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'Elo sexual' pode explicar epidemia fatal em ostras

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'Elo sexual' pode explicar epidemia fatal em ostras Empty 'Elo sexual' pode explicar epidemia fatal em ostras

Mensagem por Admin Qua Ago 06, 2008 1:06 am

'Elo sexual' pode explicar epidemia fatal em ostras

Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil



ostra
Em algumas regiões do país, 100% das larvas não sobreviveram
Pesquisadores franceses acreditam ter desvendado o mistério da doença que vem dizimando grandes quantidades de ostras jovens no país neste verão. Segundo eles, os moluscos foram atacados por um vírus que se desenvolveu graças ao fato de que as ostras utilizaram muita energia para desenvolver seus órgãos sexuais, ficando fracas para se defender de agressões externas.

A taxa de mortalidade registrada das larvas de ostras atingiu entre 40% e 100% em todo o país. De acordo com os especialistas, o alerta já é dado quando o índice alcança 15%.

O vírus OsHV-1 (Ostreid Herpes Virus, que não tem relação nenhuma com a herpes humana) é apontado como a principal causa das mortes, segundo pesquisadores do Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar (Ifremer).

O vírus, conhecido pelos cientistas desde o início dos anos 90, se beneficiou este ano de fatores favoráveis, como as condições climáticas.

Um inverno mais suave e uma primavera chuvosa levaram ao maior desenvolvimento de algas que alimentam as ostras, permitindo o crescimento rápido do molusco, informou à BBC Brasil a assessoria do Ifremer.

“Esse amadurecimento rápido não é necessariamente um elemento positivo porque o animal utiliza muito mais energia para desenvolver seus órgãos sexuais e tem menos condições para se defender”, diz o cientista Tristan Renault, pesquisador do Ifremer.

Crise

A bactéria vibrio splendidus também foi identificada nas ostras mortas e pode ter facilitado a instalação do vírus.

“O fenômeno deste ano é diferente porque todas as áreas produtoras do país foram atingidas ao mesmo tempo e, em algumas, a taxa de mortalidade é elevadíssima, atingindo de 80% a 100%”, diz cientistas.

Pesquisas ainda estão sendo realizadas para identificar a eventual presença de algas tóxicas, que poderia também explicar a morte das larvas.

O pesquisador afirma também que as ostras que não morreram parecem ser resistentes ao vírus e podem atingir a idade adulta sem representar riscos para a saúde humana.

As ostras jovens produzidas este ano serão vendidas em dois ou três anos.

O extermínio de grandes quantidades do molusco está sendo considerado uma "crise gravíssimo" pelo governo francês. Em 21 de agosto, o Ministério da Agricultura e Pesca deve divulgar um balanço sobre o impacto que a mortandade de ostras poderá causar na economia.

A França é o primeiro produtor europeu de ostras e o quarto maior mundial, atrás da China, do Japão e da Coréia do Sul, produzindo 130 mil toneladas do molusco por ano.
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