Séries médicas na TV enganam o público
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Séries médicas na TV enganam o público
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Rebeca Venâncio
18/02/10 07:10
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Êxitos como Anatomia de Grey ou House distorcem os procedimentos, diz estudo canadiano.
Foi uma das séries de televisão mais vistas de sempre e introduziu o espaço hospitalar como ‘plateau' ideal para uma série televisiva. "Serviço de Urgência" junta-se a êxitos recentes como "Anatomia de Grey" ou "House" e que, segundo um estudo de cientistas canadianos, são prejudiciais para os espectadores. Para os responsáveis, a maioria destas séries deturpam muitos dos procedimentos de primeiros socorros apresentados.
Segundo os investigadores da Universidade Dalhousie, em Halifax, que passaram horas a analisar 327 episódios de "Anatomia de Grey", "Clínica Privada", "House" ou "Serviço de Urgência - ER" -, em 59 ocasiões em que as personagens lidaram com casos de epilepsia (um dos objectos em análise), só em cerca de 30% a reacção foi a ideal. Em 46% das vezes, era habitual ver médicos e enfermeiros a "facilitar" a respiração da vítima colocando tubos nas vias respiratórias - procedimento que está errado.
Para os responsáveis a preocupação centra-se na eventualidade de as pessoas se virem confrontados com uma situação similar no quotidiano e, à semelhança do que vêem nas séries, não actuem correctamente. "Não examinámos exactamente a forma como a televisão exerce o seu impacto sobre o público. Mas o nosso medo é que as pessoas assistam a estes programas, vejam os enfermeiros e médicos a responder a convulsões desta forma e reajam de modo semelhante se algum dia estiverem diante a mesma situação", afirmou um dos coordenadores do estudo, Andrew Molar, em declarações à cadeia BBC. "Se eles responderem da maneira que vêem na televisão, pode ser dramático", concluiu.
Os episódios de convulsões - que nas séries são normalmente respondidos pelos médicos com tubos para melhorar a respiração - revelaram alguns dos erros mais graves. "As directrizes médicas actuais recomendam que, nestes casos o essencial é evitar contusões, contacto e pancadas. É contra as directrizes de primeiros socorros para ataques epilépticos tentar segurar o paciente, porque são momentos que implicam muita força nos músculos e o contacto pode causar cortes e lacerações", revelou.
"Os dramas televisivos são, potencialmente, um método muito poderoso para educar o público para os primeiros socorros e cuidados médicos mas para isso não podem passar a informação errada", justificou o cientista.
O estudo parcialmente revelado vai ser apresentado em Abril, na 62º Meeting da Academia Americana de Neurologia, em Toronto.
Rebeca Venâncio
18/02/10 07:10
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Êxitos como Anatomia de Grey ou House distorcem os procedimentos, diz estudo canadiano.
Foi uma das séries de televisão mais vistas de sempre e introduziu o espaço hospitalar como ‘plateau' ideal para uma série televisiva. "Serviço de Urgência" junta-se a êxitos recentes como "Anatomia de Grey" ou "House" e que, segundo um estudo de cientistas canadianos, são prejudiciais para os espectadores. Para os responsáveis, a maioria destas séries deturpam muitos dos procedimentos de primeiros socorros apresentados.
Segundo os investigadores da Universidade Dalhousie, em Halifax, que passaram horas a analisar 327 episódios de "Anatomia de Grey", "Clínica Privada", "House" ou "Serviço de Urgência - ER" -, em 59 ocasiões em que as personagens lidaram com casos de epilepsia (um dos objectos em análise), só em cerca de 30% a reacção foi a ideal. Em 46% das vezes, era habitual ver médicos e enfermeiros a "facilitar" a respiração da vítima colocando tubos nas vias respiratórias - procedimento que está errado.
Para os responsáveis a preocupação centra-se na eventualidade de as pessoas se virem confrontados com uma situação similar no quotidiano e, à semelhança do que vêem nas séries, não actuem correctamente. "Não examinámos exactamente a forma como a televisão exerce o seu impacto sobre o público. Mas o nosso medo é que as pessoas assistam a estes programas, vejam os enfermeiros e médicos a responder a convulsões desta forma e reajam de modo semelhante se algum dia estiverem diante a mesma situação", afirmou um dos coordenadores do estudo, Andrew Molar, em declarações à cadeia BBC. "Se eles responderem da maneira que vêem na televisão, pode ser dramático", concluiu.
Os episódios de convulsões - que nas séries são normalmente respondidos pelos médicos com tubos para melhorar a respiração - revelaram alguns dos erros mais graves. "As directrizes médicas actuais recomendam que, nestes casos o essencial é evitar contusões, contacto e pancadas. É contra as directrizes de primeiros socorros para ataques epilépticos tentar segurar o paciente, porque são momentos que implicam muita força nos músculos e o contacto pode causar cortes e lacerações", revelou.
"Os dramas televisivos são, potencialmente, um método muito poderoso para educar o público para os primeiros socorros e cuidados médicos mas para isso não podem passar a informação errada", justificou o cientista.
O estudo parcialmente revelado vai ser apresentado em Abril, na 62º Meeting da Academia Americana de Neurologia, em Toronto.
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