Ganhou a lotaria, e mataram-no com cianeto

Ganhou a lotaria, e mataram-no com cianeto

Luis M. Faria
15:32 Terça feira, 8 de janeiro de 2013




A felicidade de Urooj Khan, pouco antes de morrer


Nos anos 80, Urooj Khan emigrou da Índia
para os Estados Unidos. Durante três décadas, trabalhou duro e conseguiu
ter uma boa vida. Nas suas três lavandarias em Chicago, empregava dez
pessoas, e parece que não era dos patrões mais difíceis.

Então aconteceu o maior azar da sua vida: ganhou a lotaria.

Quer dizer, ele não viu a questão bem dessa forma.
Quando lhe disseram que ia receber meio milhão de dólares (na verdade,
425 dólares, após os impostos) achou que era uma grande sorte. Anunciou
que doaria parte do dinheiro a um hospital e empregaria o resto a
expandir a sua empresa.

Em Julho, recebeu o cheque. Um dia depois, estava
morto. A sua mulher descreveu um quadro de extrema aflição, com o marido
a sufocar de repente ao seu lado, à noite.

Alguém fez uma denúncia


Na altura, a morte não foi considerada suspeita. Quando
as pessoas têm mais de 45 anos, é feita uma autópsia sumária, com um
exame toxicológico muito limitado. No caso de Urooj, não se
detectou nada.

Em meados de Agosto, o cheque foi descontado por alguém
da família. Nessa altura, segundo consta, houve uma denúncia às
autoridades, que começaram a investigar.

Agora anunciaram o resultado: Urooj morreu envevenado
com cianeto. Uma substância extremamente poderosa, que provoca uma morte
horrível e muito dolorosa em poucos minutos.

A ironia é que Khan, muçulmano devoto, tinha prometido
deixar de jogar após uma peregrinação à Arábia Saudita, há dois anos.
Esta terá sido a sua primeira recaída.

A polícia ainda não disse quem são os suspeitos, se acaso os há. Mas a questão não deverá ficar por aqui.



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