Eu, que nunca percebi o motivo...
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Eu, que nunca percebi o motivo...
Lurdes Feio
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Eu, que nunca percebi o motivo por que tanta gente (jornalistas incluídos) acha bem que se dêem a grandes empresas incentivos fiscais e reduções de taxas (IRC e TSU) para contratarem mão-de-obra precária e mal paga, quantas vezes suportada pelo próprio Estado através de estágios remunerados que só servem para baixar artificialmente os números do desemprego, confesso que fiquei muito agradada por ouvir que o programa macro-económico apresentado hoje pelo PS propõe que o Estado premeie com incentivos fiscais precisamente as empresas que se proponham contratar mais mão-de-obra estável e justamente remunerada. Como era de esperar, o PSD veio já tentar neutralizar qualquer efeito-surpresa positivo deste programa acusando-o de pretender reeditar na generalidade as políticas despesistas que nos arrastaram para o resgate, em 2011. A disputa pré-eleitoral começou, há que dar o desconto a excessos de parte a parte. Mas uma coisa é certa: a partir daqui, temos finalmente à escolha dois modelos sócio-económicos para o País - uma economia ultra-liberal baseada na desumanização e baixo custo do trabalho e uma outra economia com preocupações sociais e baseada na dignificação e valorização do trabalho. A primeira promete crescer, sobretudo, por via de empresas de mão-de-obra barata e flutuante, e de empresários movidos por incentivos fiscais sem contrapartidas sociais. A segunda promete crescer por via, principalmente, de mais trabalhadores mais satisfeitos e de maior investimento produtivo como condição para a obtenção de maiores incentivos fiscais. É claro que apareceram já os "velhos do Restelo" apoiantes da austeridade e dos cortes a preconizar que "as coisas podem não correr como o previsto" no cenário macro-económico do PS. Pois não. As coisas raramente correm como o previsto. Veja-se a taxa de desemprego que temos e a prevista pela coligação PSD/CDS-PP e pela Troika no início do plano de resgate há quatro anos... É uma chatice quando se cospe para o ar e o cuspo nos cai em cima...
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Eu, que nunca percebi o motivo por que tanta gente (jornalistas incluídos) acha bem que se dêem a grandes empresas incentivos fiscais e reduções de taxas (IRC e TSU) para contratarem mão-de-obra precária e mal paga, quantas vezes suportada pelo próprio Estado através de estágios remunerados que só servem para baixar artificialmente os números do desemprego, confesso que fiquei muito agradada por ouvir que o programa macro-económico apresentado hoje pelo PS propõe que o Estado premeie com incentivos fiscais precisamente as empresas que se proponham contratar mais mão-de-obra estável e justamente remunerada. Como era de esperar, o PSD veio já tentar neutralizar qualquer efeito-surpresa positivo deste programa acusando-o de pretender reeditar na generalidade as políticas despesistas que nos arrastaram para o resgate, em 2011. A disputa pré-eleitoral começou, há que dar o desconto a excessos de parte a parte. Mas uma coisa é certa: a partir daqui, temos finalmente à escolha dois modelos sócio-económicos para o País - uma economia ultra-liberal baseada na desumanização e baixo custo do trabalho e uma outra economia com preocupações sociais e baseada na dignificação e valorização do trabalho. A primeira promete crescer, sobretudo, por via de empresas de mão-de-obra barata e flutuante, e de empresários movidos por incentivos fiscais sem contrapartidas sociais. A segunda promete crescer por via, principalmente, de mais trabalhadores mais satisfeitos e de maior investimento produtivo como condição para a obtenção de maiores incentivos fiscais. É claro que apareceram já os "velhos do Restelo" apoiantes da austeridade e dos cortes a preconizar que "as coisas podem não correr como o previsto" no cenário macro-económico do PS. Pois não. As coisas raramente correm como o previsto. Veja-se a taxa de desemprego que temos e a prevista pela coligação PSD/CDS-PP e pela Troika no início do plano de resgate há quatro anos... É uma chatice quando se cospe para o ar e o cuspo nos cai em cima...
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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