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Coimbra do Choupal e o Mondego que já não é bazofias

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Coimbra do Choupal e o Mondego que já não é bazofias Empty Coimbra do Choupal e o Mondego que já não é bazofias

Mensagem por Vitor mango Qua Dez 16, 2009 2:23 am

Coimbra do Choupal e o Mondego que já não é bazofias

Um meu amigo que veio do Canadá e não ia a Coimbra já
há 6 anos , quando lá chegou telefonou-me encantado
com o que tinha visto
A cidade de Coimbra tinha feito zonas relvadas junto
ao rio Mondego com inúmeras esplanadas e o pessoal
deitado na relva ou bebericando um refresco vivendo
finalmente o rio Mondego agora como parte integrante
da cidade . Ele conhecia a luta gigantesca que tive
nos anos 60 e 70 pelo Vale e pelo Mondego .
Devo informar que vivi em Coimbra desde 1965 até cerca
de 1995 e que conhecia o rio Mondego e o Vale como
ninguém . Conhecia as suas cheias gigantescas e com um
potente barco ( o único existente ) percorria toda a
zona inundada com destaque para Ereira e Montemor –O
Velho
Quando as obras do Mondego começaram a ser feitas
cortaram-se mais de 100.000 arvores com agrado para os
arrozicultores , visto que a partir daí podiam
sobrevoar o vale e descarregar tudo o que fosse
pesticidas . Os engenheiro na altura acharam
igualmente que a obra teria de ser rentabilizada e dai
construíram ao longo do rio um canal com água
disponível para as industrias de celulose da Figueira
da Foz .
Como técnico olhei para tudo aquilo e lancei o meu
grito de alarme .
Há erros técnicos naquela obra ! Como havia altos
interesses no meio de tudo isto foram os “
agricultores “ os primeiros a dizerem que as arvores
estavam a mais no vale e os hidráulicos a informarem
que o rio era mesmo para domesticar e meteram betão
nas margens .
Tinha duas atitudes calar-me ou deixar correr a
ignorância
Fui para os media explicar que o rio seria a partir
daí , um rio encaixotado e a correr num vale careca e
a dizer que a obra iria fazer com que a cidade ficasse
divorciada do seu rio já que a vala das celuloses
impediam, o cidadão de ir até ao Mondego molhar os pés

O REI VAI NU
Já com grande parte do vale barbeado de arvores
surgiram as primeiras pragas nos arrozais , foram os
próprios agricultores que vieram ter comigo e
perceberam que as arvores , e as aves e os corredores
biológicos assim como bosquetes tinham uma importância
vital na fertilidade do vale . No Diário de Coimbra e
na Radio explicava porque .
O Ministro do Ambiente ( o Pimenta ) veio a correr a
Coimbra gritar o que eu tinha gritado . Cuidado !:uma
obra destas tem que ter em atenção o bem estar das
populações e a sua ligação milenar com o seu rio .
E de repente tudo passou a ser ecologia . Na CIC em
1988 fiz uma exposição ecológica para a cidade , onde
e correram milhares de visitantes e até o Professor
Cavaco ( 1º Ministro na altura ) esteve lá assim como
a maioria dos seus ministros

Leiria e o seu Rio

Quando olho para aquele “monstro “ chamado estádio (
desculpem-me a franqueza ) e os parques de
estacionamento os cabelos ficam-me em pé . É natural
que meter um folclórico “ circo “ junto a um monumento
nacional e ocupar um espaço ecologicio vital do rio
,tenha muitos adeptos só que a cidade investiu forte
e feio no “carro “ e não nos cidadãos destruindo o
seu futuro próximo .
Convivi de perto com um dos maiores planeadores de
cidades o Arquitecto Jaime Lenner que dizia sempre :
primeiros cidadãos e só depois os carros
Li a noticia de que vai acabar a Feira de Março e
neste espaço vão começar os “jardins das almuinhas “
( para quando um parque !)
Um parque digno da cidade que leve os Leirienses de
novo para junto do seu rio tal como Coimbra descobriu
agora passados quase 30 anos
Vitor mango
Vitor mango

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