Manuela Ferreira Leite sacode pressão de Belém

Manuela Ferreira Leite sacode pressão de Belém
22.09.2009 - 14h13 Filomena Fontes, Nuno Simas
As escutas de Belém continuam no rasto da campanha social-democrata, que hoje mergulha no distrito de Braga, com a líder do PSD a deixar um aviso à navegação. A asfixia democrática continuará no topo da sua agenda de campanha, aconteça o que acontecer. “Mantenho exactamente tudo o que disse, não tenciono alterar uma vírgula e vou repetir [as denúncias de asfixia democrática] até à exaustão”, declarou Manuela Ferreira Leite aos jornalistas, no final de uma visita à fàbrica Sampedro, em Guimarães.

Logo pela manhã Pacheco Pereira, no seu blogue Abrupto, reclamou do Presidente da República uma explicação ainda antes do final da campanha, sobre as circunstâncias que rodearam o caso das escutas a Belém e, ontem, a demissão do seu assessor Fernando Lima. Ferreira Leite Não vai por esse caminho e diz tratar-se de “um problema com o senhor Presidente da República”. “Eu não interfiro nas decisões do senhor Presidente da República”, acrescentou. Sacudindo a pressão, avisou que não se deixará condicionar por nada e que a campanha seguirá o seu rumo que é o de esclarecer os portugueses sobre as políticas erradas do Governo socialista. Manuela Ferreira Leite evitou tomar posição sobre se as suspeitas das escutas na Presidência configuravam um caso de asfixia democrática. “Não tenho elementos suficientes para poder pronunciar-me”, disse.

Do que não tem dúvidas é que há asfixia democrática quando se perseguem empresários por não irem a determinadas reuniões, quando se apoiam empresários em função das suas posições favoráveis ao Governo, quando há 12 mil funcionários com queixas na Provedoria de Justiça “por se sentirem com retaliações”, ou quando as pessoas não têm a sua liberdade assegurada. Estas são as denúncias que o PSD promete repetir “até à exaustão”.

A crise nos têxteis e a ameaça do aumento do desemprego na região serviram para o administrador da Sampedro, José Pedro Machado, alertar Ferreira Leite para a urgência de um plano que dê resposta ao desemprego. “Se cortarem os subsídios temos de arranjar um plano para essa gente”, os desempregados e suas famílias. Mais duro nas críticas ao Governo foi o presidente da Federação Portuguesa das Indústrias Têxteis, queixou-se da falta de apoios do executivo. “O que temos até hoje recebido é promessas. Basicamente têm sido pacotes que têm resolvido os problemas financeiros da banca e pouco têm chegado às empresas. E a prova é que as empresas se debatem com condições gravíssimas de falta de financiamento, o que torna mais difícil a sua sobrevivência”, queixou-se. Por isso, defendeu que ser “obrigação do futuro Governo” tratar este sector “de forma diferente”.

Ferreira Leite mostrou apreensiva com “tudo isto” e defendeu um projecto integrado para a indústria têxtil, sem o qual dificilmente as empresas poderão ter condições para competir ao nível europeu.

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Comentário 22.09.2009 - 16h07 - R.Gera, Vila real
22.09.2009 - 16h04 - teresa, Anadia -Ó Teresinha?? Socrates mostrou-se sempre muito PRAFRENTEX ..e....`pôs o nosso país a andar para trás a grande velocidade..
Comentário 22.09.2009 - 16h07 - Timóteo Lacerda de Albuquerque, Figueira da Foz
A inépcia do gesto de Cavaco Silva em afastar Fernando Lima antes das eleições permite uma interpretação simples, generalizada, que joga contra o PSD e a sua teoria da «asfíxia democrática», e a favor dos que rebatem e menorizam tal teoria. Temo que o Público tenha sido testado e usado (de modo cúmplice ou não) como mero rastilho da presidência da república num jogo que obviamente não dominam. O PSD têm a «agradecer» ao Público e a Belém o ricochete sobre a sua estratégia de campanha eleitoral, que sucede agora motivo de zombaria.
Comentário 22.09.2009 - 16h06 - Anónimo, Lisboa
Que são investimentos produtivos de efeitos imediatos?????? Serão obras e mais obras para portugues ver , e os patos bravos fugirem ao fisco, para alimentarem com malas de dinheiros os cofres do Preto ? É isso que querem os laranjas? Um país onde a corrupção será um modo de vida e de status? Nós os verdadeiros Portugueses queremos , um Pais do sec. XXI com infraestruturas modernas , tecnologia de ponta e portugueses instruídos , ao contrário dos laranjinhas que gostam muito de burros a votar neles .
Comentário 22.09.2009 - 16h05 - júlio, braga
Que argumentos mentirosos! Asfixia democrática vive-se no Público! Porque Cavaco Silva não diz nada, mesmo com a tentativa de influenciar as eleições a seu favor?! É pura manipulação! Eu bem sei que Ferreira Leite jamais faria alguma coisa pelo país! Mas se a mesma ganha as eleições, é para a Espanha que me mudo, para longe dos atrasadinhos que ainda votam PSD!
Comentário 22.09.2009 - 16h05 - Jorge Melro, Luanda
Ó anónimo, por que é que você não avança é contra os canhões? Vá ali à Linha, à Artilharia de Costa, meta-se na boca dum e depois se quiser, eu vou aí disparar.