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Sobre a nação árabe e a sua fundamental tolerância (ao Justiceiro)

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Sobre a nação árabe e a sua fundamental tolerância (ao Justiceiro)  Empty Sobre a nação árabe e a sua fundamental tolerância (ao Justiceiro)

Mensagem por Vitor mango Dom Dez 08, 2013 10:39 am

Preâmbulo -encontrei este artigo no meu Pc desconheço o autor (sorry pelo lapso )





Sobre a nação árabe e a sua fundamental tolerância (ao Justiceiro) 



O que são árabes ? Ora meu amigo, estiveram cá 500 anos (em Espanha 800), deixaram-nos centenas de palavras e um enorme legado cultural, arquitetctónico, agrícola, onomástico, etc.,
e você não os conhece ? São um povo semita (de facto representam mais de 90% dos semitas, pelo que ser anti-semita é ser anti-árabe), oriundo do Médio Oriente que se expandiu sobretudo a partir do séc. VII. Até ao séc. XII constituiram o maior ímpério do mundo (na sua máxima extensão, ia dos Pirinéus ao Indo, no actual Paquistão), e seguramente o mais civilizado e rico culturalmente. Córdoba era a maior cidade da Europa com 300.000 habitantes, com as melhores infraestruturas, os melhores astrónomos, matemáticos, médicos, filósofos, poetas, etc. Foi através dos árabes e das traduções árabes que grande parte da cultura greco-latina chegou até nós, superando as trevas e o obscurantismo da idade média e a censura de uma igreja então fundamentalista. Nunca cristãos e judeus foram perseguidos em todos o território dos califas e sultões árabes. Em Granada, as perseguições religiosas aos judeus (a maior colónia habitava a Espanha) só foram conhecidas depois da conquista pelos reis Católicos, com as fogueiras da Inquisição e a expulsão dos judeus... que emigraram na maioria para o mundo muçulmano (sefarades), onde nunca houve pogroms, como em todo o ocidente cristão. A paga que os árabes hoje recebem dos israelitas é bem conhecida...

Mesmo hoje há milhões de árabes cristãos (coptas, caldeus, assírios, sírios, nestorianos, arménios, maronitas, etc) em todo o mundo árabe, onde não são perseguidos e ocupam posições de destaque (Tareq Aziz, Boutros Gali, p. ex., são cristãos e foram ministros...). Ao contrário, no estado fundamentalista e confessional de Israel, um cristão (ou muçulmano) não pode ser ministro, nem mesmo cidadão, a não ser com um estatuto de 2ª categoria... Israel é um estado judeu, não laico. Logo, quanto a tolerância, a história (não sóm no tempo das cruzadas) mostra-nos que ela está do lado do Islão.

Os movimentos radicais que existem em muitos países muçulmanos hoje devem-se apenas aos massacres e humilhações do povo palestiniano às mãos dos ladrões de terras sionistas e à ocupação pelos americanos de alguns países árabes... Pura legítima defesa, portanto. Não pretendem conquistar o ocidente, apenas querem não ser invadidos por nós.

Nação árabe ? Pois, há vários estados árabes, mas uma só Nação árabe, da Mauritânia ao Iraque e Somália. E as aspirações pan-arabistas são muito fortes em toda a Nação árabe. Para os pan-arabistas, ou nacionalistas árabes, as humilhações actuais da Nação árabe na Palestina e Iraque só terminarão quando, como no tempo dos primeiros califas e de Saladino, a Nação árabe superar as rivalidades regionais e se unir para rechaçar os agressores americano-sionistas (os novos cruzados). Étnica, cultural e linguisticamente, a Nação árabe é una. Por isso a agressão judeo-yankee no Iraque ou Palestina é recebida com a mesma intensidade e indignação no Cairo, Damasco, Ramallah, Rabat ou Beirute.

A Nação árabe (tal como a Nação europeia) só unida se poderá afirmar no Mundo, infligindo uma derrota histórica ao novo império Judeo-yankee.

Saddam é apenas um reles ditador estalinista, que representa mal o mundo árabe. Objectivamente há porém que reconhecer que ele tinha uma faceta positiva que lhe granjeava muita popularidade na rua árabe. É que encarnava esse sonho pan-arabista (como Nasser no seu tempo) de unir a nação árabe e resgatá-la das suas humilhações entrando vitorioso em Jerusalém. Por isso era o único a apoiar abertamente a resistência e os mártires palestinianos, quando a maioria dos dirigentes árabes, corruptos e poltrões, se vendem aos yankees, a troco de uns biliões ou de alguma protecção do gangster mais forte...nada fazendo perante o espectáculo dos massacres diários na Palestina.

Como digo, Saddam não era Nasser, e muito menos Saladino, mas um novo Nasser ou Saladino aparecerá inevitavelmente para resgatar a Nação árabe de uma submissão intolerável para a brilhante e orgulhosa civilização árabe !

Os interesses da Europa coincidem com as da Nação Árabe, os da Rússia, China, India e todos os não-alinhados, no sentido de impedir que o Novo Império buxo-ssharonesco domine o mundo unilateralmente, à revelia do direito internacional e da ONU !

Mas há sempre os pobres de espírito (colaboracionistas)que preferem baixar a cueca aos que em cada momento representam a lei da FORÇA... tanto no mundo árabe, como na Europa...

 
 
Eu já expliquei isto dezenas de vezes...
Mas quando vejo um grunho buxeco (passe o pleonasmo) soltar pérolas deste tamanho, tenho de voltar a intervir.

Esquece o grunho que as palavras têm vários níveis de interpretação, sobretudo quando falamos de períodos de 4000 anos de história. Quando falo de palestinianos neste contexto refiro-me aos habitantes (ao seu núcleo duro) de um território conhecido (entre outros nomes) por Palestina, e que coincide grosso modo com a Palestina do mandato britânico.

O que eu disse e redigo, é que esse núcleo populacional é essencialmente o MESMO desde há 4.000 anos. Se se fizesse um estudo genético dos palestinianos de hoje e dos de há 3000 e 2000 anos na Palestina, isso seria ainda mais facilmente comprovado. Logo, os palestinianos são etnica e geneticamente os descendentes directos dos antigos habitantes da Palestina, onde sempre viveram SEM INTERRUPÇÃO AO LONGO DE 4 MILÈNIOS !

Objecta o grunho Caturo: não pode ser porque os palestinianos hoje são árabes e estes só apareceram há 1400 anos na Palestina. Pois, o grunho confunde religião com etnia e desconhece o fenómeno da aculturação.

Os palestinianos do tempo de Cristo não tinham cultura árabe nem falavam árabe. Falavam sobretudo aramaico, a língua mais divulgada em todo o Médio Oriente (até à Mesopotâmia) e tinham uma cultura semita-helenística. Religiosamente eram judeus. Até ao final do sec. I, com o "cisma" cristão triunfante, O MESMO POVO palestiniano cristianizou-se (tal como todo o Médio Oriente e Norte de Africa, de onde resultam as inúmeras igrejas cristãs subsistentes: maronitas, coptas, siríacos, caldeus, nestorianos, arménios, et.). Não sairam os judeus (que não são povo, mas uma religião) e entraram os cristãos. Não, o mesmo povo abandonou maioritariamente o judaísmo e converteu-se ao cristianismo.

Os que se mantiveram judeus emigraram na sua maioria após a destruição do Templo por Tito em 70DC para a bacia do Mediterrâneo e sobretudo para Espanha (Sefarad), onde deram origem a uma próspera comunidade. Apenas os descendentes desses judeus (sefarditas) têm origem semita e palestiniana !

Oa askenazhins (a maioria dos israelitas de hoje) têm origem no Império Kahzar (do Cáucaso, sec. VII a X), que se convertera ao judaísmo no séc. VII. Com as invasões mongóis, foram empurrados, com outros povos, para a Europa de leste e central (Rússia. Lituânia, Polonia, etc.) e falam yiidish (mistura de alemão, com línguas eslavas) e não ladino ou judeo-espanhol, como os sefarades. Os antepassados dos askenazhins não são pois semitas nem tem origem, mesmo longínqua, na Palestina !!! O mesmo se pode dizer de outras comunidades judaicas como os negros falachas da Etiópia ou os indianos Ben ami da costa indiana (de Bombaim a Cochim).

Logo, não há nem nunca houve uma etnia judaica, mas apenas uma comunidade religiosa judaica. Tal como não há, em sentido étnico, um povo cristão, há povos cristãos, a Cristandade. Nem povo muçulmano, mas Umma, a comunidade dos crentes.
Muitos israelitas têm como língua materna o russo, o alemão, o francês, o aimara, etc. Em Israel há um 1,5 milhão de russófonos com dezenas de jornais nessa língua. Os judeus louros e altos russos nada têm etnicamente a ver com os pequenos e tisnados sefarades e menos ainda a ver com os negros falachas. Só a religião os une.

Com a islamização do séc. VII de todo o Médio Oriente (e mais: do Turquestão chinês ao al-Andalus), passou-se o mesmo que com a cristianização: da Arábia (Meca e Medina) não vieram árabes colonizar meio mundo. Veio a religião ! Os palestinianos, como povo, continuaram a ser os mesmo (sem prejuízo das pequenas mestiçagens, que todos os povos admitem), mas agora são muçulmanos maioritariamente (uma minoria mantém a religião cristã, e por isso temos hoje muitos palestinianos cristãos em Belém, Galileia, etc). Com a religião, veio uma cultura, um direito, uma língua, árabe. E aí dá-se uma arabização da sociedade. Uma aculturação. Tal como tinha acontecido com a cultura grega e romana (helenização e romanização). Logo, hoje os palestinianos são árabes e falam árabe porque foram (além de islamizados) arabizados, o que não impede que continuem a ser essencialmente (do ponto de vista etnico e genetico) o mesmo povo !

O grunho Caturo pensa que quando num território a religião ou cultura dominante muda isso implica necessariamente a saída/expulsão de todo um povo e a sua substituição por outro ! É tolo !

Quer dizer a cidade de Roma devia ter milhões de habitantes para colonizar o tal vasto império (deserto de habitantes) de Inglaterra ao mar Negro e ao Egipto ! Esses povos foram romanizados, não expulsos. Adoptaram a religião, o direito e a língua latina ! O mesmo aconteceu na Palestina !

Por isso, querer expulsar os palestinianos da terra em que vivem desde tempos imemoriais por já não terem a mesma religião de há 2.000 anos, em favor de uma minoria que ainda tem a religião maioritaria desse tempo, é uma aberração moral, histórica e política ! É ser grunho, buxo-ssharonesco e Caturro !

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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