Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
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Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Atualizado em 9 de janeiro, 2013 - 13:09 (Brasília) 15:09 GMT
O religioso Naftali Bennett ganha apoio entre os seculares com apelo jovial e de empresário
O crescimento, em Israel, de
partidos identificados com a colonização dos territórios palestinos
aumenta o pessimismo sobre as chances de que haja um acordo de paz a
curto ou médio prazo.
Duas semanas antes das eleições gerais
israelenses, previstas para o dia 22 deste mês, as pesquisas apontam o
partido religioso nacionalista Habait Hayehudi (O Lar Judaico) como o
grande "meteoro" do pleito.
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Tópicos relacionados
O partido, que representa os colonos
israelenses que vivem em assentamentos no território palestino da
Cisjordânia, deve obter de 14 a 18 cadeiras (de um total de 120) na
próxima legislatura do Parlamento.
O Lar Judaico defende a anexação de 60% dos
territórios palestinos ocupados por Israel e se opõe à possibilidade de
criação de um Estado Palestino.
Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian,
nesta semana, o líder do partido, o religioso nacionalista Naftali
Bennett, disse que um "Estado árabe independente simplesmente não vai
acontecer".
"Um Estado palestino será um desastre para os
próximos 200 anos", disse. "Eu quero que o mundo entenda que um Estado
palestino significa a não existência de Israel. Essa é a equação",
afirmou.
Transferência de votos
Até agora um partido pequeno no Parlamento, o
Lar Judaico se ampara no apoio dos eleitores conservadores que antes
votavam na direita secular, em partidos como o Likud, do atual
primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.
Boa parte do apelo de Naftali Bennett vem de sua
carreira como milionário bem sucedido no ramo da tecnologia. Após
servir em uma unidade de elite do Exército israelense, ele desenvolveu
um software de segurança - que foi vendido, há sete anos, por US$ 145
milhões.
As pesquisas indicam que o Lar Judaico, amparado
por uma campanha eleitoral de peso, deve se transformar no segundo
maior partido da próxima coalizão governamental, conferindo aos colonos
uma força politica sem precedentes.
A expectativa é que Netanyahu continue como primeiro-ministro.
'Fim do Estado palestino'
O Lar Judaico defende a anexação de territórios palestinos onde se encontram assentamentos israelenses
Para Alon Liel, ex-diretor geral do Ministério
das Relações Exteriores, se Bennet tiver uma posição de força no próximo
governo e conseguir impor seu programa politico à coalizão, "será o fim
do Estado Palestino e de qualquer chance de acordo de paz".
"Também será o fim das relações entre Israel e os países europeus", disse Liel à BBC Brasil.
A expansão de assentamentos israelenses na
Cisjordânia, considerado ilegais, é o maior empecilho para as
negociações de paz e alvo de frequentes críticas de aliados ocidentais,
inclusive os Estados Unidos.
"A Europa não aceitará essa posição e poderá até decretar sanções econômicas contra Israel", diz Liel.
Bennet defende a anexação de cerca de 60% da
Cisjordânia - uma área que inclui os assentamentos e o Vale do Jordão
(na parte leste) - a Israel.
Os 2,5 milhões de palestinos que vivem na
Cisjordânia devem ter algum grau de "autonomia" nos 40% restantes,
defende Bennet, mas não um Estado soberano.
Alon Liel alerta que "essa posição não é só do
Lar Judaico, mas também tem muitos simpatizantes na liderança do próprio
partido governista".
Pressão internacional
De acordo com o analista palestino Jad Ishaq,
diretor do Instituto de Pesquisa Socioeconômica de Belém, o
fortalecimento político do Lar Judaico indica que "os colonos vão
receber todo o apoio do governo, ainda mais do que no governo anterior".
"A questão principal é: o que fará a comunidade internacional?", pergunta Ishaq.
De acordo com as pesquisas de opinião, o mapa politico em Israel está dividido em dois grande blocos.
O primeiro, que deverá obter cerca de 67
cadeiras (entre 120) no Parlamento, é o bloco de direita,
extrema-direita e partidos religiosos.
O segundo bloco, que deverá obter as 53 cadeiras
restantes, inclui os partidos de centro, de esquerda e os três partidos
que representam os cidadãos árabes de Israel.
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Atualizado em 9 de janeiro, 2013 - 13:09 (Brasília) 15:09 GMT
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O religioso Naftali Bennett ganha apoio entre os seculares com apelo jovial e de empresário
O crescimento, em Israel, de
partidos identificados com a colonização dos territórios palestinos
aumenta o pessimismo sobre as chances de que haja um acordo de paz a
curto ou médio prazo.
Duas semanas antes das eleições gerais
israelenses, previstas para o dia 22 deste mês, as pesquisas apontam o
partido religioso nacionalista Habait Hayehudi (O Lar Judaico) como o
grande "meteoro" do pleito.
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O partido, que representa os colonos
israelenses que vivem em assentamentos no território palestino da
Cisjordânia, deve obter de 14 a 18 cadeiras (de um total de 120) na
próxima legislatura do Parlamento.
O Lar Judaico defende a anexação de 60% dos
territórios palestinos ocupados por Israel e se opõe à possibilidade de
criação de um Estado Palestino.
Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian,
nesta semana, o líder do partido, o religioso nacionalista Naftali
Bennett, disse que um "Estado árabe independente simplesmente não vai
acontecer".
"Um Estado palestino será um desastre para os
próximos 200 anos", disse. "Eu quero que o mundo entenda que um Estado
palestino significa a não existência de Israel. Essa é a equação",
afirmou.
Transferência de votos
Até agora um partido pequeno no Parlamento, o
Lar Judaico se ampara no apoio dos eleitores conservadores que antes
votavam na direita secular, em partidos como o Likud, do atual
primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.
Boa parte do apelo de Naftali Bennett vem de sua
carreira como milionário bem sucedido no ramo da tecnologia. Após
servir em uma unidade de elite do Exército israelense, ele desenvolveu
um software de segurança - que foi vendido, há sete anos, por US$ 145
milhões.
As pesquisas indicam que o Lar Judaico, amparado
por uma campanha eleitoral de peso, deve se transformar no segundo
maior partido da próxima coalizão governamental, conferindo aos colonos
uma força politica sem precedentes.
A expectativa é que Netanyahu continue como primeiro-ministro.
'Fim do Estado palestino'
O Lar Judaico defende a anexação de territórios palestinos onde se encontram assentamentos israelenses
Para Alon Liel, ex-diretor geral do Ministério
das Relações Exteriores, se Bennet tiver uma posição de força no próximo
governo e conseguir impor seu programa politico à coalizão, "será o fim
do Estado Palestino e de qualquer chance de acordo de paz".
"Também será o fim das relações entre Israel e os países europeus", disse Liel à BBC Brasil.
A expansão de assentamentos israelenses na
Cisjordânia, considerado ilegais, é o maior empecilho para as
negociações de paz e alvo de frequentes críticas de aliados ocidentais,
inclusive os Estados Unidos.
"A Europa não aceitará essa posição e poderá até decretar sanções econômicas contra Israel", diz Liel.
Bennet defende a anexação de cerca de 60% da
Cisjordânia - uma área que inclui os assentamentos e o Vale do Jordão
(na parte leste) - a Israel.
Os 2,5 milhões de palestinos que vivem na
Cisjordânia devem ter algum grau de "autonomia" nos 40% restantes,
defende Bennet, mas não um Estado soberano.
Alon Liel alerta que "essa posição não é só do
Lar Judaico, mas também tem muitos simpatizantes na liderança do próprio
partido governista".
Pressão internacional
De acordo com o analista palestino Jad Ishaq,
diretor do Instituto de Pesquisa Socioeconômica de Belém, o
fortalecimento político do Lar Judaico indica que "os colonos vão
receber todo o apoio do governo, ainda mais do que no governo anterior".
"A questão principal é: o que fará a comunidade internacional?", pergunta Ishaq.
De acordo com as pesquisas de opinião, o mapa politico em Israel está dividido em dois grande blocos.
O primeiro, que deverá obter cerca de 67
cadeiras (entre 120) no Parlamento, é o bloco de direita,
extrema-direita e partidos religiosos.
O segundo bloco, que deverá obter as 53 cadeiras
restantes, inclui os partidos de centro, de esquerda e os três partidos
que representam os cidadãos árabes de Israel.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117434
Re: Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
a extrema direita é por direito próprio BURRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu disse burra porque obsecada pela miopia não ve que Israel ewsta completamente isolada do mundo e das realidades ...bastava ver a ultima votaçao na ONU
_________________
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Vitor mango- Pontos : 117434
Re: Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
Vitor mango escreveu:a extrema direita é por direito próprio BURRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu disse burra porque obsecada pela miopia não ve que Israel ewsta completamente isolada do mundo e das realidades ...bastava ver a ultima votaçao na ONU
Não vá com tanta sede ao pote, que se estatela como o outro... o de cá!
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
a de ca nem ja é burra é mais Coelho a chafurdar na RElva com a PORTA escancaradaJoao Ruiz escreveu:Vitor mango escreveu:a extrema direita é por direito próprio BURRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu disse burra porque obsecada pela miopia não ve que Israel ewsta completamente isolada do mundo e das realidades ...bastava ver a ultima votaçao na ONU
Não vá com tanta sede ao pote, que se estatela como o outro... o de cá!
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117434
Re: Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
Do lado de cá, quem tem a chave é o Paulo que até agora só fez ameaças.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Eleições em Israel: colonos ganham força e paz 'fica distante'
Vagueante escreveu:Do lado de cá, quem tem a chave é o Paulo que até agora só fez ameaças.
Mas, de ameaça em ameaça, vai acabar por levar a água ao seu moinho... como sempre. Esperemos, que não demore muito!
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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