Gato Fedorento faz paródia com caso das escutas

Gato Fedorento faz paródia com caso das escutas

Ontem



O último programa do Gato Fedorento Esmiúça Sufrágios começou por
parodiar o caso das escutas em Belém tendo a capa do DN no cenário e a
frase ?Escuta, põe-te na rua?.
O
entrevistador de serviço dos Gato Fedorento, Ricardo Araújo Pereira,
começou o programa de ontem concluindo que “mais uma vez pessoas que
colocavam na comunicação social noticias que aborreciam José Sócrates
acabam despedidas”.O humorista referia-se ao caso das (alegadas)
escutas na Casa Civil da Presidência da República, e “ainda dizem que
não há cooperação entre São Bento e Belém”, referiu.Enquanto
isso, o sofisticado pantomineiro Miguel Gois, à porta da residência
oficial do Presidente da República, “cumprindo a regra que obriga os
jornalistas a ir para o portão dos sítios onde terá acontecido qualquer
coisa” mas como é óbvio no momento da reportagem já não acontece nada,
nada viu.Contudo, considerou que “o Presidente é sempre
implacável nestes casos. Quando alguém da sua confiança se envolve num
escândalo, Cavaco Silva afasta-o imediatamente... a não ser que ele
faça parte do Conselho de Estado. Aí ainda se aguenta alguns meses”.Então Cavaco Silva não tolerou que Fernando Lima tenha tentado colocar a notícia num jornal?, questionou Ricardo Araújo Pereira.“Não.
Isso tolerou bem! Não tolerou foi que tivesse sido apanhado”. E
aproveitou para montar uma armadilha ao primeiro-ministro colocando, em
plena campanha eleitoral, “mais uma pessoa no desemprego”, respondeu
Miguel Gois.A encerrar a paródia ao caso das escutas aparece
Alberto João Jardim a afirmar que “ o senhor Presidente da República é
das poucas referência decentes que ainda há neste país”. Para depois de
o apontar como modelo de decência se contradizer apreciando “o
comportamento do senhor Silva” um caso de “expulsão” do PSD aquando das
considerações de Cavaco Silva sobre Santana Lopes.