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Trocar um soldado por mil prisioneiros é, estranhamente, um bom "negócio" para todos

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Mensagem por Vitor mango Qui Out 13, 2011 3:04 am

Trocar um soldado por mil prisioneiros é, estranhamente, um bom "negócio" para todos



Trocar um soldado por mil prisioneiros é, estranhamente, um bom "negócio" para todos 9277854_eVAEb

O Presidente Shimon Peres com os pais Gilad Shalit/Foto: AFP



Israel rejubila com o anunciado regresso a
casa de Gilad Shalit, o soldado das forças de segurança israelitas
(IDF), em cativeiro desde 2006, depois de ter sido capturado pelo Hamas
na Faixa de Gaza. Desde então, Shalit nunca foi esquecido pelas
autoridades israelitas, sabendo-se que seria uma questão de tempo até se
promover uma negociação de troca de prisioneiros com o inimigo, uma
prática implementada por diversas vezes.




Era preciso ter paciência e gerir a
situação da melhor forma. Nisso os israelitas são exímios (exceptuado
alguns disparates feitos nos tempos recentes).




Também por isso, o Hamas sabia que o refém
que tinha em mãos era bastante valioso e que seria uma moeda de troca
excelente no dia em que o Governo hebraico estivesse disponível para
negociar.




A proposta que Yoram Cohen, chefe do Shin
Bet (serviços secretos internos), apresentou ao primeiro-ministro
Netanyahu contempla, numa primeira fase, a libertação de cerca de 450
prisioneiros palestinianos, 280 dos quais com penas perpétuas. Num
segundo momento, daqui a uns meses, serão libertados à volta de 550
prisioneiros.




Não deixa de ser um bom negócio para o
Hamas, que consegue 1000 homens em troca de apenas um soldado hebraico,
fazendo regressar a casa muitos militantes daquele movimento, mas também
da Fatah e de outros partidos.




Com esta iniciativa, o Hamas reforça a sua
posição junto da opinião pública palestiniana, sobretudo na Cisjordânia,
onde está mais fragilizada perante o domínio da Fatah e do presidente
da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.




Também o líder político do Hamas, Khaled
Meshaal, está a surgir como um negociador influente, tendo chegado esta
Quarta-feira à noite ao Cairo para coordenar no terreno o processo da
troca de prisioneiros, que deverá acontecer dentro de uma semana.




Do lado israelita, Netanyahu já está a
capitalizar dividendos com esta operação, nem que seja pelas manobras de
relações públicas. Os pais do soldado têm manifestado publicamente o
agradecimento ao chefe do Governo, que, de quase todos os quadrantes,
tem recebido elogios pela medida.




A este propósito Yossi Verter escrevia no Haaretz
que nos próximos dias o povo de Israel vai estar a partilhar a alegria
dos pais de Shalit, graças a uma decisão de Netanyahu, que terá sido a
mais difícil do seu mandato. Mas como diz Verter, Netanyahu será sempre
lembrado para a História como o homem que trouxe para casa um soldado
israelita em cativeiro há mais de cinco anos.




Além disso, tinha sido o próprio Shin Bet a
assumir que a libertação de Shalit através de uma operação militar
seria praticamente impossível. Por isso, Netanyahu teve o apoio de todas
as chefias militares. Também ao nível do Governo, 26 ministros
aprovaram o plano da troca de prisioneiros. No entanto, três votaram
contra, entre os quais o dos Negócios Estrangeiros, o ortodoxo Avigdor
Lierberman.




Conta o jornal Haaretz que a
reunião foi muito intensa e dramática, tendo mesmo Uzi Landau, ministro
das Infraestruturas Nacionais, e um dos que se opôs ao plano, afirmado
que se está perante uma “grande vitória do terrorismo”. Demonstrou ainda
a sua ira contra Cohen, por este estar a recomendar um plano deste
género.




Curiosamente, também em 1997, quando
assumia pela primeira vez a chefia do Governo hebraico, Netanyahu
promoveu uma troca de prisioneiros, embora na altura com contornos muito
diferentes. Sem qualquer escolha, Israel teve que libertar o xeque
Ahmed Yassin (seria morto mais tarde) em troca de dois agentes da
Mossad, que tinham estado envolvidos numa tentativa de assassinato a
Meshaal na Jordânia.




Agora, Netanyahu volta a promover uma troca
de prisioneiros, mas desta vez massiva, devolvendo a liberdade a alguns
terroristas de primeira linha. Um preço elevado, mas que a sociedade
israelita parece estar disposta a pagar para ver o seu soldado regressar
a casa.




Apesar da lista dos libertados incluir
importantes terroristas, Cohen já garantiu que nomes como Abdullah
Barghouti, Ibrahim Hamed, Abbas Sayed, Ahmed Saadat e, especialmente,
Marwan Barghouti não estão contemplados neste negócio.



Texto publicado originalmente no Forte Apache.





tags: benjamin netanyahu, cisjordânia, faixa de gaza, fatah, gilad shalit, hamas, khaled meshaal, médio oriente, terrorismo


Publicado por Alexandre Guerra às 22:17
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Mensagem por Vitor mango Qui Out 13, 2011 3:07 am

Com esta iniciativa, o Hamas reforça a sua
posição junto da opinião pública palestiniana, sobretudo na Cisjordânia,
onde está mais fragilizada perante o domínio da Fatah e do presidente
da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.

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Mensagem por Joao Ruiz Qui Out 13, 2011 3:56 am

.
Com esta iniciativa, o Hamas reforça a sua
posição junto da opinião pública palestiniana, sobretudo na Cisjordânia,
onde está mais fragilizada perante o domínio da Fatah e do presidente
da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.

Como eu sempre tenho dito, o Hamas lá sabe por que é que tem rejeitado sempre novas eleições, apesar das últimas se terem realizado já em 2006!

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Mensagem por Kllüx Qui Out 13, 2011 9:14 am



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