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1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414€/mês

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1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414€/mês Empty 1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414€/mês

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jan 19, 2010 3:11 pm

1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414€/mês

por CÉU NEVES
Hoje

1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414€/mês Ng1244136

Portugal mantém o índice de pobreza de 18%, já depois das transferências sociais.

Em Portugal, 1,9 milhões de pessoas vivem com menos de 414 euros por mês, isto depois de receberem as prestações sociais. São pobres e representam 18% da população nacional, segundo os dados do Eurostat relativos a 2007, ontem divulgados. O País mantém o índice de pobreza de 2006 e continua acima da média europeia, 17%. E se compararmos as franjas etárias - os mais novos e os mais velhos -, a diferença da UE é de três pontos para pior.

O índice de pobreza em Portugal tem vindo a descer, tendo-se situado nos 20% em 2004, 19% em 2005 e 18% em 2006. Esta é a primeira vez em que o número de pobres se mantém, segundo contas do Eurostat de 2008 referentes a 2007 - a pergunta é relativa ao ano anterior à realização do inquérito.

Segundo o sociólogo Bruto da Costa, mais importante do que a diminuição do número de pobres no País é a lentidão com que tem vindo a descer. "A questão está em saber se essa redução é satisfatória e, na minha opinião, é claramente insatisfatória", argumenta o presidente do Conselho Económico Social. Bruto da Costa fez as contas e concluiu que, a este ritmo, chegaríamos a 2015 com um índice de pobreza " bastante elevado para os objectivos do Milénio".

Pobre, segundo o conceito da Comissão Europeia, é toda a pessoa que recebe menos de 60% da mediana dos salários do país onde reside, o que em Portugal significa 5800 euros anuais e representa 414 euros mensais, divididos por 14 meses. Este é um valor difícil de alcançar sobretudo para quem tem menos de 18 anos (23% de pobres neste grupo etário) e mais de 64 (22% são pobres). E mesmo quem tem um emprego pode cair numa situação de pobreza, o que acontece com 12% dos empregados portugueses. A média europeia é de 8% dos trabalhadores.

O indicador de pobreza coloca Portugal numa situação melhor do que a Espanha, a Grécia (ambos com 20% de pobres) e a Itália (19%), mas a comparação não pode ser linear, adverte Bruto da Costa, que explica: "As comparações internacionais não podem disfarçar a realidade. O que é importante é perceber o que é que a pobreza significa na cultura portuguesa e o que é possível fazer com os recursos que temos."

É que o Eurostat também revela que 64% dos portugueses não podem pagar uma semana de férias fora da sua residência, quase o dobro da média europeia (37%). Trinta e cinco por cento não têm dinheiro para aquecimento da casa (9% na UE) e nove por cento não têm carro (igual à média europeia). E quatro por cento dos portugueses não conseguem pagar uma refeição com carne, galinha ou o equivalente em legumes, de dois em dois dias. A média dos 27 é bem mais elevada, 9%.

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1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414€/mês Empty Pedidos por desemprego e créditos aumentam desde 2007

Mensagem por Joao Ruiz Qui Jan 21, 2010 10:04 am

Pedidos por desemprego e créditos aumentam desde 2007

por Lusa
Hoje

1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414€/mês Ng1245111

Os 17 Bancos Alimentares Contra a Fome distribuíram mais de 20 mil toneladas de alimentos em 2009, um aumento de 15 por cento face a 2008, potenciado pela recolha de frutas e por um programa comunitário de apoio a carenciados.

As “pessoas carenciadas” constituem o perfil típico de quem recorre aos Bancos Alimentares, mas desde 2007 que há um aumento de pedidos de auxílio por parte de desempregados e famílias sobreendividadas.

Apesar de os dados de 2009 ainda não terem sido recolhidos, a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome avançou à agência Lusa que se registou, pelo menos, um aumento de 15 por cento em relação a 2008, ano em que foram distribuídas 17 500 toneladas de alimentos.

"Pode dizer-se, sem arriscar muito, que nós recolhemos mais 15 por cento de alimentos do que em 2008", sustentou Isabel Jonet, explicando que "em 2009 houve muitas retiradas de fruta e um programa comunitário de apoio alimentar a carenciados".

Em 2008, os catorze Bancos Alimentares distribuíram alimentos num valor global estimado superior a 27 352 milhões de euros, com um movimento médio de 69,4 toneladas de alimentos por dia útil.

Segundo a responsável, os géneros alimentares recolhidos são distribuídos por mais de 1650 instituições que os entregam a cerca de 267 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confeccionadas.

Traçando o perfil das pessoas que procuram o Banco Alimentar, Isabel Jonet disse que são "pessoas carenciadas" que podem agrupar-se em: idosos com pensões baixas, crianças de famílias desestruturadas, deficientes, alcoólicos, toxicodependentes sem autonomia de vida.

Há ainda desempregados pontuais ou de longa duração (sobretudo pessoas de 50/55 anos) que já não encontram lugar no mercado de trabalho e famílias que, embora tendo um emprego, não auferem os rendimentos suficientes para garantir todas as responsabilidades assumidas, nomeadamente com créditos, explicou.

"Estes dois últimos grupos têm vindo a aumentar desde 2007, com especial relevo no último semestre", frisou.

"Acresce que algumas pessoas que tinham duplo emprego para assegurar um determinado padrão de consumo ficaram sem um dos empregos, vendo assim muito reduzido o seu rendimento, sem no entanto estarem desempregadas, não aparecendo por isso nas estatísticas", explicou.

Os Bancos Alimentares distribuem, ao longo de todo o ano, os géneros alimentares recorrendo a Instituições de Solidariedade Social por si seleccionadas e acompanhadas em permanência.

Incentivam também as visitas domiciliárias e o acompanhamento muito próximo e individualizado de cada pessoa ou família necessitada por estas instituições, de forma a ser possível efectuar, em simultâneo, um verdadeiro trabalho de inclusão social.

As campanhas mobilizaram, em 2009, 27 mil voluntários que disponibilizaram algum do seu tempo durante o fim-de-semana para participar nas campanhas de recolha (Maio e Novembro).

"Tarefas como a recolha nos estabelecimentos comerciais, o transporte, pesagem e separação dos produtos, foram integralmente asseguradas por voluntários, confirmando assim a entusiástica mobilização colectiva ao projecto do Banco Alimentar Contra a Fome", salientou Jonet.

Sublinhou ainda que se "trata da maior acção de voluntariado organizada em Portugal, mostrando que a acção conjunta de todos os agentes de solidariedade gera resultados muito superiores aos que seriam obtidos se cada um deles resolvesse agir de forma isolada".

Em Novembro 2009 foram abrangidas 1323 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra, Cova da Beira, Évora e Beja, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Viana do Castelo e Viseu.

In DN

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