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Lusitânia, a terra que fascinou os romanos mostra-se em Madrid

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Lusitânia, a terra que fascinou os romanos mostra-se em Madrid  Empty Lusitânia, a terra que fascinou os romanos mostra-se em Madrid

Mensagem por Vitor mango Qui Jul 28, 2016 12:44 am

Lusitânia, a terra que fascinou os romanos mostra-se em Madrid

Lusitânia, a terra que fascinou os romanos mostra-se em Madrid  Ng7389737
Mosaico das Musas, do Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa

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São 200 peças - entre obras de arte, utensílios do dia-a-dia e até um raro texto redigido em lusitano - expostas em Madrid, no Museu Arqueológico Nacional, até outubro.
A exposição Lusitânia Romana. Origem de Dois Povos chegou a Madrid depois ter sido apresentada em Mérida e em Lisboa para transmitir o que realmente foi esta província e contribuir para um melhor conhecimento do legado deixado nos povos ibéricos. Um total de 200 peças de todo o território lusitano entre as quais se destacam 16 "Tesouros Nacionais" de Portugal e algumas que pela primeira vez são mostradas fora de Lisboa.
Em apenas dois séculos, a Lusitânia começou por representar o sucesso da civilização romana mas continua a ser a mais desconhecida das províncias da Hispânia. Foi criada há mais de 2 mil anos no território que ocupam hoje Portugal, Extremadura e a área mais ocidental de Andaluzia. "A Lusitânia integra-se na civilização romana. Roma reparou nela pela riqueza dos seus recursos naturais", explica José María Álvarez Martínez, diretor do Museu Nacional de Arte Romana de Mérida e um dos quatro comissários da exposição. "E passou a formar parte das terras unidas pela calçada romana", acrescenta.
"Nesta exposição encontramos obras procedentes de Vila Nova de Gaia até Lagos, está todo o território representado", começa por explicar António Carvalho, diretor do Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa. "Existem peças únicas na escala de Roma com uma importância incrível como é uma inscrição de um relógio, de sol ou de água, não sabemos" de Indanha--a-Velha. "É uma peça fundamental para romanizar o território. Uma prenda de um romano que deveria ser colocada num lugar público para contar o tempo com a hora romana".
Dividida em nove núcleos, o seu percurso permite conhecer e entender melhor como foi a vida dos lusitanos durante quase oito séculos. Começa pelos anos anteriores à chegada dos romanos, com a estátua em granito do guerreiro galaico-lusitano de mais de dos metros de altura, da zona de Boticas (Vila Real), hoje no Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa. É a primeira vez que este Tesouro Nacional sai de Lisboa. "É preciso pensar que se colocavam em zonas de controlo do território e tinham um impacto visual grande. Estavam pintados", contextualiza Trinidad Nogales, do Museu Nacional de Arte Romana de Mérida e também comissária da exposição.
Encontramos armas dos indígenas e uma peça única de grande valor, a inscrição de Arronches (Portalegre), um dos seis textos redigidos em lusitano ainda existentes. "Fala de práticas religiosas e de rituais indígenas. Utiliza carateres latinos mas fonética lusitana", acrescenta Carlos Fabião, da Universidade de Lisboa e também comissário.
O dia a dia gravado na pedra
Augusto fundou a sua capital, Augusta Emerita (Mérida), por volta de 25 d.C. para os seus eméritos, os veteranos das guerras que usufruíam de privilégios como recompensa pelos serviços prestados. Foi lugar desejado para o exílio e converteu-se na localidade mais importante da fachada ocidental do Império e na primeira capital efetiva da Península Ibérica depois da reforma administrativa de Diocleciano (séc. III e IV dC.). Desde o início foram estabelecidas regras e clientelas, tal como ficou gravado em inscrições como o pacto de hospitalidade de Juromenha, um acordo entre o governador da Lusitânia e três habitantes locais. Para António Carvalho, "estamos ante um acordo estabelecido para o negócio do mármore".
Para além de aspetos mais práticos, são também apresentadas peças de arte, como um busto com toga assinado pelo ateliê escultórico de Caius Aulus, em Mérida. "Podemos apreciar o tratamento dos panos como acontece nas estátuas de Roma", sublinha o comissário José Maria Álvarez.
E a partir de 476 d.C, data simbólica para assinalar a queda do Império Romano, iniciou-se uma lenta transformação dos povos da Lusitânia. A ausência de um governo centralizado produz uma evolução diferente dentro do mesmo território. Caso para se perguntar, o que resta desse legado romano na Península Ibérica? "Quase tudo", responde o professor Carlos Fabião. "Desde a tradição gastronómica até ao direito".
Em Madrid

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Vitor mango
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