Nobel da Paz para UE causa choque e surpresa em Bruxelas
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Nobel da Paz para UE causa choque e surpresa em Bruxelas
Nobel da Paz para UE causa choque e surpresa em Bruxelas
Matthew Price
Da BBC News em Bruxelas
Atualizado em 12 de outubro, 2012 - 09:28 (Brasília) 12:28 GMT
Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse não esperar que o dia fosse ser tão bom
A decisão de dar à União
Europeia o Prêmio Nobel da Paz teria sido unânime no painel de cinco
integrantes – embora tenha sido uma grande surpresa.
Não só para analistas, que vinham especulando
sobre as chances de blogueiros envolvidos na Primavera Árabe ou de
grupos humanitários na Rússia.
Notícias relacionadas
TA escolha chocou até o presidente da
Comissão Europeia, José Manuel Barroso. Ele admitiu para jornalistas
que, ao acordar, não esperava que o seu dia fosse ser tão bom.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van
Rompuy, afirmou estar orgulhoso, e que o prêmio reconhece o papel do
bloco como o "maior pacificador na História".
O Nobel certamente não foi conquistado pela atuação da União Europeia no combate à atual crise na Zona do Euro.
Em vez disso, a comissão do Nobel preferiu destacar o papel da UE na promoção da paz ao longo das últimas seis décadas.
Concentrando-se no longo prazo, os integrantes ressaltaram a reconciliação entre as nações, após as duas guerras mundiais.
Fracasso diplomático
Também mencionaram a integração dos países do antigo bloco comunista e o papel da União no processo de estabilização dos Balcãs.
No entanto, não se falou no fracasso da
diplomacia de Bruxelas e de outros países, que pouco fizeram para evitar
que as guerras eclodissem.
Para aqueles que veem na Comissão Europeia uma
instituição não-democrática, burocrática e até corrupta, a escolha chega
a ser irritante.
E vale lembrar que a escolha foi feita na
Noruega, um país que historicamente se recusa a entrar para o bloco,
preferindo manter a soberania.
No comunicado escrito em Oslo há até uma menção aos problemas que estão sendo criados pela atual crise econômica.
De fato, há poucos dias, manifestantes na Grécia receberam a líder alemã – em visita oficial – com saudações nazistas.
Com a crise da Zona do Euro, a União Europeia parece viver um dos seus momentos de maior divisão e fragilidade.
Os sucessos da UE são claros, e a comissão os deixou evidentes.
Mesmo assim, o momento para destacá-los parece bastante estranho.
Matthew Price
Da BBC News em Bruxelas
Atualizado em 12 de outubro, 2012 - 09:28 (Brasília) 12:28 GMT
Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse não esperar que o dia fosse ser tão bom
A decisão de dar à União
Europeia o Prêmio Nobel da Paz teria sido unânime no painel de cinco
integrantes – embora tenha sido uma grande surpresa.
Não só para analistas, que vinham especulando
sobre as chances de blogueiros envolvidos na Primavera Árabe ou de
grupos humanitários na Rússia.
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TA escolha chocou até o presidente da
Comissão Europeia, José Manuel Barroso. Ele admitiu para jornalistas
que, ao acordar, não esperava que o seu dia fosse ser tão bom.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van
Rompuy, afirmou estar orgulhoso, e que o prêmio reconhece o papel do
bloco como o "maior pacificador na História".
O Nobel certamente não foi conquistado pela atuação da União Europeia no combate à atual crise na Zona do Euro.
Em vez disso, a comissão do Nobel preferiu destacar o papel da UE na promoção da paz ao longo das últimas seis décadas.
Concentrando-se no longo prazo, os integrantes ressaltaram a reconciliação entre as nações, após as duas guerras mundiais.
Fracasso diplomático
Também mencionaram a integração dos países do antigo bloco comunista e o papel da União no processo de estabilização dos Balcãs.
No entanto, não se falou no fracasso da
diplomacia de Bruxelas e de outros países, que pouco fizeram para evitar
que as guerras eclodissem.
Para aqueles que veem na Comissão Europeia uma
instituição não-democrática, burocrática e até corrupta, a escolha chega
a ser irritante.
E vale lembrar que a escolha foi feita na
Noruega, um país que historicamente se recusa a entrar para o bloco,
preferindo manter a soberania.
No comunicado escrito em Oslo há até uma menção aos problemas que estão sendo criados pela atual crise econômica.
De fato, há poucos dias, manifestantes na Grécia receberam a líder alemã – em visita oficial – com saudações nazistas.
Com a crise da Zona do Euro, a União Europeia parece viver um dos seus momentos de maior divisão e fragilidade.
Os sucessos da UE são claros, e a comissão os deixou evidentes.
Mesmo assim, o momento para destacá-los parece bastante estranho.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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