma linha de montagem de trabalhadores;
pequeninos robôs que em fila indiana se dirigem… vejam Metrópolis de Fritz Lang;

· Eliminam-se
os cursos de literaturas, línguas, direito, filosofia, psicologia,
sociologia (Ai! Maria de Lurdes Rodrigues), arqueologia, antropologia, e
também os de matemática pura, física teórica, astronomia, astrofísica e
todos os ramos da ciência não experimental, ou sem aplicação
empresarial imediata? Não? Porque são cientificas? Mais importantes que a
filosofia, ou qualquer outro ramo do conhecimento? Quem determina essa
relevância? A economia? Um dos cursos a par da gestão com menor taxa de
empregabilidade. A economia que muitos economistas consideram, eles
próprios, uma ciência social perto da adivinhação e que nunca conseguiu
prever qualquer grande crise? O Estado, ao serviço das empresas,
motivadas pelo lucro?


Última edição por Vitor mango em Qui Set 20, 2012 7:43 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Kllüx Qui Set 20, 2012 7:20 am



The cerTÊZZZZZZZZZZZZZZZZ@ keste lançol não deixa os leitores küsz pézzzinhos à mostra... Very Happy

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Mensagem por Vitor mango Qui Set 20, 2012 7:45 am

Kllüx escreveu:


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tem razao e ja cortei os apendices

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