Mata Atlântica – A jóia do Brasil
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Mata Atlântica – A jóia do Brasil
Mata Atlântica – A jóia do
Brasil
Quando sai de Portugal e conversando com Brasileiros disse que ia para o estado do
Paraná obtive a recomendação de não
perder uma visita de comboio á - mata atlântica
Vamos por partes
Neste litoral imenso do Brasil a montanha sobe rapidamente
até os 900 metros
por entre escarpas , morros , profundos vales e com uma vegetação densa .Nuvens
serpenteiam para onde os fortes ventos as empurram
Os primeiros colonos viram-se gregos para atingir o planalto
,que naquela altura , tiveram de fazer com mulas por entre caminhos
inacessíveis .
A aposta agora é tomar o comboio em Curitiba e descer até ao
Mar .
Foi o que eu fiz .
Confesso que a
paisagem dá para abrir a boca de espanto tal a sua diversidade .
Cascatas enormes de água a cair de alturas imensas , ou uma floresta com uma
variedade incrível de arvores e arbustos que para um botânico daria umas horas
de amena cavaqueira .E , de repente ,
descobrimos no meio de tudo isto uma casa com um quintal certamente o
sustento de alguma família .Depois o comboio pára num autentico precipício (
ver foto ) para testar certamente os
nervos do viajante .
A janela do comboio fica baça pois atravessamos uma nuvem e de novo sentimos o cair das aguas
serpenteando por entre rochas apertadas e densa e verdejante vegetação .As aves
são de todos os tamanhos e os seus sons para todos os gostos .
A meio do percurso nova paragem , numa vila que não me
lembro o nome mas informo que quanto mais antigas são as vilas ou mesmo algumas cidades , mais a arquitectura se aproxima das nossas
raízes lusas . Olhamos para as ruas e sente-se
que aquilo nos toca . Há qualquer coisa que nos diz que há ali ALMA
lusitana .
O interessante é que Este estado do Paraná depois de terem
destruído grande parte da Floresta num falso progresso tem agora um cuidado
extremo em preservar tudo que cheire á sua historia mesmo que seja simplesmente centenar e não milenar como a
portuguesa
De novo no comboio chegamos ao litoral . Mais uma vez se
sente uma certa portugalidade na arquitectura , no rasgar das janelas mas com
as variantes Brasileiras de pintarem as casas de cores berrantes .
É Paranaguá – um imenso porto por onde saiem parte dos cereais deste estado .
O regresso a Curitiba é menos atraente porque parte da surpresa
desvanece-se
No Domingo seguinte faço o percurso de carro , e desta vez acompanhado por um Engenheiro
florestal que me ia explicando as alterações da vegetação e a importância quase
sagrada que tem esta mata para o estado .
É aqui que se armazenam e acumulam as água retidas e
infiltradas pela floresta
Os maiores rios do estado partem daqui .O equilíbrio
climático depende imenso do que for esta mata . Igualmente animais e aves raras
em vias de extinção refugiam-se aqui .
Quando se entra na mata grupos de jovens escuteiros
fornecem-nos sacos de plástico para guardar lixo que no final da visita
devolvemos para não poluir toda esta enorme e gigantesca mancha florestal .
Os pequenos núcleos de pessoas a viverem no interior da mata são altamente vigiados e
qualquer arvore , por simples que seja ,
necessita de autorização para ser abatida .
Aliás nenhum camião
carregado com madeira pode percorrer qualquer estrada sem um plano de manejo .
A caça é proibida .
Confesso que senti um certo orgulho da minha lusitaniedade
ao ver o amor e carinho com que este estado trata desta autentica relíquia .
Porquê ?
Porque estive do outro lado onde colonização espanhola imperou , onde o “ sangue “ castelhano
mostrou pouca sensibilidade ás arvores .
Contaram-me até uma historia em que um dos Fortes do rio da
Prata na posse de portugueses que controlavam
a saída dos navios pelo rio do mesmo nome foi trocado no passado por
todo o Amazonas – Ou seja , toma lá o Forte e nós ficamos com o Amazonas .
Nós somos sensíveis á floresta –os espanhóis pouco ou nada !
O divorcio entre o rio e a
cidade
Esta historia foi aqui cravada para mostra aos Leiriensis o
que a cidade tem feito ás zonas verdes da Cidade .
.
Alguém me avisa que o
novo-riquismo instalado, já começou a
contabilizar o preço do metro quadrado para acabar de vez com um pequena mancha
do verde da cidade
–
Não o VERDE PINO que ainda conheci e que hoje só é
verde no nome .
–
Não digo o nome para não espantar a caça mas todos os
leirienses sabem –basta ir ao castelo de Leiria e olhar em frente .
Infelizmente o Rei Povoador que , sabiamente , travou as areias do mar e teve visão de
séculos- é de BRONZE .
Se fosse vivo ele
teria não só corrido os “ vendilhões do Templo “ como teria já iniciado uma
recuperação do verde de Leiria
transformando o leito do seu rio num local destinado ao conforto e á vivência
dos seus habitantes.
Teria feito o casamento entre o Rio e os leirienses .
O estádio de futebol telo-ia mandado par longe da cidade
criando , aí sim outro polo moderno atractivo e não misturando o que Nunca
deveria ter sido misturado
Leiria não pode continuar a estar de costas voltadas para o
SEU RIO .
Leiria não pode esquecer a sua vocação florestal . Esquecer
o seu passado e estar de mãos amarradas a interesses imediatos trazem mais dia
menos dia um ajuste de contas com a Historia
Aprendi isso com os americanos
Em nome do “PROGRESSO “ foi o povo que mais estragou o
planeta .
Felizmente o Brasil foi colonizado por Portugueses . Outros
povos teriam já transformado este pulmão da terra em negocio , e expulsado os
índios
Deixámos nesta terra imensa a maior reserva de índios e um
gigante pulmão da natureza
Por aquilo que vi no Brasil tenho a certeza que eles jamais
vão deixar vandalizar o seu património – aprenderam depressa
Mas tenho sérias duvidas quanto a Leiria
As autoridades já avisaram que estão atentas . Eu sei bem o que é a
força dos buldozeres a destruir , apesar
das nossa leis ambientais serem lindas –simplesmente passam-lhes por cima com um sorriso cínico , e gordo , em Euros .
Conheço bem o encolher dos ombros das autoridades e a tosse
seca da impotência administrativa, e o
passo de caracol da justiça do deixa
andar .
A única coisa que lhes mete medo é a opinião publica - o apontar do dedo para toda a vandalização
criminosa do nosso património ambiental
Querem exemplos ?
Um dia destes eu falo em água !
Brasil
Quando sai de Portugal e conversando com Brasileiros disse que ia para o estado do
Paraná obtive a recomendação de não
perder uma visita de comboio á - mata atlântica
Vamos por partes
Neste litoral imenso do Brasil a montanha sobe rapidamente
até os 900 metros
por entre escarpas , morros , profundos vales e com uma vegetação densa .Nuvens
serpenteiam para onde os fortes ventos as empurram
Os primeiros colonos viram-se gregos para atingir o planalto
,que naquela altura , tiveram de fazer com mulas por entre caminhos
inacessíveis .
A aposta agora é tomar o comboio em Curitiba e descer até ao
Mar .
Foi o que eu fiz .
Confesso que a
paisagem dá para abrir a boca de espanto tal a sua diversidade .
Cascatas enormes de água a cair de alturas imensas , ou uma floresta com uma
variedade incrível de arvores e arbustos que para um botânico daria umas horas
de amena cavaqueira .E , de repente ,
descobrimos no meio de tudo isto uma casa com um quintal certamente o
sustento de alguma família .Depois o comboio pára num autentico precipício (
ver foto ) para testar certamente os
nervos do viajante .
A janela do comboio fica baça pois atravessamos uma nuvem e de novo sentimos o cair das aguas
serpenteando por entre rochas apertadas e densa e verdejante vegetação .As aves
são de todos os tamanhos e os seus sons para todos os gostos .
A meio do percurso nova paragem , numa vila que não me
lembro o nome mas informo que quanto mais antigas são as vilas ou mesmo algumas cidades , mais a arquitectura se aproxima das nossas
raízes lusas . Olhamos para as ruas e sente-se
que aquilo nos toca . Há qualquer coisa que nos diz que há ali ALMA
lusitana .
O interessante é que Este estado do Paraná depois de terem
destruído grande parte da Floresta num falso progresso tem agora um cuidado
extremo em preservar tudo que cheire á sua historia mesmo que seja simplesmente centenar e não milenar como a
portuguesa
De novo no comboio chegamos ao litoral . Mais uma vez se
sente uma certa portugalidade na arquitectura , no rasgar das janelas mas com
as variantes Brasileiras de pintarem as casas de cores berrantes .
É Paranaguá – um imenso porto por onde saiem parte dos cereais deste estado .
O regresso a Curitiba é menos atraente porque parte da surpresa
desvanece-se
No Domingo seguinte faço o percurso de carro , e desta vez acompanhado por um Engenheiro
florestal que me ia explicando as alterações da vegetação e a importância quase
sagrada que tem esta mata para o estado .
É aqui que se armazenam e acumulam as água retidas e
infiltradas pela floresta
Os maiores rios do estado partem daqui .O equilíbrio
climático depende imenso do que for esta mata . Igualmente animais e aves raras
em vias de extinção refugiam-se aqui .
Quando se entra na mata grupos de jovens escuteiros
fornecem-nos sacos de plástico para guardar lixo que no final da visita
devolvemos para não poluir toda esta enorme e gigantesca mancha florestal .
Os pequenos núcleos de pessoas a viverem no interior da mata são altamente vigiados e
qualquer arvore , por simples que seja ,
necessita de autorização para ser abatida .
Aliás nenhum camião
carregado com madeira pode percorrer qualquer estrada sem um plano de manejo .
A caça é proibida .
Confesso que senti um certo orgulho da minha lusitaniedade
ao ver o amor e carinho com que este estado trata desta autentica relíquia .
Porquê ?
Porque estive do outro lado onde colonização espanhola imperou , onde o “ sangue “ castelhano
mostrou pouca sensibilidade ás arvores .
Contaram-me até uma historia em que um dos Fortes do rio da
Prata na posse de portugueses que controlavam
a saída dos navios pelo rio do mesmo nome foi trocado no passado por
todo o Amazonas – Ou seja , toma lá o Forte e nós ficamos com o Amazonas .
Nós somos sensíveis á floresta –os espanhóis pouco ou nada !
O divorcio entre o rio e a
cidade
Esta historia foi aqui cravada para mostra aos Leiriensis o
que a cidade tem feito ás zonas verdes da Cidade .
.
Alguém me avisa que o
novo-riquismo instalado, já começou a
contabilizar o preço do metro quadrado para acabar de vez com um pequena mancha
do verde da cidade
–
Não o VERDE PINO que ainda conheci e que hoje só é
verde no nome .
–
Não digo o nome para não espantar a caça mas todos os
leirienses sabem –basta ir ao castelo de Leiria e olhar em frente .
Infelizmente o Rei Povoador que , sabiamente , travou as areias do mar e teve visão de
séculos- é de BRONZE .
Se fosse vivo ele
teria não só corrido os “ vendilhões do Templo “ como teria já iniciado uma
recuperação do verde de Leiria
transformando o leito do seu rio num local destinado ao conforto e á vivência
dos seus habitantes.
Teria feito o casamento entre o Rio e os leirienses .
O estádio de futebol telo-ia mandado par longe da cidade
criando , aí sim outro polo moderno atractivo e não misturando o que Nunca
deveria ter sido misturado
Leiria não pode continuar a estar de costas voltadas para o
SEU RIO .
Leiria não pode esquecer a sua vocação florestal . Esquecer
o seu passado e estar de mãos amarradas a interesses imediatos trazem mais dia
menos dia um ajuste de contas com a Historia
Aprendi isso com os americanos
Em nome do “PROGRESSO “ foi o povo que mais estragou o
planeta .
Felizmente o Brasil foi colonizado por Portugueses . Outros
povos teriam já transformado este pulmão da terra em negocio , e expulsado os
índios
Deixámos nesta terra imensa a maior reserva de índios e um
gigante pulmão da natureza
Por aquilo que vi no Brasil tenho a certeza que eles jamais
vão deixar vandalizar o seu património – aprenderam depressa
Mas tenho sérias duvidas quanto a Leiria
As autoridades já avisaram que estão atentas . Eu sei bem o que é a
força dos buldozeres a destruir , apesar
das nossa leis ambientais serem lindas –simplesmente passam-lhes por cima com um sorriso cínico , e gordo , em Euros .
Conheço bem o encolher dos ombros das autoridades e a tosse
seca da impotência administrativa, e o
passo de caracol da justiça do deixa
andar .
A única coisa que lhes mete medo é a opinião publica - o apontar do dedo para toda a vandalização
criminosa do nosso património ambiental
Querem exemplos ?
Um dia destes eu falo em água !
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117360
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