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Na terra dos amish, cortar a barba aos outros pode dar 16 anos de prisão

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Na terra dos amish, cortar a barba aos outros pode dar 16 anos de prisão  Empty Na terra dos amish, cortar a barba aos outros pode dar 16 anos de prisão

Mensagem por Vitor mango Sáb Set 22, 2012 1:41 am


Na terra dos amish, cortar a barba aos outros pode dar 16 anos de prisão





21.09.2012 - 17:09
Por João Dias














Na terra dos amish, cortar a barba aos outros pode dar 16 anos de prisão  716147?tp=UH&db=IMAGENS&w=350&t=1348303116,84927

Nos EUA vivem cerca de 270 mil amish (Carolyn Kaster/AP)








Uma das regras amish é os homens não
cortarem a barba, e as mulheres o cabelo, depois do casamento. Quando
isso acontece, torna-se um acto “devastador e humilhante” e um bispo
“autocrata e ditatorial” e 15 seguidores são acusados de crime de ódio
religioso.












Os ataques eram feitos à noite. Numa comunidade
amish em Bergholz, Ohio (Estados Unidos), enquanto uns dormiam outros
surpreendiam-nos com tesouras, máquinas de barbear e tesouras para
aparar crinas de cavalo. De seguida, conforme os depoimentos das vítimas
em tribunal, eram-lhes cortados os cabelos ou as barbas, ao mesmo tempo
que rezavam em desespero.

Na quinta-feira foram condenadas ao
todo 15 pessoas, que estão a ser julgadas por crimes religiosos
cometidos contra antigos membros da sua comunidade amish. Por trás disto
tudo está ainda outro homem que é acusado de ser o cérebro dos crimes:
Samuel Mullet. A sentença, que vai ser lida a 24 de Janeiro do próximo
ano, pode ir até a 16 anos de prisão.

Mullet, bispo amish na
comunidade de Bergholz, é descrito pelas testemunhas deste processo como
um homem infernal, um autocrata com punho de ferro, que tinha
seguidores que seguiam as suas ordens como zombies. Conforme as
acusações, Mullet batia e prendia em capoeiras os membros da sua
comunidade sempre que estes infringiam as regras por si ditadas. O bispo
de 67 anos tirava proveito da sua posição de liderança para ter
relações sexuais com várias mulheres da sua comunidade. Dizia que o
fazia para purificar as mulheres amish, incluindo uma enteada, e
argumentava tratar-se de “aconselhamento íntimo e sexual”.

Conflitos internos são frequentes

As
vítimas das agressões são, por norma, pessoas que saíram por vontade
própria da comunidade liderada por Mullet. Conforme explica em
entrevista telefónica Karen Johnson-Weiner, professora da universidade
Potsdam State University of New York e antropóloga especializada na
cultura amish, “é frequente haver discordâncias em grupos Amish em
relação a como a Bíblia deve ser interpretada”. David Weaver-Zercher,
professor de História das Religiões na América no Messiah College, diz
que “devido aos amish darem uma importância muito grande a viverem de
forma espiritual e por definirem essas mesmas formas de vida tão
especificamente, é normal haver cisões entre algumas comunidades”.

Quando
isso acontece, é comum os membros descontentes saírem dessa comunidade e
começarem uma de raiz ou integrarem-se noutra. Johnson-Weiner refere a
título de exemplo um caso em que “um avô era o bispo de uma comunidade
em que os seus próprios netos discordaram dele e das suas interpretações
da Bíblia”. Aí, assegura, a separação foi pacífica, e a família
reúne-se frequente e pacificamente. Não foi assim em Bergholz, onde
algumas vítimas são familiares dos acusados.

Também é regra um
membro de um grupo ser excomungado, o que passa por um processo em que
“o contacto com o membro disciplinado é reduzido com o objectivo de
desonrá-lo pelos seus actos”, adianta Steve Nolt, professor no Goshen
College especializado na cultura Amish. Nessas situações, o membro
excomungado pode retratar-se e regressar à comunidade. Nolt sublinha que
estes processos são “inteiramente pacíficos”, ao contrário do que se
passou em Bergholz.

Nos EUA vivem cerca de 270 mil amish. A
maioria vive nos estados do Ohio, Pensilvânia e Indiana em comunidades
isoladas. Os amish vivem sobretudo da agricultura e rejeitam o uso de
roupas modernas, televisão e computadores. A excepção é aberta num
período na vida dos jovens das comunidades, designado por Rumspringa.
Quando atingem a adolescência os jovens deixam de ter a supervisão dos
pais aos fins-de-semana, tendo liberdade para conviver com outras
pessoas e outros estilos de vida. É neste período que decidem se querem
ser amish o resto da vida ou se preferem sair. A maioria dos jovens
acaba por casar com outros amish, o que marca a sua opção definitiva por
este estilo de vida. É aqui que as mulheres deixam de cortar o cabelo e
os homens a barba.

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Mensagem por Vitor mango Sáb Set 22, 2012 1:41 am

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