O exemplo de Genéve ....
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O exemplo de Genéve ....
O exemplo de Genéve
Luiz Carvalho
Expresso
Não vinha a Genéve desde 1993. Encontrei hoje a mesma cidade. Calma, diversa em gentes e culturas, activa, movimentada e organizada. Mas não encontrei estaleiros, obras faraónicas, ruas com polícias em segways, brigadas de caça à multa, arrogância municipal.
Em Genéve os passeios são em placas de cimento, as esplanadas assentam no alcatrão das ruas, os jardins estão tratados com crianças a brincarem na relva, adultos a namorarem, mães com muitos filhos, carroceis...há vida nesta cidade. Há janelas iluminadas no bairro antigo, movimento. Esta cidade palpita, embora haja carros em todas as ruas a circular, ao lado de tipos em patins, muitas bicicletas, muitas scooters, motas potentes, eléctricos rápidos sempre a circularem cheios de gente.
Há pequeno comércio, lojas pequenas e decadentes ao lado de lojas de marca, livrarias, retalho de roupas, lojas de conveniência. Tudo na mesma rua.
Genéve não precisa de gastar 5o milhões em ciclovias para palermas andarem armados em saudáveis ao domingo. Em Genéve um senhor de fato e gravata passou por mim a pedalar, mas é possível encontrá-lo mais tarde a guiar um Mercedes. É uma cidade de liberdade, aberta, tolerante. Há centenas de motas espalhados pelos passeios sem incomodarem os peões, e não são multadas, nem a edilidade precisou de gastar milhões a fazer parqueamentos para motas, embora os haja também.
Não consta que aqui estejam a discutir se o repuxo devia ser a cores ou se os barcos deviam transportar contentores ou se deveria haver uma portagem à entrada do túnel que vem de França.
Os portugueses autarcas, essa peste da democracia que vive a gastar o dinheiro dos nossos brutais impostos, devia aprender com humildade, competência e bom senso, como se gere uma cidade e como os cidadãos devem estar na primeira e única prioridade na governação.
Uma cidade amiga dos utilizadores, e não uma cidade para entreter palermas que plantam malmequeres e que querem apanhar berbigão nas margens do Tejo! Uma cidade para viver e não para servir de stand de carros e de pista de fórmula 1! Autarcas para pensarem a cidade e não fazerem dela trampolim para a grande cena governamental.
Se os portugueses viajassem não admitiriam nunca mais esta classe parasitária que esbanja em rotundas e em mármore, o que na Europa rica e civilizada se resolve com soluções simples, baratas, funcionais e que não agridem quem quer circular na urbe.
Somos demasiado bacocos e novos-ricos para percebermos que o Estado não pode gastar o nosso dinheiro em obras que mais não são propaganda para papalvos apoiarem em nome da competência.
Em Genéve os passeios são em placas de cimento, as esplanadas assentam no alcatrão das ruas, os jardins estão tratados com crianças a brincarem na relva, adultos a namorarem, mães com muitos filhos, carroceis...há vida nesta cidade. Há janelas iluminadas no bairro antigo, movimento. Esta cidade palpita, embora haja carros em todas as ruas a circular, ao lado de tipos em patins, muitas bicicletas, muitas scooters, motas potentes, eléctricos rápidos sempre a circularem cheios de gente.
Há pequeno comércio, lojas pequenas e decadentes ao lado de lojas de marca, livrarias, retalho de roupas, lojas de conveniência. Tudo na mesma rua.
Genéve não precisa de gastar 5o milhões em ciclovias para palermas andarem armados em saudáveis ao domingo. Em Genéve um senhor de fato e gravata passou por mim a pedalar, mas é possível encontrá-lo mais tarde a guiar um Mercedes. É uma cidade de liberdade, aberta, tolerante. Há centenas de motas espalhados pelos passeios sem incomodarem os peões, e não são multadas, nem a edilidade precisou de gastar milhões a fazer parqueamentos para motas, embora os haja também.
Não consta que aqui estejam a discutir se o repuxo devia ser a cores ou se os barcos deviam transportar contentores ou se deveria haver uma portagem à entrada do túnel que vem de França.
Os portugueses autarcas, essa peste da democracia que vive a gastar o dinheiro dos nossos brutais impostos, devia aprender com humildade, competência e bom senso, como se gere uma cidade e como os cidadãos devem estar na primeira e única prioridade na governação.
Uma cidade amiga dos utilizadores, e não uma cidade para entreter palermas que plantam malmequeres e que querem apanhar berbigão nas margens do Tejo! Uma cidade para viver e não para servir de stand de carros e de pista de fórmula 1! Autarcas para pensarem a cidade e não fazerem dela trampolim para a grande cena governamental.
Se os portugueses viajassem não admitiriam nunca mais esta classe parasitária que esbanja em rotundas e em mármore, o que na Europa rica e civilizada se resolve com soluções simples, baratas, funcionais e que não agridem quem quer circular na urbe.
Somos demasiado bacocos e novos-ricos para percebermos que o Estado não pode gastar o nosso dinheiro em obras que mais não são propaganda para papalvos apoiarem em nome da competência.
Luiz Carvalho
Expresso
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