Médio Oriente NATO desconhece supostos ataques israelitas na Síria

Médio Oriente NATO desconhece supostos ataques israelitas na Síria

O secretário-geral da NATO, Anders Fogh
Rasmussen, disse hoje não ter “indicações” sobre ataques aéreos
israelitas em território sírio e referiu que a Aliança Atlântica está
centrada na protecção da Turquia, um país aliado e limítrofe da Síria.






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Mundo







16:57 - 06 de Maio de 2013 | Por Lusa






ão tenho indicações sobre semelhante actividade” na zona da
fronteira entre a Turquia e a Síria, onde a NATO instalou mísseis
Patriot, afirmou Rasmussen na sua conferência de imprensa mensal após
ser questionado sobre o alegado ataque de Israel.

“Decerto que os aliados da NATO seguem de perto os acontecimentos.
Estamos centrados na nossa componente defensiva para proteger a
população e o território da Turquia”, acrescentou.

As autoridades sírias denunciaram um ataque aéreo israelita às
primeiras horas de domingo dirigido a um centro militar nos arredores de
Damasco, um bombardeamento que o Governo de Benjamin Netanyahu não
assumiu.

“Estou ao corrente das informações publicadas na imprensa, que não
comentamos”, adiantou Rasmussen, antes de assegurar que não dispõe de
mais informação.

No entanto, assinalou que para os aliados “isto não é uma nova
preocupação”, pelo facto de “desde há algum tempo que exprimimos a nossa
preocupação que o conflito possa alastrar” a outros países da região.

Ao ser questionado sobre a alegada utilização de armas químicas pelas
partes em conflito, o secretário-geral da NATO disse “possuir
indicações de que podem ter sido utilizadas”.

“Mas não temos informação consolidada sobre mais detalhes das
circunstâncias, incluindo quem as terá utilizado de facto”, precisou.
Deixou contudo claro que “qualquer uso de armas químicas, seja quem for
que as utilizou, é uma violação da lei internacional”.

Numa referência às afirmações da magistrada suíça Carla del Ponte,
membro da comissão especial das Nações Unidas destinada a investigar os
crimes na Síria, que sugeriu a possível utilização desse tipo de armas
por grupos rebeldes sírios, o chefe da NATO indicou não saber “em que se
baseou para fazer essa declaração”.

Rasmussen sublinhou ainda a necessidade de encontrar uma solução
política para a crise síria e exortou os cinco membros permanentes do
Conselho de Segurança da ONU a “chegarem a acordo e enviarem uma
mensagem forte e unificada a Damasco que chegou o momento de iniciar uma
transição”.

“É da maior importância ter informação consolidada (sobre o possível
uso de armas químicas) para que as provas sejam claras. E que os
inspectores da ONU tenham total e completo acesso à Síria para
investigar o que sucedeu. Mas é lamentável que, até ao momento, as
autoridades sírias tenham negado esse acesso”, concluiu.