PublicaçõesEmbaixador de Israel em Portugal ,,in Expresso
2 participantes
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
Embaixador de Israel em Portugal ,,in Expresso
por Admin Dom Ago 09, 2009 1:09 am
Aos 62 anos, Ehud Gol representa Israel em Lisboa desde o início do ano. Num momento que se adensa a tensão com o Irão, o embaixador relembrou, em entrevista ao Expresso, que já há dez anos Israel alerta a comunidade internacional para o problema do programa nuclear.
Não tem dúvidas de que o Irão quer dominar todo o mundo muçulmano e que isso é uma fonte de preocupação para os países na região. Caso a diplomacia não resulte com, Ehud Gol não descarta uma intervenção militar.
Para os tempos que se seguem, apesar das desavenças, Israel conta ter a seu lado o eterno aliado americano. Sobre a Palestina não tem dúvidas. A solução vai passar por dois Estados.
Clique para aceder ao índice do DOSSIÊ ELEIÇÕES NO IRÃO
Acredita que os recentes acontecimentos no Irão, depois da reeleição de Ahmadinejad, mostram que há ventos de mudança no país?
Pelo contrário. As eleições mostraram aquilo que nós já dizíamos. O Irão não é um país democrático. É dirigido por um regime brutal não democrático. Os falsos resultados das eleições provam-no.
Considera que existe uma crise de legitimidade?
É uma longa crise de legitimidade. Nós alertámos para ela há mais tempo. Mas estas eleições, em que Ahmadinejad foi eleito da maneira que foi, não nos deixaram surpreendidos. Já o tínhamos previsto. Os resultados eleitorais são decididos antes das eleições, pelo Guia Supremo. As urnas são apenas uma charada que ridiculariza a democracia.
Esta crise de legitimidade no Irão pode tornar-se mais perigosa do que o programa nuclear?
O programa nuclear do Irão é extremamente perigoso. O Irão não esconde que quer usar a sua capacidade nuclear, se ou quando a tiver, contra Isarel. Por isso, para nós o processo nuclear é extremamente perigoso. E é por isso que temos alertado a comunidade internacional nos últimos dez anos. Mas infelizmente até agora ainda não encontrámos uma solução.
"Nem todos os países estão dispostos a aderir a sanções económicas"
Numa conferência de imprensa conjunta com o secretário da defesa americano, Ehud Barack disse que nenhuma opção está posta de parte. Qual vai ser o próximo passo de Israel?
Para começar esperamos que o mundo democrático se mantenha unido para criar sanções económicas ao Irão. Se todas as democracias ocidentais se unirem e fizerem tudo para aderir às sanções económicas, então seremos capazes de avançar e resolver o problema. Infelizmente nem todos os países, não me refiro só aos não democráticos, falo também das democracias europeias, estão prontos para pagar o preço das sanções económicas, porque isso afecta as suas relações com o Irão. Mas isso é outro problema.
Uma acção militar é uma hipótese?
Não faz sentido entrar em detalhes. Mas esperamos conseguir resolver o problema com diplomacia.
Os países árabes moderados na região sentem-se ameaçados pelo Irão?
Claro. Não só os países árabes moderados, até os radicais. Têm um problema, mas não o admitem porque não querem ser vistos ao lado de Israel. Por exemplo, os países no Golfo, como a Arábia Saudita, Omã, Bahrein, Quatar, Egipto estão ameaçados pela vontade de dominar do Irão. Porque o Irão não quer só destruir Israel, também quer dominar todo o mundo muçulmano.
"O Irão não é um problema só do Médio Oriente"
Que papel podem os países da América Latina desempenhar nesta crise?
Há uma tentativa recente do Irão se infiltrar na América Latina. E países como a Venezuela ajudam-nos nessa tentativa. Há outros países a alinhar ao lado da Venezuela. Esta é uma nova região, onde o Irão pensa que se pode infiltrar e aumentar a sua esfera de influência. Se isso acontecer cria outra ameaça, outro perigo. E é isso que estou a falar. O Irão não é um problema só da bacia do Mediterrâneo e do Médio Oriente. Vai muito para além destas fronteiras. Este é um perigo maior para os EUA, porque a América Latina está mais perto.
Qual é a primeira coisa que o Irão precisa de fazer para melhorar a relação com Israel?
Acordar amanhã de manhã e dizer isto é um disparate, cometemos um erro. Temos tanto petróleo, que não precisamos... O que eles dizem é que precisam do programa nuclear para ter outro meio de energia. Mas para que precisam de outro meio de energia qando têm petróleo até ao pescoço?
Vamos agora falar um pouco da relação de Israel com os EUA. Os dois países têm novos governos. As duas administrações estão mais distantes do que estavam as anteriores. O seu país sente-se desapoiado?
Os EUA são o aliado mais forte de Israel. Israel é o aliado mais próximo dos EUA. Não posso dizer o mais forte porque somos um país muito pequeno, mais pequeno que Portugal. Somos sete milhões em vinte mil km2 vocês são muito maiores tanto em território como em população. No entanto, não temos de concordar em todas as questões. Discordamos dos EUA desde o início do Estado de Israel em 1948. Esta não é a primeira vez e tenho uma surpresa para si não será a última. Somos um país soberanos temos direito às nossas opiniões. E os EUA são também um país soberano que tem o direito de tentar influenciar-nos. Mesmo assim, quando discutimos chegamos a um denominador comum e compreendemo-nos.
"EUA foram, são e continuarão a ser o maior e mais forte aliado e amigo de Israel"
Depois do discurso de Barack Obama na Universidade do Cairo, no qual, o Presidente americano voltou a afirmar que a paz entre Israel e Palestina está no centro das suas prioridades, a extrema-direita e os colonos judeus encheram as ruas com imagens de Obama de keffiyeh [lenço árabe usado como sinal de apoio à causa palestiniana]. Os israelitas consideram este o Presidente amigo dos palestinianos?
Você disse-o na sua pergunta alguns elementos radicais. Todas as sociedades têm elementos radicais. E os extremistas não representam a maioria. Obama é o Presidente dos EUA e os EUA foram, são e continuarão a ser o maior e mais forte aliado e amigo de Israel.
As declarações do primeiro-ministro israelita sobre a criação de um estado israelita não dão muito mais aos palestinianos do que eles têm agora.
Não concordo. Digo-lhe onde está o maior erro nessa afirmação: o líder da direita em Israel, não da esquerda nem do centro, o líder da direita vem e diz publicamente que acredita numa solução de dois Estados. Agora temos de negociar e chegar a um consenso sobre o tipo de Estado que seria. Que características este Estado independente teria para poder viver em paz e harmonia, ao mesmo tempo, que não ponha em risco o meu dia-a-dia enquanto judeu.
Não tem dúvidas de que o Irão quer dominar todo o mundo muçulmano e que isso é uma fonte de preocupação para os países na região. Caso a diplomacia não resulte com, Ehud Gol não descarta uma intervenção militar.
Para os tempos que se seguem, apesar das desavenças, Israel conta ter a seu lado o eterno aliado americano. Sobre a Palestina não tem dúvidas. A solução vai passar por dois Estados.
Clique para aceder ao índice do DOSSIÊ ELEIÇÕES NO IRÃO
Acredita que os recentes acontecimentos no Irão, depois da reeleição de Ahmadinejad, mostram que há ventos de mudança no país?
Pelo contrário. As eleições mostraram aquilo que nós já dizíamos. O Irão não é um país democrático. É dirigido por um regime brutal não democrático. Os falsos resultados das eleições provam-no.
Considera que existe uma crise de legitimidade?
É uma longa crise de legitimidade. Nós alertámos para ela há mais tempo. Mas estas eleições, em que Ahmadinejad foi eleito da maneira que foi, não nos deixaram surpreendidos. Já o tínhamos previsto. Os resultados eleitorais são decididos antes das eleições, pelo Guia Supremo. As urnas são apenas uma charada que ridiculariza a democracia.
Esta crise de legitimidade no Irão pode tornar-se mais perigosa do que o programa nuclear?
O programa nuclear do Irão é extremamente perigoso. O Irão não esconde que quer usar a sua capacidade nuclear, se ou quando a tiver, contra Isarel. Por isso, para nós o processo nuclear é extremamente perigoso. E é por isso que temos alertado a comunidade internacional nos últimos dez anos. Mas infelizmente até agora ainda não encontrámos uma solução.
"Nem todos os países estão dispostos a aderir a sanções económicas"
Numa conferência de imprensa conjunta com o secretário da defesa americano, Ehud Barack disse que nenhuma opção está posta de parte. Qual vai ser o próximo passo de Israel?
Para começar esperamos que o mundo democrático se mantenha unido para criar sanções económicas ao Irão. Se todas as democracias ocidentais se unirem e fizerem tudo para aderir às sanções económicas, então seremos capazes de avançar e resolver o problema. Infelizmente nem todos os países, não me refiro só aos não democráticos, falo também das democracias europeias, estão prontos para pagar o preço das sanções económicas, porque isso afecta as suas relações com o Irão. Mas isso é outro problema.
Uma acção militar é uma hipótese?
Não faz sentido entrar em detalhes. Mas esperamos conseguir resolver o problema com diplomacia.
Os países árabes moderados na região sentem-se ameaçados pelo Irão?
Claro. Não só os países árabes moderados, até os radicais. Têm um problema, mas não o admitem porque não querem ser vistos ao lado de Israel. Por exemplo, os países no Golfo, como a Arábia Saudita, Omã, Bahrein, Quatar, Egipto estão ameaçados pela vontade de dominar do Irão. Porque o Irão não quer só destruir Israel, também quer dominar todo o mundo muçulmano.
"O Irão não é um problema só do Médio Oriente"
Que papel podem os países da América Latina desempenhar nesta crise?
Há uma tentativa recente do Irão se infiltrar na América Latina. E países como a Venezuela ajudam-nos nessa tentativa. Há outros países a alinhar ao lado da Venezuela. Esta é uma nova região, onde o Irão pensa que se pode infiltrar e aumentar a sua esfera de influência. Se isso acontecer cria outra ameaça, outro perigo. E é isso que estou a falar. O Irão não é um problema só da bacia do Mediterrâneo e do Médio Oriente. Vai muito para além destas fronteiras. Este é um perigo maior para os EUA, porque a América Latina está mais perto.
Qual é a primeira coisa que o Irão precisa de fazer para melhorar a relação com Israel?
Acordar amanhã de manhã e dizer isto é um disparate, cometemos um erro. Temos tanto petróleo, que não precisamos... O que eles dizem é que precisam do programa nuclear para ter outro meio de energia. Mas para que precisam de outro meio de energia qando têm petróleo até ao pescoço?
Vamos agora falar um pouco da relação de Israel com os EUA. Os dois países têm novos governos. As duas administrações estão mais distantes do que estavam as anteriores. O seu país sente-se desapoiado?
Os EUA são o aliado mais forte de Israel. Israel é o aliado mais próximo dos EUA. Não posso dizer o mais forte porque somos um país muito pequeno, mais pequeno que Portugal. Somos sete milhões em vinte mil km2 vocês são muito maiores tanto em território como em população. No entanto, não temos de concordar em todas as questões. Discordamos dos EUA desde o início do Estado de Israel em 1948. Esta não é a primeira vez e tenho uma surpresa para si não será a última. Somos um país soberanos temos direito às nossas opiniões. E os EUA são também um país soberano que tem o direito de tentar influenciar-nos. Mesmo assim, quando discutimos chegamos a um denominador comum e compreendemo-nos.
"EUA foram, são e continuarão a ser o maior e mais forte aliado e amigo de Israel"
Depois do discurso de Barack Obama na Universidade do Cairo, no qual, o Presidente americano voltou a afirmar que a paz entre Israel e Palestina está no centro das suas prioridades, a extrema-direita e os colonos judeus encheram as ruas com imagens de Obama de keffiyeh [lenço árabe usado como sinal de apoio à causa palestiniana]. Os israelitas consideram este o Presidente amigo dos palestinianos?
Você disse-o na sua pergunta alguns elementos radicais. Todas as sociedades têm elementos radicais. E os extremistas não representam a maioria. Obama é o Presidente dos EUA e os EUA foram, são e continuarão a ser o maior e mais forte aliado e amigo de Israel.
As declarações do primeiro-ministro israelita sobre a criação de um estado israelita não dão muito mais aos palestinianos do que eles têm agora.
Não concordo. Digo-lhe onde está o maior erro nessa afirmação: o líder da direita em Israel, não da esquerda nem do centro, o líder da direita vem e diz publicamente que acredita numa solução de dois Estados. Agora temos de negociar e chegar a um consenso sobre o tipo de Estado que seria. Que características este Estado independente teria para poder viver em paz e harmonia, ao mesmo tempo, que não ponha em risco o meu dia-a-dia enquanto judeu.
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Re: Embaixador de Israel em Portugal ,,in Expresso
por Admin Dom Ago 09, 2009 1:13 am
Que características este Estado independente teria para poder viver em paz e harmonia, ao mesmo tempo, que não ponha em risco o meu dia-a-dia enquanto judeu.
enquanto Judeu ,,,,,,,????????????????????????????????????
Porque Judeu e nao so e apenas Israelita onde caibam todos os credos
Voltamos á Africa do Sul ao apartahid
????????????????????'
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Re: Embaixador de Israel em Portugal ,,in Expresso
por RONALDO ALMEIDA Dom Ago 09, 2009 1:30 am
FORCA ISRAEL!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos