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A guer­ra se­cre­ta

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Mensagem por Vitor mango Seg Out 26, 2009 1:36 am

A guer­ra se­cre­ta

HERBERT MORAES é correpondente da TV Record em Israel.
As úl­ti­mas ex­plo­sões no Lí­ba­no são ape­nas mais al­guns ca­pí­tu­los nu­ma guer­ra de in­te­li­gên­cia que acon­te­ce nos sub­ter­râ­ne­os do Ori­en­te Mé­dio

Uma ex­plo­são que se ou­viu em boa par­te da Ga­li­léia, re­gi­ão nor­te de Is­ra­el que faz fron­tei­ra com o Lí­ba­no. Foi há dez di­as. Era um de­pó­si­to de ar­mas do Hizbollah. O se­gun­do que vai pe­los ares nos úl­ti­mos cin­co mes­es. Os li­ba­nes­es afir­mam que es­se ti­po de ação é is­ra­e­len­se. Is­ra­el não diz que sim nem que não, mas acu­sa, des­de o fim da guer­ra, o gru­po xi­i­ta li­ba­nês, de que os de­pó­si­tos de ar­mas no sul do Lí­ba­no es­tão abar­ro­ta­dos de mís­seis. Se­gun­do es­pe­cia­lis­tas são pe­lo me­nos 100 mil. A mu­ni­ção vem do Irã e che­ga ao Lí­ba­no com a aju­da da Sí­ria.

Is­so é que se sa­be, o que po­de ser di­vul­ga­do e que che­ga até nós por meio da mí­dia. Mas nos bas­ti­do­res Is­ra­el, Lí­ba­no, Sí­ria, Irã e o Hizbollah já es­tão em guer­ra. Um con­fron­to que de vez em quan­do vem à to­na. Na ver­da­de, es­sa é uma guer­ra que acon­te­ce to­dos os di­as e a to­da ho­ra.

No dia 12 de fe­ve­rei­ro de 2007 uma ex­plo­são gi­gan­tes­ca abriu uma cra­te­ra no cen­tro de Da­mas­co, na Sí­ria. Quem foi ver o que acon­te­ceu na Rua Nis­san, nú­me­ro 17 viu uma imen­sa bo­la de fo­go. Re­sul­ta­do de ex­plo­si­vos co­lo­ca­dos no ji­pe de Imad Mug­niyah, um dos integrantes mais im­por­tan­tes do gru­po xi­i­ta, con­si­de­ra­do o co­man­dan­te das for­ças de in­te­li­gên­cia do Hizbollah.

Mohamed Azakir/Reuters
Militar libanês próximo ao local da explosão, no Líbano: quem está ganhando a guerra?
Um di­plo­ma­ta eu­ro­peu cer­ta vez des­cre­veu que o hor­ror des­te as­sas­si­na­to, que foi atri­bu­í­do ao Mos­sad, o ser­vi­ço se­cre­to is­ra­e­len­se, tam­bém pô­de ser vis­to não so­men­te nos olhos do Hizbollah, do Ha­más e do Ji­had is­lâ­mi­ca. A ex­plo­são da Rua Nis­san em­ba­ra­çou tam­bém os olhos dos mem­bros do Mi­nis­té­rio da De­fe­sa e da In­te­li­gên­cia sí­ria. Eles en­ten­de­ram que se Mugniyah, que era o che­fe do Ser­vi­ço de In­te­li­gên­cia, foi fei­to em pe­da­ci­nhos no cen­tro da ci­da­de mais se­gu­ra da re­gi­ão, en­tão não há li­mi­tes pa­ra ou­tras ações co­mo es­ta na Rua Nis­san, nú­me­ro 17. Es­te é o en­de­re­ço da se­de da agên­cia atô­mi­ca da Sí­ria, que de­ve­ria ser sec­re­to. Um com­ple­xo gi­gan­tes­co, on­de tra­ba­lham cen­te­nas de pes­so­as. Há cin­co mes­es eles es­ta­vam ali quan­do se­te ca­ças F-16 is­ra­e­len­ses trans­for­ma­ram em po­ei­ra os so­nhos da Sí­ria em cons­tru­ir uma bom­ba atô­mi­ca com a aju­da da Co­réia do Nor­te.

Foi nes­sa on­da de as­sas­si­na­tos que os ser­vi­ços de se­gu­ran­ça in­ter­na e de­fe­sa da Sí­ria, do Lí­ba­no e do Hizbollah ini­ci­a­ram uma var­re­du­ra vi­o­len­ta e agres­si­va em bus­ca dos as­sas­si­nos e de pro­vas que in­cri­mi­nem quem va­zou as in­for­ma­ções “se­cre­tas”, co­mo a lo­ca­li­za­ção da usi­na e o pa­ra­dei­ro de Mugniyah. Nes­ses dois fronts o mis­té­rio con­ti­nua pa­ra as três par­tes in­te­res­sa­das: Sí­ria, Irã e o Hizbollah.

Os ira­nia­nos e a Sí­ria sem­pre se sen­ti­ram ame­a­ça­dos pelo ser­vi­ço se­cre­to is­ra­e­len­se. Na dé­ca­da de 60, os sí­rios des­co­bri­ram em mui­tas oca­si­ões es­tra­nhos ob­je­tos plan­ta­dos nos sub­ter­râ­ne­os de pré­di­os ofi­ciais. Quan­do fo­ram des­mon­tar a pa­ra­fer­ná­lia, tu­do ex­plo­diu. E os téc­ni­cos em des­mon­ta­gem aca­ba­ram mor­tos. Em mar­ço de 1978 os sí­rios en­con­tra­ram um sis­te­ma de ca­bos de te­le­fo­nes que co­nec­ta­vam uma ba­se mi­li­tar ao cen­tro do ser­vi­ço se­cre­to em Da­mas­co. Ou­tros 12 téc­ni­cos tam­bém mor­re­ram com a ex­plo­são que se se­guiu ao cor­ta­rem os ca­bos.

Mas is­so não acon­te­ce so­men­te na Sí­ria. No mu­seu Guer­ra de Ou­tu­bro, no Cai­ro, há um sis­te­ma de co­mu­ni­ca­ções por te­le­fo­ne em ex­po­si­ção que os egíp­cios ga­ran­tem que é de au­to­ria is­ra­e­len­se.

A on­da de ações co­mo o do re­a­tor sí­rio, o as­sas­si­na­to de Mugniyah, o ata­que a um com­boio de ar­ma­men­tos do Irã pa­ra o Ha­más via Su­dão, e ou­tros in­ci­den­tes fi­ze­ram com que to­dos es­ses paí­ses se sen­tis­sem tran­spa­ren­tes pa­ra os ser­vi­ços de in­te­li­gên­cia de Is­ra­el. Hizbollah, o ser­vi­ço de se­gu­ran­ça in­ter­na do Lí­ba­no, os ira­nia­nos e os sí­rios ago­ram bus­cam iden­ti­fi­car as fon­tes que aju­da­ram Is­ra­el. Si­mul­ta­ne­men­te, os li­ba­nes­es re­ce­be­ram nos úl­ti­mos mes­es trei­na­men­to e as­sis­tên­cia téc­ni­ca dos ame­ri­ca­nos, que ago­ra lhes dão ca­pa­ci­da­de tec­no­ló­gi­ca pa­ra des­co­brir es­pi­ões.

Mas en­tão quem es­tá ga­nhan­do es­sa guer­ra? Se Is­ra­el es­ti­ver re­al­men­te por trás dos ser­vi­ços de es­pi­o­na­gem ex­pos­tos no Lí­ba­no e di­ver­sas ações que os ou­tros paí­ses afir­mam, en­tão Je­ru­sa­lém es­tá le­van­do a me­lhor.
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Mensagem por Vitor mango Seg Out 26, 2009 1:40 am

os li­ba­nes­es re­ce­be­ram nos úl­ti­mos mes­es trei­na­men­to e as­sis­tên­cia téc­ni­ca dos ame­ri­ca­nos, que ago­ra lhes dão ca­pa­ci­da­de tec­no­ló­gi­ca pa­ra des­co­brir es­pi­ões.
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