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Vida de puta

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Mensagem por Viriato Seg Jul 07, 2008 5:15 pm

“Vida de puta” por Vasco Barreto

7 Julho 2008 | por Maria João Pires

O meu primeiro grande amor foi uma prostituta. Tratava-se de uma voluptuosa rapariga que atendia pernetas motorizados ao relento e a meio da tarde, pondo-se de joelhos no colo deles para uma dança sem música. Da sua janela, um miúdo de 12 anos assomou-se pela primeira vez dos abismos da incerteza: perante tal cena, como podia o maior espectáculo do mundo ser o Circo Cardinali? Muitos anos depois, dobradas as esquinas de ruas decadentes, restaurou-se alguma certeza: tem razão o povo quando diz que não volta a haver amor como o primeiro. Quando hoje penso no ofício de prostituta, a sensação é uma estranha mistura de desprezo e compaixão, como se as reacções despertadas pelos advogados de Sílvio Berlusconi e pelas vítimas de trabalho infantil se fundissem numa só. De onde vem isto? Em parte, da ideia de que há algo de precioso -– quase escrevia “sagrado” -– no sexo e que a sua mercantilização é a mais eficaz das diversas formas de o desvirtuar. Acuso um atavismo de catequese, mas socorro-me do insuspeito Lou Reed: “esforço-me por ser tão moderno quanto possível, mas sem me extenuar”.

Vivemos à sombra de Salazar, que em 1962 ilegalizou a prostituição. O 25 de Abril apenas produziu aquela caricata greve, em pleno Verão Quente, das trabalhadoras de Cabaret que fizeram piquete a entoar cânticos de punho erguido. No pântano do autismo social onde caem certas actividades ilegais não criminalizáveis, sobrou uma causa laboral órfã, em que ninguém pega a sério (mas circula uma petição): nem os Governos, nem a população, nem sequer a CGTP, que, se tem um fraquinho especial, é por torneiros mecânicos. O vício, constitutivo mas na verdade inconstitucional, é o mesmo que retarda a legitimação das outras causas ditas fracturantes: querer universalizar uma opinião pessoal, maioritária ou minoritária, mesmo que tal implique violar o direito a dispor do corpo como se entender. Ora, eu posso ter ideias românticas, burguesas e convencionais sobre sexo, mas são as minhas ideias, que não devem complicar a vida a quem se pretende prostituir. Legalize-se, obviamente, e não se trata de regressar a 1961. Nos regulamentos da polícia de então, as prostitutas eram “as toleradas” e a legalização visava assegurar o decoro e proteger a saúde pública. O que agora urge assegurar são os meios de impedir o tráfico de pessoas para exploração sexual, bem como outros abusos e armadilhas, comuns nesta actividade.

O enquadramento legal do decoro é dispensável. Porque o estigma da prostituição não desapareceria com a sua legalização. Continuaria a ser pouco avisado anunciar a uma ceia de Natal que o bacalhau foi comprado com o dinheiro do cliente da quinta-feira passada. João César das Neves, o beato e catastrofista cronista da nação, talvez emigrasse, mas os efeitos da legalização seriam no restante muito localizados… Hum, infelizmente. Em síntese, como se o espírito de Gabriel Alves me possuísse: trata-se aqui de querer uma sociedade que, sem estimular a vida de puta , não as condene a uma puta de vida.

Este texto é uma espécie de “director’s cut” da crónica do Vasco de hoje no Metro. Existem, como poderão constatar, ligeiras alterações em relação ao texto que foi publicados no jornal, alterações essas discutidas e acordadas entre o director do Metro e o autor.


Publicado em cinco dias
Viriato
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Mensagem por Admin Ter Jul 08, 2008 1:42 am

Rui Aguiar escreveu:[b]“Vida de puta” por Vasco Barreto

7 Julho 2008 | por Maria João Pires

O meu primeiro grande amor foi uma prostituta. Tratava-se de uma voluptuosa rapariga que atendia pernetas motorizados ao relento e a meio da tarde, pondo-se de joelhos no colo deles para uma dança sem música. Da sua janela, um miúdo de 12 anos assomou-se pela primeira vez dos abismos da incerteza: perante tal cena, como podia o maior espectáculo do mundo ser o Circo Cardinali? Muitos anos depois, dobradas as esquinas de ruas decadentes, restaurou-se alguma certeza: tem razão o povo quando diz que não volta a haver amor como o primeiro. Quando hoje penso no ofício de prostituta, a sensação é uma estranha mistura de desprezo e compaixão, como se as reacções despertadas pelos advogados de Sílvio Berlusconi e pelas vítimas de trabalho infantil se fundissem numa só. De onde vem isto? Em parte, da ideia de que há algo de precioso -– quase escrevia “sagrado” -– no sexo e que a sua mercantilização é a mais eficaz das diversas formas de o desvirtuar. Acuso um atavismo de catequese, mas socorro-me do insuspeito Lou Reed: “esforço-me por ser tão moderno quanto possível, mas sem me extenuar”.

Vivemos à sombra de Salazar, que em 1962 ilegalizou a prostituição. O 25 de Abril apenas produziu aquela caricata greve, em pleno Verão Quente, das trabalhadoras de Cabaret que fizeram piquete a entoar cânticos de punho erguido. No pântano do autismo social onde caem certas actividades ilegais não criminalizáveis, sobrou uma causa laboral órfã, em que ninguém pega a sério (mas circula uma petição): nem os Governos, nem a população, nem sequer a CGTP, que, se tem um fraquinho especial, é por torneiros mecânicos. O vício, constitutivo mas na verdade inconstitucional, é o mesmo que retarda a legitimação das outras causas ditas fracturantes: querer universalizar uma opinião pessoal, maioritária ou minoritária, mesmo que tal implique violar o direito a dispor do corpo como se entender. Ora, eu posso ter ideias românticas, burguesas e convencionais sobre sexo, mas são as minhas ideias, que não devem complicar a vida a quem se pretende prostituir. Legalize-se, obviamente, e não se trata de regressar a 1961. Nos regulamentos da polícia de então, as prostitutas eram “as toleradas” e a legalização visava assegurar o decoro e proteger a saúde pública. O que agora urge assegurar são os meios de impedir o tráfico de pessoas para exploração sexual, bem como outros abusos e armadilhas, comuns nesta actividade.

O enquadramento legal do decoro é dispensável. Porque o estigma da prostituição não desapareceria com a sua legalização. Continuaria a ser pouco avisado anunciar a uma ceia de Natal que o bacalhau foi comprado com o dinheiro do cliente da quinta-feira passada. João César das Neves, o beato e catastrofista cronista da nação, talvez emigrasse, mas os efeitos da legalização seriam no restante muito localizados… Hum, infelizmente. Em síntese, como se o espírito de Gabriel Alves me possuísse: trata-se aqui de querer uma sociedade que, sem estimular a vida de puta , não as condene a uma puta de vida.

Este texto é uma espécie de “director’s cut” da crónica do Vasco de hoje no Metro. Existem, como poderão constatar, ligeiras alterações em relação ao texto que foi publicados no jornal, alterações essas discutidas e acordadas entre o director do Metro e o autor.


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O tema é interessante
e deveria ter sido anexado no Sexo vídeo e mentiras para analises mais cuidada
A Minha posição é parecida
Quem quiser ser PU** que o seja incluindo-se nas normas da CGTP
Só nunca percebi porque era a profissão mais velha do mundo
Claro que tal como as drogas remédios e mesinhas ha Put** e **** ... tudo deve ser tomado ás gotas ou com supositório ou em comprimidos conforme o gosto
Na minha analise sobre a matéria sempre vi o drama de um REI KIng apostar tudo e todos num descendente
E para isso esticava a senhora no leito real e aí vai obra
Obrava !
Ora não havendo Analises de DNA a Kingaria teria que testar que o puto a berrar saindo do ventre da Kinga era mesmo real e que ninguém la tinha metido outro pincel
Porque esta obsessão pelo puto
Simples
O King garantia para si ate ao fim ( ate lhe secarem os tus ) que o reinado era dele e que após a sua morte seria da família
Ora o poder tinha interesses nisso porque perpetuava o enxame de parasitas a viver xuliando o povo ( cito o filososfgo Ronaldo Almeida in Orlando Versiculo 3 capitulo 69 )
Pois !
Mas largando os Kings e indo á pedra lascada e olharmos a malta vestida de tanga o interesse do macho manter um " rebanho de fêmeas na cerca dava jeito
A natureza meteu uns chips nos testiculados para que garantissem a posse de território já que os chips femininos se voltavam para o puto aos berros
- Quero mama !
Só que uma puta não encaixa neste esquema
Ou seja
Talvez que os tendo cheio arranjar alguém para ... que o másculo garantisse a sua virilidade mesmo a pagar ...o que demonstra que o macho é generosos
Keka e paga
Aliás paga sempre ...com ou saem pu** !
Daí a frase
Ke P*** de vida !
Só que se um másculo a entrar no negocio falia porque o poder sexual de uma fêmea é 6 vezes ( six times superior ao mais erecto macho de pau feito ( cito novamente o profeta Ronaldo .
E Porque procura um macho uma profissional ?
Suponho que uma keka é acima de tudo desdobrada nos miolos de um artista .... Um gajo ve ou sonha com uma gaja boia como o milho e nao pode saltar em cima da musica e nada melhor que arranjar uma substituição para a dança
Sucede meus maninhos ( e manas que aqui veem cheirar ) que as gajas utilizam o mesmo esquema
..pois quando sentem um arfar na horizontal elas adivinham o mais in estampado nas revistas Caras ou outras revistas metidas pelo Balsemão nas bancas a facturar
Pois
Só que as gajas podem dar urras de fingir um orgasmo ..va va ...agora...agora .agora ..( essas merdas .... e um gajo cansado de arrastar os tus pela noite ás vezes pensa
..e se ...isto falhar ...
E um gajo sua sua ...
Pois
Obtido o golo ...um gajo cai para o lado ...
...e no chão da cama o artista reune a tusa do esforço e corre para o chuveiro enquanto a madame com um ar triunfante sorri
- Dei cabo deste gajo ...esvaziei o touro !
...e o único esforço intelectual do artista ...é gemer estavas a pedi-las
Pois manos e manas
Isto tudo vem nos livros de sexologia..nada foi inventado
Se quiserem saber como pensa o outro lado que se movimenta por baixo do vosso deleite ...pense o oposto e terao a resposta
Uma madama tem gozos que nos escapam de lado ...ela é capaz de se orgasmar ao ver-se ao espelho ou ao vestir o mais vistoso vestido ...porque sabe que atrai as moscas
Elas levanta a saia para mini mostram o umbigo tiram a mama e tudo resulta
O transito para
Se um gajo mostrar o pincel ...vem a policia e leva o pinceleiro para a esquadra e paga um imposto publico de mal estacionamento
Depois á ( Há ) a porra da Igreja católica que diz que o semen ( o liquido que dispara pelas entranhas dentro ) deve ser apenas e só para engravidar a artista
Porra como é isso possível com o preço das fraldas e do subsidio
Este gajos da católica são loucos

bem o melhor é terminar antes que o Padre Amaro venha por aí e chame a ASAE
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Mensagem por Admin Qui Jul 10, 2008 4:59 am

poissssss
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Mensagem por Vitor mango Dom Dez 16, 2012 10:37 am

amen

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Mensagem por Vitor mango Sex Jan 11, 2013 3:12 am

Vida de puta Las-putas-y-su-hijos

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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