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A fuga para a frente de Sócrates

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A fuga para a frente de Sócrates Empty A fuga para a frente de Sócrates

Mensagem por Viriato Ter Dez 22, 2009 4:37 pm

Não sei se resulta. Mas Sócrates deve pensar que vale a pena tentar. A fuga para a frente. Hoje foi firme quando responde a Louçã dizendo que ninguém está acima da crítica, quando esse o critica por mostrar que tem uma agenda diferente de Cavaco. Essa pode ser feita com mais ou menos elevação. Mas Sócrates não tem outra saída. Tem um Parlamento que perdeu a vergonha e a coerência, votando contra as suas ideologias naturais para derrotar o governo. Tem um PR que não esconde a sua aversão por Sócrates. Sibilino, matreiro, diz que não se mete na esfera das outras competências e, pela calada, morde as canelas. Tem uma Justiça que nunca lhe perdoou terem tirado as férias grandes aos juízes. Tem uma imprensa completamente hostil, falsa, mentirosa que entre outras coisas, também nunca perdoou que lhes tivessem tirado os benefícios muito especiais na saúde, com comparticipações a 100%.

Que queriam que o homem fizesse?? Que se fechasse em S. Bento a chorar?? Optou por seguir em frente e enfrentar os inimigos. Sejam eles quais forem. Pode não ter sorte. Mas mostra coragem. E eu gosto dos governantes corajosos...
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Mensagem por Kllüx Ter Dez 22, 2009 7:53 pm

O úniku problema keu vejo aki & ali (Sókratina & Kavakeira) é ku PR phode demitir o PM e o PM não phode demitir o PR......
Isto era caso para terminar à Fernando Peça: “E esta, hein?!” A fuga para a frente de Sócrates Icon_scratch A fuga para a frente de Sócrates Icon_scratch A fuga para a frente de Sócrates Icon_scratch A fuga para a frente de Sócrates Icon_santa



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Mensagem por Vitor mango Qua Dez 23, 2009 1:41 am

Tem um PR que não esconde a sua aversão por Sócrates. Sibilino, matreiro, diz que não se mete na esfera das outras competências e, pela calada, morde as canelas. Tem uma Justiça que nunca lhe perdoou terem tirado as férias grandes aos juízes.

O problema é que estao ambos no mesmo barco e quando o mar bate no barco kem se pode é o Mexilhao
Vitor mango
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Mensagem por Joao Ruiz Qua Dez 23, 2009 3:42 am

KllüX escreveu:O úniku problema keu vejo aki & ali (Sókratina & Kavakeira) é ku PR phode demitir o PM e o PM não phode demitir o PR......
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Poder... pode, mas não vai fazê-lo e por três ou mais ordens de razões,das quais destaco:

- está já em campanha eleitoral para as próximas presidenciais

- o PSD está em frangalhos

- demitir o PM, seria ir contra a vontade expressa nas urnas e o mais conveniente para José Sócrates, pois é sabido como o eleitorado português reage, ao tipo de de procedimentos que têm vindo a ser adoptados contra ele, sem que qualquer um deles tenha sido dado como verdadeiro.

Cavaco Silva tem demonstrado que não prima, nem pela sagacidade, nem pela subtileza, mas não acredito que se queira suicidar...



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Mensagem por Viriato Qua Dez 23, 2009 4:06 am

KllüX escreveu:O úniku problema keu vejo aki & ali (Sókratina & Kavakeira) é ku PR phode demitir o PM e o PM não phode demitir o PR......
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E era mau????? Cavaco não tem a subtileza de Sampaio que soube gerir bem os timing's da dissolução. Primeiro deixou Santana enterrar-se. Só quando os seus ministros se demitiam sem que o 1º ministro sabesse e o popoléu só sabia através dos jornais é que Sampaio disse "Basta".
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Mensagem por Viriato Qua Dez 23, 2009 4:26 am

Outra análise sobre o assunto. Interessante....

As duas vias de governação e a não neutralidade da escolha

O quadro parlamentar reveste-se de uma dificuldade inaudita. Daí resulta o que o i chamava, na semana passada, de penalização do rating português pelo risco político. Num comentário anterior neste blogue, o JNR defendeu essa mesma percepção. A chicana parlamentar representa um risco acrescido para as agências de rating, agravado pela eventual conflituosidade social que um ajustamento brusco do défice causasse. Em todo o caso, e como argumentei no post anterior, o problema português não é orisco de falta de condições de cumprimento. Vale a pena pensar mais em detalhe nesse outro risco político.

É evidente que o Paulo Pinto Mascarenhas tem razão neste seu artigo, e que o Paulo Pedroso, que ele refere, tem razão na reacção que teve. Aparentemente existe no PS, digo eu, quem ache que uma estratégia, que ontem foi clara, de conflituosidade com Belém (sendo certo, que os passos graves foram dado pelo PR nas vésperas da campanha), e a manutenção de uma crispação parlamentar, a que o estilo de um PSD desnorteado não é alheio, gera uma caldo de cultura que permite suspeitar da vontade de antecipar eleições.



Sejamos claros: eu não retiro uma vírgula ao modo como qualifico a coligação negativa que adiou o Código Contributivo: a conduta do BE e do PCP foi incompreensível. O governo tem toda a razão para não aceitar governar se mesmo depois de uma aprovação do Orçamento de Estado, a oposição insistir em viabilizar medidas que impliquem mudanças drásticas nas perspectivas do défice público. Em tudo isso, o PM está correcto.

Diferente, contudo, é por antecipação, disparar em diversas direcções. Estar em guerra com vários adversários em simultâneo nunca foi uma estratégia bem sucedida. E é óbvio que há, no governo quem pense que possa ser. O cenário é convidativo: o caso Face Oculta está a desvanecer-se, o PR está fragilizado pelo limagate, e os rumores de uma não candidatura existem, e na oposição nem o BE, nem o PCP têm grande interesse em ir a votos. O PSD poderia ter essa veleidade, mas o problema é que isso supunha a existência de um PSD, e não de uma espécie de sete cabeças, cada qual a falar para seu lado. A incapacidade de geração de propostas políticas do PSD, com raíz na sua luta por uma ideologia, leva a deslocar o combate do campo da política para domínios do populismo e da justiça em directo. Este texto de Paulo Tunhas é elucidativo sobre a sobrevivência da própria tese da asfixia.

Além de alguns sectores do PS que imaginem capitalizar, só o PP podia ganhar com esse cenário, pela imagem de oposição responsável que passa muitas vezes, por contraste à crispação do PSD, e na expectativa de capitalizar com a balcanização do PSD. Contudo, acrescento, não vejo o PP envolvido nessa saga.

O calculismo eleitoral de alguns pensadores da estratégia do PS até pode fazer sentido: não há uma alternativa de governo à direita, porque o PSD assusta um morto. A esquerda do PS não tem ganho em credibilidade. Por isso, se for essa a motivação da conduta de alguns sectores do PS, não está necessariamente errada eleitoralmente.

O problema é mais profundo. Esse seria um caminho fácil, mas esbarra no que move muita gente no PS: o interesse nacional. Passaria pela cabeça de alguém, num momento em que a Europa vem da sua maior humilhação geopolítica em Copenhaga, e em que toda a construção em torno do Euro está fragilizada, quando a crise parece ter formas que já nenhuma letra do alfabeto descreve, quando o desemprego passa os 10%, e quando a confiança nas instituições é mínima, que um partido vencedor mantivesse este clima até Março à espera de uma dissolução e de uma nova AR? Eu sempre defendi que a oposição é co-responsável na governabilidade, e não tem assumido esse papel. Mas o Governo é igualmente responsável em centrar a sua atenção nas propostas políticas para o país. Que na esmagadora maioria dos casos, estão no caminho certo: da estratégia de combate ao défice externo, ao apoio aos desempregados, à subida do salário mínimo, existe um excelente elenco de propostas e de pessoas capazes de as executar.

Para isso, exige-se, contudo, o que estou certo, e espero, venha a acontecer. Por um lado, o abandono da tal social-financeirização que debilita a imagem institucional do poder (o caso do BPP ultrapassa a racionalidade), por outro, que o comando estratégico do PS se concentre em fazer o que o PS faz melhor: ser inovador e reformista, permitindo aos seus ministérios e ao PM seguirem o seu rumo programático. Isto é, abandonar algum taticismo, a que me parece que algumas alas têm cedido.

O taticismo conduz à desorientação e o interesse nacional não precisa disso agora. Os quadros e as políticas existem. Deixem que seja a oposição a assumir o ónus da ingovernabilidade, Da forma como feito ontem, a estratégia foi demasiado transparente.

Um nota conclusiva: todos sabemos que Cavaco Silva está na oposição. Mas a esquerda e o PS, em particular, têm uma condição histórica única de quebrar um mandato presidencial: apoiando sem reservas a candidatura que mais capacidade tem de derrotar qualquer candidato de direita. Manuel Alegre, pela sua história e pela sua acção cívica e política, é o polo aglutinador das esquerdas que pode derrotar Cavaco, e pode gerar maior sustentabilidade parlamentar. Digo isto, para que se evite um fraccionamento do PS semelhante ao 2006, um erro brutal, que Portugal paga até hoje. Além do mais, de Cavaco pode ir tratando de acordo com a sua consciência, como sempre fez, Manuel Alegre. O governo não tem que perder tempo com isso. Que o percam as oposições.

publicado por Carlos Santos
Viriato
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