Juros de crédito já estão a subir
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Juros de crédito já estão a subir
Juros de crédito já estão a subir
por PAULA CORDEIRO
Hoje
Particulares e PME já começaram a pagar ligeiramente mais, nas novas operações deste ano.
As taxas de juro dos novos empréstimos a empresas e particulares já começaram a subir. Quer por efeito de subida efectiva das taxas indexantes quer pelo agravamento dos spreads praticados pela banca, os novos créditos concedidos nos dois primeiros meses deste ano registam ligeiros aumentos, um sinal de inversão do ciclo de juros baixos, iniciado em finais de 2008.
De acordo com as estatísticas financeiras online, disponibilizadas na semana passada pelo Banco de Portugal, nos empréstimos a empresas até um milhão de euros, valores normalmente concedidos a PME, a taxa de juro média em Fevereiro foi de 5,15%, contra 5,09% em Janeiro, os dois meses em subida. O pico mínimo de que existe registo para os créditos deste valor tinha ocorrido em Dezembro último, quando as empresas que pediram novos empréstimos se financiaram, em termos médios, a 4,96%. Não existe média mais baixa registada no Banco de Portugal no que respeita a novos montantes concedidos.
Recorde-se que, há um ano, os novos créditos atribuídos a PME eram feitos com taxas médias de 7,1% e 6,5%, respectivamente em Janeiro e Fevereiro, numa altura em que se tinha iniciado há pouco o ciclo da descida.
No que respeita aos montantes emprestados acima de um milhão de euros, destinados a financiar grandes empresas, as taxas de juro ainda continuam a descer, com o seu valor médio a passar de 3,91% em Janeiro deste ano para 3,18% em Fevereiro.
Os particulares também já estão a pagar mais, ainda que ligeiramente, pelos novos empréstimos contratados nos dois primeiros meses de 2010. De acordo com os mesmos dados do Banco de Portugal, a taxa média dos novos créditos à habitação concedidos em Fevereiro foi de 2,80% (taxa anual efectiva global, TAEG), contra 2,72% em Janeiro.
Neste tipo de empréstimos, o valor médio mais baixo de sempre alcançado por quem pediu um novo crédito foi precisamente os 2,72% de Janeiro. A subida de juros registada em Fevereiro é a primeira deste Novembro de 2008, altura em que as taxas de juro do crédito à habitação iniciaram o ciclo de descida.
Em Fevereiro do ano passado, as taxas dos novos empréstimos à compra de casa estavam praticamente no dobro (4,16%), apesar de já estarem em queda acentuada.
Nos empréstimos ao consumo, em que os valores dos juros são naturalmente mais elevados, dado tratar-se de créditos sem garantias, o valor médio das taxas praticadas para os novos empréstimos de Fevereiro foi de 10,26%, depois de em Janeiro ter atingido o valor mais baixo de que há registo, 10,10%. Há um ano, os financiamentos à compra de bens de consumo (viagens, electrodomésticos, bens informáticos, entre outros) eram concedidos à taxa média de 12,09%.
Estas ligeiras subidas agora identificadas nos novos créditos a particulares reflectem, em boa parte, o agravamento dos spreads praticados pela banca, uma vez que os indexantes, as taxas Euribor, ainda estão em queda .
Com efeito, os bancos têm vindo a agravar as margens que aplicam sobre os juros de mercado, como forma de se precaverem do maior risco apresentado por muitos clientes, quer pelo aumento do desemprego quer pela degradação das suas situações salariais (salários em atraso, não pagamento de horas extraordinárias e congelamento de aumentos).
No que respeita ao crédito à habitação, com novas subidas dos spreads registadas em Abril, os próximos meses deverão ser de continuada tendência de agravamentos dos juros dos novos créditos.
In DN
por PAULA CORDEIRO
Hoje
Particulares e PME já começaram a pagar ligeiramente mais, nas novas operações deste ano.
As taxas de juro dos novos empréstimos a empresas e particulares já começaram a subir. Quer por efeito de subida efectiva das taxas indexantes quer pelo agravamento dos spreads praticados pela banca, os novos créditos concedidos nos dois primeiros meses deste ano registam ligeiros aumentos, um sinal de inversão do ciclo de juros baixos, iniciado em finais de 2008.
De acordo com as estatísticas financeiras online, disponibilizadas na semana passada pelo Banco de Portugal, nos empréstimos a empresas até um milhão de euros, valores normalmente concedidos a PME, a taxa de juro média em Fevereiro foi de 5,15%, contra 5,09% em Janeiro, os dois meses em subida. O pico mínimo de que existe registo para os créditos deste valor tinha ocorrido em Dezembro último, quando as empresas que pediram novos empréstimos se financiaram, em termos médios, a 4,96%. Não existe média mais baixa registada no Banco de Portugal no que respeita a novos montantes concedidos.
Recorde-se que, há um ano, os novos créditos atribuídos a PME eram feitos com taxas médias de 7,1% e 6,5%, respectivamente em Janeiro e Fevereiro, numa altura em que se tinha iniciado há pouco o ciclo da descida.
No que respeita aos montantes emprestados acima de um milhão de euros, destinados a financiar grandes empresas, as taxas de juro ainda continuam a descer, com o seu valor médio a passar de 3,91% em Janeiro deste ano para 3,18% em Fevereiro.
Os particulares também já estão a pagar mais, ainda que ligeiramente, pelos novos empréstimos contratados nos dois primeiros meses de 2010. De acordo com os mesmos dados do Banco de Portugal, a taxa média dos novos créditos à habitação concedidos em Fevereiro foi de 2,80% (taxa anual efectiva global, TAEG), contra 2,72% em Janeiro.
Neste tipo de empréstimos, o valor médio mais baixo de sempre alcançado por quem pediu um novo crédito foi precisamente os 2,72% de Janeiro. A subida de juros registada em Fevereiro é a primeira deste Novembro de 2008, altura em que as taxas de juro do crédito à habitação iniciaram o ciclo de descida.
Em Fevereiro do ano passado, as taxas dos novos empréstimos à compra de casa estavam praticamente no dobro (4,16%), apesar de já estarem em queda acentuada.
Nos empréstimos ao consumo, em que os valores dos juros são naturalmente mais elevados, dado tratar-se de créditos sem garantias, o valor médio das taxas praticadas para os novos empréstimos de Fevereiro foi de 10,26%, depois de em Janeiro ter atingido o valor mais baixo de que há registo, 10,10%. Há um ano, os financiamentos à compra de bens de consumo (viagens, electrodomésticos, bens informáticos, entre outros) eram concedidos à taxa média de 12,09%.
Estas ligeiras subidas agora identificadas nos novos créditos a particulares reflectem, em boa parte, o agravamento dos spreads praticados pela banca, uma vez que os indexantes, as taxas Euribor, ainda estão em queda .
Com efeito, os bancos têm vindo a agravar as margens que aplicam sobre os juros de mercado, como forma de se precaverem do maior risco apresentado por muitos clientes, quer pelo aumento do desemprego quer pela degradação das suas situações salariais (salários em atraso, não pagamento de horas extraordinárias e congelamento de aumentos).
No que respeita ao crédito à habitação, com novas subidas dos spreads registadas em Abril, os próximos meses deverão ser de continuada tendência de agravamentos dos juros dos novos créditos.
In DN
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