Há mais um santo português José Vaz será esta quarta-feira canonizado pelo Papa
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Há mais um santo português José Vaz será esta quarta-feira canonizado pelo Papa
Há mais um santo português
José Vaz será esta quarta-feira canonizado pelo Papa no Sri Lanka. Nascido em Goa, o missionário português do século XVIII é para a Igreja Católica um exemplo de "respeito por todos, sem distinção de etnia ou religião". Nos tempos que correm, a mensagem é clara: Francisco quer mostrar que "é possível conciliar as diferenças".
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Rosa Pedroso Lima |
10:53 Terça feira, 13 de janeiro de 2015
Francisco e o Presidente singalês Maithripala Sirisena à sua chegada ao Sri Lanka, onde o Papa aproveitará para canonizar José Vaz, o missionário português feito beato em 1995 por João Paulo II / GIUSEPPE CACACE/AFP/Getty Images
Sem necessidade de confirmar a existência de um novo milagre, a Congregação para a Causa dos Santos deu luz verde para a canonização de José Vaz, o missionário português feito beato pelo Papa João Paulo II, em 1995. A autorização dos responsáveis máximos da Igreja Católica pelos processos de formação de novos santos ou beatos, surgiu no ano passado e foi incluída no programa da visita de Francisco ao Sri Lanka, iniciada esta segunda-feira.
A cerimónia de canonização, que decorre terça-feira em Colombo, capital do país, tornou-se, aliás, o "ponto central" da visita pastoral. A classificação é do próprio Papa, que à chegada ao Sri Lanka tornou bem claras as suas prioridades. Francisco quer mostrar ao mundo que a "reconciliação" é possível e que a conciliação entre as diferentes religiões e etnias, não sendo uma tarefa fácil é realizável.
O exemplo do padre português José Vaz cabe aqui como uma luva. Nascido em Goa, em 1651, de origem brâmane foi padre da Congregação do Oratório e mudou-se para o então Ceilão, por altura da invasão holandesa da região. Trabalhou junto das populações durante décadas, foi preso e manteve a sua missão evangélica de forma clandestina, batizando, celebrando missas e catequizando a população católica.
Morreu em 1711, precisamente, no Sri Lanka onde, segundo a Igreja, deu provas de ser "um grande padre missionário", vivendo de forma pobre e corajosa numa época de perseguição aos cristãos. É ainda responsável pela tradução do Evangelho para o tâmil e o cingalês.
A ideia de tornar a figura do missionário português como um exemplo de "encorajamento aos que trabalham pelo bem comum, a reconciliação, a justiça e a paz" vem ao encontro do pedido feito pelos dirigentes do Sri Lanka à Santa Sé, que convidaram o Papa a visitar o País no ano passado. Francisco aceitou o desafio que, diga-se em abono da verdade, não tem nada de fácil.
O Sri Lanka é um país de maioria budista e com uma escassa percentagem (menos de 7%) de população de origem cristã. Atingido por uma furiosa guerra interna que, entre 1983 e 2009, custou a vida a mais de 70 mil pessoas nas lutas entre as autoridades e os guerrilheiros tamil, é hoje um país à procura da reconciliação.
Francisco não esqueceu este objetivo. À chegada sublinhou que a visita "é primariamente pastoral" e que, como pastor universal, pretende "encontrar e encorajar os católicos desta ilha" e levar-lhes o "exemplo de caridade cristã e de respeito por todos, sem distinção de etnia ou religião" através da canonização de José Vaz.
Mas o Papa foi mais longe. "A minha visita quer também expressar o amor e a solicitude da Igreja por todos os singaleses", disse, abrindo do foco daquele pequeno país para o mundo, onde os sucessivos casos de intolerância começam a ser a marca de água.
"É uma tragédia contínua no nosso mundo que muitas comunidades estejam em guerra entre si. A incapacidade de conciliar as diferentes e divergências, sejam elas antigas ou recentes, fez surgir tensões étnicas e religiosas, muitas vezes acompanhadas por surtos de violência", disse Francisco, apelando aos esforços para a paz e a reconciliação. No Sri Lanka, é claro, mas também no mundo.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ha-mais-um-santo-portugues=f906070#ixzz3OitDpo2M
José Vaz será esta quarta-feira canonizado pelo Papa no Sri Lanka. Nascido em Goa, o missionário português do século XVIII é para a Igreja Católica um exemplo de "respeito por todos, sem distinção de etnia ou religião". Nos tempos que correm, a mensagem é clara: Francisco quer mostrar que "é possível conciliar as diferenças".
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Rosa Pedroso Lima |
10:53 Terça feira, 13 de janeiro de 2015
Francisco e o Presidente singalês Maithripala Sirisena à sua chegada ao Sri Lanka, onde o Papa aproveitará para canonizar José Vaz, o missionário português feito beato em 1995 por João Paulo II / GIUSEPPE CACACE/AFP/Getty Images
Sem necessidade de confirmar a existência de um novo milagre, a Congregação para a Causa dos Santos deu luz verde para a canonização de José Vaz, o missionário português feito beato pelo Papa João Paulo II, em 1995. A autorização dos responsáveis máximos da Igreja Católica pelos processos de formação de novos santos ou beatos, surgiu no ano passado e foi incluída no programa da visita de Francisco ao Sri Lanka, iniciada esta segunda-feira.
A cerimónia de canonização, que decorre terça-feira em Colombo, capital do país, tornou-se, aliás, o "ponto central" da visita pastoral. A classificação é do próprio Papa, que à chegada ao Sri Lanka tornou bem claras as suas prioridades. Francisco quer mostrar ao mundo que a "reconciliação" é possível e que a conciliação entre as diferentes religiões e etnias, não sendo uma tarefa fácil é realizável.
O exemplo do padre português José Vaz cabe aqui como uma luva. Nascido em Goa, em 1651, de origem brâmane foi padre da Congregação do Oratório e mudou-se para o então Ceilão, por altura da invasão holandesa da região. Trabalhou junto das populações durante décadas, foi preso e manteve a sua missão evangélica de forma clandestina, batizando, celebrando missas e catequizando a população católica.
Morreu em 1711, precisamente, no Sri Lanka onde, segundo a Igreja, deu provas de ser "um grande padre missionário", vivendo de forma pobre e corajosa numa época de perseguição aos cristãos. É ainda responsável pela tradução do Evangelho para o tâmil e o cingalês.
A ideia de tornar a figura do missionário português como um exemplo de "encorajamento aos que trabalham pelo bem comum, a reconciliação, a justiça e a paz" vem ao encontro do pedido feito pelos dirigentes do Sri Lanka à Santa Sé, que convidaram o Papa a visitar o País no ano passado. Francisco aceitou o desafio que, diga-se em abono da verdade, não tem nada de fácil.
O Sri Lanka é um país de maioria budista e com uma escassa percentagem (menos de 7%) de população de origem cristã. Atingido por uma furiosa guerra interna que, entre 1983 e 2009, custou a vida a mais de 70 mil pessoas nas lutas entre as autoridades e os guerrilheiros tamil, é hoje um país à procura da reconciliação.
Francisco não esqueceu este objetivo. À chegada sublinhou que a visita "é primariamente pastoral" e que, como pastor universal, pretende "encontrar e encorajar os católicos desta ilha" e levar-lhes o "exemplo de caridade cristã e de respeito por todos, sem distinção de etnia ou religião" através da canonização de José Vaz.
Mas o Papa foi mais longe. "A minha visita quer também expressar o amor e a solicitude da Igreja por todos os singaleses", disse, abrindo do foco daquele pequeno país para o mundo, onde os sucessivos casos de intolerância começam a ser a marca de água.
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Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ha-mais-um-santo-portugues=f906070#ixzz3OitDpo2M
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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