Dilma
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Quando cheguei ao Brasil, em 2005, Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia, uma área decisiva dentro do executivo brasileiro. Dos mais de trinta ministros que o Governo brasileiro então possuia, Dilma Rousseff era talvez a única personalidade que combinava uma comprovada capacidade técnica com uma história política pessoal significativa, da qual fazia parte a prisão e a tortura, de que fora vítima durante a ditadura militar.
Embora não pertencesse ao centro do poder dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), a sua eficácia técnico-política e a crescente confiança que o presidente Lula nela claramente depositava foram-lhe garantindo o prestígio que lhe permitiu, na crise que envolveu a saída de José Dirceu da chefia da Casa Civil, o estatuto necessário para ascender ao lugar que é como que o de um "primeiro-ministro" - embora, neste caso, no sentido de um "primus inter pares". Ironicamente, pode dizer-se que terá sido o facto de não fazer então parte do "hard core" do PT, que o processo do chamado "mensalão" tinha fortemente debilitado, que lhe deu a vantagem comparativa para assumir o cargo que, como se veio a provar, seria a rampa de lançamento para o processo que iria culminar na sua eleição.
A eleição de Dilma Rousseff, como ninguém desconhecerá, é uma "obra" do presidente Lula. Mas é, igualmente, a expressão da qualidade política de uma personalidade que soube conferir substância ao "lulo-petismo". Quero com isto dizer que a nova Presidenta faz parte - ou melhor, é talvez o maior expoente - de uma geração política que soube concretizar, em termos de governo e de ação concreta, com evidente sucesso, o sonho coletivo que havia levado Lula ao poder.
No que nos toca, no que respeita às relações luso-brasileiras, estou certo que a eleição de Dilma Rousseff será, por assim dizer, "neutral". Não há dúvida que, com a saída de Lula, perdemos, no Planalto, a afetividade cúmplice de um homem excecional, de uma figura com um recorte pessoal ímpar. Mas estou também plenamente convicto de que, com o sentido de Estado que Dilma Rousseff sempre demonstrou, ela vai saber valorizar, com pragmatismo e sentido de continuidade, a identidade particular do laço transatlântico.
Postado por Francisco Seixas da Costa
Quando cheguei ao Brasil, em 2005, Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia, uma área decisiva dentro do executivo brasileiro. Dos mais de trinta ministros que o Governo brasileiro então possuia, Dilma Rousseff era talvez a única personalidade que combinava uma comprovada capacidade técnica com uma história política pessoal significativa, da qual fazia parte a prisão e a tortura, de que fora vítima durante a ditadura militar.
Embora não pertencesse ao centro do poder dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), a sua eficácia técnico-política e a crescente confiança que o presidente Lula nela claramente depositava foram-lhe garantindo o prestígio que lhe permitiu, na crise que envolveu a saída de José Dirceu da chefia da Casa Civil, o estatuto necessário para ascender ao lugar que é como que o de um "primeiro-ministro" - embora, neste caso, no sentido de um "primus inter pares". Ironicamente, pode dizer-se que terá sido o facto de não fazer então parte do "hard core" do PT, que o processo do chamado "mensalão" tinha fortemente debilitado, que lhe deu a vantagem comparativa para assumir o cargo que, como se veio a provar, seria a rampa de lançamento para o processo que iria culminar na sua eleição.
A eleição de Dilma Rousseff, como ninguém desconhecerá, é uma "obra" do presidente Lula. Mas é, igualmente, a expressão da qualidade política de uma personalidade que soube conferir substância ao "lulo-petismo". Quero com isto dizer que a nova Presidenta faz parte - ou melhor, é talvez o maior expoente - de uma geração política que soube concretizar, em termos de governo e de ação concreta, com evidente sucesso, o sonho coletivo que havia levado Lula ao poder.
No que nos toca, no que respeita às relações luso-brasileiras, estou certo que a eleição de Dilma Rousseff será, por assim dizer, "neutral". Não há dúvida que, com a saída de Lula, perdemos, no Planalto, a afetividade cúmplice de um homem excecional, de uma figura com um recorte pessoal ímpar. Mas estou também plenamente convicto de que, com o sentido de Estado que Dilma Rousseff sempre demonstrou, ela vai saber valorizar, com pragmatismo e sentido de continuidade, a identidade particular do laço transatlântico.
Postado por Francisco Seixas da Costa
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