A guerra secreta
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A guerra secreta
A guerra secreta
HERBERT MORAES é correpondente da TV Record em Israel.
As últimas explosões no Líbano são apenas mais alguns capítulos numa guerra de inteligência que acontece nos subterrâneos do Oriente Médio
Uma explosão que se ouviu em boa parte da Galiléia, região norte de Israel que faz fronteira com o Líbano. Foi há dez dias. Era um depósito de armas do Hizbollah. O segundo que vai pelos ares nos últimos cinco meses. Os libaneses afirmam que esse tipo de ação é israelense. Israel não diz que sim nem que não, mas acusa, desde o fim da guerra, o grupo xiita libanês, de que os depósitos de armas no sul do Líbano estão abarrotados de mísseis. Segundo especialistas são pelo menos 100 mil. A munição vem do Irã e chega ao Líbano com a ajuda da Síria.
Isso é que se sabe, o que pode ser divulgado e que chega até nós por meio da mídia. Mas nos bastidores Israel, Líbano, Síria, Irã e o Hizbollah já estão em guerra. Um confronto que de vez em quando vem à tona. Na verdade, essa é uma guerra que acontece todos os dias e a toda hora.
No dia 12 de fevereiro de 2007 uma explosão gigantesca abriu uma cratera no centro de Damasco, na Síria. Quem foi ver o que aconteceu na Rua Nissan, número 17 viu uma imensa bola de fogo. Resultado de explosivos colocados no jipe de Imad Mugniyah, um dos integrantes mais importantes do grupo xiita, considerado o comandante das forças de inteligência do Hizbollah.
Mohamed Azakir/Reuters
Militar libanês próximo ao local da explosão, no Líbano: quem está ganhando a guerra?
Um diplomata europeu certa vez descreveu que o horror deste assassinato, que foi atribuído ao Mossad, o serviço secreto israelense, também pôde ser visto não somente nos olhos do Hizbollah, do Hamás e do Jihad islâmica. A explosão da Rua Nissan embaraçou também os olhos dos membros do Ministério da Defesa e da Inteligência síria. Eles entenderam que se Mugniyah, que era o chefe do Serviço de Inteligência, foi feito em pedacinhos no centro da cidade mais segura da região, então não há limites para outras ações como esta na Rua Nissan, número 17. Este é o endereço da sede da agência atômica da Síria, que deveria ser secreto. Um complexo gigantesco, onde trabalham centenas de pessoas. Há cinco meses eles estavam ali quando sete caças F-16 israelenses transformaram em poeira os sonhos da Síria em construir uma bomba atômica com a ajuda da Coréia do Norte.
Foi nessa onda de assassinatos que os serviços de segurança interna e defesa da Síria, do Líbano e do Hizbollah iniciaram uma varredura violenta e agressiva em busca dos assassinos e de provas que incriminem quem vazou as informações “secretas”, como a localização da usina e o paradeiro de Mugniyah. Nesses dois fronts o mistério continua para as três partes interessadas: Síria, Irã e o Hizbollah.
Os iranianos e a Síria sempre se sentiram ameaçados pelo serviço secreto israelense. Na década de 60, os sírios descobriram em muitas ocasiões estranhos objetos plantados nos subterrâneos de prédios oficiais. Quando foram desmontar a parafernália, tudo explodiu. E os técnicos em desmontagem acabaram mortos. Em março de 1978 os sírios encontraram um sistema de cabos de telefones que conectavam uma base militar ao centro do serviço secreto em Damasco. Outros 12 técnicos também morreram com a explosão que se seguiu ao cortarem os cabos.
Mas isso não acontece somente na Síria. No museu Guerra de Outubro, no Cairo, há um sistema de comunicações por telefone em exposição que os egípcios garantem que é de autoria israelense.
A onda de ações como o do reator sírio, o assassinato de Mugniyah, o ataque a um comboio de armamentos do Irã para o Hamás via Sudão, e outros incidentes fizeram com que todos esses países se sentissem transparentes para os serviços de inteligência de Israel. Hizbollah, o serviço de segurança interna do Líbano, os iranianos e os sírios agoram buscam identificar as fontes que ajudaram Israel. Simultanemente, os libaneses receberam nos últimos meses treinamento e assistência técnica dos americanos, que agora lhes dão capacidade tecnológica para descobrir espiões.
Mas então quem está ganhando essa guerra? Se Israel estiver realmente por trás dos serviços de espionagem expostos no Líbano e diversas ações que os outros países afirmam, então Jerusalém está levando a melhor.
HERBERT MORAES é correpondente da TV Record em Israel.
As últimas explosões no Líbano são apenas mais alguns capítulos numa guerra de inteligência que acontece nos subterrâneos do Oriente Médio
Uma explosão que se ouviu em boa parte da Galiléia, região norte de Israel que faz fronteira com o Líbano. Foi há dez dias. Era um depósito de armas do Hizbollah. O segundo que vai pelos ares nos últimos cinco meses. Os libaneses afirmam que esse tipo de ação é israelense. Israel não diz que sim nem que não, mas acusa, desde o fim da guerra, o grupo xiita libanês, de que os depósitos de armas no sul do Líbano estão abarrotados de mísseis. Segundo especialistas são pelo menos 100 mil. A munição vem do Irã e chega ao Líbano com a ajuda da Síria.
Isso é que se sabe, o que pode ser divulgado e que chega até nós por meio da mídia. Mas nos bastidores Israel, Líbano, Síria, Irã e o Hizbollah já estão em guerra. Um confronto que de vez em quando vem à tona. Na verdade, essa é uma guerra que acontece todos os dias e a toda hora.
No dia 12 de fevereiro de 2007 uma explosão gigantesca abriu uma cratera no centro de Damasco, na Síria. Quem foi ver o que aconteceu na Rua Nissan, número 17 viu uma imensa bola de fogo. Resultado de explosivos colocados no jipe de Imad Mugniyah, um dos integrantes mais importantes do grupo xiita, considerado o comandante das forças de inteligência do Hizbollah.
Mohamed Azakir/Reuters
Militar libanês próximo ao local da explosão, no Líbano: quem está ganhando a guerra?
Um diplomata europeu certa vez descreveu que o horror deste assassinato, que foi atribuído ao Mossad, o serviço secreto israelense, também pôde ser visto não somente nos olhos do Hizbollah, do Hamás e do Jihad islâmica. A explosão da Rua Nissan embaraçou também os olhos dos membros do Ministério da Defesa e da Inteligência síria. Eles entenderam que se Mugniyah, que era o chefe do Serviço de Inteligência, foi feito em pedacinhos no centro da cidade mais segura da região, então não há limites para outras ações como esta na Rua Nissan, número 17. Este é o endereço da sede da agência atômica da Síria, que deveria ser secreto. Um complexo gigantesco, onde trabalham centenas de pessoas. Há cinco meses eles estavam ali quando sete caças F-16 israelenses transformaram em poeira os sonhos da Síria em construir uma bomba atômica com a ajuda da Coréia do Norte.
Foi nessa onda de assassinatos que os serviços de segurança interna e defesa da Síria, do Líbano e do Hizbollah iniciaram uma varredura violenta e agressiva em busca dos assassinos e de provas que incriminem quem vazou as informações “secretas”, como a localização da usina e o paradeiro de Mugniyah. Nesses dois fronts o mistério continua para as três partes interessadas: Síria, Irã e o Hizbollah.
Os iranianos e a Síria sempre se sentiram ameaçados pelo serviço secreto israelense. Na década de 60, os sírios descobriram em muitas ocasiões estranhos objetos plantados nos subterrâneos de prédios oficiais. Quando foram desmontar a parafernália, tudo explodiu. E os técnicos em desmontagem acabaram mortos. Em março de 1978 os sírios encontraram um sistema de cabos de telefones que conectavam uma base militar ao centro do serviço secreto em Damasco. Outros 12 técnicos também morreram com a explosão que se seguiu ao cortarem os cabos.
Mas isso não acontece somente na Síria. No museu Guerra de Outubro, no Cairo, há um sistema de comunicações por telefone em exposição que os egípcios garantem que é de autoria israelense.
A onda de ações como o do reator sírio, o assassinato de Mugniyah, o ataque a um comboio de armamentos do Irã para o Hamás via Sudão, e outros incidentes fizeram com que todos esses países se sentissem transparentes para os serviços de inteligência de Israel. Hizbollah, o serviço de segurança interna do Líbano, os iranianos e os sírios agoram buscam identificar as fontes que ajudaram Israel. Simultanemente, os libaneses receberam nos últimos meses treinamento e assistência técnica dos americanos, que agora lhes dão capacidade tecnológica para descobrir espiões.
Mas então quem está ganhando essa guerra? Se Israel estiver realmente por trás dos serviços de espionagem expostos no Líbano e diversas ações que os outros países afirmam, então Jerusalém está levando a melhor.
Vitor mango- Pontos : 117569
Re: A guerra secreta
os libaneses receberam nos últimos meses treinamento e assistência técnica dos americanos, que agora lhes dão capacidade tecnológica para descobrir espiões.
Vitor mango- Pontos : 117569
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