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Grandes e Pequenas Coisas à Portuguesa

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Mensagem por Vagueante Seg Mar 31, 2014 11:33 am


Opinião

Grandes e pequenas coisas à portuguesa

Alberto Pinto Nogueira
31/03/2014 - 11:22


Egas Moniz era aio de Afonso Henriques.

Quando este incumpriu a palavra com Afonso VII de Leão, Egas Moniz dirigiu-se a Toledo, entregou-se ao rei a quem garantira vassalagem de Afonso Henriques, em troca do levantamento do cerco das terras de Guimarães. De corda ao pescoço. Diz a História ou lenda que o rei de Leão, espantado com tanta nobreza de palavra e actos, esmoreceu a fúria e o mandou em paz.

O gesto de Egas Moniz é um testemunho de fidelidade à palavra. Da acção correspondente. Grandes coisas!

Como procedem os dirigentes políticos de hoje?

Luís Montenegro, líder parlamentar da maioria que governaria Portugal, é o teórico da tese de que o Estado está melhor, mas as vidas das pessoas não. Agravou, nas últimas jornadas parlamentares do seu partido, as angústias e incertezas de muitos portugueses: não haveria mais cortes de reformas e salários! Adicionou que a estratégia é a de que os funcionários públicos não vão ter salários inferiores aos de hoje.

O mais grave é que o deputado ignorou o cerne da política do seu Governo: política de alfaiate, de tesouras e cortes. Que não foi lapso é certo. Que não se alcança o jogo ou manipulação que estiveram na cabeça e boca do sr. deputado também. Alguma coisa esteve.

Depois se viu, no diz que disse do primeiro-ministro, do seu vice, de outro ministro que coordenaria o Governo: a coisa existia mas não para se saber. Acusaram-se uns aos outros, não pela substância, antes pela publicitação da matéria. Não era oportuno.

Milhões de cidadãos podem ser enganados, manipulados ao sabor dos interesses de Suas Exas. e partidos que representam. Compete-lhes pagar. Viveram como ricos, acima das possibilidades. Ganhavam 1300 euros mensais e compraram casas luxuosas com empréstimos hipotecários bonificados a 30 anos. Devem expiar a sua culpa. Os pecados!

O que os cérebros do poder nunca explicam é por que nos cortes lhes ocorrem sempre os funcionários públicos, pensionistas e reformados.

E têm amnésia selectiva quanto a bancos, offshores, grandes empresas, transferências sujas de capitais, parcerias público-privadas e outros “motores” da economia nacional. Nem os gestores que “trabalham a tempo inteiro” em 13 empresas diferentes. Treze! Nunca lhes ocorrem as remunerações obscenas de CEO que por aí pululam.

“Cortes” quer dizer baixar salários, reformas, pensões, assistência social a esses malandros que têm a mania de ficar doentes, sem trabalho. Justiça social!

Só vão anunciá-los em Abril. Depois das ordens de Berlim. Adequado é para lá das eleições europeias.

O primeiro-ministro tem uma visão dinâmica do que é o empobrecimento, o desemprego, o viver quase na pobreza de dois milhões de portugueses. Isso é de somenos. Na emigração, na pobreza, no desemprego, não há inteligência, nem capacidades intelectuais ou morais. Exclusivos do Largo do Caldas e da Rua de São Caetano à Lapa.

Coisas pequenas à portuguesa.

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