UMA PERGUNTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

UMA PERGUNTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

O caso Freeport vai ser concluído ou os nossos senhores da toga preferem metê-lo no congelador para voltarem a descongelá-lo em vésperas de eleições?

O que se passa com o caso Freeport é uma vergonha, enquanto era possível lançar suspeitas sobre José Sócrates era uma orgia, não se falava de outra coisa, era um corrupio de magistrados de Lisboa para Londres e de Londres para Lisboa, todos os dias havia uma novidade. Quando se falou que o seu fim estava próximo a TVI encontrou mais motivos de suspeitas e os senhores da toga lá iam outra vez para Londres.

O Procurador-Geral até prometeu que colocaria tudo na internet o que nunca sucedeu, de resto qual o interesse em ir à internet ler coisas desinteressantes quando o SOL e a TVI produziam uma verdadeira telenovela com base num guião de autor desconhecido. Entretanto, as autoridades inglesas arquivaram o caso e por cá ficaram todos atrapalhados.

O que é feito do senhor Cluny que exigia que fossem colocados à disposição do Ministério Público os meios necessários para investigar o caso como deve ser? Porque razão o senhor Palma exige agora o mesmo para o caso Face Oculta e se esqueceu do caso Freeport, ele que até foi falar com o Presidente da República por causa das suspeitas de pressões de Sócrates que ele próprio lançou na comunicação social? O que é feito do processo disciplinar ao magistrado que foi acusado de ter feito pressões sobre os investigadores.

É tempo de os senhores Palma e Pinto Monteiro perceberem que os portugueses não são parvos e querem saber toda a verdade incluindo quanto é que custou ao país este caso. Os portugueses querem saber se estamos perante uma investigação com pés e cabeça ou perante uma conspiração. Além disso há cidadãos que foram constituídos arguidos por suspeita de terem cometido um crime que o próprio Ministério Público ainda não provou.

Termine-se de vez com esta vergonha, está na hora de o Ministério Público mostrar o que fez e, se for caso disso, os seus procuradores responderem pelos seus actos, porque com a democracia não se brinca.

O Jumento