Mário Soares considera incontornáveis negociações com talibãs
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Mário Soares considera incontornáveis negociações com talibãs
Mário Soares considera incontornáveis negociações com talibãs
por Agência Lusa, Publicado em 29 de Janeiro de 2010
As negociações com os talibãs são “importantes e necessárias”, considera Mário Soares, alertando que “a alternativa é uma continuação da guerra que não deixará de criar sérios problemas aos Estados Unidos e à NATO, em particular no Médio Oriente”.
“Considero que as negociações que se estão a preparar a fim de estabelecer contacto com os talibã e de permitir uma saída aos americanos são extremamente importantes”, afirma ainda o antigo Presidente da República, em entrevista à agência Lusa, insistindo que “a luta contra o terrorismo não pode ser travada nem ganha pela guerra, e muito menos apenas por meios militares”.
A conferência internacional sobre o Afeganistão realizada quinta-feira em Londres inscreveu definitivamente na agenda política do conflito a perspectiva de negociações com os insurrectos afegãos, uma ideia que o ex-presidente da República vinha defendendo desde há muito.
“Disse-o, e fui muito criticado”, recorda Mário Soares. Ora, “um conflito deste tipo não se resolve por meios militares”, sublinha, recordando a guerra colonial e as negociações entre os movimentos de libertação e o Governo português.
Mário Soares distinguiu-se em várias ocasiões pelas críticas à condução da luta contra o terrorismo e do conflito no Afeganistão, a que chamou “a guerra errada”. “Avisei que era um erro a NATO meter-se no Afeganistão, escrevi-o aliás num artigo de opinião no jornal Público”, recorda.
As negociações parecem agora mais próximas depois de Londres. “Espero que venham ainda a tempo. E, seja como for, elas serão sempre úteis e espero que cheguem a bom porto”, nota o antigo chefe de Estado.
Mário Soares sublinha ainda a urgência de a Europa definir “uma estratégia comum a todos os países da União”. Até agora não tem sido possível traçar uma perspectiva conjunta, “basta recordar por exemplo que os ingleses tendem a alinhar preferencialmente com os americanos”, diz Mário Soares.
Face à situação crítica a que se chegou, “é altura de surgir uma estratégia europeia para podermos depois conjugar esforços” e não nos mantermos numa “atitude subserviente” em relação às perspectivas americanas. “Até para aproveitar a o mandato, muito especial, de Barack Obama”, refere.
Na luta contra o terrorismo, “as negociações, tal como a informação, são essenciais”, considera Mário Soares, sublinhando que em ambos os campos se tem falhado.
O ex-presidente da República lamenta ainda o facto de haver muito pouco debate em Portugal sobre a questão do Afeganistão.
“A guerra no Afeganistão tem infelizmente o aval da ONU e o envolvimento da NATO, o que cria a Portugal obrigações a que o país tem que atender. Seria por isso natural e importante que houve mais debate sobre a questão”, afirma Mário Soares.
Crítico de longa data da intervenção no Afeganistão tal como tem sido conduzida, o ex-presidente da República continua a manifestar “as maiores dúvidas” quanto ao resultado da guerra. “Disse-o aliás ao presidente da República (Cavaco Silva) no último Conselho de Estado em que se debateu a questão do Afeganistão”, recorda Mário Soares.
por Agência Lusa, Publicado em 29 de Janeiro de 2010
As negociações com os talibãs são “importantes e necessárias”, considera Mário Soares, alertando que “a alternativa é uma continuação da guerra que não deixará de criar sérios problemas aos Estados Unidos e à NATO, em particular no Médio Oriente”.
“Considero que as negociações que se estão a preparar a fim de estabelecer contacto com os talibã e de permitir uma saída aos americanos são extremamente importantes”, afirma ainda o antigo Presidente da República, em entrevista à agência Lusa, insistindo que “a luta contra o terrorismo não pode ser travada nem ganha pela guerra, e muito menos apenas por meios militares”.
A conferência internacional sobre o Afeganistão realizada quinta-feira em Londres inscreveu definitivamente na agenda política do conflito a perspectiva de negociações com os insurrectos afegãos, uma ideia que o ex-presidente da República vinha defendendo desde há muito.
“Disse-o, e fui muito criticado”, recorda Mário Soares. Ora, “um conflito deste tipo não se resolve por meios militares”, sublinha, recordando a guerra colonial e as negociações entre os movimentos de libertação e o Governo português.
Mário Soares distinguiu-se em várias ocasiões pelas críticas à condução da luta contra o terrorismo e do conflito no Afeganistão, a que chamou “a guerra errada”. “Avisei que era um erro a NATO meter-se no Afeganistão, escrevi-o aliás num artigo de opinião no jornal Público”, recorda.
As negociações parecem agora mais próximas depois de Londres. “Espero que venham ainda a tempo. E, seja como for, elas serão sempre úteis e espero que cheguem a bom porto”, nota o antigo chefe de Estado.
Mário Soares sublinha ainda a urgência de a Europa definir “uma estratégia comum a todos os países da União”. Até agora não tem sido possível traçar uma perspectiva conjunta, “basta recordar por exemplo que os ingleses tendem a alinhar preferencialmente com os americanos”, diz Mário Soares.
Face à situação crítica a que se chegou, “é altura de surgir uma estratégia europeia para podermos depois conjugar esforços” e não nos mantermos numa “atitude subserviente” em relação às perspectivas americanas. “Até para aproveitar a o mandato, muito especial, de Barack Obama”, refere.
Na luta contra o terrorismo, “as negociações, tal como a informação, são essenciais”, considera Mário Soares, sublinhando que em ambos os campos se tem falhado.
O ex-presidente da República lamenta ainda o facto de haver muito pouco debate em Portugal sobre a questão do Afeganistão.
“A guerra no Afeganistão tem infelizmente o aval da ONU e o envolvimento da NATO, o que cria a Portugal obrigações a que o país tem que atender. Seria por isso natural e importante que houve mais debate sobre a questão”, afirma Mário Soares.
Crítico de longa data da intervenção no Afeganistão tal como tem sido conduzida, o ex-presidente da República continua a manifestar “as maiores dúvidas” quanto ao resultado da guerra. “Disse-o aliás ao presidente da República (Cavaco Silva) no último Conselho de Estado em que se debateu a questão do Afeganistão”, recorda Mário Soares.
Vitor mango- Pontos : 117490
Re: Mário Soares considera incontornáveis negociações com talibãs
“Considero que as negociações que se estão a preparar a fim de estabelecer contacto com os talibã e de permitir uma saída aos americanos são extremamente importantes”, afirma ainda o antigo Presidente da República, em entrevista à agência Lusa, insistindo que “a luta contra o terrorismo não pode ser travada nem ganha pela guerra, e muito menos apenas por meios militares”.
sempre tive muito respeitinho pelo que o Mario diz
Muitas vezes contra a corrente das opiniao geral
O grande provlema do afeganistao no meu ponto de vista tem a ver com duas coisas
Medio Oriente e um ajuste de contas entre judeus e arabes ...sendo os arabes ...bla bla bla
Depois os EUA terem apoiado cim conrrupto para o governo afegao
Vitor mango- Pontos : 117490
Re: Mário Soares considera incontornáveis negociações com talibãs
sempre tive muito respeitinho pelo que o Mario diz
Pois eu não e com muito boas razões!
MS não é, nem nunca foi o que parece, embora por vezes acusado injustamente, como no caso da descolonização, por exemplo. Mas isso é o resultado do que ele semeia, quando as coisas lhe não convêm pessoalmente.
E estou totalmente à vontade para emitir essa opinião, já que fui 1000% soarista. Hoje sou anti-soarista primária.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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