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Listeriose leva a encerramento de fábrica

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Mensagem por Vitor mango Dom Mar 20, 2011 8:57 am

Listeriose leva a encerramento de fábrica
20 de Março, 2011Por Graça Rosendo

Listeriose leva a encerramento de fábrica Ng1065621_435x200
A
ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) solicitou, esta
semana, a intervenção do Ministério Público (MP) para proceder ao
encerramento da fábrica que esteve na origem do surto de listeriose,
detectado pelas autoridades de Saúde no Verão passado.Segundo as
informações recolhidas pelo SOL, este surto fez, até agora, 39 vitimas,
sobretudo entre doentes imunodeprimidos, como idosos fragilizados,
doentes crónicos ou grávidas, que desenvolveram infecções meningócicas
provocadas pela listéria - as quais têm origem no consumo de alimentos
contaminados e que o organismo não consegue combater. Na semana passada,
estava internado num hospital do Algarve mais um doente com uma
infecção provocada pelo mesmo subtipo da listéria, que foi identificado
nas outras vítimas.A fábrica, da zona de Estremoz, produz queijos
secos e semi-secos que vende para vários pontos da região sul do país e
deverá estar encerrada até ao final desta semana.Na semana
passada, a ASAE levou o caso, pela primeira vez, ao Ministério Público,
que, antes de ordenar o encerramento da fábrica, exigiu nova recolha de
amostras e mais análises. Em menos de uma semana, segundo soube o SOL, a
ASAE obteve a confirmação de que a situação se mantinha - isto é, os
produtos saídos desta fábrica continuavam a apresentar altos níveis de
contaminação por listeriose, em particular, pelo subtipo que infectara
os doentes referenciados. São precisamente esses resultados que
reforçarão agora a decisão do MP de ordenar o encerramento preventivo da
fábrica e abrir o processo-crime contra os seus proprietários.O
surto de listeriose foi detectado no final de Julho mas, na altura, não
foi possível identificar a sua origem. Apesar de todos os anos se
detectarem casos de infecção por listeria em pessoas, desta vez, e
conforme descobriu o Laboratório de Biotecnologia da Universidade
Católica do Porto, mais de uma dezena dos doentes estavam infectados
exactamente com o mesmo subtipo da bactéria. Os alertas foram, então,
dados para a Direcção-Geral de Saúde e para a ASAE, tendo ficado
decidido proceder a um inquérito epidemiológico aos doentes que
sobreviveram e aos familiares daqueles que morreram, sobre os
respectivos consumos alimentares durante o período de incubação da
listéria - que pode durar até 70 dias. Os inquéritos não foram
conclusivos, pelo que a ASAE lançou, em Outubro, uma mega-operação de
fiscalização na zona sul do Tejo, onde residia a maior parte dos
doentes, tendo acabado por identificar, passados quatro meses, o local
que se suspeita ser a origem do surto. Tags: Sociedade

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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Mensagem por Vitor mango Dom Mar 20, 2011 8:59 am

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Listeriose – uma infecção causada pela bactéria listéria
Publicado por Marcos Vinhal Campos
em 24 de maio, 2007

A listéria causa uma infecção chamada listeriose, que tem alto índice de mortalidade.

No Brasil, o controle da bactéria deixa a desejar se comparada aos EUA e à UE.

A listéria (Listeria monocytogenes) é uma bactéria móvel, resistente ao congelamento e outras condições adversas, sobrevive por longos períodos em indústrias processadoras de alimentos e áreas manipuladoras de alimentos e está amplamente distribuída na natureza. A maior incidência de listéria está associada aos surtos de doenças transmitidas por alimentos.

A Listeria monocytogenes sobrevive no homem, que pode ser contaminado através do solo, estrume, carrapatos, geladeiras, vegetação, frutas, legumes, água (rios, lagos, mar, etc), mamíferos, aves domésticas e silvestres, peixes, crustáceos, moluscos, rãs, esgotos tratados ou não e fábricas processadoras de carnes, leites e derivados.

A infecção por listéria, chamada de listeriose, apresenta uma alta taxa de mortalidade. Ela é a causa de 38% dos óbitos nos EUA relacionados a doenças de origem alimentar (Mead et al., 1999). Segundo dados do CDC (Center for Disease Control and Prevention), órgão do governo norte-americano ligado ao HHS (Department of Health and Human Services), cerca de 2,5 mil casos de listeriose são registrados anualmente nos EUA, sendo que 90% deles levam a hospitalizações e 20% deles levam a óbitos.

Os mais suscetíveis à listeriose são crianças, mulheres grávidas e o feto, indivíduos imuno-deficientes e idosos. Os principais sintomas são semelhantes à gripe, além de febre e diarréia. Mas ela ainda pode causar septicemia, meningite, encefalite e infecções cervicais e intra-uterinas em mulheres grávidas, levando ao aborto espontâneo. Calcula-se que de 5% a 10% da população seja portadora de Listeria monocytogenes.

O ano de 1998 registrou um grande surto de listeriose nos EUA. Depois disso, tanto o país quanto a UE instituíram a tolerância zero à bactéria em produtos industrializados. A listéria é apenas a quarta principal causa de infecções alimentares nos EUA (depois da Campylobacter, Salmonella e E. coli), porém, sua taxa de mortalidade é a mais alta. No Brasil e em outros países em desenvolvimento não há estatísticas oficiais de casos de listeriose, pois sua notificação não é obrigatória.

No Brasil, a única legislação que exige o controle de listéria em alimentos processados é destinada a queijos de alta umidade, como ricota, meia cura e minas. O Programa de Redução de Patógenos da Anvisa contempla atualmente apenas o controle da Salmonella. No caso de relatos de infecções alimentares, o único que se obriga de médicos e hospitais é com relação àquelas provocadas pela bactéria Clostridium botulinum, que causa o botulismo.

Existem dados nacionais que comprovam a ocorrência de Listeria monocytogenes em alguns alimentos:

Produtos (quantidade de amostras)

Listéria. %

Fonte

Lingüiça mista frescal (5)

100

Von Laer et al., 2005

Nuggets de frango (25)

100

Rodrigues et al., 2002

Mortadela fatiada embalada a vácuo (45)

100

Berson et al., 2001

Salmão in natura (25)

48

Silvestre e Destro, 1999

Salsicha granel (40)

30

Aragon et al., 2005

Queijo coalho (84)

19

Branco et al., 2003

Camarão (178)

18

Destro et al., 1994



É possível eliminar 100% de listéria, desde que se tenham instalações adequadas aos processos de higiene e que procedimentos como desinfecção, higienização, boas práticas de fabricação, manter o refrigerador limpo, evitar produtos fora do prazo de validade, aquecer sobras a temperaturas elevadas, etc, sejam seguidos.

Dados mundiais sobre infecções alimentares provocadas pelo consumo de alimentos contaminados por microrganismos patogênicos, produtos químicos e outros indicam:

* 1,5 bilhões de casos de toxi-infecções alimentares por ano;
* 75 milhões de casos, 325 mil hospitalizações e cinco mil mortes/ano nos EUA (uma em cada 10 casos registrados);
* 15 casos/pessoa durante a vida;
* US$ 1 a 10 bilhões/ano são gastos com estes casos;
* Uma das causas mais comuns de mortalidade em países em desenvolvimento.

O conceito de Segurança dos alimentos diz respeito à garantia de consumo de alimentos livres de contaminações e que não provoquem danos à saúde dos consumidores. A responsabilidade em fornecer alimentos seguros cabe a todos que pertencem à cadeia alimentar, desde produtores rurais até estabelecimentos que preparam alimentos para o consumo, inclusive a nossa casa.

O cuidado com a segurança dos alimentos evita problemas como epidemias de intoxicações e mortes, impactos econômicos desnecessários, problemas de saúde pública, desperdício de alimentos, indenizações, interdição de estabelecimentos e decorrente desemprego, perda dos clientes e reputação do estabelecimento, pesadas multas e prisões.

As legislações vigentes estabelecem regras para fabricantes e manipuladores de alimentos referentes a práticas de higiene que garantam a produção de alimentos de forma adequada e segura. E o objetivo dessas leis é proteger a saúde da população contra doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados.

Estas regras são voltadas para indústrias alimentícias e serviços de alimentação, como padarias, cantinas, lanchonetes, bufês, confeitarias, restaurantes, comissarias, cozinhas industriais e institucionais. As principais legislações brasileiras referente à Segurança dos Alimentos são:

* Ministério da Saúde PORTARIA Nº 1428, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1993;
* Ministério da Saúde – Portaria nº 326, de 30 de julho de 1997;
* Ministério da Agricultura e Abastecimento - Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997;
* Centro de Vigilância Sanitária – Portaria CVS- 6/99, de 10 de março de 1999;
* ANVISA – RDC Nº 275, de 21 de outubro de 2002;
* ANVISA – RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004;
* Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo – Portaria 1.210/06/SMS.G, 03 de agosto de 2006;
* Lei 8.078 (1990) – Código de Defesa do Consumidor.

Abaixo seguem os programas destinados à indústria alimentícia e aos serviços de alimentação referentes à segurança dos alimentos que propiciam um controle efetivo dos perigos de toda a cadeia alimentar, desde a produção, armazenagem, distribuição até o consumo do alimento. Portanto, implementação e controle destes programas asseguram a produção e manipulação de alimentos livres de contaminações.



Boas Práticas de Fabricação de Alimentos

As Boas Práticas de Fabricação (BPF) abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias e serviços de alimentação a fim de garantir adequadas condições sanitárias e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. Sua implementação é um pré-requisito obrigatório para as empresas que desejam e/ou necessitam implementar o HACCP.



HACCP

A sigla APPCC significa “Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle”, tradução para o português da sigla HACCP, que em língua inglesa significa “Hazard Analysis and Critical Control Points”. O sistema APPCC identifica na cadeia produtiva os perigos potenciais à segurança dos alimentos, avaliando-os e controlando-os.

Ele é fundamentado em basicamente sete princípios, que são as ações mínimas a serem adotadas para que um produto ou conjunto de produtos que façam parte da cadeia alimentar sejam considerados seguros para utilização pelo consumidor.



Princípios do HACCP

* Princípio 1 – Avaliação dos perigos;
* Princípio 2 – Determinação dos Pontos Críticos de Controle;
* Princípio 3 – Estabelecimento dos limites críticos;
* Princípio 4 – Determinação do sistema de monitoramento dos Pontos Críticos de Controle;
* Princípio 5 – Determinação das ações corretivas;
* Princípio 6 – Determinação dos procedimentos de verificação do sistema;
* Princípio 7 – Elaboração de toda a documentação, procedimentos e registros apropriados ao sistema.



Guia Prático de Higienização para áreas de manipulação de alimentos:

* Evite a contaminação, ou seja, a presença indesejada de fatores microbiológicos (salmonella, listéria…), químicos (pesticida, desinfetante…) e físicos (pedaços de esponja, cabelo…) na cozinha;

* Os microrganismos estão presentes em todos os lugares, apesar de não serem visíveis a olho nu: alimentos crus, matérias-primas, embalagens, água, insetos, pessoas, equipamentos. Alguns fazem bem (como os do iogurte, cerveja, queijos), outros são vitais (os responsáveis pela digestão) e outros são perigosos, podendo causar doenças e até a morte (salmonela, coliformes, listéria…). Em condições ideais de temperatura, umidade e alimentação, em apenas sete horas eles se reproduzem até uma população de dois milhões de microrganismos;

* Os microrganismos são transportados por pessoas, embalagens, matérias primas, utensílios e equipamentos sujos, animais e insetos. No momento desse transporte é que acontece a contaminação;

* Em temperaturas acima de 74ºC, os microrganismos morrem. Entre 5ºC e 60ºC, os microrganismos se multiplicam. Abaixo de 4ºC, eles têm sua multiplicação dificultada;

* Para evitar a contaminação deve-se controlar a temperatura e o tempo de exposição dos alimentos, higienizar o ambiente e os utensílios de trabalho e manter hábitos corretos de higiene pessoal, como tomar banho todos os dias, lavar os cabelos regularmente, manter as unhas limpas e aparadas, escovar os dentes após as refeições e lavar sempre as mãos;

* Deve-se lavar as mãos várias vezes ao dia, como: antes de iniciar o trabalho, toda vez que trocar de atividade, antes e após usar o banheiro, após fumar, antes de vestir luvas, após qualquer operação de limpeza, ao tocar boca, nariz e cabelo e sempre que estiverem sujas. A forma correta de lavar as mãos é umedecê-las com água, aplicar sabonete, esfregar pelo menos por um minuto mãos, antebraços, dedos e unhas, enxaguar e secar com papel toalha de boa qualidade (não reciclado) ou ar quente;

* Para trabalhar corretamente com alimentos, deve-se também não utilizar jóias e bijuterias (pois elas podem ser esconderijos de microrganismos, além do perigo de caírem nos alimentos) e cobrir bem eventuais ferimentos (dependendo da gravidade dos mesmos, deve-se até evitar a manipulação de alimentos);

* Se os alimentos não apresentam boas condições de cheiro e aspecto, o melhor é descartá-los. Tente manipulá-los o menos possível e, se necessário, separe-os por semelhança (carne com carne, frutas com frutas, etc);

* Na hora de estocar, nunca guarde ou trabalhe com alimento cru perto de alimento pronto para o consumo; não guarde alimentos misturados, nem os acomode no chão. No freezer (-18ºC), deixe os alimentos com as etiquetas de validade voltadas para frente e siga sempre o princípio: o primeiro que vence é o primeiro que sai;

* Armário sujo e desorganizado é grande fonte de contaminação. Evite guardar roupas sujas junto com limpas, mantenha os sapatos separados das roupas e nunca guarde alimentos no seu armário. Roupas sujas devem ser imediatamente levadas para lavar;

* Higienizar é fundamental. Higienização = Limpeza + Desinfecção. Limpeza é a remoção de sujidades e deve ser feita com um detergente. Desinfecção é a eliminação dos microrganismos e deve ser feita com um desinfetante. Antes de desinfetar é preciso limpar. São seis passos: remover as sujidades, aplicar o detergente, enxaguar com água potável, aplicar o desinfetante, enxaguar com água potável e deixar secar naturalmente;

* O desinfetante ideal deve ter amplo espectro de ação, ação rápida, efeito residual na superfície, facilidade de uso, solubilidade e estabilidade. Deve ser econômico, compatível com as superfícies e livre de odor. Ele não pode ser afetado por fatores ambientais, nem apresentar toxicidade. A escolha do desinfetante e método de desinfecção depende de fatores como microrganismos envolvidos, tipo de superfície, nível de contaminação, riscos envolvidos, quem manipula o produto.



Informações:

Edelman do Brasil – Fone: (11) 3017-5300

Com Thiago Ariki (thiago.ariki@edelman.com) ou Osmar Maduro (osmar.madutro@edelman.com)


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Mensagem por Viriato Dom Mar 20, 2011 9:07 am

É por isso que eu gosto da ASAE. Atentos e eficazes....
Viriato
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