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Norcaça 2009

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Mensagem por Joao Ruiz Sex Out 23, 2009 11:01 am

Norcaça 2009

Norcaça 2009 Caseiro_rosto2_ap

«Temos que gerir a caça como um negócio»

Após o ordenamento do território, falta apostar na formação e na profissionalização para transformar a caça numa verdadeira fonte de riqueza para as populações.

É esta a convicção do vice-presidente da Câmara Municipal de Bragança, Rui Caseiro, que apela à participação de todos no Seminário Norcaça 2009, que decorre na próxima 6ª feira, pelas 21horas, no auditório do NERBA (ver programa na pág. seguinte).

Para o autarca, o facto da região estar praticamente ordenada não significa ter mais e melhor caça, nem planos de gestão cinegética elaborados de forma profissional e eficaz. “Temos espaços onde a caça tem um dono, mas esse dono ainda não fez o suficiente para ter uma oferta mais atractiva e competitiva, capaz de atrair mais gente do que o território vizinho”, lamenta Rui Caseiro.
Na óptica do autarca, há que identificar as espécies para saber o que se vai caçar ou que não se pode caçar. “Em comparação com o Alentejo temos excelentes condições de terrenos, maior diversidade de alimento para os animais e donos das terras receptivos à presença dos caçadores. Falta-nos é gerir a caça como um negócio que tem que ser rentável e criar postos de trabalho, pois todos têm que ganhar, desde a aldeia com os produtos que vende aos restaurantes e hotéis”, alega o responsável.
A realidade, no entanto, dá conta de um desaproveitamento destas condições naturais.
“Há caçadores que vinham para cá há 20 anos atrás que hoje vão para Espanha ou Alentejo, porque sabem que caçam. Aqui às vezes andam o dia inteiro, não vêem caça e nem têm oportunidade de dar um tiro. Temos que dar a volta a isto, tornando a nossa caça mais atractiva”, considera Rui Caseiro.
As Federações das Associações de Caçadores têm um papel decisivo na prossecução destes objectivos, principalmente na cedência de apoio técnico às suas associadas. “Não podemos ter Federações só para tirar licenças de caça”, observa o autarca.

“Há caçadores que vinham para cá há 20 anos atrás e que hoje vão para Espanha ou Alentejo”

Tendo em conta que há cada vez mais terrenos agrícolas por cultivar, a tarefa das zonas de caça ainda é mais decisiva. “Antes as terras estavam mais cultivadas e havia mais alimento para a caça menor. As pessoas iam mais para o campo e limpavam os bebedouros. Hoje já não é assim, pelo que a gestão da zona de caça tem que ter conhecimento técnico e cientifico para fazer as sementeiras certas e no local certo, bebedouros e refúgios”, sustenta o responsável.
Para tal, é preciso que os gestores façam mais gestão, e de forma profissional. “Só temos profissionais nas zonas de caça turísticas, pois as associativas e as municipais não têm conseguido gerar recursos para profissionalizar a gestão”, reconhece o vice-presidente da CMB.

Zona de Caça da Lombada:
potencial continua por explorar

Para ganhar escala e garantir sustentabilidade financeira, o autarca defende o agrupamento de zonas de caça, a par da elaboração de planos de gestão conjuntos. “Em zonas de caça sem dimensão é impossível criar zonas de refúgio ou de repovoamento, é impossível interditar a caça em determinada área. Ou seja, é impossível cumprir um plano de gestão”, alega Rui Caseiro.

Infelizmente, o caminho tem sido o inverso e, no lugar de zonas de caça com dimensão e capacidade para contratar um gestor profissional, assiste-se à divisão do que já está feito. “A Zona de Caça Municipal da Nogueira, por exemplo, foi dividida em 5-6 zonas, tal como também houve divisões na Zona de Caça Municipal do Sabor, que tinha 2 freguesias, hoje só tem uma e até essa já foi dividida”, constata o autarca.

Este ano, a tutela autorizou a caça de 5 veados na Zona de Caça Nacional da Lombada, mas sabe-se que há potencial para mais. Para ter certezas, os serviços oficiais já estiveram a fazer levantamento das populações de veados e aguardam-se medidas ao nível da exploração cinegética, que não tem conhecido grandes avanços. “A Zona de Caça da Lombada tem condições para atrair caçadores de todo o País e render mais em termos de actividade económica. Tem diversidade de espécies e dimensão, 20 mil hectares, para ser auto-sustentável”, defende Rui Caseiro.

A CMB continua a manifestar a sua disponibilidade para colaborar com o modelo de gestão, atendendo ao peso da caça no município. “Quando lançámos esta feira foi para potenciar este recurso. Esta vai para 8ª edição e houve várias localidades do género que ficaram pelo caminho passado 1 ano ou 2. Não é fácil mantê-la com o nível que nós temos e com um orçamento de 66 mil euros”, considera o autarca.

Jornal Nordeste, 2009-10-23

Norcaça 2009 Argue

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